O Senador Mafioso e a Assesso...

Oleh autoracarolsilva

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DIA 27/04/24 - LANÇAMENTO NA AMAZON Enemies to Lovers, Relacionamento/Casamento por Contrato, Found Family, S... Lebih Banyak

PERSONAGENS
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12

CAPÍTULO 01

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Oleh autoracarolsilva

NATALIE LANSKY STRAND


O sol mal tinha raiado e eu já me encontrava trabalhando intensamente pela cozinha, preparando o café da manhã e o almoço que a cuidadora da minha mãe iria servir a ela mais tarde. Eu era responsável por tudo em casa, pois minha mãe estava muito doente.

Ela se encontrava com uma inflamação no coração, que o deixava maior do que o normal. Crises intensas de dores lhe afligiam quando minha mãe fazia algum esforço físico ou se preocupava com algo.

Coisas básicas como subir alguns poucos degraus de uma escada, se levantar da cama todas as manhãs, ou andar até o banheiro para fazer suas necessidades fisiológicas, às vezes já lhe causavam desconforto no peito.

Depois da última crise que ela teve há alguns meses, o médico me informou que minha mãe precisava de um transplante de coração. Aquilo foi como receber um soco no estômago e eu fiquei completamente arrasada.

Tentei ver a possibilidade de ela ir para o começo da fila de transplante, mas mesmo trabalhando diretamente com o Primeiro-Ministro do Reino Unido, eu não conseguia ajudá-la com isso, o que me deixava bastante frustrada, pois eu me sentia muito culpada por tudo isso que minha mãe estava passando.

Ela só se encontrava nesse estado porque eu não quis aceitar o destino pré-determinado para mim desde o meu nascimento. Se eu faria a mesma coisa se soubesse das consequências que minhas escolhas acarretariam? Provavelmente, sim. Não por egoísmo, mas por altruísmo mesmo.

Minhas atitudes fizeram com que eu libertasse minha mãe das garras de um casamento abusivo e bastante violento, além de que me salvou de um matrimônio com um marido tão pior quanto o meu pai era com sua esposa. Todavia, eu acabei abandonando minha irmã para trás durante esse processo de fuga e libertação.

E isso, custou não só a vida de Corinne, mas a saúde da minha mãe que, ao descobrir sobre a morte de sua outra filha tão amada e de sua pequena netinha, acabou por sofrer um infarto ocasionando assim todos os seus problemas cardíacos posteriores.

Me sobressaltei de repente com a campainha tocando então me dirigi até a porta, olhando primeiramente pelo olho mágico como medida de segurança. Era Lilibeth, a cuidadora da minha mãe. Abrir a porta com um sorriso, cumprimentando-a à medida que eu permitia sua entrada na nossa singela casa.

Assim que passei as orientações para Lili e finalizei a comida, subi às pressas a fim de poder ir me arrumar para o trabalho. Minutos depois, já de banho tomado e vestida em meu terninho social, me encaminhei até o quarto da minha mãe onde ela já se encontrava acordada, conversando com Lilibeth.

— Mãe, já estou indo — comuniquei indo até a cama e lhe dando um beijo na testa.

— Ok, filha.

— Nada de estripulia hoje, viu? — salientei fazendo elas sorrirem.

— Eu não faço estripulia, menina — ralhou minha mãe, fazendo com que eu sorrisse e desse um beijo em seu rosto à medida que ela me desejava um bom trabalho.

Olhei então a hora no meu delicado relógio de pulso e me despedi delas, saindo apressada em seguida, a fim de não me atrasar para pegar o trem, já que eu morava na Zona 4 e meu trabalho ficava na Zona 1, no centro de Londres.

Assim que saí do metrô, a passos rápidos me dirigi até a Downing Street, onde se localizava a famosa residência e escritório dos primeiros-ministros do Reino Unido, entre outros escritórios do governo.

Dei um "Bom dia" aos guardas do portão, que fechava a rua principal para os turistas e a população, depois segui até o prédio 10, de porta na cor preta, vigiado por mais dois guardas de prontidão.

— Bom dia, Srta. Strand! — cumprimentou-me umas das empregadas da residência que aspirava os tapetes vermelhos do distinto e famoso hall em preto e branco axadrezado.

— Bom dia. Sabe me informar se o primeiro-ministro já se levantou?

— Sim, senhora. Ele está no jardim, tomando café e está com uma visita. Um americano. Ele é senador — ela abaixou o tom de voz na última parte, como se isso fosse algum tipo de segredo.

— Um senador americano? — inquiri ainda surpresa com aquela informação.

Eu, pessoalmente, cuidava da agenda do Sr. Cameron, e até onde eu sabia, não havia nenhuma visita oficial programada para hoje com relação ao governo dos Estados Unidos. Além de que ontem, até o final do meu expediente, não tinha chegado ninguém ali na residência.

Agradeci a empregada pela informação passada e fui para minha sala, a fim de poder deixar minha bolsa e pegar alguns documentos que eu havia deixado separados ontem para o primeiro-ministro dar uma olhada hoje logo pela manhã.

A casa vivia cheia de pessoas trabalhando, mesmo antes do expediente oficial. Andando pelos corredores, me lembrei do meu primeiro dia ali, onde acabei me perdendo devido às inúmeras portas que existiam no prédio, pois algumas não davam a lugar nenhum ou te levavam para o início do seu caminho, como num ciclo sem fim.

Logo cheguei ao jardim da residência, onde avistei o Sr. Cameron e o outro homem, um senhor de cabelos meio grisalhos e de bronzeado artificial levemente alaranjado, sentados à mesa de aparência rústica e antiga, como era a maioria dos móveis daquele prédio. Mesmo sendo cedo, ambos já trajavam seus ternos caríssimos e impecáveis.

— Bom dia, senhores — falei de modo calmo, parando perto da mesa com a postura ereta e mãos à frente do meu corpo, segurando a pasta azul escuro de documentos importantes.

— Natalie, que bom que está aqui. Ia até verificar se você já havia chegado — o primeiro-ministro disse com um grande sorriso no rosto.

— Faz alguns minutos que cheguei, Sr. primeiro-ministro, e rapidamente fui informada de que o senhor estava com uma visita inesperada.

— Natalie, este é o Senador Bill Johnson, presidente do Partido Republicano dos Estados Unidos e um grande amigo meu.

— Prazer, senador — o cumprimentei com um aperto de mão firme.

— O prazer é meu, Srta. Strand. Você tem um aperto de mão bem forte para uma mulher — o senador comentou rindo, mas eu permaneci séria.

— Não só o aperto de mão, Bill. O apelido de Natalie em Downing Street é "A Carrasca". Ela sabe estalar bem o chicote quando quer tudo em ordem e feito rapidamente — disse Cameron rindo também, já sorvendo mais do seu café.

— É esse tipo de profissional que preciso para pôr McFadden na linha.

Estava ali, ouvindo aqueles dois homens falarem de mim como se eu não estivesse do lado deles, até que o primeiro-ministro me convidou para se sentar à mesa com eles, pois queriam me fazer uma proposta, mas recusei e permaneci em pé onde me encontrava.

— Que proposta seria essa, Sr. primeiro-ministro?

— Meu amigo Bill viajou, não-oficialmente, lá da América até aqui para me pedir ajuda com relação a um probleminha...

— Um problemão — interrompeu o Senador Johnson, corrigindo David, fazendo-me encará-lo — Srta. Strand, daqui a alguns meses ocorrerão as eleições presidenciais lá nos Estados Unidos e nós do Partido Republicano já temos o nosso representante pré-definido para concorrer à presidência. Só que o Logan, ao mesmo tempo que tem uma excelente fama com o público eleitoral, principalmente com as mulheres, ele possui também uma má fama. Além do seu nome viver ligados a boatos que só fazem alimentar ainda mais essa má impressão dele perante a mídia.

— Eu contei ao Bill sobre seu excelente trabalho com relação à minha candidatura à Primeiro-Ministro do Reino Unido e ele gostaria que você fosse trabalhar para o partido dele.

— Você seria a Assessora Parlamentar do Senador McFadden. Colocaria ele na linha e o tornaria um candidato exemplar tanto para nós da direita conservadora quanto para a oposição e os indecisos de voto.

— Obrigada pela proposta, Senador Johnson. Mas terei que recusar, pois tenho muito trabalho para ser feito aqui.

— Srta. Strand, você não sabe como isso é importante para nós e é por isso que o nosso partido está disposto a pagar o dobro do salário que o gabinete de Cameron lhe paga atualmente, para que você possa passar esse ano nos Estados Unidos, planejando e ajudando com a campanha de McFadden.

— Não se preocupe com o seu trabalho aqui, Natalie. Cummings ficará no seu lugar enquanto você estiver lá nos Estados Unidos trabalhando para o Bill.

Dominic Cummings era o conselheiro-chefe do gabinete do primeiro-ministro. Ele estava abaixo da minha posição e desde que eu havia começado a trabalhar ali, Dominic não ia nem com a minha cara, nem com as minhas ideias e muito menos com o meu jeito de fazer as coisas.

— Mas temos a pauta Brexit que precisa ser debatida com os ministros, senhor? — o lembrei.

— Eu e Cummings cuidaremos disso, Natalie. Pode ir tranquila. Quando você voltar, seu cargo estará aqui lhe esperando.

Não tive outra alternativa do que aceitar a proposta, já acordando os detalhes com o Senador Johnson, tanto do trabalho quanto da minha viagem para o país dele.

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