As Fadas VII - Final

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Suzan abriu os olhos e a sua frente estava Megan, pasma, olhando para algo realmente interessante. Aos poucos Su se levantou, até que a sua irmã percebeu que ela estava ali e a ajudou a levantar.

- Caramba Su, pensei que eu estivesse sozinha com essa árvore.

- Nós estamos mortas ? - Suzan perguntou ainda tonta. - De que árvore está falando ?

- Acho que aquele pequeno nos poupou de verdade, eu me sinto viva. - Megan não queria admitir que ainda sentia algo materno pelo Elfo mesmo depois de vê-lo assassinar todas as suas irmãs e até a sua Senhora. - Eu estou falando daquela árvore enorme na nossa frente.

Suzan olhou para a frente e viu uma árvore incrivelmente majestosa, ela nunca havia visto algo igual na Floresta das Fadas. O tronco parecia mais vivo que o comum, e o mais estranho era um rosto no meio dele. As folhas eram de um verde muito vivo, agora Suzan entendia o olhar impressionado de sua irmã, ela também devia estar assim.

- Sejam bem vindas ao Paraíso Elfico. - O rosto esculpido na árvore falou com uma voz grave e estrondosa. Ela claramente se comunicava com as Fadas, que se assustaram.

- Agora tudo passou dos limites, a árvore fala ! - Megan olhou abismada para a irmã. Suzan parecia digerir a situação mentalmente.

- Paraíso Elfico ? Por isso ele disse que havia nos dado um presente... - Suzan sussurrou para si mesma.

- Exatamente pequena Fada. O meu neto mandou vocês duas para o único lugar de verdadeira paz que ele já conheceu.

- Meu neto ?! - Megan se assustou. - A árvore é mãe dos elfos do barco ?!

- Sim, eu fui uma elfa. Eu sou esta Ilha, eu sou a natureza aqui.

- Por isso ele quer se fundir a Ilha, ele quer ser como você. - Suzan disse para a árvore, odiando o exemplo que ela havia sido para o neto.

- Ele mal me conheceu pequena fada, mas herdou alguns pensamentos dos pais por neio de magia. O modo como o Elfo quer se fundir a Ilha não é nada próximo do que eu trilhei.

- E porque devemos nos sentir em um Paraíso ? - Megan questionou.

- Pequena fada, meu neto lhes deu uma terra virgem. Nenhum outro ser além de meus filhos esteve aqui, e eles nunca passaram de minha árvore. Ele acreditou que vocês são as pessoas certas para fundarem uma Sociedade aqui. Estão longe o suficiente da outra Ilha para não se tornarem uma ameaça e perto o suficiente de outras para receberem almas aflitas que precisam de ajuda.

- Como alguém que assassinou tantas consegue fazer algo bom pra nós ? Eu não compreendo. - Suzan chorava de cabeça baixa.

- Creio que nós chegamos perto de apresentá-lo o amor Su. Agora eu vou continuar minha missão. Pelo que parece a árvore é nossa aliada, não ? - Megan se dirigiu a Elfa-árvore-vó.

- A minha ilha sempre estará ao serviço dos bons.

- Seguiremos então. - Suzan limpou as lágrimas e junto de Megan caminhou pela trilha que havia ao lado da árvore, ali elas fundariam a própria Sociedade de paz.

Os Contos das Ilhas II - As FadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora