Decisões

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Caio e Gui se distraiam brincando com caixinhas de fósforos como se fossem carrinhos enquanto sua mãe os observava com lágrimas nos olhos, "que Deus tenha misericórdia dessas pobres crianças..." - pensou enquanto vinham recordações de sua infância.

Os longos cabelos antes ondulados e louros, agora estavam bastante quebrados e queimados do sol. A pele antes bem hidratada, agora estava escamosa e maltratada. Com apenas trinta e nove anos, ela parecia bem mais velha devido aos dias maus que estava vivendo.

Com uma altura mediana e corpo com curvas bem definidas, Luzia era uma mulher muito bonita apesar de se encontrar bastante maltratada. Já não se importava tanto com a vaidade quanto em cuidar de seus filhos, inclusive da Sofia que estava prestes a nascer.

-Senhor, tu conheces o meu deitar e o meu levantar, conheces meus pensamentos antes mesmo de se formarem na minha memória. O Senhor me conhece desde o ventre de minha mãe quando eu ainda estava sem forma. Por favor Pai, me ajuda... perdoa meus erros, falhas e faltas. Perdoa papai, meu marido por não ter sabedoria, sustenta meus filhos para que cresçam e se tornem homens de bem, tementes a ti. Abençoa a Sofia que está sendo formada no meu ventre porque tu assim permitiu. Me ajuda meu Deus, pois é no nome do Senhor Jesus que te oro, peço e agradeço, amém! - Antes mesmo de se levantar, foi surpreendida por Safira que a observava na porta da sala.

-Olá minha querida, há quanto tempo!? - disse Safira enquanto enrolava uma mecha de cabelos no dedo.

Provavelmente essa seria a última coisa que Luzia esperava acontecer.

-O-oi Sa-Safira... Co-como você está?! - gaguejou Sofia com a surpresa.

-Estou muito bem, ao contrário de vocês não é!? Onde está o Fernando? Precisamos conversar... - respondeu enquanto procurava.

Enquanto Houver EsperançasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora