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É tão rápido que ninguém pode impedir

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É tão rápido que ninguém pode impedir. Quando vemos, ele está diante de nós.

E então o tempo congela. Ele passa de veloz para extremamente arrastado enquanto encaramos o desconhecido a nossa frente, nossos corações batendo tão forte que é so isso que somos capazes de ouvir.

Ele passa os olhos em nós até parar na arma. Está tão paralisado quanto a gente.

Eu não sei exatamente o que esperávamos, mas definitivamente algo arrebatador. Como se o homem tivesse o poder de tirar nossas vidas apenas por colocar um pé dentro da casa. Mas não é isso o que ocorre. Surpreendentemente estamos todos vivos, respirando.

Um segundo torturante de expectativa de passa até que finalmente algo ocorre: o desconhecido abre a boca.

— Preciso de ajuda.

Ele diz isso ao mesmo tempo que levanta as mãos, ciente da arma.

Sua voz é grave, porém exausta e aflita.

O alívio é palpável. Como se todos nós estivéssemos segurando a respiração e finalmente a soltamos em conjunto.

Ele vem em paz.

Ou, pelo menos, é o que parece.

— O que você quer? — pergunta Colton. Ele ainda tem a arma erguida.

— Meu irmão. Ele está machucado. — O homem ofega enquanto fala e eu não consigo saber se é devido ao desespero ou ao esforço físico. — A bateria do nosso carro acabou e ele não consegue andar.

— Por que vocês estão aqui? No meio da floresta.

Ele hesita um momento antes de responder.

— Estávamos caçando.

— Não é temporada de caça — Kai diz.

Ele olha para o loiro.

— É, nós sabemos. — O homem volta a encarar a arma. — Você pode abaixar isso? Eu não tô armado. Podem checar. As armas ficaram no carro com o meu irmão.

Colton hesita um instante, mas então, aos poucos, começa a baixar o braço. Sem a arma apontada para o ele, o homem relaxa visivelmente.

Kai se movimenta ao meu lado e se aproxima do estranho.

— Tira o casaco.

O homem encara Kai por um momento, mas não demora muito para abrir a jaqueta e tirar o material do corpo. Kai arrasta os olhos pelo estranho, procurando algum indício de volume suspeito.

— Eu não estou mentindo — o homem diz, segurando o casaco em um punho, depois de tirá-lo.

Ele é magro e agora está tremendo sutilmente diante do frio. A brisa gelada adentra pela porta que ainda está aberta. Sinto os pelos dos meus braços se arrepiarem.

Quando Pecadores RezamWhere stories live. Discover now