313

312 23 1
                                    

RAPHA

Rapha: eu realmente preciso que vc me chame de Raphaella, porque esse é o meu nome.

Roberta: claro. - Dei um sorrisinho e olhei pro lado.

Rapha: vc queria conversar e eu tô aqui.

Roberta: queria pedir desculpas - olhei pra ela.

Rapha: pelo oq exatamente? Pela sua irmã me trancar em um quarto de baixo da escada? por me bater? Não, por incentivar o aborto que ela ia fazer e me matar? melhor, pela porra do sequestro que ela planejou junto com o inimigo do meu noivo?

Roberta: por tudo isso -respirei fundo e neguei

Rapha: a família de vcs acabou com a minha vida, a cada passo que eu dava tinha um pra estragar alguma coisa, ela fodeu meu psicológico, eu não devo respeito a nenhum de vcs, eu tava gravida e a cada segundo ela tava ali, nao do jeito bom, e sim me torturando de todas as formas possíveis e impossíveis

Roberta: sinto muito por isso, e por tudo, eu não deveria ter feito o que fiz, aliás nenhum de nós

Rapha: o que custava me deixar em paz? Era só isso que eu queria, nunca precisei do dinheiro de vcs, do apoio, de nada, nunca nem tive o telefone de vcs -falei baixo

Roberta: eu não tenho palavras pra te consolar e sei que qualquer coisa que eu disser não vai mudar os eu fiz muito menos fechar o buraco que deixamos -colocou a mão por cima da minha

Rapha: esses homens aqui atras são do meu noivo, eles têm ordem de te matar se eu me afastar, peço que tire pra evitar o pior - ela tirou -muito obrigado

Roberta: Raphaella eu queria te perguntar uma coisa.

Rapha: por favor

Roberta: onde tá sua mãe?

Rapha: eu não sei

Roberta: Raphaella, eu não tenho notícias da minha irmã a 3 anos, ela simplesmente sumiu, e eu sei que tem haver com vc

Rapha: sim, tem, mas eu realmente não sei, preferi não saber, nem se eu quisesse saber poderia ir falar com ela, ou saber que ela ta viva, onde tá, pq eu tenho pessoas que se importam comigo e sabem o mal que ela me faz

Roberta: eu preciso saber onde tá a minha irmã, como tá, e se tá viva, vc pode não se importar mas eu e muita gente sim

Rapha: já que se importa tanto trata de descobri sozinha pq eu vou embora, se isso era oq vc tinha pra falar foi viagem perdida -levantei

Roberta: vc precisar saber de coisas e só ela pode te contar -levantou

Rapha: não preciso saber de nada, nada que venha de vcs

Roberta: meu pai morreu - olhei -ah um mês atras, e a herança dele....

Rapha: meus pêsames mas eu realmente preciso ir

Roberta: é sua -olhei -tudo, casa, carro, o dinheiro, ninguém tem direito a nada, é tudo seu, não conseguimos entrar em contato com vc mas é seu, estamos falidos, ninguém tem um tostão, ele disse que o ninguém merece vc por isso quer que fique com tudo

Rapha: eu não quero, fiquem com tudo, casa, carro, dinheiro, empresa, tudo -falei baixo sentindo que já minha voz já tava falhando

Roberta: não posso, ninguém pode, e sempre deixou claro que se arrependia de não ter pego vc pra criar, que queria vc por perto, mas vc nunca deu ouvidos

Rapha: eu nunca soube disso

Roberta: vc era uma criança, mas é isso, é tudo seu, ela falou pro advogado que ninguém além de vc poderia ficar, que preferia que nossas contas fossem zeradas do que ficamos com 5% do dinheiro dele.

NO MORRO- continuação Onde as histórias ganham vida. Descobre agora