Uma Simples Atração ( Revisan...

Door Belatrixofcc

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Travis é um bad boy, com um histórico não muito bom, que não quer se envolver sentimentalmente com ninguém, p... Meer

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Door Belatrixofcc

                        Katherine


Seguro a surpresa ao notar o quão educado era o homem à minha frente.
Travis não era o melhor exemplo de cavalheirismo do século, no entanto, era nítido o seu esforço para fingir estar desinteressado em toda a situação, buscando me deixar o mais confortável possível.

Engulo em seco, sentindo meu coração retumbar contra minhas costelas.

Após o silencioso jantar, o qual Travis havia pedido para nós, me vi enjoada. Não sabia ao certo se era pelo nervosismo ou por tristeza... talvez fosse ambos juntos.

Travis, parecendo ler cada palavra em minha expressão, me convidou à caminhar pela praça ali perto.

Confesso que a surpresa, mais uma vez, tomou conta de mim. Ele, vestido em trajes casualmente elegantes, e eu, que usava um vestido que podia mudar vidas de muitos cidadãos desfavorecidos economicamente, caminhávamos em passos lentos por toda a calçada da praça. 

Observo o as pequenas pedras pontiagudas da rua, marcadas pelos desgaste do tempo e do atrito de sapatos.
Nada dali era confortante.

ㅡ Está com frio? ㅡ Escuto a sua voz.
Diminuo os passos, percebendo que eu tremia contra o vento gelado da noite.

ㅡ Um pouco.

ㅡ Podemos voltar, se quiser.

Antes de eu responder, ele já está tirando seu terno e o pondo sobre os meus ombros.

ㅡ Você pode ficar doente.

Assinto, preferindo me calar e aceitar o gesto. Durante o caminho de volta para casa, ele vem calado, mas consigo sentir as palavras fervilhando em sua língua. 

ㅡ E o meu carro? ㅡ pergunto, quebrando o silêncio assim que chegamos perto da minha rua.

ㅡ Acredito que Kristin tenha mandado trazê-lo.ㅡ diz e aponta para um automóvel logo no final da rua.

Espero chegarmos mais perto para identificar meu carro e soltar um leve suspiro de alívio.

ㅡ Bem, obrigado pela noite agradável, Kate.ㅡ Seus olhos recaem sobre mim, e um pequeno sorriso lhe brota nos lábios. 

Suave e gentil.

ㅡ Eu..ㅡ baixo o olhar, procurando as palavras certas. ㅡ Não sei se deveria agradecer, mas sou grata por ter sido... gentil, Travis.

Digo, deixando transparecer minhas emoções.  Ele sorri um pouco mais de forma compreensiva.
Era óbvio que eu não havia escolhido aquilo, e não era legal agradecer pela noite "forçada", mas também ficava nítido o quanto ele havia sido gentil e eu era grata por não ter sido escolhida por um velho tarado qualquer.
Para aliviar a tensão, dou um leve sorriso antes de abrir a porta do carro e sair, sem esperar mais retribuições ou qualquer outra coisa.

Eu almejava a minha cama e a minha paz de volta, muito embora isso estivesse longe, ainda mais agora.
Conforme eu caminho em direção à casa de nossa vizinha, vou puxando os pequenos grampos em meu cabelos, sentindo mecha por mecha cair sobre os meus ombros.

Bato na porta de Susan. Pego minha irmã e agradeço pelo favor que Susan me fez.
Ao sairmos, noto que Travis ainda está parada de frente à minha casa.

Ignoro isso e sorrio para a história de Rebeca sobre como foi a sua brincadeira com a amiga ao lado.

Ao entrarmos, me certifico que Kristin ainda não chegou, e subo.

ㅡ Bem, está na hora de dormir, Beca.ㅡ digo, colocando de lado a minha frustração e cara de cansaço. 

O ódio também estava preso em minha garganta.

ㅡ Seu vestido novo é muito lindo.ㅡ A escuto dizer, conforme tirava seus sapatos.

Sinto minhas costas pesarem com a quantidade de emoções naquele momento. Eu queria berrar, chorar e xingar, mas nada disso seria bom na frente de Rebeca.

Uma criança que já crescia com pessoas desequilibradas em um ambiente desequilibrado.
Com esse pensamento, deixo toda a minha raiva em algum lugar na minha cabeça, e sorrio para Rebeca.

ㅡ Você achou?

Ela sorri antes de seus olhos estarem em algo atrás de mim.

Presente da mamãe... ㅡ  Escuto a voz rouca e arrastada. Meu corpo congela.

Me endireita, e sem olhar para quem estava atrás de mim, digo:

ㅡ Pode ir para o seu quarto, Beca, depois eu passo por lá.ㅡ Ela me encara, como se pudesse ver algo fervilhando por debaixo da minha pele.

No entanto, Rebeca sempre fora uma menina obediente. Ela apenas assente e me abraça, antes de sair sem ao menos falar com Kristin.
A mesma nem parece se incomodar com o fato da filha não lhe considerar algo muito importante.

Assim que escuto a porta do quarto de Rebeca sendo fechada, me viro para a mulher que agora me encarava soltando fumaça pela boca.

ㅡ Eu falei que...ㅡ ela é interrompida pelo impacto de meu tapa contra o seu rosto.

Tento buscar autocontrole no meu tom, mas é impossível não querer berrar diante de uma situação imunda a qual ela me colocou.

ㅡ Você é o ser mais nojento que eu já vi, Kristin! ㅡ observo a perplexidade em seu rosto, e colocar a mao no lugar vermelho do tapa.ㅡ À partir de hoje, você irá trabalhar para consumir e bancar os seus próprios vícios. No meu dinheiro, você não põe mais as mãos!

Para Kristin, doía mais se tocasse em seu bolso. Ela para por alguns segundos, ainda me olhando com os olhos assustados.

ㅡ Agradeça por Rebeca ainda ter um pingo de consideração por você... ㅡ aponto o dedo em seu rosto.ㅡ Por que se dependesse de mim, você já estaria na miséria!

A vejo trincar os dentes, e antes que pudesse rebater, digo:

ㅡ Como eu sei que você fincou as suas garras nessa casa, e a mesma nem mesmo me interessa mais, irei sair amanhã de manhã, e Rebeca irá comigo. Eu nunca mais deixarei que seu exemplo sujo chegue em minha irmã! Nem que eu tenha que acabar com tudo que temos, Kristin. ㅡ ela semocerra os olhos.ㅡ Rebeca merece ser criada por alguém que a valoriza e ama, e não por alguém tão baixa e sem caráter como você.

Aos poucos, ela sorri de lado, inclinando um pouco a cabeça. 

Leve.ㅡ diz, simplesmente, e dá de ombros como se realmente nãose importasse.ㅡ Essa garota só atrapalhou minha vida... E quer saber? Com você eu ganhei muito dinheiro na boate, vou sobreviver sozinha, filhinha.

Sinto meu estômago se embrulhar.

ㅡ Sabe, querida... Eu sempre gostei de você; sempre foi mais decidida, e corajosa... Mas tem uma coisa, que nem mesmo essa sua pequena cabeça brilhante conseguiu descobrir. ㅡ Suaviza a sua voz descaradamente, fingindo estar mais calma do que o normal.

ㅡ Cale a boca...

ㅡ O seu pai não morreu. Ele nos largou.ㅡ dá as costas. ㅡ Ele soube que Rebeca não é filha dele... Bem, nem todo homem gosta de ser feito de trouxa.ㅡ escuto a sua risada nasal. ㅡ Boa sorte, Kate.

A vejo sair do cômodo.  Pelo seu caminhar, wei o quanto está irritada, mas ela sempre foi boa em controlar suas emoções, ao contrária de mim.
Seria só questão de tempo antes dele correr atrás de mim novamente.

Engulo a vontade de estripá-lá, e agradeço aos céus por ela ter aceitado o fato de eu levar Rebeca. Conhecendo Kristin, ela usaria isso contra mim.

Mas eu estava disposta à fazer qualquer coisa para continuar tendo a minha irmã,  assim como sempre estive disposta à engolir "sapos" para garantir a segurança de Beca.

Tudo por ela.

Respiro fundo, abrindo e fechando o punho. 

Eu não sabia se Kristin estava beflando, mas nem mesmo isso foi capaz de mudar a minha cabeça.  Eu protegeria Rebeca disso tudo.

Baixo a cabeça, sentindo o nó se fechar em minha garganta.

Nos deixou.
Meu pai havia nos deixado ao descobrir a traição de Kristin.

Não consigo conter o tremor em meus lábios. Saio dali o mais rápido possível, evitando que Kristin visse minha fraqueza. 

Só quando entro no quarto que me permito soltar o peso em minhas costas.
Nos deixou.
Ele não estava morto.
Nunca esteve.
Nos deixou.

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