Águas de Março

gisscabeyo द्वारा

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Rio de Janeiro, berço do samba, das poesias de Drummond, da Boemia de Chico Buarque, das noites na Lapa, da G... अधिक

Prólogo.
1 - Goodbye, USA. Olá, Brasil.
2 - Coisas que eu sei.
3 - Mais do que oculta.
4 - Não era pra ser tão fatal.
5- Oblíqua e Dissimulada
6 - Ano novo, desejo antigo.
7 - Nosso jogo é perigoso, menina.
8 - Infinito particular.
9 - Boemia Carioca
10 - Quebrando tabus.
11 - Bom dia.
12 - Canto de Oxum
13 - Agradável e lento.
14 - Tempo ao tempo.
15 - Menina veneno.
16 - Contrapartida
17 - O que é meu, é seu.
18 - Colo de menina.
19 - Meu Pavilhão.
20 - Rua Santa Clara, 33.
21 - Sensações extremas.
22 - Aos pés do Redentor.
23 - Codinome Beija-flor.
24 - Cuida bem dela.
25 - Luz em todo morro.
26 - Queime.
27 - Azul da cor do mar.
28 - Revival
29 - Desague.
30 - Axé!
31 - Vamos nos permitir - part1.
Vamos nos permitir - part2.
32 - Idas e Vindas.
33 - A lua e o sol - part1.
34 - A lua e o sol - part2.
Bônus - Part. 1
Spin off - part 1.
AVISO - LIVRO

Bônus - Part. 2

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gisscabeyo द्वारा

N/a: Oi, amores! Voltei com a segunda parte do bônus e a última parte de Águas de Março, oficialmente. Depois desse capítulo, é fim de verdade. Choramos? Choramos. Mas vamos lembrar sempre dessa ficzinha com amor e carinho, sempre relendo ela quando der vontade.

Alguns avisos; esse capítulo tem um HOT longo. Eu não ia escrever mais hots, mas uma amiga minha me perturbou demais pra isso, e eu acabei cedendo e cá está. Não queria hot, Rafaella? Então tu vai ler hot pra caralho. Você/vocês que lutem! Mas assim, é pornozão, tá? KKKKKKKKKK há sexo de tudo quanto é jeito aí... rs. Então quem não gosta, é só pular. E vamos de pornografia pesada na quarentena sim.

Não vamos mais nos despedir de vocês, pois já o fizemos no último capítulo da fic, então eh ixto. Esperamos que gostem, qualquer coisa é só falar conosco no Twitter. Eu, Gisele, deixo a playlist de sexo com vocês kkkkk vão precisar. Divirtam-se!

Obrigada por tudo, okay? Vocês são perfeitos e essa ficzinha é tudo pra mim/nós. Nunca, nunca iremos esquecê-la. <3


"Garimpeira da beleza, te achei na beira de você me achar. Me agarra na cintura, me segura e jura que não vai soltar."

E eu que não sei quase nada do mar – Ana Carolina e Bethânia.


8 meses depois.

Os meses passaram rápido, sem nenhuma piedade com os momentos que nós queríamos que passassem devagar, só para aproveitarmos um pouco mais. As mudanças eram gostosas e cada novo dia era uma descoberta. Eu me sentia esplêndida sendo mãe, não me imaginava, nem por um segundo, fazendo outra coisa na vida que não estivesse incluído cuidar da minha família. Lauren e as meninas eram tudo, tudo pra mim.

Por falar nelas, estavam lindas, uma mistura perfeita de nós duas. Seus olhos eram verde água como o oceano cristalino, cabelos castanho-escuros formando pequenos cachinhos nas pontas e pele branquinha feito leite. Com seus oito meses completos, já sentavam sozinhas, engatinhavam por todos os lados, ficavam em pé se apoiando nas coisas, batiam com os brinquedos no chão e gritavam, gritavam muito. Era uma gritaria sem fim dentro de casa quando elas queriam atenção, ou quando queriam comer.

As babás, Lauren e eu ficávamos doidas com elas. E quando elas choravam ao mesmo tempo de madrugada? Nós levantávamos desesperadas para pegá-las, pois elas odiavam ficar sozinhas e se percebessem que estavam sozinhas, aí que elas choravam mesmo. Então passamos a deixá-las no nosso quarto, em bercinhos móveis, que faziam movimentos ondulatórios imitando um leve ninar, e foi só assim que conseguimos dormir tranquilamente a noite.

Nós havíamos voltado ao trabalho recentemente, tiramos juntas licença maternidade, pois Lauren também amamentava e ganhou o direito. Era difícil deixá-las com as babás na hora de ir trabalhar, a primeira vez foi horrível e me peguei chorando na empresa várias vezes, pois era muito, muito apegada as duas, meus pedacinhos. Lauren o mesmo, ligava para casa de dez em dez minutos para saber como elas estavam, se precisavam de algo. Nunca vi uma mulher mais apaixonada por suas filhas do que minha esposa. Às vezes, a pegava olhando para elas enquanto dormiam, admirando, suspirando, como se elas fossem tudo de mais precioso que ela tinha na vida. E eram. Lauren era uma mãe exemplar e eu tinha muito orgulho dela.

Era início de Abril, semana Santa, e viajamos em peso para nossa casa de férias em Porto de Galinhas. Todo mundo foi e quando eu digo todo mundo, é todo mundo mesmo. Eu, Lauren, as gêmeas, meus sogros, meu pai e a namorada, Dinah, Normani, mama Drea, Ana, Sofia e o namorinho, Taylor, Naomi, Tatsu, Joker, Elis e seus dois filhotinhos e até mãe Vitória. Como o terreiro estava fechado por causa da quaresma, ela pode se dar ao luxo de nos acompanhar. Estávamos reunidos como uma boa e grande família, sem faltar ninguém, pois eu tinha certeza que minha mãe Sinu estava olhando por nós aonde quer que ela estivesse.

Senti leves beijinhos serem distribuídos por minhas costas nuas, me fazendo abrir um sorriso preguiçoso mesmo sem abrir os olhos. Me estiquei na cama, gemendo baixinho porque aquele carinho estava tão gostoso. Suas mãos quentes entraram por debaixo do lençol e apertaram a minha bunda de leve, me fazendo morder o lábio inferior.

: - Bom dia, minha gostosa! – Lauren sussurrou em meu ouvido toda manhosa, me arrepiando inteira. – Hora de levantar...

: - Hmmmm, nãããooo... – Fiz manha pois a preguiça era real, só queria ficar deitada com ela aproveitando o dia, mesmo sabendo que seria impossível. – Está tão bom aqui.

: - Eu sei, mas já já a gritaria vai começar e ai de nós se não levantarmos para amamentar nossos filhotes.

Ela beijou minha nuca e eu me virei a contragosto de barriga para cima, recebendo seu olhar apaixonado sobre mim. Não importava quanto tempo se passasse, aqueles olhos sempre me causariam arrepios.

: - Ontem foi uma delícia... – Eu sussurrei enquanto mordia meu lábio inferior, deslizando os dedos por sua clavícula nua. Lauren abriu aquele sorriso cafajeste, deslizando a mão direita por minhas coxas embaixo do lençol. – Você me deu uma canseira, mas eu já tô pronta pra outra.

: - Eu estava morrendo de saudade de você... – Ela foi beijando meu pescoço, minhas mãos se perderam em seus cabelos e senti seu corpo nu pesar na lateral do meu. – Mal via a hora de te jogar nessa cama e foder contigo daquela forma que só eu sei.

Ah, e ela fodeu e como fodeu. PORRA! Só de lembrar me dava tremedeira. Na noite passada, meus sogros levaram as meninas para dormir com eles, para que Lauren e eu pudéssemos aproveitar um pouco a viagem, pois já havíamos esquecido a última vez que tiramos um tempo para nós duas desde que as meninas nasceram. Quando transávamos, tinha que ser rapidinho para as meninas não notarem nossa ausência, ou na madrugada sobre o sofá da sala enquanto elas dormiam em nosso quarto. Eu ficava louca, pois meus hormônios me matavam só de olhar Lauren pela manhã de saia social ou terninho, eu queria foder até não aguentar mais e não podia fazê-lo mais com tanta frequência. Era muito tesão reprimido pra pouco eu.

: - Mais tarde você vai ver... – Eu dizia entre suspiros, me excitando com seus carinhos em minhas pernas e seus beijos quentes em meu pescoço e mandíbula. – Já estou ansiosa para dar aquele showzinho pra você.

: - Ah, baby! – Ela gemeu, me encarando com uma expressão que chega me tirou o fôlego. – Vai se tocar bem gostoso pra mim de novo?

Eu quase gemi só de lembrar. Lauren gostava de assistir enquanto eu me masturbava pra ela, fazia tempo que eu não tinha a chance de fazê-lo, e na noite passava usei e abusei disso. Ela ficou louca, gozou só em me ver gozar, sem encostar um dedo em si mesma. Eu usei meus próprios dedos, nosso brinquedinho, depois ela me fodeu de quatro sobre a poltrona no canto do quarto e me chupou desesperadamente sentada na beira da cama. Sem contar as outras três vezes que me fodeu no chão, no banheiro e de pé contra a parede. Se aquele seria um bom dia pra mim? Seria um ÓTIMO dia.

: - Vou, bem devagar pra você assistir e se deliciar. – Selei seus lábios, vendo-a respirar fundo para não deixar o tesão a dominar. – Você me deixa doida.

: - Você me deixa doida, Camila, você.

Deixava mesmo, pois senti sua excitação melar a minha coxa que estava entre as suas pernas. Se não fosse pelas batidas insistentes na porta que nos fizeram pular na cama de susto, eu iria presenteá-la com uma deliciosa chupada no café da manhã.

: - Ai, não acredito! – Ela resmungou, revirando os olhos, e eu só me deixei rir pois era o que me restava. – O QUE É?

: - Vambora levantando, casalzinho, chega de dormir nessa porra. – Era Normani, tinha que ser, né. Rolei os olhos, me sentando na cama e vendo Lauren se tacar de costas na mesma, bufando. – As princesas de Aruanda querem mamar e as tetas cheias de leite estão aí dentro, então andem logo porque elas já estão ameaçando começar a gritaria.

Lauren começou a rir e eu taquei uma almofada nela, me levantando nua.

: - Vamos tomar um banho e já estamos descendo, ô insuportável. – Avisei e puxei o cabelo para cima, prendendo em um nó. Lauren me observava. – Agora some.

: - Já sumi, sua imunda! – Mani gritou do outro lado da porta, sua voz distante indicando que ela já havia se afastado.

Olhei para Lauren da porta do banheiro, vendo-a me olhar com o lábio inferior mordido, um braço atrás da cabeça, o lençol de seda branco cobrindo apenas o seu quadril, suas belas coxas e seios de fora. Que mulher!

: - Gostosa! – Ela disse com a voz rouca, me dando uma piscadela. Meu corpo estava tenso e era culpa dela. – Vira de costas pra eu ver uma coisa...

Virei sobre os meus calcanhares, a olhando por cima do ombro esquerdo, mexendo de leve meu quadril de um lado para o outro, rebolando.

: - Ah, Camila, assim mesmo... – Não deu cinco segundos e ela estava colada nas minhas costas, me tarando até que estivéssemos embaixo da água quente da ducha, onde demos uma rapidinha muito gostosa só para apaziguar o desejo.

De banho tomado, nos trocamos e descemos para o café da manhã, encontrando a mesa enorme com todos os seus lugares ocupados e uma falação mais do que presente.

: - Porra, até que enfim! Pensei que não fossem acabar nunca. – Dinah resmungou sorrindo, ganhando um beliscão de mama Drea. – Ai, sogra!

: - Olha os modos. – A repreendeu, fazendo a todos rirem.

Sol e Luna começaram a dar seus habituais gritinhos quando viram Lauren e eu, onde a pegamos para enchê-las de beijos nas bochechas gordinhas e nos sentar para amamentá-las. Elas mamavam no peito pela manhã, mas almoçavam papinha de legumes e lanchavam papinha de frutas, mamando também na hora de dormir. Não gostavam de leite em pó e nem leite de caixinha, então nós tirávamos bastante leite quando íamos trabalhar, para que as babás pudessem alimentá-las pela manhã.

: - Não morde a mamãe. – Repreendi Sol, que sapeca que só ela, tinha a mania de mordiscar meu mamilo enquanto mamava, com seus quatro dentinhos afiados, dois centrais superiores e dois centrais inferiores. Ela riu, enrolando os dedinhos no meu cabelo. – Mamãe já falou que não pode, assim machuca. – Acariciei seu rosto, beijando sua testinha. – Levada!

Lauren amamentava Luna sem problemas, sorvendo café da xícara branca que mama Drea entregou a ela.

: - Ela tá com essa mania de morder mesmo. – Dona Clara ria enquanto servia Ana e Sofia com pedaços de bolo de chocolate. – Essa madrugada mordeu a ponta do nariz do teu sogro, quase arranca um pedaço, coitado!

Nós caímos na gargalhada, vendo Michael encolher os ombros como se lembrasse da dor da mordida.

: - É o nervoso dos dentes. – Mãe Vitória disse, bebendo seu café. – Quando os dentinhos estão crescendo, eles ficam loucos, querem morder qualquer coisa.

: - Essas meninas não são de Deus não, hein? – Dinah passava manteiga em seu pão. – Nunca vi duas crianças tão atazanadas antes. Parecem dois furacõezinhos. Uma é atentada ao extremo e nem disfarça, cara de pau, a outra é ardilosa como uma cobrinha, só fica observando e quando você vê, ela tá aprontando e tacando fogo na casa.

: - É Epahey! e Arroboboy! que fala, né? – Sofia comentou, rindo ao se levantar. – Não negam de quem são filhas.

Eu só ri, pois a colocação de Dinah era totalmente verdade. Sol era muito levada, muito mesmo, geniosa ao extremo para a pouca idade que tinha. Ela ficava em pé segurando no sofá, ou aonde ela pudesse ter apoio, e se conseguisse pegar algo com suas pequenas mãozinhas, tacava no chão. Chorava quando ficava irritada, gritava quando estava com fome e já acordava "atazanando", ai de nós se não a colocássemos no chão pra engatinhar assim que ela acordava, era ventania na certa. E era muita ciumenta conosco, quando via Luna no nosso colo, pronto, era uma confusão. Estávamos sempre fazendo "trabalhos" pra acalmar ela, vivia no terreiro porque lá ficava quietinha. Quando Oyá ou Exu viravam e a pegavam no colo, nem parecia a mesma criança, ela praticamente dormia. Colinho de Orixá, né?

Já Luna... ô garotinha ardilosa, prestava atenção em tudo ao seu redor, engatinhava devagar, como se testasse o terreno, mamava devagar, mas se você desse mole, pronto, lá estava ela mexendo onde não deveria mexer, engatinhando onde não podia engatinhar, fazendo o que não podia fazer, e quando brigávamos dizendo "não", ela fazia aquela carinha sapeca, o sorriso de dentinhos de leite com o dedinho na boca, como se não estivesse fazendo nada. Quando Sol pegava um brinquedo da mão dela, ela ficava encarando a mesma com uma expressão neutra por um tempo, e no momento seguinte ela batia na irmã com outro brinquedo ou com a mãozinha, e não satisfeita, chorava como se fosse ela quem tivesse apanhado. Eu e Lauren não sabíamos se riamos ou se chorávamos com a ventaniazinha e a cobrinha.

As duas eram muito inteligentes para oito meses, faziam tudo o que um bebê nessa idade faz e mais algumas coisas. Perguntamos a pediatra delas se era normal a rapidez com a qual elas se desenvolviam, ela disse que sim, pois cada bebê avança de um jeito e aquele era o jeito delas. Só nos restava cuidar para que elas não colocassem fogo na casa. Eram levadas? Eram. Me deixavam doida? Deixavam, mas eram os amores da minha vida, e por elas eu matava e morria, sem dúvida alguma.

: - Fica chamando mesmo as duas de atazanadas que você vai ver o que Oyá e Oxumarê vão fazer contigo, fica. – Lauren brincou com uma risada, sacudindo Luna de leve em seus braços que não sabia se mamava ou admirava a mãe.

: - Pelo amor de Deus! – Dinah largou a faça e o pão sobre a mesa, olhando para cima. – Perdão dona Oyá e Sr. Oxumarê, não está mais aqui quem falou de suas filhas.

Dinah era uma comédia, quando estávamos no mesmo lugar que ela, não conseguíamos parar de rir. Ela era completamente apaixonada pelas gêmeas, dava apelidos estranhos para elas e deixava com que elas fizessem o que queriam, inclusive com ela. Se elas quisessem pisar em cima da cabeça dela, Dinah deixaria. Melhor madrinha não havia.

: - E aí, cambada, qual vai ser a de hoje? – Mani perguntou enquanto comia seu bolo com coca-cola. Ela bebia coca de manhã cedo. Era retardada mesmo. – Já estou com fogo já, doida pra rebolar a raba.

: - Normani! – Mama Drea bateu a mão na testa, desacreditada. – Respeita a mãe Vitória e os mais velhos que estão aqui. Cadê a educação que eu te dei? Que vergonha!

Normani corou, lembrando-se de que não estávamos sozinhas na sala. Eu apenas neguei com a cabeça, prendendo a risada.

: - Desculpa, gente! – Ela se desculpou envergonhada. Normani envergonhada? Aquela era nova.

: - Não tem problema, minha filha. Você é jovem, tem que rebolar mesmo, dançar, se divertir... – Mãe Vitória acariciou a mão dela por cima da mesa. – Eu que não posso mais, pois já estou velha.

: - Ih, que velha o que, mãe Vitória, a senhora tá inteira pra 85 anos. – Dinah resmungou. – Eu com 85 anos irei parecer que tenho 200, pois já estou me sentindo velha agora.

: - Pois então vamos fazer um churrasco com muita cerveja, pagode, forró e funk. Quero ver quem vai se sentir velha na hora.

Taylor disse animada, batendo pequenas palminhas. Naomi ainda dormia com Tatsu.

: - Agora sim falaram a minha língua. – Me Levantei com Sol no colo, que já havia acabado de mamar e estava agarrada no meu pescoço. – Quem vai sair pra comprar as coisas já se organiza aí que é pra gente começar o churrasco para o almoço. Vou ligar para o serviço de entrega de bebidas, pois já vem gelada e não precisamos esperar.

Eu não bebia e nem Lauren, pois estávamos amamentando. Pra não dizer que não bebíamos, podíamos tomar uma taça de vinho ou um copo de cerveja, com autorização de nossa médica, claro.

E assim foi, Dinah, Normani e Sofia com o namorado, saíram para comprar as coisas do churrasco, Lauren foi com as meninas e Naomi para a parte de trás da casa, onde havia uma casa de árvore e um lago, para que eu pudesse organizar as coisas sem que elas me atrapalhassem, pois ficavam engatinhando atrás de mim o tempo todo. Ana ficou fazendo a playlist que tocaria, mama Drea, Clara e Marina, foram aprontar as comidas como arroz, farofa e a pasta do pão de alho. Meu pai, Tatsu e Michael foram limpar a churrasqueira e eu fui ligar para o serviço de bebidas, logo depois ajudando Taylor a arrumar do lado de fora. Mãe Vitória insistiu para fazer alguma coisa, mas eu não deixei, claro, e pedi para que ela ficasse sentadinha no sofá assistindo TV e descansando.

Fui receber o entregador no portão de casa, que trazia as bebidas que eu havia pedido no serviço de entrega. Já do lado de fora, esperava enquanto ele colocava os engradados de cerveja para fora da mala do carro, sobre a grama que antecedia o grande portão branco da garagem. Como fazia muito calor, eu vestia um shortinho jeans curto, desfiado e a parte de cima do meu biquíni, propício para uma casa de praia, óbvio, mas comecei a considerar um erro quando percebi os olhares maliciosos do homem pra mim.

Comecei a ficar incomodada, pois percebi que ele passou a demorar mais para descarregar as bebidas e toda vez que se aproximava para colocar um engradado do meu lado, me olhava dos pés à cabeça. Fechei a cara na hora, batendo o pé irritada, me segurando pra não começar a causar confusão bem ali, na porta da minha casa, com a minha família toda lá dentro.

: - A senhorita quer mais alguma coisa? – Ele perguntou secando as mãos na calça, se aproximando de mim com a maquininha de passar o cartão. – Se quiser... só fazer o pedido pra mim mesmo.

: - Eu não quero mais nada não, só isso mesmo. Aqui! – Entreguei o cartão, onde ele pegou e só não encostou a mão na minha pois eu a tirei rápido. Ai que ranço!

: - Vish, a máquina travou. – Ele coçou a nuca, me fazendo rolar os olhos. Era só o que me faltava mesmo. Me desencostei do muro, deixando explícita a minha expressão de descontentamento. – Aguarda uns minutinhos...

Bufei, cruzando os braços embaixo dos seios, tentando olhar pra todos os lugares que não fosse pra cara de tarado que ele estava fazendo. Quando eu penso que finalmente a porra da máquina havia voltado a funcionar, eis que o cidadão me solta;

: - A senhorita é muito bonita, sabia? – Ah, pronto! Olhei pra ele bem séria. – Camila... – Ele olhou o nome escrito no cartão e sorriu pra mim. - Nome bonito como você... E sua boca.

Não me aguentei né, já ia arrumar barraco sim senhora, mas nem consegui responder, pois no momento seguinte ouvi a voz de Lauren atrás de mim, tão grave que chega me arrepiei.

: - Ela sabe que é linda sim, pois digo isso a ela todos os dias. Impressionante, não? E digo enquanto beijo essa boquinha linda. – Lauren passou seu braço direito de forma possessiva pela minha cintura, abrindo um sorriso sem dentes para o entregador que encarava a cena meio desacreditado. – E não é senhorita, é senhora... – Ela deu um peteleco no cartão que estava na mão dele, fazendo-o balançar. – Senhora Camila Cabello Jauregui, está aí no cartão escrito bem grande pra você enxergar.

Eu segurei o riso na garganta, pressionando os lábios com força, vendo o rosto do homem que deveria ter seus 27 anos passando de branco a vermelho.

: - Eu... – Ele engoliu a saliva, sem graça, olhando para a maquininha de cartão, tentando passar outra vez. – Ér... não destravou... senhora Camila...

Bufei, haja paciência.

: - Quanto que deu a conta? – Lauren perguntou impaciente, soltando a minha cintura para abrir a carteira pequena e delicada que tinha nas mãos. Só então reparei que ela estava de saída, chaves do carro em uma das mãos e ray-ban segurando seus fios de cabelo em sua cabeça. Vestia um shortinho jeans, regata azul escura e havaianas. Bem simples, mas extremamente bonita. Vê-la sem saltos era raro mesmo, só quando estávamos ali em Porto.

: - R$430,00, querida. – Eu disse a olhando, colocando minha mão direita em sua clavícula. O homem ficou pálido de novo.

Lauren retirou cinco notas de 100 da carteira e sem delicadeza alguma, colocou as notas na mão dele, pegando o meu cartão de volta.

: - Pode ficar com o troco. – Ela disse irritada, descendo o ray-ban para frente de seus olhos verdes que queimavam de irritação. – E vê se aprende a se comportar direito perto de uma mulher casada, pois sei bem que você viu a aliança no dedo dela, ela é casada e muito bem casada. E mesmo que ela não fosse, não fica encarando mulheres por aí como se elas fossem um pedaço de carne ambulante, viu, senhor? Mais respeito com elas, mais respeito conosco!

Dito isso, Lauren se virou para mim de novo, se aproximando para selar meus lábios suavemente e sussurrar contra eles "Eu te amo! Volto logo".

E saiu com toda a sua beleza deslumbrante, me deixando suspirando enquanto o homem parecia que ia morrer sufocado. Sua cara era impagável.

: - Ai, que mulher! – Eu suspirei.

Abri um sorrisinho cínico para ele, que me olhou sem graça e enfiou o dinheiro no bolso, fazendo um leve aceno de cabeça antes de se virar para ir embora.

Já vai tarde.

~

O sol estava quente em Pernambuco aquele dia, do lado de fora, o calor batia tranquilamente uns 35 graus, onde nem a brisa que vinha do mar conseguia nos refrescar. O churrasco rolava a todo vapor, como nossa casa era, literalmente, na praia, o pessoal ficava indo e voltando do mar para a piscina, as crianças pareciam pintos no lixo e eu perdi as contas de quantas vezes coloquei Sol e Luna embaixo do chuveirão para tirar a areia de seus pequenos corpos, pois elas rolavam pra lá e pra cá cobertas de protetor solar, e ficavam parecendo dois bifes à milanesa. Ser mãe não era mole não.

: - Ai, viado, ser rica é bom demais né? – Mani enfiou dois pedaços de picanha dentro da boca, parando ao meu lado com sua garrafa de cerveja na mão, maravilhosa em um biquíni branco fio dental. – Pena que não sou, ainda... Mas tô me sentindo, viu?

Eu não aguentei e comecei a rir, arrumando um pratinho de carne e pão de alho para servir mãe Vitória e mama Drea que conversavam na varanda, sob a sombra.

: - Tua mulher é rica, amada, então você também é. – Nem comentei que elas se casaram, né? Em Janeiro, e foi uma cerimônia linda e luxuosa, nunca vi uma noiva mais bonita que Normani. Ela se mudou para o apartamento de Dinah em Botafogo e mantinham a casa de Petrópolis para férias, como Lauren e eu mantínhamos a de Porto de Galinhas. – Quando a gente casa, a fortuna de uma passa ser a de outra também. A gente divide. Não é apenas meu, é nosso.

: - Eu sei, viado, mas tipo... Eu quero ter a minha fortuna, entende? Eu sei que Dinah é maravilhosa e divide o que é dela comigo, mas eu quero construir minha própria fortuna, assim como você construiu a sua, Lauren a dela. Quero juntar a minha grana com a dela, entendeu? – É, fazia sentido. Justo!

: - É verdade... tem razão. – Bebi um gole de cerveja, me apoiando na mesa de madeira atrás de mim. – Mas você já está quase lá, a loja tá sendo bem sucedida, já já você tá ganhando uma grana preta.

: - Aí, Deus te ouça, Camila! – Mani me deu um tapinha no ombro, me fazendo sorrir. – Trabalhar bastante pra limpar a bunda com nota de 100. Meta!

: - Tu é muito otária mermo, hein! – Neguei com a cabeça, observando a falação naquele jardim e a música que tocava ao fundo. Todo mundo comia e bebia, conversava. Era daquele jeito que eu gostava de estar, com minha família reunida. – Quando eu ia imaginar que estaríamos casadas hoje em dia, hein, nega?

: - Porra, e não é? – Ela tomou um gole de sua cerveja, encarando o mar. – E tu com filhas, Taylor também. Passamos de piranhas para donas de casa. Que evolução!

Não dava para ter uma conversa séria com Normani, sério... Era impossível. Eu gargalhei, a empurrando pelos ombros.

: - Eu ainda sou piranha, viu? Mas só na cama. – Maliciei e ela me deu aquele sorrisinho de canto que era a marca dela.

: - Hmmm, queria hein! A gente bem que podia...

: - Normani! – Ela gargalhou da minha cara, me dando uma piscadela. – Por que você é assim? Quando eu quis te dar, tu não quis me comer, porra!

: - Claro, tu já tava amarrada na gringa, caralho! Eu só não queria morrer. – Aquelas nossas conversas eram hilárias, quem visse de fora, acharia que realmente queríamos nos comer, mas estávamos só brincando, pois o que a gente fazia já elevava o patamar de putaria entre amigas e nos satisfazia e muito. – Deixa Dinah ouvir isso, já vai ficar de fogo no cu. Vou é sair daqui.

: - Vai! – A empurrei pelos ombros, vendo-a se afastar de mim enquanto gargalhava. Como eu a amava, viu?

O que a gente fazia... as vezes? Ou melhor, o que costumávamos fazer, já que desde que as meninas nasceram não mais fizemos, por falta de tempo. Mas não demoraria a voltar a acontecer. Me peguei rindo ao lembrar.

A gente repetia o que havíamos feito naquela tarde quente de Carnaval, no morro do Cantagalo. Quando saíamos para beber, as quatro, era certo que na volta iríamos para o apartamento delas. Adorávamos o famoso "Voyeurismo", sempre respeitando o espaço do outro casal, claro, pois não fazíamos swing, apenas fodíamos por horas no mesmo ambiente, ou apenas observávamos enquanto duas o faziam. Era uma delícia, me dava muito tesão e eu ficava louca.

Não fazíamos troca de casais, pois não nos desejávamos dessa forma, digo, individualmente, por mais que existissem as brincadeiras. Não era Dinah sozinha que me excitava, nem Normani, era a ideia das duas juntas. Elas eram quentes demais em cima da cama, e assisti-las era melhor do que ver filme pornô. E para elas, funcionava da mesma forma em relação a nós. Nossa intimidade era muito grande, não ligávamos de ficar nua uma na frente da outra e nos respeitávamos como casais. Nunca, nunca havíamos se quer nos tocado nesses momentos, pois não havia vontade que não fosse ver, admirar.

Lauren e Dinah eram mais controladas, sempre as dominantes, daquelas que gemem baixinho e controlam o orgasmo por horas só para fazer com que a gente sofra dobrado. Era assim que Dinah fazia com Normani e era assim que Lauren fazia comigo. Às vezes, elas começavam a transar primeiro, outras, nós começávamos. Mas na maioria, os dois casais começavam juntos, e não demorava muito para a putaria, LITERALMENTE, estar formada. Normani e eu éramos duas putas na cama, e o que fazíamos quando estávamos no mesmo cômodo era de alucinar, se Lauren e Dinah não gozassem no mínimo três vezes na noite, mudaríamos nossos nomes. Éramos dois casais muito bem resolvidos em nossos relacionamentos e com muita intimidade em nossas amizades, o que não permitia que a manhã seguinte fosse constrangedora, como foi a primeira. De todas as loucuras que eu já havia feito e fazia na minha vida, aquela era a melhor de todas. Nada como uma boa putaria pra apimentar os dias.

Deixei os pensamentos de putaria de lado e fui servir mama Drea e mãe Vitória, entregando a elas o pratinho de carne. Eu vestia um biquíni amarelo, também fio dental, que entrava em contraste com o bronzeado da minha pele que ganhei naqueles dias de praia em Porto de Galinhas. Meu corpo já estava como no passado, nem parecia que eu havia parido duas crianças, tirando meus seios que continuavam grandes por conta do leite, para a alegria de Lauren.

E falando nela... se aproximou de mim com Luna no colo, dando a pequena um pouco de água num copo descartável. Sorri ao vê-las, como eram parecidas, os amores da minha vida.

: - Vai com a mamãe um pouco, filha. – Lauren a passou para os meus braços, corada por conta do sol. – Tá muito pesada e só quer ficar no colo agora, haja coluna.

: - Cadê meu outro pedacinho? – Passei os olhos ao redor, não a vendo por perto. Me preocupei, pois se aquela garotinha estava sumida, era sinal de que aprontava. – Lauren, cadê nossa filha?

: - Ela deve tá com a Dinah, amor, sair daqui ela não saiu, calma. Não tem como ela ir engatinhando lá pra fora. – Lauren me encarava tranquila, dando mais água a pequena. – Tem muitos olhos aqui, fica tranquila.

: - Impossível ficar tranquila sabendo as filhas que temos, né. – Beijei a bochecha de Luna, que sacudia as pernocas para ir pro chão. – O chão tá quente, amorzinho.

: - Dinda, deixa a Lulu ficar na piscina comigo? – Era Naomi dizendo em um português perfeito, em toda a sua beleza japonesa. Cabelo lisinho e preto, olhos bem puxadinhos. Parecia que era apenas filha do pai.

: - Sua mãe está lá? – Lauren perguntou acariciando o cabelinho dela, a olhando com admiração. Elas eram muito grudadas, pareciam até mãe e filha, pois Lauren conhecia mais a sobrinha do que Taylor, e aquilo nós já sabíamos o porquê né... – Não quero você sozinha dentro da piscina, mocinha, o que já conversamos?

: - Mamãe e papai estão lá e eu vou colocar a boia. – Ela pegou na mão da madrinha, puxando de leve. – Deixa, dinda, por favor. Eu seguro ela.

: - Claro que segura. – Eu ri da carinha dela, pois o que ela queria, conseguia convencer Lauren a deixar, sempre.

: - Eu vou entrar com vocês então, não posso deixar Luna nas mãos de Taylor que não toma conta nem dela.

Lauren rolou os olhos, pois Taylor continuava a mesma lerda de sempre. Lógico que não havia reclamações diante da criação dela com a filha e nem de seus cuidados, pois eram ótimos, mas a lerdeza não havia mudado em nada e Lauren era protetora demais pra confiar na lerdeza da irmã.

: - Passa mais protetor nela e em você. – Passei Luna para seus braços novamente, ajeitando a pequena calcinha de seu biquíni que cobria a fralda. – E leve Sol também, ou melhor, ache ela antes.

: - Certo! – Lauren se curvou e selou meus lábios. – Te amo!

: - Te amo!

A cara de Naomi era impagável, ela fazia uma careta e negou com a cabeça.

: - Eca! Igual minha mãe e meu pai, toda hora se beijam.

Nós caímos na gargalhada. Crianças, por que são assim?

Lauren se afastou com uma de nossas filhas e a sobrinha, e de longe enxerguei meu pai com Sol no colo, saindo da praia e entrando no Jardim. Ela estava coberta de areia novamente, me fazendo soltar um suspiro longo. Lá ia eu dar o 827827 banho nela só aquela tarde. Eu que lute!

As horas foram passando e logo chegou a noite, trazendo alívio para o calor e nos permitindo relaxar um pouco. O churrasco tinha acabado, mas a festa continuava. Já havíamos dançado de tudo, desde funk a forró. Normani estava bêbada, obviamente, mas nada que a deixasse como ela ficava na Lapa. Dinah também não estava muito atrás. Sofia e o namorado também beberam um pouco mais, e conversavam ou se agarravam no canto do Jardim, pois eu via mesmo que eles tentassem se esconder. Meu pai e Marina ficaram bêbados e foram dormir, Mama Drea e mãe Vitória também foram descansar, meus sogros subiram com as meninas para o quarto depois de Lauren e eu amamentá-las, não demoraria muito e logo elas dormiriam também. E Taylor conversava com o marido, também bêbada, enquanto Ana estava sentada ao lado deles de braços cruzados, parecendo perdida na vida.

Lauren e eu começamos a dançar agarradinhas num ritmo gostoso quando "Anunciação – Alceu Valença" começou a tocar. Não estávamos bêbadas, não de álcool, talvez estivéssemos embriagadas de felicidade.

: - Tu veeeens, tu veeeeens, e eu já escuto os teus sinaaaais. – Eu cantei sorrindo quando ela me rodou com delicadeza, me puxando de novo contra o seu corpo e colando seu peito em minhas costas, me abraçando sem deixar de acompanhar meu ritmo.

: - A voz do anjo sussurrou no meu ouvido... – Ela sussurrava no meu, me arrepiando e me fazendo abrir um sorriso, mordendo o lábio inferior. – E eu não duvido, já escuto os teus sinais...

Encaixei nossos corpos de frente de novo, rodeando seu pescoço com os braços, vendo seus olhos verdes brilharem em tantos sentimentos distintos que senti aquele frio na barriga.

: - Eu amo os teus sinais. – Ela disse baixinho, só pra mim, me guiando pela cintura, me puxando para ela, me apertando. – Quando você tá chegando lá... os sinais que você dá... Como eu amo.

: - Para! – Levei meus dedos até seus lábios para fazê-la parar de falar. Eu não queria acabar com a festa subindo para o quarto naquele momento. – Não fala nada, ou vai me deixar com tesão. Tudo o que sai dessa sua boquinha linda me deixa excitada.

Eu encarava seus lábios bonitos, avermelhados por conta do sol, quase hipnotizada. Ela estava tão linda, era tão linda. As maçãs do rosto coradas, os longos cabelos negros caindo até o meio das costas, com leves ondulações. Eu amava qualquer cor que ela resolvia pintar as mechas, mas preto era a sua cor. O corpo cada vez mais gostoso, cheio de curvas e carne, que me enlouqueciam quando pesavam em cima de mim. Os seios maiores, cheios de leite, que pesavam nas minhas mãos quando eu os segurava e apertava, ouvindo-a gemer. Tudo nela me excitava, já estávamos juntas há nove anos e nada havia mudado sexualmente falando, eu ainda queria foder com ela 24 horas do meu dia.

: - Ah, pensei que já estivesse...

Ela me beijou, e não foi um beijo qualquer, foi O beijo. A música ainda tocava, ou havia parado, sei lá, eu só sabia da minha língua deslizando contra a dela e suas mãos quentes se embolando entre as mechas do meu cabelo. Como ela beijava gostoso, porra! Dava aquelas chupadinhas molhadas em meus lábios que me levavam à loucura. O gosto de vinho na sua boca estava me deixando tonta, beijar Lauren era sempre uma experiência inigualável. Quando o ar nos faltou, separamos nossas bocas, colando nossas testas enquanto sorriamos.

: - Morena tropicana, eu quero o teu sabor... – Ela cantou contra a minha boca a música que passou a tocar, beijando o meu sorriso.

: - AIIII AIIIII AIIIII AIIIII – Normani gritou ao fundo a continuação, nos fazendo dar uma gargalhada olhando para ela, que dançava sozinha com sua garrafa de cerveja, quase uma sofrência. – AI MORENA TROPICANA, EU QUERO O TEU SABOOOOR, AII AII AII AII!

: - A outra sofrendo ao som de "Morena tropicana", é o auge nega. – Eu comentei sem conseguir parar de rir, vendo-a me mandar um beijinho.

Lauren negou com a cabeça, me pegando pela cintura, me levando no ritmo da música. E não é que a gringa aprendeu a dançar forró? Sambar ela não conseguia, mas forró, eita que a bicha tinha virado uma forrozeira de tanto que nós viajávamos para o Nordeste. Nesses cinco anos que se passaram, visitamos praticamente todos os Estados do Norte e Nordeste, amávamos todos, mas a Bahia era a minha paixão e Pernambuco era a de Lauren.

Ela me conduzia na dança sem esforço, me enchendo de orgulho do lado brasileiro que ela adotou para si. Dançamos por mais um tempo, logo estávamos nos beijando de novo, corpos coladinhos e roçando entre uma música e outra, mãos pegando no cabelo, tocando na bunda. Cortei nosso beijo, com medo de que virasse sexo no jardim.

: - Podemos acabar com a festa. – Lauren comentou rindo, o famoso rindo de NERVOSO, pois enxerguei em seus olhos o tesão contido.

: - Sai daqui. – A empurrei de leve pelos ombros, e como se ouvisse minhas preces, ouvi a voz de Dinah se aproximar.

: - Jauregui, vem aqui nessa porra. – Dinah a pegou pelo punho, a puxando. – Aquele viadinho do marido da Taylor tá falando mal do Xbox na minha cara, mermão. Esse fudido sabe que somos praticamente herdeiras da Microsoft? Eu vou bater nesse japonês.

: - É o que? – Lauren ficou enfezada, e as duas saíram juntas quase batendo o pé na direção de Tatsu, que só ria apoiado na cerca do jardim. Ali tinha coragem porque noção, nenhuma.

Olhei ao redor e vi que Normani conversava com Taylor num canto, rindo igual duas hienas. A cachaça é foda mesmo. Neguei com a cabeça e fui na direção de Ana, que continuava sentada com cara de "queria estar morta" literalmente. Achei estranho, pois ela era sempre a mais animada da festa. Me sentei em uma cadeira ao lado dela e toquei sua coxa.

: - Que carinha é essa? – Perguntei preocupada, colocando uma mecha de seu cabelo cacheado atrás de sua orelha. Ela usava eles em um quase black, como Normani, cheio de cachinhos. Lindos!

: - Nada, madrinha. – Ela respondeu sem graça, me encarando com um sorriso pequeno. Torci os lábios, não acreditando nela.

: - Nada? Eu te conheço e não é de hoje. – Me curvei de lado na cadeira, de frente para ela. Eu vestia um shortinho jeans parecido com o dela, desfiado e num tom claro. – Desembucha, o que tá te deixando mal?

: - É sério, não é nada. – Ela suspirou, desviando seus olhos dos meus, pois sabia que eu a conhecia o suficiente para perceber em seu olhar o que havia de errado, se continuasse me encarando. – Só tô cansada.

: - Você sabe que pode falar qualquer coisa comigo, não sabe? – Acariciei seu rosto, falando com ela como falaria com minhas filhas, pois era como se ela fosse. Tínhamos uma ligação muito forte e éramos muito amigas, muito mesmo. – Eu sou sua madrinha, mas além disso, sou tua amiga e sei que você tá triste, e se não desabafar, vai passar o resto da viagem inteira assim.

Ana respirou fundo, mordendo o lábio inferior com força. Ficou encarando o nada um tempo, acredito que pensando se desabafava ou não. Seus braços estavam cruzados embaixo dos seios e ela respirava um pouco mais forte também, podia ver pelo movimento de seu peito. Seu corpo era muito bonito, parecido com o de Normani. Eu tinha orgulho do mulherão da porra que ela estava se tornando. Faria 17 anos no próximo mês, mas parecia estar na casa dos 20.

: - É Sofia... – Ela disse, não querendo dizer, bufando um pouco.

: - O que houve, vocês brigaram? – Ergui as sobrancelhas. – Vocês nunca brigam, ao menos a madrinha nunca viu.

: - Não brigamos, é que... – Ana me olhou um pouco envergonhada, seus olhos negros brilhavam com lágrimas. Me assustei, pois ela iria chorar e não sabia o porquê. – É que...

: - É quê? – A incentivei a falar, pegando sua mão esquerda entre as minhas. Odiava vê-la mal.

: - É que ela fica lá com o namorado dela e... Não me dá atenção. Ela só fica com ele agora, tudo é Miguel, Miguel, Miguel, nem olha pra mim. Eu já tô de saco cheio. – Ela esbravejou, realmente com raiva e desviou o olhar novamente. – É uma merda!

: - Eu sei que é chato quando nossa melhor amiga arruma um namorado, estamos acostumadas a ter toda a atenção dela e quando não temos mais, sentimos falta mesmo. – Acariciei sua bochecha, mas via em sua expressão fechada e magoada que não era só isso. Ela estava brava demais pra ser só isso. – Ana, fala pra mim, é só isso mesmo que está acontecendo?

: - Não... – Sabia! Ela bufou de novo e seus lábios tremeram. Meu coração apertou. – Estou com ciúmes.

: - Ciúmes de amiga ou...?

Quando ela chorou, eu soube que não era apenas ciúmes de amiga.

: - Ah, meu Deus... – Eu disse quase em um sussurro, a puxando para mim e a envolvendo em um abraço terno, para tentar consolá-la de alguma forma. Ana estava gostando de minha irmã. Como não percebi isso antes? E Eu ainda reclamava da lerdeza de Taylor. - Shii, meu amor, tá tudo bem. – Beijei sua cabeça, acariciando suas costas. A música alta ao fundo impediam que terceiros ouvissem nossa conversa. – Não chora, me dói te ver chorar.

: - Não está tudo bem. – Ela separou de mim e limpou suas lágrimas com raiva, como se estivesse se condenando por chorar. – Eu tô apaixonada pela minha melhor amiga, que namora um cara e que nem olha pra mim e nunca vai olhar. Como pode estar tudo bem, madrinha?

Meu coração se apertou todinho. É tão ruim quando nos decepcionamos logo no nosso primeiro amor.

Enxuguei suas lágrimas, acariciando sua mão trêmula.

: - Por que você não se abre com ela? Conta pra ela o que sente, que está apaixonada. Vai que ela sente o mesmo por você? Já pensou nisso?

: - Nem morta eu vou falar pra ela, Sofia vai rir na minha cara. – Neguei com a cabeça, pois ela não iria, conhecia Sofia o suficiente pra saber isso. – Além do mais, ela não fica com meninas da minha idade, ela mesma disse isso. Ela tem dezenove anos, eu tenho dezesseis, mas ela age como se eu ainda tivesse sete anos e me trata como tal.

Ah, o drama adolescente lésbico... o que seria da vida sem ele?

: - Isso de idade, o que é que tem? Eu tenho 29 anos e sua irmã tem 43. – Eu fiz uma careta para ela, que riu enquanto fungava. – Sofia está sendo idiota se pensa mesmo isso, o que eu duvido muito. Talvez ela só não imagine ficar com você por achar que você é hétero.

: - Eu sei lá o que eu sou. – Ana resmungou, cruzando os braços embaixo dos seios. – Eu devo ser doida isso sim.

: - Também. – dei um tapinha em sua coxa. – Mas se gosta da minha irmã, é no mínimo bi.

: - Então o que eu faço, madrinha?

: - Pensa em contar para ela, está bem? Você só vai saber o que ela pensa de verdade se contar, caso contrário vai ficar aí sofrendo sem saber de nada.

E era isso, ou não era? Afinal, quem não arrisca, não petisca. É melhor se arrepender das coisas que fizemos do que se arrepender do que não fizemos. Se você tiver a oportunidade de falar o que sente pra alguém, fale logo, ou nunca vai saber o que a outra pessoa sente também.

Lá pela meia noite, a cerveja ainda rolava no Jardim, Dinah e Normani nem sabiam mais quem eram e só queriam saber de dançar como se não houvesse o amanhã. Lauren e eu nos despedimos de todos que ainda estavam ali e subimos, eu estava cansada do dia agitado e queria aproveitar minha esposa um pouquinho.

Passamos no quarto dos meus sogros para ver nossas garotinhas e elas já estavam dormindo, tadinhas, mortas de cansadas de tanto engatinharem pra lá e pra cá. Deixamos um beijo na testa de cada uma e saímos, prometendo aos meus sogros que no dia seguinte elas dormiriam conosco. Eles não ligavam, pois amavam ficar com as netas e muitas das vezes, só não ficavam mais pois nós não deixávamos, com medo de sobrecarregá-los.

Quando entramos em nosso quarto e trancamos a porta, Lauren já veio me agarrando, me pressionando na parede e roubando meu fôlego.

: - Enfim, sós! – Ela mordeu meu lábio inferior de uma maneira tão gostosa que não aguentei e gemi. Tentei empurrá-la pelos ombros, para me livrar de suas garras enquanto ainda tinha tempo para fazer o que queria. – Ah, vai me empurrar? Vai fazer assim hoje, charminho? Então faz que eu gosto.

Ela já vinha me beijando e eu desviei meus lábios, passando por baixo de seus braços que estavam esticados contra a porta, mantendo minha cabeça entre eles. Puta que pariu! Ela não me dava brecha nem para pensar.

: - Camila... – Lauren soltou uma risadinha excitada e rouca, levando as mãos até o laço que prendia seu biquíni, o soltando. – Isso só vai piorar as coisas pra você mais tarde, você sabe, porque quando eu te pegar...

: - Espera! – Deslizei as mãos pelo cabelo, mordendo meu lábio inferior ao vê-la nua da cintura pra cima. Seus olhos ardiam em mim feito fogo. – Eu quero brincar hoje.

: - Quer brincar? – Ela perguntou enquanto se aproximava, me fazendo dar alguns passos para trás. – Então nós vamos brincar e quando a brincadeira acabar, eu vou te foder até você me pedir pra parar.

PORRA! E as palavras? Parecia que as perdi. Sem condição nenhuma de ficar no mesmo cômodo que aquela mulher sozinha, pois eu não conseguia raciocinar direito.

Ela me enlaçou pela cintura, me puxando para ela e deslizando o nariz por meu pescoço, enfiando a mão direita por dentro do meu short jeans para agarrar a minha bunda num aperto delicioso.

: - Vai tomar o seu banho e enquanto eu tomo o meu... – Ofeguei com seus beijos em minha mandíbula. – Veste uma de suas saias sociais pra mim, suas solas vermelhas... E aquele conjunto de sutiã e cinta-liga preta rendada que eu gosto... vai!

Pedi quase desistindo de brincar e me entregando de vez as suas mãos que já me maltratavam por onde passavam. Aquela mulher era um vulcão em erupção.

Lauren me olhou com aquele sorriso cafajeste que molhava a minha calcinha, me soltando para abrir o botão do short jeans que vestia.

: - Hmmm, então hoje você quer ser fodida por uma CEO, baby? – Mordi o lábio com um suspiro e fiz que sim com a cabeça. Adorava quando ela me chamava daquela forma, fazia com que eu me sentisse uma puta. – Então você será... vou te mostrar como é que eu dou ordens.

Ah, senhor! Que NÃO tenhas piedade de mim.

Lauren foi se afastando de mim sem deixar de me olhar e antes de entrar no banheiro, me deu uma piscadela tão sexy que eu quase desfaleci ali mesmo. Respirei fundo para buscar o meu controle de volta, ou gozaria nos primeiros cinco minutos.

Corri até nossas malas dentro do closet e peguei um conjunto de calcinha e sutiã vermelha de renda, meu vibrador de tamanho médio, pois eu havia comprado dois nessa viagem para que pudéssemos nos divertir um pouquinho, mas eu apenas me masturbava com eles para ela ver, deixava o trabalho principal para os dedos dela que eram, sem dúvida alguma, uma delícia. Quando Lauren tinha seus dedos dentro de mim era ejaculação na certa.

Levei tudo para cima da cama e me sentei na beirada, esperando que ela acabasse seu banho para que eu fosse tomar o meu. Só de ouvir a água da ducha caindo e saber que ela estava nua lá dentro, se acariciando ao se ensaboar, eu já me sentia molhar.

Ela não demorou muito, logo saiu do banheiro toda nua, cabelos molhados e o corpo exalando aquele cheiro delicioso de sabonete importado. Engoli a saliva que se formou em minha boca.

Ela me olhou de canto, indo na direção do closet, me fazendo acompanhá-la com os olhos. Fiquei um pouco desorientada com sua imagem nua, braços fortes, coxas grossas e levemente malhadas, bunda grande e branquinha feito leite, seios volumosos, suas veias das mãos e antebraços saltavam de forma delicada e sua boceta deliciosa numa depilação cavada impecável, que deixava uma fina penugem numa linha vertical. Tão feminina, tão sexy, tão fatal. Ela não era nem muito magra e nem gorda, ela era aquele meio termo, cheia de curvas deliciosas, ultrapassando o limite da beleza. Tudo no corpo daquela mulher me fazia suspirar. Eu amava todos os seus traços de mulher adulta, mais velha, séria, onde o corpo não lembrava em nada uma menininha. Não, Lauren não era menina, Lauren era mulher, minha mulher.

: - Vai tomar o seu banho. – Ela não pediu, ela ordenou, me olhando de dentro do closet enquanto deslizava no punho sua delicada pulseira de ouro branco e os anéis que normalmente enfeitavam seus dedos. – Não gosto de esperar.

Lá estava a mulher que eu queria aquela noite, a CEO de uma empresa internacional que sabia dar ordens como ninguém, em cima de seus saltos e de todo o seu poder. Ai, eu estava fodida... literalmente!

Me levantei da cama, peguei o conjunto de calcinha e sutiã e quase corri para o banheiro, me trancando lá dentro. Fui tirando o short e o biquíni com um pouco de pressa, a ansiedade começou a dar sinal de vida. Entrei no box e liguei a ducha, me enfiando embaixo da água morna e quase gemendo com a sensação maravilhosa. Lavei os cabelos, ensaboei meu corpo em todos os cantos, duas vezes, escovei os dentes e desliguei a água, me secando enquanto me olhava no espelho.

Lembrei de um detalhe de minhas transas com aquela mulher e corri para fazer a higiene de um certo lugar, pois eu nunca sabia quando ela iria querer, então eu estava sempre pronta. Vamos dar tudo sim, meninas, mas vamos dar bem limpinhas e cheirosinhas pois ninguém é obrigada a nada. Fica a dica!

Voltei para o box depois, me lavei de novo e sai. Vesti a lingerie vermelha, que modesta parte, me deixou gostosa pra caralho e sequei levemente os cabelos na toalha, respirando fundo antes de abrir a porta do banheiro.

Ao voltar para o quarto, uma música tocava em tom ambiente, "Love is a bitch – Two feet". A iluminação era suave, bem pouca. A vi parada de frente para a janela e o gemido que ficou preso na minha garganta deixou claro que aquela sua versão era a que mais me enfeitiçava. Ela vestia uma saia social coladinha na cor vinho, com uma pequena fenda do lado. Nos pés, os Louboutin pretos, o sutiã rendado, também preto cobrindo seu busto, meias finas e pretas ao longo de suas pernas e eu só imaginei a cinta-liga da mesma cor por debaixo da saia... os cabelos estavam úmidos, jogados para o lado naquela bagunça pós-sexo. No pescoço, o colar de ouro branco e em sua mão direita, uma taça de vinho, que ela fez questão de tomar um gole bem devagar enquanto me olhava por trás do cristal. Eu ia morrer, era real.

Lauren me olhou dos pés à cabeça, deixando com que seus olhos se demorassem nos meus. Ela bebeu mais um gole de seu vinho e foi caminhando sensualmente na direção do sofá que ficava de frente para a cama King size. O barulho que seus saltos fizeram no piso de porcelana me arrepiou inteira.

Com calma, ela sentou-se, cruzou a perna direta sobre a esquerda e enxerguei com um suspiro a cinta-liga rendada. Lauren era uma mulher muito bela, portadora de muita feminilidade e aquilo era o que mais me excitava nela. Ela estava sempre de saltos, com acessórios delicados, cabelo muito bem cuidado, muito cheirosa, maquiagem suave, usava lingeries belíssimas, sempre de renda e sentava-se com elegância, passando uma imagem de poder, poder feminino que ela tinha de sobra. Quando mandava, o fazia de forma firme, mas com aquele tom sensual que mesmo sem querer, estava presente. Era dela, ser sensual era a natureza dela.

Ela apoiou o braço direito no encosto do sofá e sacudiu de leve sua taça de vinho, me olhando nos olhos de uma forma que me tirou o ar.

: - Vem cá! – Sua voz soou melodiosa, rouca, mostrando o quanto ela já estava excitada. – Senta aqui no colo da sua chefe, senta.

Ah, isso mesmo, Lauren! Vamos brincar. Eu amava o fato de sempre estarmos encarnando personagens nas nossas brincadeiras. Eu já havia sido doméstica, ela a patroa. Eu já havia sido médica, ela a paciente, eu já havia sido prostituta, ela a cliente, eu já havia sido tanta coisa e ela também, que daria um belo livro de contos eróticos.

Caminhei em sua direção também de forma sensual, fazendo-a morder o lábio e deslizar os dedos da mão livre pelo cabelo. Ela fez um pequeno biquinho quando parei a sua frente, e descruzou as pernas para que eu me sentasse em seu colo. Eu sentei, colocando uma coxa de cada lado de seu quadril, jogando o cabelo para o lado e a olhando de cima.

: - Isso... – Ela tomou mais um gole de seu vinho, me espiando como uma felina. Meu corpo queimava. – Você sabe, baby, que o que estamos fazendo aqui é errado, não sabe?

Eu abri um sorrisinho de lado, deslizando os dedos por sua clavícula nua, por cima do cordão de ouro branco.

: - Sei... mas sempre gostei do perigo. – Ela sorriu sacana, me devorando com aqueles olhos verdes que pareciam famintos. – Sua mulher não vai se importar, não é, senhora Jauregui?

Lauren sorriu de canto e estalou a língua na boca, fazendo um singelo gesto de negação com a cabeça depois de tomar mais um gole de seu vinho.

: - Não... minha mulher é gostosa, senhorita Cabello, mas você... – Sua mão direita correu uma de minhas coxas até a minha bunda e ao chegar lá, ela apertou com força, me fazendo gemer. – Você é um pecado.

: - E qual é o seu pecado favorito, senhora Jauregui? – Sussurrei em seu ouvido, deixando que minha respiração acariciasse seu pescoço, a arrepiando.

: - Te foder inteira. – Eu gemi, movendo meu quadril de leve sobre o dela, com sua mão forte e quente se apossando da minha cintura. – E hoje eu vou te foder de quatro, de lado, de frente e de pé. – Ela me deu um tapa na bunda tão bem dado, que o estalo repercutiu pelas paredes do quarto. Minha calcinha estava destruída. – E quando eu acabar, você vai me chupar com essa sua boquinha linda e vai deixar com que eu goze nela bem gostoso, e vai fazer tudinho o que eu mandar. Se você se comportar como uma boa garota, eu deixo você me foder bem aqui, nesse sofá.

Eu estava feliz por nosso quarto ser distante dos outros quartos da casa, pois tinha certeza que naquela noite, ela ia me colocar pra gritar.

Eu já nem estava raciocinando mais, e meu quadril se movia sobre o dela lentamente sem que eu percebesse antes. Ela me deixava louca.

: - Eu sempre me comporto, não é? – Deslizei meu dedo indicador por entre seus lábios, gemendo baixinho quando ela o sugou enquanto me olhava nos olhos. – Me toca...

Eu implorei, pois a minha necessidade dela já era tão grande, que eu já não sabia mais se queria continuar a brincadeira.

: - Não, baby, quem vai se tocar aqui é você... e vai fazer isso bem gostoso enquanto eu assisto.

E antes que eu pudesse responder, ela largou sua taça na mesinha ao lado, me puxou pela nuca naquela pegada brusca que só ela tinha e me beijou. Eu gemi naquela boca, enfiando minhas mãos por entre as mechas de seu cabelo úmido e cheiroso, puxando enquanto deslizava a minha língua naquele calor delicioso que me tirava a sanidade. Nos beijávamos feito duas loucas, roçando nossos corpos de uma maneira tão intensa que começamos a suar. Suas mãos vagavam por minhas coxas, correndo para a minha bunda, aonde ela apertava e batia. E quando ela batia... que delícia! Eu gemia, arranhando suas costas, deixando-a ofegante, bruta. Ela segurou meu rosto com a mão direita, pelo queixo, suas unhas pequenas e bem feitas pintadas de vermelho, afundando em minha pele. Sugou minha língua para dentro de sua boca, movendo a cabeça para trás, para frente, para trás e para frente, quase me fazendo revirar os olhos. Minha boceta contraída todinha, eu estava tão molhada que comecei a marcar o tecido da saia dela. Sua mão livre maltratava o meu seio por cima do sutiã, e quando eu comecei a sentir o orgasmo crescer em meu ventre depois de me esfregar nela por longos minutos, ela me empurrou para trás, ofegando, deslizando o dedo indicador pelo canto dos lábios, levando as costas de encontro ao encosto do sofá. Era como se eu fosse infartar de tão insana que me encontrava.

: - Hora do meu show... – Lauren deslizou a língua pelo lábio inferior e o mordeu, pegando sua taça de vinho na mesinha e tomando um gole. A filha da puta queria me matar. Pois então que estivesse disposta a morrer junto comigo, porque eu ia maltratar.

Abri um sorriso sujo para ela sai de seu colo, parando de pé a sua frente. Minhas pernas estavam bambas e minhas coxas completamente meladas.

: - Tira a calcinha, tira. – Ela ordenou com aquela voz rouca de tesão, cruzando as pernas, bebendo mais de seu vinho, me despindo com os olhos.

Eu virei de costas para ela, jogando meu cabelo por cima do ombro direito, a olhando por cima do esquerdo e fui descendo a calcinha vermelha de renda bem devagar com um pequeno rebolado. A ouvi suspirar, sorri mordendo o lábio. Quando, finalmente, tirei a peça, me virei de frente para ela e a joguei em seu colo, vendo-a pegar a renda vermelha na mão e levar até o nariz, fechando os olhos enquanto inalava o meu cheiro. Que tesão, puta que pariu!

: - Que tesão! – Ela sussurrou com a voz entrecortada, denunciando os meus pensamentos. – Gostosa! – Lauren cheirou aquele tecido mais uma vez e mordeu o lábio, me olhando dos pés à cabeça. – Deita na beira da cama de frente pra mim... – Com calma, caminhei até a cama e me deitei, deixando minha bunda na beirada, para que ela pudesse me enxergar bem. Eu tremia, suava, aquela brincadeirinha que eu mesma inventei estava acabando comigo. – Abre as pernas pra mim.

Eu abri, ela gemeu, eu também gemi. Senti meu líquido escorrer pela fenda que latejava, doida para ser invadida.

Puxei um dos travesseiros para debaixo da minha cabeça, para que eu pudesse vê-la. Ela me encarava com aquele olhar de fome, luxúria, poder... E aquele poder me matava, me sufocava, me excitava, me arrebatava. Eu estava louca.

: - Tira o sutiã e toca os seus seios bem devagar... – Ela ordenou novamente e eu quase gemi com aquela voz sedutora me ditando o que fazer. Logo atendi seu pedido, jogando meu sutiã rendado no chão do quarto, levando minhas mãos ansiosas aos meus seios, fechando os olhos ao tocá-los. – Isso... assim!

Eu os apertei, juntando os dois e correndo os dedões por meus mamilos doloridos de tesão, separando os lábios para arfar de prazer. Como era bom fazer aquilo sob a visão daquela mulher de poder.

: - Porra, como você é boa, céus... – Lauren gemeu baixinho e por entre as minhas pernas, pude vê-la virar o resto de seu vinho, largando a taça vazia na mesa ao lado. – Eu sei que isso está delicioso e que você não quer parar... – Porra, eu não queria mesmo, pois estava bom demais. – Mas eu quero que você se acaricie pra mim, começando no pescoço e descendo até essas coxas maravilhosas. Vai... mostra pra sua chefe como você faz quando está pensando nela.

Ai, meu Deus! Eu podia gozar só com o som daquela voz, sério... aquele tom rouco, meloso. Deslizei minhas mãos por meu pescoço, subindo bem devagar até meu rosto, enfiando dois de meus dedos entre meus lábios inchados pelos beijos que trocamos, chupando-os, voltando com eles para fora, descendo aquele toque molhado por minha clavícula, passando pelos seios, apertando os bicos doloridos, deixando que um gemido manhoso escapasse da minha garganta.

: - Lauren... – Gemi baixinho, descendo minhas mãos quentes pela lateral do meu corpo, despertando arrepios, causando tremores. Olhos fechados, coxas abertas, o suor molhando a pele. De repente, o quarto ficou mais quente, minha cabeça rodava enquanto eu acariciava as minhas coxas, descendo até a virilha, voltando para a barriga, arranhando, apertando.

: - Na boceta, baby... – Ela disse com um gemido. – Toca nela pra mim, toca.

Eu toquei, gememos juntas e enxerguei quando ela se ajeitou no sofá, apoiando os dois braços abertos no encosto, descruzando as pernas só para voltar a cruzá-las para o outro lado. Eu vi o quanto ela estava fascinada por aquele joguinho, e nada me dava mais prazer do que isso.

Comecei a me masturbar bem devagar para ela, mantendo a mão esquerda massageando meus seios enquanto a direita fazia o mesmo trabalho no meu clitóris sensível, em círculos. Os gemidos saiam da minha garganta quase chorosos, baixinho, só pra ela, deixando -a ofegante, agitada. Eu aumentei o ritmo de meus dedos, ela estalou a língua na boca naquele som gostoso de repreensão.

: - Não, devagar, lento... quero que brinque com ela devagar só pra me enlouquecer. – E me enlouquecer também, porque porra... Eu já estava perto e mal havia me tocado. – Você quer meter nela, Camila?

Ai, aquele Camila pronunciado de forma quase arrastada. Eu gemi bem manhosa, mordendo o lábio inferior com força e fazendo um gesto de afirmação com a cabeça.

: - Então mete... primeiro com o seu brinquedinho. – Lá estava, ela adorava quando eu o usava. Estiquei a mão para o lado e o peguei. – Chupa!

Eu chupei, colocando-o até metade em minha boca, retrocedendo e deixando que ele saísse de meus lábios sob um pequeno som de sucção. Ela gemeu.

: - Agora mete. – Eu ia gozar e não tinha nem metido ainda. O que aquela mulher estava fazendo comigo? Meu corpo pegava fogo, eu estava tão molhada que o vibrador deslizou para dentro de mim sem dificuldade alguma. Soltei um gemido longo quando ele começou a vibrar em meu interior, curvando a minha coluna. – Tudo não, só a metade... não seja gulosa.

: - Por favor! – Eu implorei, literalmente implorei, rebolando o meu quadril contra aquele objeto macio, querendo meter tão fundo quanto podia, só pra calar a falta que seus dedos me faziam. – Deixa eu colocar tudo... por favor!

: - Não... – Ela estava adorando me maltratar, seu sorrisinho sacana me deixando descontrolada. – Brinca com ele só na entradinha, vai... deixa eu ver como você faz.

E como na noite anterior, eu fiz, lógico que eu fiz, deslizando-o para dentro e para fora só até a metade repetidas vezes, quando a pequena cabeça chegava na entrada, eu a deslizava para cima, deixando com que ela vibrasse no meu clitóris, tornando a descer para me foder. Eu gemia tanto, estava tão gostoso, tão gostoso, que eu tinha certeza que teria o melhor orgasmo que já tive sozinha.

: - Ah, que delícia... – Ela dizia perdida no mesmo prazer que o meu, os lábios separados, a respiração ofegante, seios subindo e descendo de forma rápido, pernas cruzadas e tenho certeza que suas coxas estavam sendo pressionadas para apaziguar o tesão. – Você quer meter tudo que eu sei, então mete... Eu deixo.

Ela nem precisou falar duas vezes, no mesmo segundo ele já estava todo dentro de mim, vibrando bem no fundo, enviando sensações estarrecedoras por meu corpo, com toda a certeza comandada por aqueles olhos verdes que me viravam do avesso.

: - Lauren... eu vou gozar. – Eu avisei ofegando, metendo e tirando, metendo e tirando. – Porra, eu vou gozar tão... – Perdi a fala.

: - Com os dedos... agora. – Ela ordenou e eu obedeci, tirando o vibrador da minha boceta encharcada e substituindo por meu dedo do meio e o anelar. Era demais pra mim. – Mete rápido, baby e goza bem gostoso pra mim.

Eu meti, uma, duas, três, quatro vezes, rápido e forte como ela fazia, como ela faria e foi o suficiente. Eu contorci meus dedos dos pés sobre o lençol, sentindo os tremores violentos se espalhando por todo o meu corpo, dando início ao orgasmo mais intenso que tive ao me masturbar. Meus dedos da mão livre cravaram-se em meu seio esquerdo enquanto eu gozava pra ela loucamente, gemendo como uma puta, sua puta.

: - Não para! – Ela mandou ofegante, se levantando, se aproximando da cama. Eu continuei a me foder, e o orgasmo que me sacudiu primeiro deu espaço para um segundo, mas não era só isso, era mais, muito mais. Eu tirei os dedos de dentro de mim com pressa e mordi minha mão calando o grito que saiu pela minha garganta, sacudindo o quadril enquanto jorrava, literalmente, sobre a cama. Eu ejaculei com força, molhando minhas pernas e a barriga dela, que estava sentada sobre seus calcanhares a minha frente. Desfaleci sobre os lençóis de seda, deixando que minhas pernas caíssem moles na cama enquanto esfregava de leve o meu clitóris inchado para aproveitar o final daquela delícia. Caralho, o que foi isso? – Porra, você me molhou toda, gozou como uma putinha pra mim... do jeito que eu gosto! – Eu estava desacreditada que ela conseguiu fazer com que eu me fizesse ejacular. Que mulher era aquela? – Agora fica de quatro pra mim porque é a minha vez de fazer a sua boceta gozar.

Ali eu soube, a brincadeira havia acabado.

Meu Deus, ela ia me matar e eu não estava nem um pouco preocupada em morrer. Virei de bruços para ela, sentindo-a montar a minha bunda e enrolar uma das mãos no meu cabelo, puxando minha cabeça para trás, beijando a minha boca com loucura, enfiando sua língua sedenta, chupando meus lábios, rebolando na minha bunda.

Desceu seus beijos e sua língua por meu pescoço e nuca, lambendo meus ombros, descendo pela coluna. Eu estava delirando, meu corpo aceso outra vez, a boceta dolorida de tesão. Ela deu um tapa na minha nádega direita e lambeu em seguida, eu gemi. Ela deu outro na minha nádega esquerda, eu enterrei o rosto entre os lençóis da cama, me empinando para ela. Me ofereci. Ela gemeu, eu gemi.

: - Que visão, Camila! – Ela ia dizendo perdida em suas próprias palavras e eu me coloquei de quatro pra ela, a olhando por cima do meu ombro direito, mordendo o lábio ao vê-la lá parada, de joelhos atrás de mim, naquela saia coladinha, sobre seus saltos fodidos, o cabelo já seco e bagunçado, retirando os anéis de seus dedos, um por um. – Porra, você é gostosa pra caralho! – Ganhei outro tapa na bunda, soltando um gemidinho manhoso. Ela amava quando eu ficava de quatro, gostava de me foder naquela posição, era a preferida dela, pois daquele jeito podia brincar com sua parte favorita do meu corpo. – Me fez gozar sem nem ao menos tocar em mim. Eu tô toda molhada pra você... quer sentir, não quer?

: - Quero! – Quase perdi o ar ao dizer em desespero, meu coração acelerado, louca para senti-la. Delirei ao vê-la erguer a saia até a cintura, expondo a cinta-liga preta presa a uma calcinha da mesma cor rendada, minúscula. As meias finas cobrindo toda a extensão de sua perna até metade das coxas. – Ai, Lauren... se esfrega na sua mulher, vai.

Lauren segurou minha cintura com suas mãos quentes e me puxou de encontro ao seu quadril, fazendo minha bunda roçar em sua boceta coberta pela calcinha, completamente encharcada. Nós gememos juntas, a luxúria ultrapassando o limite da sanidade. Como ela era maravilhosa.

: - Sente como me deixa... – Ela deslizou a mão pela minha coluna, puxando meu cabelo, empurrando seu quadril para frente contra a minha bunda, soltando um gemido rouco, forte, tão bom que eu quase revirei meus olhos de prazer. – Só você me deixa assim, minha vadia gostosa... – Adorava quando ela me xingava, se existia no mundo sexo melhor que o sexo sujo, eu desconhecia. – Rebola pra mim!

Eu rebolei, olhando-a por cima do meu ombro enquanto movia meu quadril em círculos lentamente na boceta dela, fazendo-a arfar alto, apertando a minha cintura com força, mandando todo o controle para o espaço.

No momento seguinte ela estava com sua boca em mim, devorando a minha boceta molhada e inchada com sua boca sedenta, sugando-me, deslizando sua língua entre as minhas dobras, a enfiando na fenda melada, voltando para fora. Eu gemia entorpecida, fora de mim, olhos fechados com força, peito sobre o colchão, quadril erguido, bunda empinada para ela, a mercê dela e de seus desejos, disposta a sentir tudo o que ela quisesse me fazer sentir.

Lauren sabia como chupar uma boceta, ela era mestre nisso. Seu desespero em me lamber e se deliciar era notório, mas ela mantinha sempre a suavidade de seus movimentos, sem impor força para não machucar o clitóris. Quando recebemos uma chupada, a força não é necessária, pois ela machuca e causa muito desconforto. A delicadeza nessa hora é o grande segredo e Lauren sabia disso, onde usava e abusava comigo. Ela chupava muito gostoso, indo e vindo com sua língua dentro e fora, dando pequenas chupadinhas no clitóris que me faziam ver estrelas. Perdi as contas de quantas vezes cheguei perto de gozar e ela retrocedeu, me fazendo segurar o orgasmo várias vezes seguidas.

Quando mais uma vez eu dei sinais de que iria gozar, ela parou, subindo a boca por minhas costas, me puxando para trás de encontro ao seu corpo, colando seus seios cobertos pelo sutiã em minhas costas, me envolvendo em um abraço possessivo com seu braço esquerdo enquanto a mão direita vagava para baixo, penetrando-me com dois dedos sem que eu tivesse tempo de pensar.

: - Oh, Lauren... com força, me fode com força! – Pedi desesperada, ansiosa, louca para gozar, rebolando nos dedos dela que me invadiam, me reviravam, me arrancando gemidos e súplicas, se esfregando na minha bunda, sua boca quente e sua língua lambendo minha nuca, meu ombro, meu pescoço. – Porra!

Acho que a gente nunca fodeu tão gostoso antes, de forma tão intensa e selvagem. O jeito que ela metia bem fundo, rápido, devagar, rápido, devagar, apertando meus seios, instigando os mamilos, sussurrando loucuras de paixão e tesão no meu ouvido em inglês e português, roçando em minha bunda, me chamando de puta, vadia e gostosa. Dizendo o quanto eu era linda, maravilhosa e como a deixava louca. Todas as nossas fodas eram deliciosas, mas aquela... uau!

Eu estava sentada sobre os meus calcanhares, coxas separadas e ela atrás de mim, deliciosamente encaixada na minha bunda, empurrando seu quadril para frente enquanto eu empurrava o meu para trás com seus dedos dentro de mim. Eu estava louca, minha boceta doía de tanto tesão, babando a mão dela inteira, o corpo suando, o cabelo grudando no rosto. Seus dedos massageavam direitinho aquele ponto especial dentro da fenda quente, fazendo-me sentir um prazer absurdo.

: - Que boceta quente e gostosa, e é minha, só minha. – Ela dizia gemendo, arfando, rebolando em mim.

: - Tão bom, Lauren, tão bom... – Eu sussurrava perdida, a cabeça deitada para trás sobre o ombro dela, olhos fechados, sua boca beijando o meu pescoço, minha orelha. – Porra... que delícia!

Senti o orgasmo se aproximar de novo, e puxei seu cabelo com a mão que estava ao redor de seu pescoço, levando a outra para baixo, por cima da dela. Meus olhos estavam fechados com força enquanto ela me fodia sem pausa e gemia no meu ouvido, me enviando para a borda.

: - Ai, baby, eu vou gozar... – Ela disse ofegante, rouca, com sua boca colada no pé do meu ouvido. Saber que ela iria gozar só por estar me fodendo era bom demais, tão bom que eu comecei a gozar antes dela, soltando um gemido estrangulado, me agarrando nela e sentindo minha boceta esmagar seus dedos de forma insana enquanto eu começava a ejacular, outra vez. – Caralho, Camila!

Ela gozou pra mim, contra a minha bunda, gemendo meu nome e putarias deliciosas, retirando seus dedos de dentro de mim para massagear meu clitóris e prolongar a ejaculação que molhava o lençol da cama.

: - Para... por favor, para! – Eu pedi desesperada pois nunca gozei tanto, parecia que eu ia morrer, meu corpo caiu mole contra ela, que me segurou com força por baixo dos seios, soltando aquela risadinha sexy no meu ouvido, fazendo os meus olhos rolarem de tanto prazer. – Para! Eu preciso... de cinco minutos... por favor! – Eu mal conseguia falar.

Ela beijou meus ombros, deslizando sua mão toda melada por meu gozo por minha barriga, subindo por meu pescoço e enfiando seus dedos que estavam dentro de mim na minha boca.

: - Chupa e veja como você é deliciosa. – Eu chupei, gemendo com o meu gosto, que logo se misturou ao dela quando ela me beijou com paixão, ardente, me virando de frente para ela e me acariciando, não me deixando respirar. Quando ela soltou meus lábios, me pegou pelo cabelo com a mão esquerda, segurando meu rosto com a direita e deslizando seu dedão por meu lábio inferior. Eu estava mole nos braços dela. – Vou te dar um tempo pra recuperar o fôlego, e você vai fazer isso enquanto me chupa bem gostoso com essa boca que me deixa louca.

Nossa, não precisava nem pedir duas vezes, em menos de um minuto e eu já estava ajoelhada na frente do sofá, com ela sentada com suas pernas abertas pra mim, a saia erguida até a cintura, enquanto eu soltava sua cinta-liga para abaixar sua calcinha até seus pés, a retirando e a deixando de lado.

: - Você é linda! – Elogiei quase sem fôlego, pois sua beleza era estonteante demais. Ela me olhava sorrindo de lado, mordendo o cantinho do lábio. – E me deixa com muito tesão... gostosa!

Lauren me puxou para um beijo rápido e ao me soltar, ordenou com aquele olhar que te joga no inferno sem dó nem piedade.

: - Lambe! – Não pude impedir o gemido de nascer por minha garganta e quando lambi sua boceta de baixo para cima, foi a vez dela gemer. – Isso, desse jeitinho que eu gosto...

Lambi de novo e de novo e de novo. Lauren jogou sua cabeça para trás, deitando-a sobre o encosto do sofá, levando uma mão para entre meus cabelos e a outra para seus seios já livres do sutiã. Que visão! Seu gosto era uma loucura e vê-la daquela forma, tão entregue a mim só me aguçou mais ainda. Se a intenção dela era fazer com que eu me acalmasse, falhou miseravelmente.

: - Ai, que boca deliciosa, Camila! Caralho! – Ela me olhou ofegante, gemendo, acariciando entre as mechas do meu cabelo, deixando com que eu iniciasse um delicioso beijo de língua sobre seu clitóris pulsante, arrancando quase um rugido de sua garganta. – Oh sim, baby... faz assim...

Vez ou outra ela puxava minha cabeça para trás, tirando-me do contato com a sua boceta, olhava com tesão pra minha boca, deslizava o dedão por ela, como se venerasse meus lábios. Se curvava pra me beijar, beijava-me com gula, lambendo a minha boca todinha antes de me empurrar de novo para o meio de suas pernas, me deixando tonta, louca.

Eu acariciava suas coxas por cima das meias, arranhando de leve. Suguei o clitóris com cuidado entre meus lábios, lambendo em seguida para descer minha língua na direção da fenda melada, me enfiando ali, retrocedendo, enfiando, retrocedendo. Comecei a gemer de prazer junto com ela, chupá-la me levava a loucura. Ela puxava meu cabelo, acariciava meu queixo, minha nuca, sussurrando que eu era uma delícia e a faria gozar bem gostoso. Deslizei toda a extensão da minha língua por sua boceta, e comecei a lamber em círculos por cima do clitóris rígido e delicado.

Lauren começou a ofegar mais rápido, gemendo sem pausa, me olhando com uma expressão tão sexy que senti minha própria boceta pingar de tesão. Beijei de língua o clitóris novamente e ela convulsionou, jogando a cabeça para trás e levando seu quadril de encontro ao meu rosto em desespero. Seu gozo derramou em minha boca, eu gemi extasiada enquanto ela gozava em silêncio, os lábios separados, os olhos fechados com força, a voz que se perdeu em sua garganta pela intensidade daquele orgasmo. Uma cena de tirar o fôlego.

: - Que gozada boa, nossa... – Eu consegui dizer enquanto a lambia, sugando todo seu gozo que melou meu rosto inteiro. Ela relaxou o corpo sobre o sofá, ofegando e soltando um gemido rouco, abrindo um sorriso tão safado que me fez delirar. – Tua boceta é gostosa demais.

: - Então lambe tudo, pois é culpa sua eu ter gozado tanto assim.

E precisava pedir? Eu lambi tudo, bebi tudo o que ela me deu, me deliciando com aquele gosto de mulher. Quando acabei, subi por seu corpo distribuindo beijos por sua barriga, chupei os seios, corri a língua por seu pescoço suado e a enfiei dentro de sua boca quente, sentando em seu colo, rebolando minha boceta molhada contra a dela. Que fosse para o caralho o descanso, eu já estava pronta para outra.

Voltamos a nos beijar alucinadas, nos esfregando e nos acariciando com desespero. Ela sugou meus seios doloridos pelo tesão por um bom tempo, lambeu, mordeu, disse no meu ouvido que todos os meus gostos eram uma delícia, inclusive aquele. Eu fiquei muito excitada, a excitação era tanta que eu já nem sabia mais aonde eu estava. Apertava a minha bunda, forçava o meu quadril para baixo contra o seu e quando eu achei que não podia melhorar, melhorou...

: - Me fode! – Ela pediu contra os meus lábios, colocando minha mão entre as suas pernas. Fiquei até tonta. – Me fode da forma que se fodeu pra mim, vai... fode a sua mulher bem gostoso.

É isso o que eu chamo de um ótimo pedido para ser fodida, o resto é resto.

Dei espaço para que ela trocasse de lugar comigo e logo ela veio por cima, sentando no meu colo, jogando o cabelo cheiroso para o lado, mantendo uma coxa de cada lado do meu quadril. Aquela mulher sentada em mim era uma tentação, porra! Eu ia fodê-la enquanto ela usava aqueles saltos fodidos que me enlouqueciam. Aquilo que era mulher!

Chupei seu pescoço, agarrando sua bunda com a mão esquerda enquanto com a direita, metia de uma vez dois dedos nela, os mesmos que usei para me satisfazer. Ela gemeu no meu ouvido, me arranhando os ombros, puxando o meu cabelo. Nossa, fiquei insana! Comecei a meter nela de forma intensa, sem tirar quase nada os dedos, mantendo-os bem no fundo e estocando rápido, do jeito que ela exigia. Ela rebolava no meu colo, apoiando os braços no encosto do sofá atrás de mim, com aquela expressão de prazer deliciosa, gemendo roucamente enquanto eu a trazia para a traz e para frente com a mão em sua bunda, sem parar de invadi-la com meus dedos e provocá-la com minha boca.

: - Quem é a puta agora? – Eu sussurrei no ouvido dela, mordiscando sua orelha enquanto ela sentava em mim, literalmente, provocando-a. – Você sentando assim tá me deixando louca... porra!

Bati em sua bunda com a mão livre e beijei sua boca, ela se agarrava a mim, tremendo e rebolando, melando minha mão inteira, apertando meus seios, me trazendo para a borda junto com ela.

: - Ai, Camila... – Ah, quando ela gemia aquele "Ai, Camila" eu quase gozava, a voz dela ficava um tesão. Levei meu corpo para atrás, admirando seus movimentos, segurando em sua cintura enquanto metia dentro dela num ritmo cadenciado. Comecei a ofegar, nós suávamos intensamente. Trouxe seu corpo para frente, suguei os seios, lambi, passei de um para o outro, sugando, soltando, sugando e soltando, aquele barulho de sucção se misturando aos gemidos dela, completamente enlouquecedor. – Vai me fazer gozar tão gostoso... Você fode tão bem... E chupa. Oh, porra... chupa, Camila! Assim, com força! – Ela segurou meu cabelo perto da nuca, acariciando e me olhando extasiada enquanto eu a sugava sem parar, rodeando minha língua nos bicos macios, sentindo seu gosto na minha boca, entrando e saindo de sua boceta com os dedos de maneira intensa, arrancando seu fôlego, causando vertigens em mim. Que loucura!

: - Eu vou gozar... não tira... ah, merda, Camila! – Ela xingou, seu rosto se contorcendo em uma expressão de prazer magnífica. Ela gostava quando eu mantinha os dedos dentro dela enquanto ela gozava, sem tirar para massagear o clitóris. Ela gostava dentro e eu amava ficar dentro dela.

: - Goza, Lauren! – Subi minha mão livre por suas costas e a enfiei por entre as mechas de seu cabelo, puxando de leve, grudando minha boca na dela para dizer entre seus lábios. – Goza comigo, vai!

No segundo seguinte nós estávamos gozando, juntas, um orgasmo intenso que levou gemidos altos aos nossos lábios e lágrimas de prazer aos olhos. Seus braços estavam ao redor do meu pescoço, suas mãos emboladas no meu cabelo, sua boca na minha, minha mão entre as suas pernas indo e vindo, indo e vindo, deixando que ela sussurrasse suas loucuras nos meus lábios, no meu ouvido enquanto aproveitávamos a última gota daquele gozo insano. Eu nem tinha palavras.

Deixei meu corpo cair para trás contra o sofá, deixando minha cabeça no encosto, completamente acabada, sem força nem para me mexer. Ela caiu sobre mim, beijando meu queixo antes de enfiar o rosto na curva do meu pescoço, ofegante como eu. A envolvi com meus braços, a apertando contra mim.

: - Lauren... – Respirei fundo, abrindo meus olhos e encarando o teto. – Eu sinceramente acho que morri.

Ela soltou uma risada contra a minha pele, me fazendo rir também. Mas eu não tinha forças nem pra rir direito, caralho!

: - Você é um tesão. – Ela beijou meus lábios, me olhando nos olhos. – O tanto que eu gozei, porra... chega tô mole.

: - E eu? – Deslizei os dedos por seu cabelo. – Você me fez ejacular duas vezes, Deus me livre! Eu com certeza tô morta de tanto gozar e não sei.

: - Tá nada, tá bem viva... – Ela deu aquela risadinha sexy que era sua marca registrada, mordendo meu lábio inferior com delicadeza.

: - Eu amei você me defendendo hoje daquele tarado. – Sussurrei contra a sua boca, deslizando os dedos entre as mechas de seu cabelo. – Quando você falou pra ele meu nome todo, segurando minha cintura daquela forma... Eu fiquei toda babada, literalmente. – Soltei uma risada junto dela, que rolou os olhos ao lembrar do acontecido.

: - Eu fiquei louca de ciúmes, louca! Minha vontade era de pular no pescoço dele. – Ela soltou um suspiro, deslizando seus lábios nos meus. – Quando eu ouvi ele falando da tua boca, nossa... quis matar. – Com calma, ela segurou meu queixo com a mão direita, deslizando o dedão ao redor dos meus lábios abertos. – Só quem pode falar da tua boca sou eu... – Chupou meu lábio inferior, me fazendo fechar os olhos. – E beijar, chupar, lamber... te colocar pra me fazer gozar com ela... Tua boca, minha boca. Só minha.

: - Só sua... – E não era? Não havia dúvidas

: - Vem tomar um banho comigo...

: - Vou... – Lá estava eu hipnotizada por ela de novo. – Mas só banho, pois eu não tenho mais forças.

: - Tá bom... só banho.

E lógico que não foi só banho, lógico, pois no momento que entramos embaixo da água, ela já estava me comendo de novo, me deu mais um orgasmo ali, de pé e quando eu achei que ela estava satisfeita, eis que ela sussurra no meu ouvido com aquela voz rouca que me alucinava;

: - Deixa eu foder a sua bunda, deixa... – Beijou minha nuca, espalmando nossas mãos juntas contra a parede. Minhas pernas estavam bambas. – Com o nosso brinquedinho.

Eu abri um sorriso safado para ela, olhando-a com o lábio mordido.

: - Deixo. – Ela gemeu, me dando um tapa na bunda, beijando meu pescoço, me arrepiando. – Mas só se você meter devagarzinho...

: - Ai, baby, não fala assim não que me deixa louca. – Ela ofegou no meu ouvido, roçando de leve seu corpo no meu.

: - Vai lá pegar. – Pedi já ansiosa, a vendo abrir um sorrisinho cafajeste pra mim antes de sair do box para ir na direção do quarto.

Entrei embaixo da água quente, os vidros do box estavam embaçados pelo vapor da água, eu me sentia ferver mais ainda, tremendo em expectativa.

Lauren voltou para o banheiro, trazendo nas mãos o strap-on lilás que comprei aquela semana, tamanho médio, a cinta de couro que o prendia, um pacote de camisinhas e um vidro de lubrificante. Só de vê-la com aqueles objetos nas mãos já fiquei doida.

Logo ela estava de volta dentro do box, vestindo a cinta. Fiquei a observando, o lábio mordido, o corpo aceso, doida pra dar, literalmente.

Se alguém me perguntasse "Camila, você não fica cansada de dar?" eu responderia "não", pois quem em sã consciência fica cansada de dar para uma mulher como Lauren Jauregui?

: - Desliga a água e vem cá.

Com calma, ela desenrolou a camisinha no strap-on, para não danificar, e me chamou com o dedo indicador. Hiper ventilei.

Nos beijamos bem gostoso por uns minutos, mas eu já estava tão excitada e com tanta vontade dela, que não precisava de preliminar nenhuma. Com força, ela apertou a minha bunda e sussurrou no meu ouvido.

: - Como você quer? Que eu meta pela frente ou por trás? – Ah, filha da puta, fazia só pra provocar, só pra me fazer pirar naquele joguinho.

: - Por trás... – Sussurrei e suas mãos me viraram de frente para a parede, imprensando meus seios no piso. Gemi em expectativa. Quando fazíamos anal, as vezes ela fodia de frente pra mim, mas eu gostava mais quando eu estava de costas, assim ela podia me penetrar melhor duplamente.

Ela despejou uma boa quantidade de lubrificante no strap-on, deslizando sua mão por toda a extensão para lubrificá-lo mesmo. Depois, encostou seu corpo ao meu, o objeto macio no meio das minhas pernas. Mal podia esperar.

: - Se empina pra mim. – fiz o que ela mandou, me empinei para trás, espalmando as mãos na parede, olhando-a por cima do ombro, observando por uns segundos enquanto ela entrava em mim antes de fechar os olhos. – Assim, baby...

: - Caralho! – Xinguei em êxtase e tremi dos pés à cabeça, sentindo-a meter até que seu quadril estivesse colado na minha bunda. Perdi o ar dos pulmões. Lauren colou sua boca no meu ouvido, me segurando com um dos braços embaixo dos seios e mantendo a outra mão espalmada na parede a nossa frente. – Me dá... um minuto.

: - Relaxa... – Ela sussurrou com sua voz rouca, me dando um tempo para que eu me acostumasse com a invasão. Ficou parada apenas beijando meus ombros e nuca por alguns segundos, iniciando uma masturbação lenta no meu clitóris. – Ai, tá toda molhadinha pra mim... quer que eu meta aqui bem devagar, quer? Do jeito que você gosta.

: - Quero! – Pedi rendida, pois eu não queria mais nada além de ser penetrada duplamente por aquela mulher. Ela o fez, deslizando dois dedos dentro da fenda melada, saindo quase totalmente de dentro da minha bunda e voltando com uma estocada lenta que me deixou insana. – Porra, Lauren!

: - Que bunda gostosa, Camila! Eu amo pra caralho essa tua bunda. – Ela deu um tapa na minha bunda com a mão livre, enviando vibrações pra minha boceta. Eu não sabia se gemia, se falava, se rebolava, era um misto de sensações. – Minha vadia! Que tesão!

Aí ela começou a foder, foder de verdade, ela começou a foder a minha bunda como ela nunca havia fodido antes. Suas estocadas eram intensas, chegando até o fundo, retrocedendo, usando da mesma intensidade na minha boceta, que era invadida por seus dedos, me deixando sem fôlego, sem força. Aquele prazer era surreal, nada no mundo podia se comparar a ser fodida em dois lugares ao mesmo tempo por uma mulher como Lauren Jauregui. Era fatal.

Eu gemia súplicas quase chorosas, gemendo alto, implorando por mais e ela dava, metia, acariciava e apertava os meus seios, puxava o meu cabelo, sussurrava putarias no meu ouvido, estocava lento na frente e rápido atrás, me deixando descontrolada. Que porra era aquela que ela fazia que me dava vontade de gritar de prazer? Eu casei com uma mulher que sabia foder, não importava o quê.

: - Lauren... Lauren, oh sim... – Eu comecei a dizer sem conseguir controlar a sensação assustadora que começava a irradiar por meu ventre. Levei minha mão direita para trás, segurando na cintura dela, acompanhando seus movimentos. A expressão de seu rosto era enlouquecedora, lábios separados, testa franzida, cabelo grudando no pescoço, caindo por cima dos seios. As veias em suas mãos e braços saltando enquanto ela segurava na minha cintura com possessividade, soltando pequenos gemidos roucos ao empurrar em mim. Como não gozar vendo uma cena daquela? Não tinha como. – Eu vou gozar pra você... fode a minha bunda mais forte, vai... fode do jeito que eu gosto.

: - Pede de novo. – Ela ordenou ofegante contra o meu ouvido, rodeando sua mão esquerda no meu pescoço, apertando de leve, deixando seus lábios separados roçarem em na minha orelha. Meus olhos rolaram de prazer. – Pede pra eu foder essa tua bunda gostosa com força, pede!

: - Me fode... – Eu nem tinha mais palavras, pois parecia que minhas forças estavam se desvaindo do meu corpo. Eu estava em êxtase. – Por favor... vai, por favor... Eu imploro, Lauren!

Ela atendeu ao meu pedido na mesma hora e quando ela fodeu mais forte, ah... lá estava o meu momento. Eu gritei, literalmente, um gemido alto, forte, que repercutiu pelas paredes do banheiro, me jogando de cabeça em um abismo pavoroso de tremores, gemidos e júbilo, aonde seus dedos invadiam a minha boceta sem parar enquanto eu ejaculava pela terceira vez naquela noite, sentindo aquele objeto macio todo dentro de mim, seu quadril na minha bunda, e sua voz deliciosa gemendo seu próprio gozo no meu ouvido. Eu poderia morrer naquele momento porque morreria feliz, sem dúvida alguma.

: - Nossa, amor... – Lauren disse ofegante, encostando a testa no meu ombro direito, enquanto a minha estava contra a parede a minha frente. Eu me sentia fora de mim. – Que foda gostosa pra caralho que a gente deu, porra!

: - Eu estou... incapaz... de viver... nesse momento... – Foi tudo o que eu consegui dizer, sem força, sem fôlego, sem vida. Aquela foda seria inesquecível pra mim.

: - Baby, eu tô falando sério, eu nunca vou esquecer essa trepada. – Ela riu baixinho e beijou meu pescoço, me fazendo rir também, ainda de olhos fechados. – Ô casalzinho pra foder gostoso, viu?

: - Coloca gostoso nisso... uau! – Olhei para ela ao vê-la retirar o strap-on de mim, jogando a camisinha fora. Minhas pernas estavam bambas, quase escorreguei pela parede pra me sentar no chão. – Ai, tô fraca!

Lauren soltou uma risada divertida, toda coradinha pelo esforço que fizemos, e me pegou pela cintura depois de lavar o nosso brinquedo e deixá-lo de lado.

: - Vem cá que agora eu vou te banhar pra gente dormir... já acabei com você mesmo.

: - Filha da puta! – Dei um tapa em seu ombro quando ela nos levou para debaixo da água quente, e agradeci aquele alívio em meus músculos. – Você me abusou muito hoje, amanhã não vou conseguir andar, poxa.

: - Mas será por um bom motivo. – Selou nossos lábios.

E coloca bom motivo nisso, não?

Ela me deu banho, mas daquela vez, foi só banho mesmo. Suas mãos eram gentis e me ensaboavam com carinho, como se cuidasse da onde ela maltratou momentos antes. Lavou meus cabelos de novo e cantou bem baixinho no meu ouvido, abraçada a mim, enquanto a água quente caía em minhas costas, relaxando todo o meu corpo.

: - "Me agarrei em seus cabelos, sua boca quente pra não me afogar. Tua língua correnteza lambe minhas pernas como faz o mar..." – Eu me arrepiei, me deliciando com o carinho gostoso nas costas, deitando minha cabeça em seu ombro direito, sentindo o cheiro de seu pescoço e o clima que nos envolvia. – "E vem me bebendo toda, me deixando tonta de tanto prazer. Navegando nos meus seios, mar partindo ao meio, não vou esquecer..."

: - "E eu que não sei quase nada do mar... descobri que não sei nada de mim". – Completei a canção de Ana Carolina e Maria Bethânia, erguendo minha cabeça para olhá-la. Ela sorriu doce, acariciando meu rosto com a mão direita, me derretendo com aquele olhar.

: - Eu sou tão apaixonada por você, tão... tudo o que é teu me encanta, tudo o que você faz desperta amor em mim. Eu não sei o que eu fiz pra merecer você, mas com certeza foi algo de muito bom, e eu não poderia ser mais grata por isso.

Meu coração estava acelerado quando sempre ficava quando ela me dizia aquele tipo de coisa. Lauren era uma eterna romântica, e eu amava tanto.

: - Você é o meu amor... – Selei os lábios dela, rodeando meus braços em seu pescoço. – Minha vida... – Beijei suas bochechas. – Minha gringa linda que agora está abrasileirada... – Ela riu, beijando os olhos quando eu os beijei. – Você é tudo pra mim. Nunca pensei que um dia estaria aonde estou. Se a Camila do passado ouvisse falar que um dia estaria casada, ela correria, mas a Camila de hoje, quem sou hoje não quer mais nada na vida além de ficar casada com você, até o fim. Eu e você. Eu, você e nossas garotinhas. Eu e você, Lauren, até que não haja mais ar para respirar. Eu e você.

: - Eu te amo! – Ela disse emocionada, me puxando pela nuca com delicadeza de encontro a ela, me abraçando com força, onde tudo o que fiz foi esconder meu rosto em seu pescoço e pedir a Deus para nunca, nunca sair dali. Ela era o meu tudo, e eu era dela.

Quando nos deitamos, minutos depois, logo dormimos. Estávamos exaustas, mas o cansaço perdia para a felicidade que sentíamos. Adormeci com um sorriso nos lábios por ser amada e ter a quem amar até o último dia da minha vida.

Aquela noite tinha um total de zero defeitos, com certeza ocupando um ótimo lugar no top 5 da minha lista de melhores noites com aquela mulher.

Pela manhã bem cedo, batidas insistentes na porta do nosso quarto fizeram Lauren resmungar contra o meu pescoço, automaticamente meus braços a apertaram mais contra mim, e eu me encontrava incapaz de abrir os olhos, parecia que eu tinha sido atropelada por um caminhão.

: - Não deve ser nem sete da manhã ainda. – Ela murmurou cheia de preguiça, puxando o lençol para nos cobrir mais.

: - Filha... – Era a voz de minha sogra, baixa, mas havia duas vozes mais altas que a dela, soltando gritinhos numa língua de bebê incompreensível, fazendo um sorriso nascer em meus lábios. E lá vamos nós. – Lauren... Tá na hora de alimentar as meninas, elas estão cheias de fome. Levanta, querida!

: - Amor, vai lá vai, pega elas... antes das sete da manhã elas são só SUAS filhas. – Eu resmunguei me esticando, ouvindo-a rir baixinho, erguendo a cabeça para me olhar.

: - Você é muito preguiçosa...

Beijou meus lábios, deixando um sorriso bobo no meu rosto e se levantou, vestindo o roupão que estava dobrado sobre o sofá, caminhando enquanto bocejava para abrir a porta e quando o fez, a gritaria foi real. Eu comecei a rir com aquela explosão de felicidade das meninas ao verem a mãe, que as pegou no colo, uma em cada braço, beijando as bochechas gordas e rosadas.

: - Desculpa te acordar tão cedo, querida, mas elas já estão acordadas faz tempo e não quiseram comer nem a papinha de frutas. – Minha sogra lamentou, me olhando da porta. – Bom dia, Camila!

: - Bom dia, sogra! – Mandei um beijinho para ela, que retribuiu.

: - Tudo bem, mãe, não se preocupe. Elas não comem nada pela manhã, só mamam no peito. Pode deixar comigo, vai descansar.

Dona Clara beijou as bochechas das netas e saiu. Lauren fechou a porta com o pé, e começou a se aproximar da cama com nossas filhas no colo enquanto elas estavam, literalmente, agarradas no pescoço dela, babando suas bochechas. Eu sorri, pois momentos como aquele me faziam ganhar o dia e davam sentido a minha vida.

: - Ah, vamos acordar a mamãe direito porque tem duas boquinhas muito famintas por aqui. – Lauren as colocou sobre a cama, e ambas vieram engatinhando na minha direção com aqueles sorrisinhos lindos de quatro dentinhos. Abri os braços para recebê-las. – Ei, eu também quero ficar nesse abraço.

Com elas em meus braços, vi Lauren se aproximar de nós, deitando a cabeça na minha barriga e fazendo cócegas nas barrigas de nossas garotinhas. Elas riam de ficarem vermelhas, aquela risada angelical que aquecia meu coração. Como eu amava a minha família.

: - Para, amor, vai deixa-las sem ar. – Eu também ria, pois elas tentavam fugir das mãos de Lauren e daquela pequena tortura. – Ai, a mamãe protege, meu pedacinho, vem aqui.

Puxei Sol para mim, pois Luna estava sobre a barriga de Lauren, o dedinho na boca enquanto ria ao mesmo tempo. Tão linda... Tão lindas...

: - Chega de cosquinha, hora de mamar.

Lauren puxou-a para cima, abrindo o roupão o suficiente para expor seu seio direito, deixando com que Luna sugasse seu alimento preferido como Sol já fazia em mim, deitada de lado em meu corpo, a cabeça em meu braço direito, a mãozinha fechada na minha clavícula, os olhinhos verdes brilhantes abrindo e fechando enquanto mamava de forma serena sem perturbação alguma.

Olhei para Lauren, ela olhou para mim... enxerguei naquele sorriso aberto em seus lábios o reflexo dos próprios sentimentos que ardiam dentro de mim. Com a mão livre, entrelacei meus dedos nos seus, deixando que ela mantivesse seu outro braço de forma protetora ao redor do corpo de Luna. Ficamos nos olhando naquele momento que era nosso, apenas nosso, nossa família unida, começando mais um dia, nos concedendo a força necessária para lutar por tudo, para lutar por nós pelo resto da vida. Não havia dor, não havia mágoa, não havia tristeza, não havia negatividade entre nós. Éramos amigas, éramos amantes, éramos esposas, éramos mães.

: - Eu amo vocês três demais... Você não tem noção. – Ela sussurrou, os olhos brilhando pra mim, seus dedos entrelaçados nos meus. Meu coração emocionado acelerou, colocando um sorriso em meus lábios.

: - Tenho certeza que é o tanto que eu amo vocês. – Respondi com tanto amor e carinho, que não restava dúvida alguma. – E sempre amarei, além dessa vida, muito além...

: - Muito além...

Sol e Luna representavam tudo o que éramos uma para a outra, eram a materialização do nosso amor, de nossas almas. Daquele amor deu-se frutos, cresceu raízes, correu o rio, desaguou no mar.

Lauren era ela, eu era eu e éramos nós. Éramos quatro, não mais duas. Éramos o Sol, a Lua, o vento, o movimento, o rio, o mar... éramos amor, éramos felicidade, éramos família. Ela era minha, eu era dela, e assim sempre seria. Ao infinito e além...

Olhando em seus olhos aquela manhã, eu tive certeza, mais uma vez, que ela havia sido feita só pra mim.

Fim! 

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