Lovely Lie! || Taekook

Por Celena_taekook

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[Concluída] ● Essa estória é apenas uma adaptação. Então todos os direitos e créditos reservados a autora ori... Más

Provas que a adaptação é AUTORIZADA!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Bônus (Parte 1)
Bônus (parte 2)
Especial de Natal (Parte 1)
Especial de Natal (Parte 2-Final)
Agradecimentos!

Capítulo 12

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Por Celena_taekook



KIM TAEHYUNG



Abri meus olhos, já era de manhã.

A noite anterior foi estranha, mas reconfortante. A parte do tapa foi a mais reconfortante de todas, eu admito.

Me senti bem com a companhia dele depois da possível trégua entre nós, ele foi gentil comigo e eu fui... eu. Geralmente não ficava bem com a ideia de conviver com seres humanos, mas foi legal ontem.

Jungkook estava ainda dormindo na pilha de cobertas no chão, parecia em um sono pesado, deitado de conchinha com a manta da fertilidade, a boca meio aberta, rosto obviamente amassado.

Será que eu estou feio desse jeito? 

Me estiquei e alcancei o espelho, é, eu estava um bagaço. O cabelo estava bagunçado e a boca branca, como se eu fosse um difunto.

Deus me livre.

Me estiquei e peguei um batom e passei para deixar meus lábios mais vermelhos, dei uns tapas na bochecha para deixar mais vívidas.

— Serviço de quarto! — bateram na porta e eu tomei um susto. Era a voz da minha sogra.

— Jeon, Jeon! — o chamei de um jeito que elas não escutassem.

O idiota nem se mexeu. Tive que reagir jogando um travesseiro na cara dele para que pudesse despertar, e funcionou.

— Que é? —  Jeon olhou para os lados desnorteado.

— Sua mãe tá na porta, vem cá! —  sussurrei apontando.

Ele começou a se desesperar e juntou os cobertores e colocou na cama junto com os meus.

— Tira a manta da fertilidade, ela não! — comecei a jogá-la para debaixo da cama.— Deita logo! 

— De conchinha? — pulou na cama e começou a ajeitar seu corpo ao meu.

— Anda logo.— nos cobri com o cobertor, mas logo senti um arrepio por todo meu corpo.

Ele estava tendo aquelas ereções matinais.

— De conchinha não, nojento, você está...

— É de manhã.— deu de ombros.

— Que nojo, sai daqui.— comecei a empurrar seu corpo e mudei a posição, de um jeito que eu não encostasse em seu membro, argh.

Minha cabeça ficou em seu peito e seu braço ficou ao redor dos meus ombros e sua mão, mesmo com dificuldade fazia carinho no meu cabelo.

— Pode entrar! — avisei.

Era o pai, a mãe e a avó dele. Uma bandeja enorme na mão do pai dele, e aquela bolinha de pelo que eles chamavam de cachorro, no colo da avó.

— Serviço de quarto para o casal.— minha sogra sorri gentil e o marido coloca a bandeja no móvel de madeira que tinha ali.

— Own, não precisava! — eu e Jungkook falamos juntos.

— Temos uma notícia pra vocês.— a mãe de Jeon retorna a falar, com um sorriso misterioso. Lá vem coisa.— Pensamos que seria muito legal da parte de vocês se casarem aqui.

Senti meus joelhos tremerem com a frase daquela maldita.

— O quê? — meu sorriso congelou.

— Vocês sabem como seria difícil ir ao casamento de vocês, então pensamos que já que a família toda está aqui, vocês podem se casar no celeiro, como uma tradição! — sorriu como se fosse uma coisa boa.

Deixa você, sogra linda.

— Mas é aniversário da vovó, não vamos estragar o aniversário dela? — Jungkook reagiu mais rápido que eu.

— Exatamente! O aniversário da vovó! — comecei a ficar nitidamente desesperado.

— Crianças, eu já tive oitenta e três aniversários e eu quero ver o casamento de um casal tão lindo como vocês! — deu de ombros acariciando a bola de pelos que rosnou para mim.

Olhei para o homem abraçado a mim, eu estava desesperado, mas ele parecia ainda mais. Jungkook olhava seu pai com uma expressão estranha, como se quisesse repreendê-lo.

Certo, aquilo não era o fim do mundo, nós iríamos nos casar de qualquer forma, não importa se vai ser num celeiro ou qualquer que seja o local, vamos acabar com isso o mais rápido possível, não é? 

Fui pego de surpresa pela ideia do casamento, mas não significa nada...

— B-bom, já que vocês fazem tanta questão, vamos nos casar no celeiro! — falei, finalmente.

— Que ótimo! — os três comemoram.— Vamos deixar vocês a sós! — a mãe retoma avisando sobre os bolinhos de canela e saem os três do quarto.

A porta se fecha, continuei na mesma posição por alguns segundos, aos braços de Jungkook que também não se mexeu.

— Meu pai fez isso para me provocar.

— Por quê? 

— Eu acho que ele sabe sobre nós, e está tentando tirar isso de mim. Por isso deve ter tentado convencer essas duas! — falou nervoso ainda afagando meus cabelos.

Jungkook tinha problemas com seu pai, mas não sabia qual era, eu fiquei curioso depois de ontem, já que falei também sobre mim.

Como todo filho de milionário o papo deve ser o mesmo, não aprova a carreira do filho e quer que ele tome conta dos negócios.

— De qualquer maneira teríamos que no casar, então só o ignore.— acalmei ele.

— Tem razão...— respirou fundo e fechou os olhos.— Você está de maquiagem? — se afastou um pouco, olhou meu rosto com o rosto franzido.

— Claro que não, eu acabei de acordar.— neguei.

— Então quer dizer que sua boca está com gosto de morango por acaso? — passou o dedo no meu lábio e colocou na boca.— Vem cá, me dá um beijinho amor

— Cala boca.— empurrei sua cara convencida para longe. 

— Meu pai quer me ferrar, isso é chantagem emocional, ele quer me fazer ficar! 

— Como assim? — me ajeitei melhor na cama.

— Ele quer que eu fique, tenha uma família grande e cuide de tudo o que ele fez, não só isso, acha que minha carreira como escritor é bobagem e diz que eu não passo tempo com a família...— explicou, não esperava menos.— "Você deveria ver como sua mãe fica com saudades"...

— Isso é culpa minha, não é? — me senti culpado.

Ele não vinha ver a família porque estava trabalhando para mim.

— Ele não pode tomar as decisões da minha vida e isso não é culpa sua.— começou a falar pesadamente.

Não era verdade, eu poderia ter facilitado as coisas para ele a muito tempo, ele só queria uma promoção e vinte mil cópias de um livro, não era impossível, mas eu nunca fiz.

— Por que estamos abraçados? — ele cortou meus pensamentos.

Olhei para nós dois, minha cabeça estava em seu peitoral e sua mão ainda fazia carinho no meu cabelo.

— Que merda estamos fazendo? — me afastei assustado.

Estou tão carente que nem me senti incomodado com um abraço dele.

— Não seja tímido, gato.— brincou Jeon se ajeitando na cama, tampou os olhos com a mão preocupado.— Ah, merda... A gente vai se casar! 

— Vai ser fácil, ok? — passei a mão em seus braços, dava pra sentir os músculos.— Ih, você é até fortinho.— apertei, ele reparou que eu estava apertando seus bíceps e começou a encarar minha mão.

— Quer que eu tire a camisa pra você admirar? 

— Sai dessa garoto! — me afastei.— Quer café? — mudei de assunto, levantei indo até a bandeja e me inclinando para pegar café.

— Com leite e canela.— avisou.— Você sabe que está empinando a bunda para mim, né? 

Na verdade não sabia, mas ele já havia me visto assim tantas vezes que devia ter me acostumado. 

— Quer que eu tire a camisa pra você admirar? — respondi, parecendo inabalável e lhe entregando uma xícara de café.

— Seria uma honra, mas meus países baixos já estão acordados o suficiente.— foi sincero, até demais.

— Você é nojento.— fiquei indignado. 

— Sem drama.— ele bebeu o café tranquilamente.— Quer fazer alguma coisa hoje? 

— Está me chamando pra sair? — provoquei ele quando pegava um bolinho de canela, parecia bom pelo cheiro.

— Ordens do meu novo ofício de marido, tenho que ser um bom anfitrião na casa dos meus pais.

— Já tenho compromisso.— respondi.

— Com quem? — questionou depois de um tempo em silêncio.

— A pergunta seria o que, e não com quem.— expliquei, ele fez uma careta para me mandar falar logo.— Tenho livros para ler.

— Vai me trocar por livros? – falou inconformado.

— Desde quando você é uma opção? — ri, quase engasguei com essa.

— Tudo bem, vou cortar lenha hoje.— avisou.

— Tentador.— fui irônico e levantei a sobrancelha.

— As minhas primas ficam olhando pela janela eu cortar lenha sem camisa, elas me dão um copo de limonada e saem suspirando, é bem legal.

— Parece enredo de um filme pornô.— fiz uma cara de nojo.

— Você pode gravar pra mim? Estou precisando de uma grana pra comprar nossas alianças, quem sabe ser ator pornô me ajuda.— sua voz saiu casual. 

Aquilo era um passo sério, até mesmo para uma mentira. 

— V-vamos usar aliança? — me espantei.

— Não dá pra mentir sobre isso, eles iriam estranhar não ter uma aliança.

— Posso te ajudar com o gasto, não é nem de verdade então eu posso dar o dinheiro.— ofereci.

— É de verdade, mesmo que pra divorciar, iremos nos casar.— deu de ombros.— Não se preocupe, vou comprar uma bem bonitinha pra você, tá bom? — ajeitou os cabelos e abriu um sorriso, um sorriso fofo.

— Tudo bem.

— Vou me trocar, boa leitura! — me deu um beijo na bochecha e saiu andando.

Por que ele me beijou na bochecha? Por que ele está sendo legal comigo? Ele vai até me comprar uma aliança!

De ontem para hoje, meu assinante estava agindo estranho comigo, às vezes num momento qualquer eu o olhava e ele já estava olhando para mim, aquilo me deixava envergonhado.

Meu celular começou a tocar, era Frank.

— Alô? 

O sinal estava péssimo, realmente horrível.

Como uma medida desesperada amarrei um roupão que tinha jogado ali e sai correndo para o lado de fora em busca de sinal.

Eu ouvia alguns chiados, mas eles foram interrompidos por um latido de cachorro. Merda, a vovó falou que não podia deixá-lo escapar, mas bem, um gavião não iria comer ele, né? 

A ligação melhorou, mesmo com dificuldade eu podia ouvir Frank e seus comentários pessimistas sobre sua obra.

— Frank, meu amor, alguma vez eu já menti sobre sua obra? Claro que não! Ela esta magnifica e você sabe como eu sou crítico! — eu estava gritando para o telefone, minha medida necessária já que não ouvia nada no outro lado da linha.

Eu avistei um gavião, ele pairava sobre mim, mas não iria me atacar, não é? Ele tem mais o que fazer, eu nem sou refeição dele...

Frank ainda falava no telefone, mas não conseguia ouvir nada, mas finalmente os latidos pararam do nada e eu pude ouvir meu cliente.

— Então, Frank...— comecei a procurar o cachorro, fiquei incomodado com o silêncio repentino.

Ouvi o latido dele, vinha de cima...

Porra.

Meu coração parou quando vi o cachorro nas garras do gavião que ainda pairava aquele enorme campo.

— Frank, eu já retorno.— desliguei sem esperar resposta.

Usei toda a confiança que tinha nas minhas pernas para correr até o pássaro que carregava uma bola de pelos.

Não faria questão se fosse um cachorro qualquer, mas era o presente que a mãe do meu sogro a havia se dado. Ela amava ele, eu não.

— Me devolve esse cachorro! — joguei o chinelo para o alto, não passou nem perto.— Eu lhe vendo a minha alma, eu te dou ela! Me devolve esse peludo! — implorei quase chorando.

Não tinha mais nada para ser jogado, não vesti nem ao menos uma calça ao sair da cama, quem dirá munição para se jogar num gavião faminto.

— Me devolve! — a única coisa que eu tinha em mãos era o meu bem mais precioso, o celular.— Isso é por você vovó!

Beijei o aparelho antes de jogar com perfeição nas garras do pássaro maldito, ele soltou o cachorro, corri para pegar o peludo no colo.

— Peguei você, agora está seguro.— passei a mão nos pelos brancos e macios dele, mas ele rosnou.— Vai se foder então, ingrato.

Meu celular estava jogado no chão, pensei que dava tempo de salvá-lo, então corri com o bicho rosnando no meu colo.

Foi um piscar de olhos, mas quando cheguei perto do celular, o gavião pegou.

— Você não pode aceitar a oferenda depois de rejeitar uma vez! — reclamei, óbvio que ele não entendeu.

Agora era meu celular que estava na garras do pássaro assassino, me senti um idiota naquela situação.

— Leva o cachorro, por favor! Leva o cachorro, pode ficar com ele, mas devolve meu celular! — comecei a correr de um lado e para o outro tentando acompanhar o vôo da ave.

Fui roubado por um gavião. 

Ele saiu voando com meu celular nas garras para bem longe.

— Eu tinha acabado de pagar...— me lamentei.— Cachorro  ingrato! — mostrei a língua para o cachorro, que tentou me mordeu.

Não tenho orgulho de dizer que soltei um gritinho fino e corri para dentro com medo. Soltei o filhote no chão quando fechei a porta atrás de mim, olhei a cozinha, estava um bando de garotas olhando pela janela aberta e suspirando.

Eu não tomei café, então fui lá, havia uma pontada de curiosidade em mim, mas não devia ser nada.

— Quem vai dar limonada para ele agora? — uma ruiva perguntou.

— Você que não é, você foi na última vez.— a morena com um laço na cabeça falou.

— Oi Taehyung.— Lisa, a única que eu reconhecia sorriu para mim enquanto eu pegava um copo de suco na geladeira.

— Oi Lisa.— sorri.— O que elas estão fazendo? 

— Admirando o seu noivo ficar suado, como se fosse um filme pornô ao vivo.— deu de ombros, vai entender.

— Ele vai tirar a camisa, ele...— a ruiva parecia ter um desmaio.

Franzi o cenho, ele não deve ser tão gostoso assim.

— Por que vocês não deixam o Taehyung entregar a limonada dessa vez? — sugeriu, péssima ideia, eu não quero fazer isso.

— Ela tem razão, ele é casado agora.— a prima morena suspira me dando um copo enorme de limonada com limão e gelo.

— Não, eu não quero...

— Vai lá, acaba logo com essa tortura! — a ruiva faz drama.

Revirei os olhos e fui até os fundos do quintal, onde ele estava todo nojento e suado, com fones de ouvido e parecia um ator pornô fracassado, o cabelo grudando no rosto.

Me aproximei dele tomando a limonada que deveria ser dele, mas agora é minha. Jungkook notou minha presença e retirou os fones sorrindo.

— Suas primas estão chorando por você lá da janela, e não é pelos olhos.— bebi mais da limonada, estava boa demais.

— Eu tenho certeza que essa limonada é minha.— roubou o copo da minha mão.— Você ainda está com a sua roupa de dormir? — puxou um dos lados do meu roupão para cima.

— Tira mão daí, idiota.— bati na mão dele.— Jeon, eu preciso de um celular.

— Eu também.

— É sério, acabei de fazer uma troca injusta com um gavião, eu até ofereci minha alma pelo cachorro, mas ele quis meu celular.

— Eu entendo o gavião, sua alma não vale tanto quanto um celular.— seu tom foi humorado, mas dei a ele um tapa bem dado.

— Estou falando sério, o Frank vai ligar para aquele celular! 

— Calma, a gente pode ir na cidade e comprar aqueles celulares de conveniência, o Jimin consegue colocar o número antigo.— explicou tranquilamente.

— Faça isso agora, eu quero um celular o mais rápido possível! — mandei.

— Já to ligando, calma.— pegou o celular, digitou e colocou perto da orelha.— Oi Jimin, preciso de um favor...

Assisti ele explicar tudo para seu primo, confirmar meu número de telefone e desligar.

— Pronto rainha, ele fica pronto depois de amanhã.— guardou o celular no bolso da calça.— Olha lá...— apontou com a cabeça para a janela da cozinha, elas ainda estavam olhando.

— Acho que elas estão esperando que a gente faça um filme pornô.— fiz uma careta para as depravadas.

Quando olhei para Jungkook, ele estava tirando a camisa. Tudo bem, eu não sou cego e tenho de admitir que ver um homem daquele porte suado e com o corpo definido bem a minha frente me fez ficar desnorteado, era a culpa da seca, não estava fácil para ninguém.

— Parece que você também quer um filme pornô.— jogou a camisa longe caçoando de mim.

— Nem é tudo isso, acho que o Jimin me surpreendeu mais.— não cedi a sua provocação.— Na verdade, ele era pacote completo, agora ele me assusta um pouco, mas ele era.

— Pacote completo? O maluco do Jimin? — pareceu realmente incomodado com o desmerecimento.

— Você não tem muito pra mostrar.— continuei, bom ele não parecia ser ruim, mas não é o que eu chamava de maravilhoso.

— Eu o que? 

— Falei a verdade, eu te beijei, mas não foi tudo isso que você acha não, e eu já vi filmes pornôs melhor que isso aí...— apontei para a sua barriga num gesto preguiçoso com a mão.

— Você está chamando meu esforço diário de isso aí? Abusado! Aquelas garotas ali se matariam para se casar comigo, mesmo que de mentirinha! 

— Elas moram no meio do nada, não me admira não ter muita opção.— continuei inabalável.

Ele é bem inseguro, pra ter ficado bravo com aquelas provocações de segunda série.

— Sai daqui, você diminui minha autoestima.— fez um bico e apontou para a casa.

— Tchauzinho, amor.— joguei um beijo no ar e caminhei até meu quarto.

— Vê se veste uma calça.

[...]


Meus planos para o dia era baixar o arquivo do livro de Jeon pelo celular, e ler, eu prometi publicar vinte mil cópias daquilo, mas eu nunca nem cheguei perto de ler.

Como perdi meu celular, os planos foram para o brejo. Optei por ter um dia relaxante na banheira de espuma, mas não fiquei muito tempo, não queria ficar igual uma ameixa albina, mas pude desestressar um pouco.

Consegui limpar meu piercing e lavar meu cabelo, até tirar o cheiro daquele cachorro.

Sai da banheira e olhei para todos os lados, não tinha uma toalha, será que eu esqueci? Apenas ignorei tentando não me estressar. Tentei procurar a camisa que eu tinha ido até lá, mas nada.

Eu teria que sair pelado mesmo, bom não é nada de mais certo? Errado! Assim que abri a porta, dei de cara com Calvin rosnando para mim.

— Olha, eu sei que você tá bravo pelo lance de ser oferenda de um gavião, mas são águas passadas, agora temos que seguir em frente e deixar os adultos se secarem! — dei um passo mínimo, ele rosnou. 

Voltei para o banheiro com medo, eu sabia que ele não poderia fazer nada tão grave comigo, mas eu tinha um medo irracional de animais, independente de qual fosse.

Eu tinha que pensar. Ouvi um barulho vindo do quarto, mas quando perguntei se tinha alguém ali, ninguém respondeu.

Meu plano era simples, eu iria — literalmente — puxar o tapete do cachorro, assim que ele estivesse dentro do banheiro eu correria até o armário e pegaria uma toalha.

Aconteceu tudo muito rápido, finalmente consegui atrair o cachorro para o tapete e sai correndo.


[...]




JEON JUNGKOOK 



Depois que Taehyung saiu todo se achando com aquela bunda grande dele, eu continuei cortando lenha.

Eu nem sei porque diabos estava fazendo aquilo, mas me ajudava a esquecer os problemas e combatia o estresse. Fiquei possesso com meu pai e esse negócio de casamento em celeiro, por isso precisei cortar lenhas.

Música alta também ajudava, então coloquei um rock ensurdecedor apenas para que ninguém mais me incomodasse.

Já tinha me rendido ao cansaço quando fui para o quarto, estava vazio o que significava que o Taehyung estava em outro lugar.

Era um clima quente, meu corpo estava fervendo de calor, peguei a toalha no armário e comecei a me despir, sem tirar o fone.

A camisa, a calça, depois a cueca e finalmente enrolei a toalha e comecei a caminhar em direção ao banheiro enquanto olhava para os meus pés, eles estavam vermelhos de tanto sofrimento que passaram dentro do tênis.

— Não se acha tão esperto agora, né Calvin? — ouvi uma voz estranha.

Foram apenas segundos, mas quando me dei conta o corpo nu de Taehyung se chocou com o meu e nós dois caímos no chão. 

— Aí meu deus, você tá pelado! — pegou a toalha da minha cintura meio que por acidente e tampou seu corpo.

Foi uma confusão total, eu ainda estava meio desnorteado.

— Você também está! — analisei seu corpo, por mais que não tivesse tempo, tudo ainda estava em câmera lenta.

Ele parecia uma imagem pornô.

Cabelos grudando no rosto, corpo molhado, mesmo que ele tenha tampado, por uma fração de segundos eu pude ter a visão de seu piercing no mamilo esquerdo.

— Não olha! Vira o rosto! Vira! — meu corpo não estava tão longe de um pornô também, todo suado e jogado no chão.

— Você que se jogou em mim! — me levantei nervoso amarrando a toalha na cintura.

Ele correu até a ponta da cama e cobriu o máximo que conseguiu com o edredom. Seu rosto estava completamente vermelho, parecia que iria chorar de tanta vergonha.

— Eu não me joguei em você! O Calvin veio em busca de vingança e ele estava pronto para engolir a minha alma!

Semicerrei os olhos desacreditando naquela explicação idiota.

— Vou tomar banho! — avisei indo até a porta.

— F-foi o cachorro, ele-ele que foi o culpado de...— abri a porta e Calvin sai andando tranquilamente para a saída do quarto.

— Olha só o tamanho desse monstro, quase engoliu a minha alma! — ironizei fechando a porta do banheiro com força.

Ele fez aquilo de propósito? Eu não sei. Ele viu a mesma quantidade de coisas que eu vi dele? Também não sei.

Mas o que eu vi... Misericórdia ele era um filme pornô de qualidade, aqueles que pagávamos para assistir varias vezes.

A imagem — por mais que eu lutasse — não saia da minha cabeça, para completar o seu rosto tímido e envergonhado em cima do meu.

Se Taehyung pensa que eu vou encostar no meu pau com aquela imagem, ele está terrivelmente enganado.

Olhei para baixo, não, eu não... Ele não precisa saber né? É uma necessidade humana normal.

— Eu sou tão fraco.— suspirei enquanto sentia água fria nas minhas costas.

Não dava para negar que eu queria realmente fazer aquilo, minha mão direita até chegou bem perto de tocar meu membro, mordi o lábio hesitante. 

Eu me odeio.

Deixei de resistir a mim mesmo, meu amigo estava realmente necessitado da minha ajuda. Não tenho orgulho de saber que não é a primeira vez que ele fica carente por causa do mesmo diabo.

Minha mão envolveu meu pau com muito cuidado e hesitação, não estava tão seguro de mim mesmo, mas só o toque no meu membro carente já fez sentir meu corpo se contorcer com o calor.

Sabia que se gemesse tudo o que quisesse, Taehyung ouviria e eu não quero que ele soubesse das minhas humilhações como homem, mordi o lábio e apertei com força enquanto ainda fazia uma sequência de movimentos em meu membro.

Não tive como evitar pensar no corpo dele, me senti uma droga por só saber que o motivo principal de estar debaixo daquele chuveiro acariciando meu pênis era ele e aquele conjunto completo de perfeição que ele chama de corpo. 

Kim tinha motivo para se achar daquele jeito, era realmente tudo de bom e não, eu não tinha orgulho de saber disso.

O trabalho já estava feito e eu pensei em seu nome umas cinco vezes enquanto aumentava o ritmo, não só o nome, mas na tatuagem, no piercing, no cabelo, no rosto vermelho e na pele molhada.

— Jungkook, você morreu aí dentro? 

Não respondi, só acabei com aquela tortura logo, aumentei a precisão dos movimentos e quando finalmente me aliviei, minhas pernas ficaram um pouco trêmulas.

Me arrumei rapidamente e nem sequei o cabelo quando corri para fora do banheiro, a culpa me consumia, mas já tinha ido, não há mais nada que poderia fazer.

— Não fala comigo.— alertei me deitando do seu lado na cama.

— Cala boca.— tampou o rosto.

Ele estava com o corpo coberto pelo edredom, era cedo e eu não iria empilhar minhas cobertas agora, então me acomodei ao seu lado e me cobri também. 

Observei o teto meio constrangido, me sentia um bosta, sério, era tão fraco.

— É, peladão...— suspirei.

— Cala boca.

— Não tem como calar a boca, você me viu também.

— Eu não vi nada! — virou o rosto para mim.— Não olhei, estava ocupado demais tentando me cobrir.

Ah, então ele nem viu? Eu sou o mais injustiçado dessa família. Claro que se Taehyung visse, iria parar de achar que Jimin é melhor.

— Você viu muita coisa? — perguntou tímido.

— Quer a verdade? — virei o rosto para olhá-lo, ele fez um sinal positivo com a cabeça.— Vi seu piercing.

— Deveria ter tirado essa merda à anos.— se lamentou.

Eu discordo, o piercing deixava ele bem sexy, mas se formos analisar bem, por que eu me importava dele ficar sexy ou não? 

— Tá com fome? — mudou de assunto.

Fome de você.

Meu cérebro é um traidor, eu admito isso. Agora estou tendo alucinações carnais com o Taehyung, ótimo, fodeu tudo.

— Estou sim, com muita fome.

— Vai lá na cozinha, deve ter algo...

— Lá não tem o que eu quero comer.— seria cômico se não fosse trágico.























Espero que tenham gostado.

Esse foi um capítulo engraçado hahaha!!

Até amanhã.

Beijos da Day!

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