ARMY GENERAL/ Kylie and JB

By mylsmJ

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Se alguém passar na minha frente e não me encarar nos olhos eu já fico de mau humor, imagine se me tratar com... More

Ian Charles Ziemann
Prazer, Ryan Buttler
Ajudinha
Relaxa Kylie
Me promete?
Assistente Pessoal
Escolhidos
Amigos?
Oliver Rousteing
Drake
Boa mira
Eu não quero perder você
Você é merecedora desse cargo Ky.
Meus garotos
Como mudamos da água para o vinho?
Isso não é estranho?
Amigo
Armadilha
Eu sei que está chorando.
Continuação
Você não vai querer se apaixonar por mim
Maconha
Stevan
Nosso segredo.
Nem tudo são flores
Ciúmes
Você não tem que me agradar.
Especial Dylan
Eu gosto de você
Quero ser sincera
Causa da minha morte?
Eu quase perdi você
1 mês
Amor? Me perdoa.
O que ela está fazendo aqui?
Teremos que esperar um tempo não é babe?
TRAIÇÃO
Você não precisa assumir se não quiser.
Nosso filho
Eu estou bem.
VIVO?
Então ele estava em uma festa?
Não acredito que ele fez isso comigo.
Não existe amizade construída na mentira.
Tortura.

Amigo fura olho.

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By mylsmJ

Babado e confusão. Bem vindos de volta leitores de Army General.

Sejam bons leitores e comentem. Kiss //

Kylie Ziemann Toloza.
Virgínia, Arlington.

Desvio meu olhar do Justin e olho para o céu tentando segurar minhas lágrimas. Sento em um balanço vazio, às crianças em volta correm pelo pátio e distantes do parquinho de areia.

Estou de cabeça baixa e vejo dois pés parados em minha frente.

— Oie.— Falo baixo encarando a menina em minha frente.

— Oi.— ela fala e senta no outro balanço ao meu lado. — Está chorando por que?

— Ah não é nada querida, não precisa se preocupar.

— Não estou preocupada, só curiosa.— fala sincera e eu dou risada.

— Qual o seu nome?

— Rubi e o seu?

— Sou Kylie.

— Hm. Bonito nome, tenho 5 anos. Por que estava chorando?

— Só fiquei um pouco emocionada. É que vi meu noivo com um bebezinho no colo e lembrei do meu filho.— Apontei para o Justin que ria agora com cinco crianças em volta dele.

— Onde está seu filho?

— Não está mais aqui. Eu perdi ele.

— Seu filho sumiu?

— Não, ele está com o papai do céu.

Ela faz uma careta e pega em minha mão.

— Entendi. Sinto muito.— beija minha mão e eu dou um sorriso como forma de retribuição.

— Quer fazer alguma coisa?

— Queria cozinhar, tipo fazer um bolo.

— Então vamos!— ela faz uma cara triste.

— Aqui não temos dinheiro sobrando todo mês para comprar alimentos considerados sobremesa. Só temos gelatina.

— Não tem problema, eu vou aqui no mercadinho da rua buscar algumas massas de bolo o que acha? Me espera lá na cozinha, okay?

— Obrigada Kylie.— ela sai correndo e eu me encaminho para o portão.

Derek que estava dentro do carro me acompanha.

— Como está tudo lá?— pergunto me referindo a festa.

— Está tudo certo. Alessia está deixando tudo do jeito que você pediu.— suspiro em alívio.

Se eu estivesse organizando tudo e com o Justin ao mesmo tempo, ele iria perceber.  Contratei uma organizadora maravilhosa. Eu estava confiando nela.

— Alessia é? Que intimidade é essa?

— Ah a gente bateu um papo bom, ela tem uma vibe boa.— arqueio minha sobrancelha.

— Catherine amaria saber disso.— cantarolo e ele me encara assustado.

— Sem relaxo Kylie, eu sou super de boa com isso. Sem nenhuma segunda intenção do meu lado. Amo minha menina.

— Hmm, ai Derek você é muito apaixonado mesmo na Catherine não é.

Ele sorri e balança a cabeça.

Eu e Justin tiramos fotos com as crianças e nos despedimos, prometendo voltar com presentes e ovos no dia de Páscoa.

Justin era muito apegado à crianças. Sua cara ao irmos embora era de dar dó.

Como já era bem fim de tarde quando saímos do orfanato, decidimos ir para casa. Justin respondia algumas pessoas no Instagram e eu apenas observava.

— Só o Chaz me mandou parabéns. Parece que os meninos esqueceram.— falou parecendo chatiado.— Nem a minha irmã mandou.

— Vai ver eles estão ocupados. Ninguém visualizou seus stories?

— Sabia que eu te conheço muito bem?

— Sei.— sorrio sem graça, querendo saber aonde ele queria chegar com isso.

— Você está fazendo uma festa surpresa não está?

Derek se engasga e abre o vidro do carro disfarçando.

— Amor, eu passei o dia todo com você.

Ele gargalha.

— Não tem problema amor, eu finjo surpresa na hora. Até você né Derek? Escondendo tudo.

— Eu não estou sabendo de nada.

— Você é sem graça Justin. Não tem festa não.— me desgrudo dele e pego meu celular.

Estamos chegando. Fiquem atentos. Xx Ky

Eu sabia que ele desconfiaria de tudo. Ainda mais que ele encontrou um cartão da mulher que eu encomendei o bolo em cima da cama.

Eu tinha o plano b.

Eu tinha combinado com os meninos e com Jazmyn que faríamos uma mini surpresa para ele no apartamento, apenas um bolo, docinhos e umas bebidas para aquecer. E eu iria 'jantar' com ele no fim da noite, como desculpa para levá-lo para a surpresa principal.

Entramos no apartamento e ele acende a luz. Vejo papeis brilhantes voarem e todos gritarem juntos.

Justin dá risada me encarando com olhar de " estava certo", mas finge surpresa.

Cantamos parabéns para ele e tiramos fotos dele com um chapeuzinho de aniversário.

Khalil abraça o amigo dando uma caixa grande para ele. Seguido de Chaz, Chris e meu pai.

— Oi princesa da tia.— pego Jully no colo da Lyly. — ela está tão gordinha.— Aperto as bochechas da pequena.

— Olha aqui.— balança os peitos e eu dou risada.

Minha mãe aparece segurando algumas bebidas e eu pego uma da sua mão dando um gole.

— Parece que está morrendo de sede querida.— ela ri e tira Jully do meu colo.

— Faz tempo que eu não bebo. Hoje eu vou encher a cara.— falo baixo.

— Eu também.— Lyly brinda comigo.

Minha mãe iria ficar com a pequena Jully. Ela e meu pai disse que não iriam, não seria uma festa muito formal. Seria pura cachaça.

— Justin acreditou nessa comemoração?— Minha mãe fala com desdém e eu reviro os olhos.

— Claro que sim mãe. Olha lá a felicidade dele.

Vejo ele com os meninos e o meu pai, admirando a arma que meu pai tinha dado à ele.

Desnecessário.

Olho para escada esperando Jazmyn voltar junto de Dylan e nada.

— O que aqueles dois estão aprontando?

— Eles parecem dois coelhos. — Minha mãe faz uma careta e eu e Lyly morremos de rir.

— Estão melhor que a gente.— Lyly fala e eu concordo. Brindamos nosso copinho de tequila e viramos.

Jazmyn desce primeiro e chega perto da gente.

— Toma esse pra você Jaz.— ofereço um copo e ela olha para minha mão e me encara dando um sorriso falso.

— Não quero. — fala rude. Minha mãe, eu e Lyly a encaramos sem graça.— obrigada.— vira as costas e sai.

— O que aconteceu?— Minha mãe pergunta.

— Ela está assim desde quando terminei com o Justin.— suspiro fundo tomando outro copinho de tequila.

Ficamos um bom tempo sentados na área da piscina bebendo e conversando. Já estava ficando tarde e se todos não se apressassem o aniversário não iria sair.

— Amiga, se você não parar de beber tu não vai dar conta de chegar na festa. Você já está bêbada!— Lyly fala rindo já bêbada.

— Eu não estou não! Para sua doida. Me ajuda levantar daqui.— peço esticando meus braços para ela, já que eu estava sentada em uma cadeira de sol.

Ela me puxa com tudo e como eu já estava meio " flutuante" meu corpo foi para frente com tudo e nós duas caímos na piscina.

Os meninos começam gargalhar e eu jogo água na Lyly.

— SUA VACA! Meu cabelo! — xingo ela.— Amorr, me salva. — Justin me puxa com tudo e eu abraço ele.

— Sai fora Kylie. Tu está bêbada mesmo né?— ele fala tentando se soltar e eu passo minha língua na sua bochecha.

— Vamos embora né galera? Chega por hoje, Ky e Lyly já causaram muito.— Jazmyn fala puxando o braço dos meninos para eles levantarem.

— Pode ficar gente, vocês sabem que são minhas melhores companhias.— Justin fala.

— Justin. Esqueceu que vamos jantar?!— Chamo sua atenção.

— Não esqueci meu amor. Vocês podiam ir? O que acham?

Todos trocam olhares rápidos e Khalil sorri.

— É gente, podíamos ir!— vejo Chaz dar um chute na sua perna. E Khalil disfarça— Mas, já passamos um tempo com você, Kylie organizou essa festinha com carinho e quer passar o resto da noite com você, não é Ky?

— Sim, verdade. Eu quero a noite exclusiva com você babe.— ele me encara e dá um sorriso malicioso.

— Essa é a nossa deixa.—  Minha mãe fala e começa empurrar todo mundo para dentro do apartamento.

— Tchau amiga.— Lyly fala me dando um selinho e eu dou risada empurrando ela pela porta.

— Sai daqui sua bebada!

Olho no relógio vendo que já eram 20:00 da noite. Eu teria uma hora para me arrumar, seria impossível.

Meu cabelo estava um coco.

Vejo Justin recolhendo os lixos e vou até ele.

— Amor, vamos nos arrumar, deixa isso para amanhã.— puxo sua mão.

— Vai ser rapidinho.— ele insiste.

— Não! Vamos perder a reserva.

— Está bem. Que saco. A gente podia ficar aqui mesmo aproveitando a presença um do outro.

— Vamos Justin.— começo puxar ele escada acima. Sinto uma leve tontura e me seguro no corrimão.

— Está bem?— ele segura minhas costas.

— Estou, bebi tequila demais.

— Não é neném?

— Não é amor.— beijo sua boca. — Eu escolhi nossas roupas para o jantar.

— Para que toda essa chiqueza?

— Não é chiqueza, é uma noite especial para você.

— Tudo bem. Vamos tomar banho juntos?— ele pergunta e eu concordo.

— Liga o chuveiro e eu ligo a música.— falo animada.

— Isso por que você estava com pressa. — ele debocha e eu dou o dedo do meio.

Conecto meu bluetooth no sistema de som da casa e vou rebolando para o banheiro. Eu e Justin tínhamos instalado isso essa semana e eu estava viciada em tomar banho escutando música.

— Você não vai ficar rebolando na minha frente assim não né?

Ele pergunta já debaixo da água vendo eu tirar minha roupa rebolando.

— Amor não me provoca.— falo manhosa e ele vira de costas.

— Olha quem fala. Não vem com fogo que eu não aguento.— ele diz baixo e eu entro no chuveiro o abraçando por trás.

— Eu não estou com fogo.— falo e ele ri me olhando por cima do ombro.

— Você já esqueceu o que à tequila faz com você?

— Faz tanto tempo que a gente não sai para beber que eu não sei.— mordo suas costas.

— Já estou saindo. Se a gente perder esse jantar, você vai ficar colocando a culpa em mim.

Puxa a toalha e se enrola.

— Tchau gostoso.— passo a unha no box e ele ri negando e sai do banheiro.

Seco meus cabelos e Justin termina de vestir sua roupa. Eu nem me vesti ainda e nem fiz a maquiagem.

— Vamos agilizar?— ele encosta no batente da porta segurando um copo de whiskey e fica encarando minha bunda.

— Por que agora VOCÊ está com pressa?

Amarro metade do meu cabelo e o encaro pelo espelho.

— Por que eu já quero ir e voltar logo para... você sabe o que.

Me viro para ele cruzando os braços.

— O que?

— Te comer.— fala todo pleno bebendo sua bebida.

Oi? Podemos cancelar a festa?

— Você está muito gostoso.— deixo meus pensamentos escaparem e ele ri se aproximando rapidamente e me puxando para um beijo quente.

Sinto que perdemos o controle da coisa quando percebo que estou sentada na pia sendo agarrada por ele.

— Chega.— afasto ele que está ofegante.— Estamos parecendo sua irmã e meu irmão.— me abano. — O que aconteceu? Eu ainda sou a mesma mulher que você vem transando a meses tá? Não estou entendendo esse fogo seu.— ele me tira do mármore da pia.

— Não sei amor, será que jogaram um temperinho em você?— fala gargalhando e eu dou um tapa em seu braço.

— Me deixa me arrumar infeliz.— empurro ele do banheiro e me assusto com o relógio.

Puta que pariu, já são 21:30.

— ESTAMOS ATRASADOS! LIGA PARA O MOTORISTA.— grito com ele.

Essa vai ser a maquiagem mais rápida da minha vida.

Justin e eu brindamos uma taça de champanhe a caminho do 'restaurante'. Sua mão pousada em minha coxa me traz a tranquilidade que eu estava precisando. O medo de dar errado era maior.

Quando estamos na rua do restaurante escolhido pelo Justin, seu celular começa tocar. Ele encara confuso o nome da Jazmyn brilhar na tela de seu celular.

— Fala aí Jaz. Onde eu estou? Chegando ao restaurante que eu e Ky reservamos, por que? Por que o Dylan te deixou sozinha aí? Está doendo muito? VOMITANDO SANGUE?!— ele grita e eu reviro os olhos. Pedi para Jazmyn pegar leve e olha o que ela faz. — Acelera para minha casa.— ele fala rápido para o motorista.— Calma Jaz, não chora já estou indo.

Ele desliga à chamada e me encara assustado.

— Jazmyn está passando muito mal amor, temos que ir para lá agora. Ela disse que Dylan teve que ir embora e que a moça que trabalha lá está de folga.

— Tudo bem amor, não tem problema.— Faço carinho nele e sinto seu coração disparado.

Jazmyn pegou pesado. Seguro o riso quando vejo que já estamos entrando no seu bairro.

— Ela está vomitando sangue?— pergunto.

— Sim, está. Desculpa estragar nossa noite.

— Sua noite. Mas é sua irmã, nunca que deixaríamos ela por um jantar.

O motorista entra com o carro e está tudo escuro.

— Nossa o que aconteceu com a luz daqui do jardim?— ele pergunta olhando em volta e eu dou de ombros. Ele destrava a porta e entramos dentro da casa que também está toda escura, sem uma luz acesa.

— JAZMYN?— Ele grita já subindo em direção às escadas.

Espero ele subir para o andar de cima e vou correndo para o lado de fora da casa.

Meu Deus tinha muita gente aqui. Como esse povo estava de bico calado?

Abraço Chaz de lado e ficamos esperando o momento. Pela varanda da Jazmyn tinha à visão do jardim do fundo da mansão, onde estavam todos e tudo decorado.

Jazmyn estava no canto da varanda o esperando.

— Jazmyn?— escuto ele chamando ela novamente.

— Vem aqui.— Ela diz e ele aparece na varanda. Ele a encara confuso vendo ela toda arrumada e ela vira ele para todos nós.

— SURPRESAAAAAA.— Todos gritam juntos. Eu não sei definir seu olhar, mas tenho quase certeza que era de surpresa. Ele facilmente encontra meus olhos e sorri para mim. Era isso que eu queria.

Jazmyn trás ele para a festa e o dj puxa o refrão para cantarmos parabéns para ele. Seu pai vem empurrando o bolo e ele abraça o mesmo todo feliz.

— Happy birthday to you Justin!!!!!— terminamos e batemos palma enquanto ele assopra as 28 velas.

Eu fiz questão. Prevejo ele reclamando já. O dj solta uma música e achei que as pessoas iriam se dispersar, mas não. Tinha umas 100 pessoas em volta do Justin, o abraçando. Parecia algumas pessoas que ele não via há um bom tempo.

Como eu ia demorar para abraçar meu nenê, decido ir abraçar Alessia que deixou a festa exatamente como eu queria.

— ESTÁ MARAVILHOSO.— Grito no seu ouvido abraçando a mesma.

— Eu só organizei, a ideia é tudo sua. Você é incrível garota!— ela me abraça animada também.— Quer ir experimentar as tequilas do bar?

— Uma não faz mau né?— puxo ela e encaro o barman.— Quatro doses por favor.

— Sim senhora.— sorri para mim.

Espero que esteja sendo apenas simpático.

Chupo o limão, e viro o copinho.

— Você nem brindou comigo!— Alissa grita e eu dou risada e puxo o outro copinho brindando com ela e virando.

Deixo ela lá de papo com o barman e vou cumprimentando outras pessoas que tinham na festa. Sinto Khalil me abraçar pelo pescoço quando vou passando por ele. Eu ia bem passar direto já que ele estava em uma roda com um monte de macho e eu não estava afim de me apresentar.

— Kylieeee.— Sinto o seu famoso cheiro de 'perfume com maconha' era uma mistura interessante. Mas o da maconha ressaltava mais.— Você caprichou né? Está igual tudo que você faz, perfeito.

Dou risada e o abraço.

— Talvez você não os reconheçam, mas esses são alguns dos nossos colegas militares.— ele diz apontando para os homens em minha volta.

Não sendo da nossa base tudo bem. Dou um sorriso a eles e pego na mão de cada um.

— Um prazer conhecê-los.

— O prazer é nosso senhora Ziemann.— um responde por todos.— A senhora faz falta lá na base.— ele diz e vejo um deles segurar à risada.

Era festa do meu noivo, eu não iria me estressar com esse bando de macho hétero escroto.

— Imagino. Afinal, não é todo dia que vocês tem o prazer de ver uma mulher mandando em vocês não é?

Viro minhas costas e vou em direção da Lyly que está rebolando ao som de Drake. Inclusive saudades.

Da amizade é claro.

A abraço por trás e ela grita animada erguendo a garrafa de tequila. Ela vira para mim e abre minha boca tacando tequila goela abaixo.

— Sabe o que isso me lembra? — Ela grita no meu ouvido.

— Nossa vida de solteira?— gargalho rebolando com ela.

— Amiga, eu nunnnca fui solteira. Se liga. Tu era a encalhada. Mas me lembra a época que você era solteira e a gente saia para beber e ficar loucas.

— Ficar não, nós éramos loucas.

— Eu ainda sou, só que agora sou controlada. Tenho uma filha.— Balança os peitos e eu dou risada.

Vejo Cathe enchendo a cara no balcão do bar e Derek do lado dela como se fosse seu segurança, puxo Lyly e vamos até eles.

— Enche aí Lyly.— pego um copinho e dou para ela encher.— Vira Derek.— empurro o copo para ele.

— Não vou beber Ky, obrigada.

Derek nunca pode beber, por que quem sempre enche a cara é a Cathe. Ela está começando me incomodar.

— Vai beber sim. Hoje não vai ter um sóbrio aqui meu bem.— empurro o copo de volta e quando ele vai pegar, Catherine segura o mesmo.

— Não vai beber Derek.— a encaro.

— Você bebe e ele não pode? Que história é essa?— dou risada não entendendo nada.

— Kylie. Deixa.— Derek pede e eu não tiro meu olhar de Catherine.

Sim. Eu vou arrumar briga no começo da festa.

— Você não vai beber por que ela não quer?

— Sim Kylie. Ele é o meu namorado e se eu disse que ele não vai é por que ele não vai.— ela fala já gritando comigo.

Fazia um bom tempo que eu não via Catherine. Ela estava estranha e como uma boa ex drogada, eu sabia que a bixa estava com alguma coisa no corpo.

— Calma meninas, a festa acabou de começar não tem por que existir essa exaltação. Ky obrigado, daqui a pouco eu bebo algo.— ele pega no meu ombro.

— Isso Derek, continua sendo o cachorro dela. Ela já ama mandar em você mesmo.— ela fala e eu vejo algumas pessoas olhando. Ela pega o copo dela de gin e se enfia no meio das pessoas e some. ????

— Desculpa Derek. Não ia deixar ela te tratar assim, eu te conheço à anos e nunca vi você negar um copo de bebida por causa de mulher.

— Tudo bem Kylie. Deixa quieto. Ela anda estressada mesmo. É o trabalho dela. Vai curtir o Justin, ele está livre agora.— Aponta para o meio da pista onde Lyly já estava enchendo ele de tequila também.

Quando ela saiu daqui?

Pego um copo com outra bebida e vou até eles. Justin me abraça pela cintura e coloca sua cabeça no meu pescoço.

— Você. É. A. Mulher. Mais. Incrível. Que eu conheço.— ele diz beijando meu pescoço.— Eu vou te agradecer depois, mas saiba que eu não tenho palavras para agradecer o que faz por mim. Está sendo a festa mais incrível da minha vida. — sua voz no meu ouvido me faz derreter. Viro de costas para ele e começo rebolar no ritmo da música latina que toca agora.

Ou os meninos tomaram alguma coisa ou eles beberam muito antes de nós chegarmos. Chaz, Khalil, Chris e um primo do Justin começaram rebolar com a gente, eles fizeram nós de sanduíche e gritavam ao mesmo tempo. Chris estava com uma garrafa de vodka na boca?

Chris e Lyly estavam sedentos por uma festa, disso eu tenho certeza.

Justin pega a garrafa do Christian e dá um gole, me oferecendo e eu nego. Vai saber onde essa garrafa passou.

Viro meu copo de gin na boca e enlaço meus braços no pescoço do Justin.

— Tem mais uma surpresa tá?— grito e ele ri.

— Eu não vou aguentar. — Coloca a mão no coração.

Dançamos mais um pouco, até todos cansar. Vamos para o bar e pedimos alguns drinks diferentes. Dylan e Jazmyn estavam se comendo perto do bar e Justin afasta os dois.

— Tempo por favor.— Justin faz tempo com as mãos e os meninos gargalham deixando Jazmyn vermelha.

Quando vou por minha bebida na boca, sinto Alessia me puxar.

— Ele chegou já, deixei ele lá no escritório.

— Amor já volto.— Dou um selinho nele e sigo Alessia até o escritório. Bato na porta e entro vendo Travis e seu empresário.

— Eai garota.— Ele fala descontraído se levantando para me cumprimentar com um beijo no rosto.

— Mais respeito Scott.— Seu empresário reclama e estende a mão para mim.— É um prazer conhecer a senhora.

— O Prazer é meu conhecer vocês pessoalmente. Não tem problema me tratar informalmente senhor Julian. Pode me chamar de Kylie, Travis.

— Eu sei que vocês combinaram por direct do Instagram tudo isso, mas preciso de uma assinatura sua para confirmar o cachê.— o empresário fala puxando uma pasta.

— Claro, sem problemas. Travis não me passou o valor exato ainda, posso ver?

Meu bolso chega sacudiu de medo. Lógico, por que não contente em dar uma festa eu queria chamar o rapper favorito do Justin. Leio o contrato e vejo o valor.

— Travis, isso está abaixo do que combinamos anteriormente.— falo e vejo o empresário dar de ombros como se concordasse comigo.

— Ah Kylie, você é uma mina incrível, conhece o meu parceiro o Drake, eu estava por perto não gastei com viajem ou estrutura de show e ainda nos demos bem na primeira conversa. Só estou cobrando mesmo por que sei como Julian é. Faria de graça para você.

Eu estava totalmente sem graça. Eu nunca que contaria para o Justin que eu troquei directs com Travis Scott e que ele ainda aparentemente estava flertando comigo. Eu falei com ele sem segundas intenções lógico e claro que deixei bem claro desde o início que queria que ele cantasse no aniversário do meu noivo.

— Muito obrigada é muito gentil da sua parte Travis. Vamos lá animar essa galera?

Passamos pelos fundos da casa e ele ficou escondido atrás de um painel.

— Você quer que eu fale alguma coisa?— ele pergunta.

— Você que sabe, sei lá só deseja parabéns para ele. Seus shows são incríveis, eu e ele vamos amar do jeito que for.

— Se você está dizendo.— ri.

— CARALHO, esse daí é o Travis fucking Scott?— escuto Dylan gritando no meu ouvido e eu desço o tapa nele.

— Cala boca, quer estragar a surpresa?

Volto para a festa, não antes de passar no bar para pegar uma bebida. Sinto Justin me abraçar por trás e dar um beijo no meu pescoço.

— Estava aonde gostosa?

— Preparando uma surpresa.— Falo e escuto o toque de Houstonfornication.

Todos começam gritar e eu puxo Justin para perto do palco.

— Amor?— ele me encara não acreditando e eu dou risada pegando meu celular para gravar, assim igual a maioria estava.

— Parabéns Justin! O show só está começando, separei minhas melhores músicas para você! Eu sou seu presente de aniversário, agradeça sua mulher, ela é incrível.— ele e Justin fazem um toque.

I got room in my fume
She fill my mind up with ideas
I'm the highest in the room (it's lit)
Hope I make it outta here (let's go!)

Chaz e Khalil aparecem gritando no meu ouvido e eu dou risada.

— VOCÊ É FODA!— Chaz grita chapado.

Charles chapado. O que o Khalil fez com ele?

Eles abraçam Justin de lado pulando e eu me solto do Justin para eles curtirem o show juntos. Puxo Lyly lá do meio do povão e trago ela para perto de mim.

— Amiga.— Ela me chama, mas continua a olhar Travis cantando Butterfly effect.

— Fala.— empurro ela que desvia o olhar e me entrega à garrafa de tequila.

— Eu faria e você?— Diz voltando seu olhar para Travis.

— Faria o que?— eu estava confusa, bebo uma dose de tequila.

— Sexo. Com o Travis. Olha ele, não tem cara de fodedor?— Gargalho e dou um tapa nela.

— Cuidado com suas palavras garota. — ela dá de ombros e puxa a garrafa de volta para ela.

— Ele tá olhando para cá.— Ela fala sorrindo descaradamente.

— Deve estar olhando para o seus peitos.— Falo puxando a alça do seu vestido que estava caído.

— Ou os seus! — Ela grita. Eu hein, não estava nem decote.

Alessia aparece para curtir o show com a gente juntamente de Derek.

— Tive que trazer esse cara para cá, ele estava abandonado lá no bar.— Ela fala e eu encaro Derek.

— Onde está Catherine?

— Não sei e não quero saber.— Ele fala bebendo um copo com sei lá o que.

— Então vamos curtir Derek.— Lyly grita rebolando com sua garrafa de tequila.

— Está parecendo aquela Lyly que vivia com você quando eram mais nova.— Ele ri e eu concordo.

Os meninos ainda estavam lá na frente pulando igual uns doidos e eu sorria feliz vendo Justin super animado.

O show tinha acabado, Travis já tinha tirado foto com todo mundo. Ele pretendia ir embora, mas encontrou dois amigos seus na festa, eu poderia dizer "nossa que mundo pequeno", mas, tinha muita gente ali.

Eu estava sentada no colo do Justin, agora estávamos dividindo um copo de vodka com energético. Tinha muita gente dançando animada com as músicas que o dj tocava e já tinha outras abandonadas por aí, bebadas. Eu estava descansando os pés em cima do colo do Dylan.

— Faz uma massagem aí dy.— peço e ele pega um pé meu.— Cade a sua amada?— pergunto.

— Está dançando com Lyly. Lá no meio das pessoas.

— Lyly deve estar enchendo ela de cachaça.— Justin fala e eu concordo.

— Vocês sabiam que o Chris já deu pt? Está dormindo lá na sala.— Dy fala e eu e Justin rimos.

— Faz tempo que ele não bebe nada, deve estar fraco. A Lyly não bebe nada faz tempo também, mas aquela ali é difícil derrubar.— falo.

Eu ainda não estava bêbada, pois eu bebia e parava um pouco, assim estava me controlando. O medo de beber e fazer alguma merda era mais forte. Justin como se lesse meus pensamentos diz.

— Você não disse que ia encher a cara hoje amor?

— Sim. Eu desisti.— Beijo seu rosto.

— Pode ir curtir, eu cuido de você não se preocupe.— Ah fofo.

— Hoje é seu dia amor, vai você beber.

Ele nega.

— Você sabe, eu não gosto de perder o controle da minha mente. Por isso bebo com moderação.

— Menos aquele dia que você trepou com uma qualquer né?— Serro o olhar e ele revira os olhos.

— Você vai ficar voltando nesse assunto até quando?

— Até eu esquecer dele. Ou melhor, dela.

— Dy, vamos beber?— ele concorda e nos levantamos.

— Vai lá com os meninos Jay.— falo e ele concorda levantando também.

— Me dá um beijo antes?— ele pergunta puxando minha cintura. Eu concordo.

Beijo sua boca com calma e ele enlaça sua língua com a minha.

— Eai vamos?— Dylan fala no meu ouvido e eu me solto de Justin que fecha a cara para Dylan.

— Gosta de atrapalhar né pirralho? Hora que você está agarrando minha irmã ninguém te interrompe.

— Você. Interrompe a gente, qualquer hora, qualquer momento.— responde Justin que me encara puto da vida.

— Leva esse moleque daqui vai.— Vira às costas e sai.

— Tu é chato Dylan.— Falo puxando ele para irmos no bar.

Bebemos dois copos de tequila e pegamos um copo de vodka. Puxo ele para dançar em um canto que não tinha muita gente e ficamos lá por um tempo.

— Dylan, quem é aquele menino ali?— aponto disfarçadamente para o lado para um menino que dançava com Jazmyn e outras duas garotas.

— Um amigo da Jazmyn, lá da faculdade. Eu diria melhor amigo, mas eu sou o melhor amigo, então amigo.

— Ele já olhou para cá umas dez vezes. Parece que ele quer você.— falo baixo como se alguém fosse escutar e dy da risada.

— Ele é afim de mim.— ele dá os ombros.— Jazmyn não sabe, mas ele já deu em cima de mim umas três vezes.

— Que amigo fura olho! Por que não conta para Jazmyn?

— Ela vai ficar muito mal. E ela tem umas inseguranças achando que eu vou trocar ela por qualquer gay que aparecer.

Bebo, bebo e bebo. Quando não sinto direito o chão que estou pisando eu paro. Eu já perdi Dylan de vista e estou tentando achar alguém conhecido. Dou risada comigo mesmo.

Vejo o boné de Khalil de longe e decido ir até ele perguntar se viu Lyly ou meu noivo, esbarrando em algumas pessoas. Já se passa das três e meia da manhã e às pessoas não fazem questão de ir embora.

— Khalil. — Chamo ele que está em uma roda com alguns daqueles idiotas da base, Thomas (primo do Justin) e Stevan.— Stevan!

— Kylie! Garota quanto tempo.— Ele levanta meio cambaleando ou estava vendo assim e me abraça.

— Como está?— pergunto me soltando dele e vejo pelo canto do olho um dos 'militares' cheirar uma carreira de cocaína. Eu tinha consciência de que tinha gente usando droga na festa, o problema é que eu vim parar em uma dessas rodas.

— Estou indo, sabe como que é. Problemas com Kity.— Oh, sua irmã.

— Sério? Está tudo bem com ela?

— Ela está bem. Confusão de irmãos sabe. Eu dou muito trabalho para ela.

— São as drogas?— pergunto me lembrando quando kity me contou do vício dele.

— Sim. Mas, depois conversamos sobre isso né? A festa está aí para ser aproveitada.— ele fala e eu concordo.

— Khalil. — Chamo ele e vejo o mesmo cheirando a droga. Ele faz sinal para eu esperar e eu olho em volta incomodada e confusa.

— Senta aí senhora Ziemann. — Um tal de Jordan fala apontando para cadeira. Encaro ele confusa.

— Todos sabem que você gosta de dar uma cheiradinha.— Ele "brinca" e eu escuto Khalil rir juntamente com os outros. Khalil que supostamente era para me ter tirado dali, simplesmente riu da brincadeira de seu colega. Eu sei que ele estava drogado, mas, ele ainda estava ciente da minha relação com drogas.

— O que você queria perguntar Ky? Senta aí.— ele fala e eu encaro novamente o primo do Justin cheirando a droga.

— É.. e-eu.— Suspiro fundo enquanto eles me encaram.— É, eu queria saber, s-se— sinto duas mãos nos meus ombros.

— Vamos beber uma água?— escuto a voz do Mateus e meus ombros relaxam. Concordo e ele me puxa dali.

Às vezes acredito que Mateus é Jesus.

Andamos com calma até à cozinha e Justin estava lá pegando uma garrafa de água na geladeira.

— Olha quem apareceu, minhas duas pessoas favoritas do mundo. Me deu um perdido né gata?— ele diz meio bêbado.

— Você que sumiu idiota, pega uma água aí.— Falo tentando subir no balcão no meio da cozinha. Mateus me ajuda e nós três sentamos lá.

— Aconteceu alguma coisa? Está um pouco pálida.— ele pergunta pegando em minha mão.

— Tem uns amigos seus cheirando droga lá fora. Kylie foi parar lá não sei como.— me encara.

— Está duvidando de mim?

— Eu sei que não usou nada. Calma, não quis soar assim. Só queria saber como foi parar lá.

— Eu não estava achando ninguém e eu vi Khalil, ele estava lá, usando drogas com o seu primo Thomas e mais uns caras da base.— Falo para Justin.— Eles ficaram me chamando para sentar e falando que sabiam que eu gostava de cheirar.

— Khalil não disse nada? Ele sabe do seu problema.

— Na verdade ele até riu.— dou de ombros e Justin desce do balcão.

— Vou lá agora, acabar com a festinha deles.— pego sua mão.

— Deixa quieto. Deixa eles lá.

— Não amor. Você sabe que eu não gosto de drogas, vou lá e já volto.

Fico com Mateus conversando um pouco até Justin voltar segurando uma taça de gin. Dou risada.

— Pronto, resolvido. — me deu um selinho e sentou no balcão.

— Vou deixar os pombinhos a sós.— Beija minha testa e faz um toque com Justin. Puxo a taça dele e dou um gole.

— Você não acha que o Mateus anda meio tristonho?— encosto minha cabeça no ombro do Justin.

— Ele está pensando em voltar para o Brasil.

— QUE?

— Droga, não podia ter falado.— Justin se repreende.

— Amor, ele é nosso psicólogo, o que eu vou fazer sem ele?— Começo chorar já e Justin começa rir.

— Ele está com saudade da mãe dele.— fala limpando minhas lágrimas.

— Eu não quero saber! Ele é meu psicólogo. Eu vou comprar ele!

—  Depois pergunta o preço dele então. — Debocha de mim.

— Eu vou mesmo! Ele não deve ser tão caro assim. — Justin gargalha e eu pego a taça de gin para beber.— e isso agora é meu!

— Vai comigo no banheiro?— Pede

— Virou criança? Ou você quer tirar uma casquinha?

— Quero que você segure meu pau.— Fala sério e eu dou risada.

— Vamos logo idiota.— dou um pulo do balcão e bato à cabeça no armário. — ai que droga.

— Machucou?— Justin pega minha cabeça observando.

— Não. Mas está doendo.— Resmungo.

Vamos em direção ao banheiro que fica aqui no andar de baixo, quando vamos virar o corredor escutamos barulho de beijos. Não ligando muito nós continuamos o percurso até perceber que conhecíamos aquele casal que estavam se pegando. Antes de eu dar um grito e acabar com a farra daquela vadia, Justin me puxa de volta e tampa minha boca.

Ele abre uma porta da dispensa de produtos de limpeza e me solta.

— Deixa eu passar! — grito com ele.

— A gente não tem nada que se meter nisso, Catherine e Charles são bem adultos para saberem o que estão fazendo.

— Não Justin! Eles estão traindo o Derek. Ele já até foi embora da festa, por que Cathe sumiu e nem ligou para ele. Ela vem tratando ele igual um merda por esses dias, agora sei por que.

— Eles que se resolvam, não vou deixar você se meter nisso.

— Que puta desgraçada.— Xingo.

— Por que esta xingando somente ela? O Charles também está nesse rolo.

— Ela está em um relacionamento sério com o Derek. Não o Charles com Derek. Eles são amigos, mas, eu não sei foda se também. O Chaz também está errado e é por isso que eu vou ir falar poucas e boas.— Tento passar e Justin não deixa.

— Kylie na boa. Eu tô sem paciência.

— E? Derek é meu amigo tem anos, eu o amo, quem ama cuida. Não vou deixar ele com uma mulher que além de tratar ele mal e sempre fingir que está certa continue traindo ele.

— "eu o amo, quem ama cuida" que papo é esse Kylie? Ele não era seu amigo antes, ele era teu segurança e de bônus trepava com você, agora você vem com essa de que ama ele?— Justin fala puto.

— Não vem com seu discursinho de macho escroto, esse seu tipinho de ciúmes é o pior. Você está gerando uma briga por causa dos outros!— Falo brava.

— Não, você está! Está querendo arrumar briga na minha festa.— suspiro fundo.

— Está bem Justin. Abre a porta.— Falo calma e ele destranca a porta. Vou em direção a mesma e ele me segura pelo braço.

— Não vou deixar você sair daqui brava comigo. A gente vai ficar mau durante o resto da festa inteira.

Fico calada. Encaro ele, ele me encara de volta e eu vômito na sua camisa social.

— Puta que me pariu.— ele fala olhando para cima, pego no trinco da porta e sem querer novamente vomito nos seus pés.— Se eu demorar para voltar na festa é por que vou estar tomando banho.

Abro a porta e saio de lá, meu Deus eu precisava de um remédio urgente. Penso sentindo ânsia novamente. Subo às escadas e vou em direção ao quarto do Justin, escutando seus passos bem atrás de mim.

Escovo meus dentes e vejo ele tirando a roupa dele. Estava com cara de emburrado.

Procuro um remédio para enjoo em sua caixa de remédio e logo acho, tomando.

— Você vai voltar para festa?— Pergunto observando ele debaixo do chuveiro enquanto retoco meu batom.

— Ficar preso aqui dentro do quarto com você eu não vou.— Ele fala. Isso por que ele não queria que eu ficasse brava com ele.

Tiro meu vestido apertado e coloco uma roupa mais confortável, decido deitar um pouco para o enjoo passar. Escuto Justin dentro do closet passando perfume, a essa hora da manhã.

Antes dele sair e ele apenas fala da porta.

— Estou lá em baixo.

Sério Justin? Onde mais estaria não é. Fico quieta e escuto a porta fechar. O som lá fora ainda está alto e se passa das quatro da manhã.

Quando estou prestes a tirar um cochilo escuto um barulho de coisas quebrando e porta batendo. Levanto assustada e vou até a janela do quarto, observo a pista de dança e o jardim por inteiro, está tudo "calmo", pessoas dançando e bebendo normalmente. Escuto outro barulho e decido sair do quarto. No corredor escuto gritos de Jazmyn e do Dylan.

Corro apressada até a porta da Jazzy e abro vendo os dois adultos mirins vermelhos aparentemente de tanto gritar. Jazmyn está segurando um vidro de perfume na mão e eu vejo outras coisas quebradas no chão.

— Gente, o que está acontecendo?— pergunto calma.

— Sai daqui Kylie! Isso é problema meu e do Dylan! Esse cretino.— ela joga o vidro de perfume nele que bate na parede e quebra, Dylan que visivelmente está bêbado nem se mexe.

— Para de ser louca.— Dylan fala baixo.

— NÃO ME CHAMA DE LOUCA!— ela vai para cima dele que a segura pelos pulsos.

— VOCÊ É LOUCA SIM! OLHA QUANTA COISA VOCÊ QUEBROU! VOCÊ QUERIA ME MACHUCAR?

— VOCÊ QUE ME MACHUCOU, MEU CORAÇÃO, EU NUNCA QUE IRIA IMAGINAR VOCÊ ME TRAINDO COM MEU MELHOR AMIGO!

Será que no final de tudo eu acabei planejando uma festa para acabar todos os relacionamentos?

— Eu sou seu melhor amigo Jaz! Ele nem era seu amigo de verdade, ele que deu em cima de mim inúmeras vezes!

— Dylan, solta a Jazmyn.— peço vendo que ele ainda segurava firme.

— Se você queria tanto ficar com um homem, ao invés de uma mulher, podia ter me largado logo, ou nem ter começado nosso relacionamento. Era só ter me falado que queria continuar seguindo sua vida de gay!

Escuto Dylan bufar.

— EU JÁ DISSE QUE NÃO BEIJEI ELE! Que merda, por que você é tão insegura assim?

Jazmyn chora sentada na cama e eu continuo calada só observando.

— Jazmyn, o Dylan, algumas horas atrás ele me contou sobre o tal Julian. Disse que esse menino vinha dando em cima dela há um bom tempo. Ele não te contou, por que sabe que você gosta do garoto e que tem toda insegurança por parte de você.

Os dois ficam em silêncio.

— Vocês dois estão bêbados, acho melhor conversarem mais tarde. Vamos Dylan?— Chamo ele e Jazmyn me olha.— Toma um banho Jazzy, sabe que seu pai está aqui, se ele ver você nessa situação...

— Foda se ele! Eu não ligo. Ele não manda na minha vida.— Fala rude e eu dou de ombros.

Dylan vai em sua direção e coloca a aliança de compromisso do lado dela. Gente, calma aí.

— Opa, calma gente.— Falo encarando Dylan indignada.

— SAI DAQUI DYLAN.— Ela joga a aliança em nossa direção e eu puxo o Dylan para fora e fecho a porta, escuto a porta ser trancada em seguida.

— Aonde pensa que está indo?— Pergunto vendo ele cambaleando em direção à escada.

— V-vou voltar para festa.— aponta e eu nego pegando no seu braço e puxando ele para um quarto de hóspedes.— Eu estou solteiro agora Kylie, me larga.

Jogo ele debaixo do chuveiro escutando seus resmungos e vou buscar um remédio para ressaca.

— Kylie, mas eu não quero dormir agora.— Escuto ele reclamar enquanto eu enrolo ele com edredom.

— Mas vai. — Espio pela janela e vejo os primeiros raios solares. Lá em baixo não tem tantas pessoas como antes, mas a música continua alta. Escuto fungos do Dylan e eu me deito ao seu lado, assim como ele fez comigo no dia em que eu e Justin tivemos aquela briga feia.

Afago seu cabelo e ele me abraça de volta. Acabo pegando no sono também, eu estava cansada, ainda um pouco bêbada e estressada com todas confusões.

Abro meus olhos quando sinto uma luz forte atingir meus olhos. Justin está com um braço jogado em cima dos meus seios e de barriga para cima roncando e pelado. Pelado de pau duro ainda.

Jogo um lençol nele e olho em minha volta. Como eu vim parar aqui? Justin certeza que me achou no quarto de hóspedes e me trouxe para o seu. Olha que eu me escondi no quarto mais longe da casa.

Vou em direção a varanda, de lá entrava os raios solares, o dia estava quente. Sinto minha cabeça latejar um pouco e sei que foi a bebida.

Olho no jardim e tinha uma equipe limpando tudo. Ué, mas eu tinha contratado essa equipe para uma hora da tarde. Pego meu celular e confirmo a hora.

Meu Deus a que ponto chegamos.

Encho a banheira do Justin e entro nela relaxando meus músculos.

Aconteceu tanta coisa ontem, que eu mal me lembro da metade dos acontecimentos. O único recente e fresco em minha memória era Dylan e Jazmyn. Fecho meus olhos e me assusto com o barulho de Justin entrando na banheira.

— Quer me matar do coração?— falo alto e ele fecha os olhos.

— Na moral, fala baixo.

Continuo encarando ele e não falo nada.

— Posso saber por que estava dormindo pelado? Você nem trancou a porta.

— Não sei eu não lembro. Só sei que estava sonhando com você fazendo um boquete em mim.— abre os olhos e sorri pra mim. Reviro os olhos.

— Não era você que disse que não ia encher a cara?— pergunto.

— Fiquei estressado com você e fui beber.— Dá de ombros.

— Então... estamos brigados? — Pergunto tentando lembrar em que momento brigamos.

— Ah você não lembra? — Dá risada.— Ponto para mim. Não brigamos não amor.— diz sínico e eu chuto sua bola.— Caralho Kylie.— coloca a mão no meio das pernas e me encara com dor.

— Por que brigamos?

— Discutimos, é diferente.— fala com uma voz sôfrega.

— Estou ouvindo, pode continuar.

— A gente pegou Charles e Cathe no maior amasso, você queria armar barraco e eu não deixei. Você ficou puta da vida dizendo que amava o Derek e iria contar para ele.

Na hora a cena do beijo entra na minha mente.

— O que mais?

— É, eu disse que ele não era seu amigo e que você não amava ele. Que ele era seu segurança e de bônus já trepou com você.— Dá de ombros e eu fecho a cara.

— Estou brava com você! E eu vou sim contar para o Derek.

Ele gargalha e puxa meu pé beijando o mesmo.

— O que aconteceu mais de babado?— pergunto.

— Me diz você. Por que estava dormindo com Dylan?

— Ele e Jazmyn terminaram.

— Nossa ainda bem.— ele suspira. dobro minha perna para chutar ele novamente, mas ele segura meu pé.

— Parece que ela pegou ele beijando o melhor amigo dela.

Justin arregala os olhos.

— Então ontem o povo botou para foder mesmo não é?

Começo gargalhar e Justin ri comigo.

— Não é do jeito que você está pensando, Dylan já tinha me contado toda uma história antes do acontecimento.

Conto toda a história com Justin prestando atenção em tudo.

— Então não foi culpa dele, por que Jazmyn surtou desse jeito? Parece você.— brinca e eu reviro os olhos.— Você podia estar virando esses olhinhos por outro motivo...

Ele puxa minhas pernas me fazendo sentar em seu colo.

— Ainda estou brava com você. — cruzo meus braços por seu pescoço.

— Aham.— diz beijando meu pescoço.

— É coisa de adolescente, estavam bêbados, depois eles se resolvem.— falo sobre Dylan e Jazmyn.

— Papo sério agora.— ele coloca a mão em minha bunda e eu seguro o riso. — Você fez a melhor festa da minha vida.

— Sim, foi tão bom que dois casais estão separados.

Ele ri

— Problema deles. A festa foi incrível, tu trouxe a porra do Travis Scott, trouxe meu pai, meus primos e amigos que não via há um bom tempo. Você é incrível e olha desculpa se eu te tratei mal ou com grosseria ontem, eu não podia nem ter discutido com você, já que você tinha se esforçado para fazer algo maravilhoso para mim.

— Eu fiz tudo isso, por que eu amo você, queria fazer você se sentir especial e amado no seu dia. Tinha umas pessoas que não fui eu que chamei, foram os meninos, então se tinha alguém que você não gostava culpe eles.

— Não tem problema gata. Só de você estar aqui, foi perfeito, você sabe. O único defeito de ontem, foi você ter vomitado em mim.

— Para de mentir, eu não fiz isso.— bato no seu ombro.

— Ah amor você fez isso sim.

— Eu vou negar até a morte.

— Eu tenho provas.

— Duvido. — falo mordendo sua boca.

— Está no meu Instagram.

— Como assim no instagram?

— Esqueceu que eu tenho câmera em todo canto da casa? Publiquei o vídeo de você vomitando em mim duas vezes.

— Bieber, você não fez isso.— digo me esticando para pegar meu celular no chão.

— Na legenda publiquei um texto. Um texto não, uma declaração.

— Sabia que você é um filho da puta?— falo vendo o vídeo, que mico, tinha milhões de curtidas

— Sei, mas eu sou o filho da puta que você ama.

— Realmente. Meu filho da puta que eu amo.

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