I took you away from me. //ji...

Por jjkpjm_13

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Onde Jeon Jungkook era um alfa festeiro, sem responsabilidades e que se achava pertencente ao mundo. Enquanto... Más

1. aonde estava?
avisos
2. Para outro homem.
3. Meu Combustível
4. Em busca do perdão.
5. A volta dos que não foram.
novo recomeço?
Abrigo.
karma

O meu verdadeiro eu.

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Por jjkpjm_13

   Existem momentos em que você para, pensa. Para de novo, pensa de novo. E então, só então, chega a conclusão de que aquele em que você convive todos os dias, aquele em que magoa e destrói tudo o que toca e todos ao seu redor, é o seu verdadeiro eu. Um sorriso não demonstra felicidade, assim como lágrimas não demonstram total tristeza. Podem ser verdadeiras, ou não. De alegria, ou não. Você nunca saberá, uma vez em que o seu eu interior pode entrar completamente em contradição com o seu eu exterior.

E Jungkook pensava aonde, em que mundo estava quando se permitiu tratar com total crueldade o seu pequeno ômega. Em sua mente martelava os seus primeiros momentos, o primeiro e doce beijo, o primeiro toque íntimo até o primeiro "eu te amo" que nunca fez tanto sentido quanto agora. Sentia saudade do ômega em seus braços, dos fios rosados e macios fazendo cócegas quando entravam em contato com a sua pele. Do sorriso largo, do abraço quente, do corpo pequeno que envolvia o seu quando chegava tarde. Perguntava-se o que lhe motivou a fazer tudo aquilo, questionava-se sobre o homem que se tornou. Aquele não era o alfa que jurou amar o pequeno ômega, que jurou honrá-lo e disse-lhe palavras bonitas em seu casamento. Sentia-se sujo, sua índole torturava-o por dentro e deixava-o a beira da insanidade. Naquele momento, percebia o quanto doía ter um ômega arrastado dos seus braços, ou ainda pior, um ômega que partiu sem volta por vontade própria.

Era o que ele acreditava.

Questionava-se se o certo seria não desistir, se deveria continuar e lutar pelo ômega que um dia chamou de seu. Se mandava a merda toda a história, aceitava o grandíssimo filho da puta que era ou se humilhava pela volta do seu garoto. A falta do ômega lhe consumia, sua vida não era a mesma e o alfa se quer saia de casa. Todas as suas noites, bebidas, mulheres e até mesmo outros homens, nada havia valido a pena. Jungkook sofria, chorava, seu coração era esmagado dentro do peito e cada parte do seu corpo clamava pelo corpo do seu menino. Mas aquilo não era de todo ruim, o alfa aprendia a cada dia mais a se tornar alguém verdadeiro e aquilo lhe motivava a ir atrás do seu amado. Entenderia se não fosse perdoado. Ou não. Mas que grande piada é este pensamento, Jungkook nunca aceitaria estar longe do pequeno ômega tão amado por si. Mas não o traria de volta a dor, ao sofrimento, a traição. Viveria inconformado, mas jamais forçaria a Jimin a continuar consigo.

E o pequeno Park não estava diferente.

Os fios rosados balançavam-se e caiam suavemente em sua testa, resultante do vento gélido que entrava pela janela e fazia com que eles espalhassem-se por seu rosto. As mãos pequenas dobravam o lençol da cama, os olhos estreitos e castanhos piscavam sonolentos e o ômega sentia saudade. O corpo pequeno não demorou a ser embalado pelas cobertas grossas, o travesseiro não demorou a ser abraçado e os pensamentos não demoraram a invadir a sua mente. Jimin tinha medo, não se sentia pronto o suficiente para se entregar a um novo amor. O seu coração, alma e corpo ainda clamavam pelo alfa moreno. Os olhos encheram-se de lágrimas e o travesseiro foi ainda mais pressionado ao peitoral estreito, as lágrimas caiam pelas bochechas fartas e molhavam o tecido. Embora tenha total convicção de que o que fez foi certo, que deixá-lo havia sido a sua melhor opção, o seu coração ainda apertava e chamava pelo corpo quente e grandioso que lhe enlaçava para dormir. Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu o ranger da porta, virando o seu corpo e capturando a imagem pequena de Hyosun, perfeitamente abraçada com um urso de pelúcia maior que si.

— Jiminnie oppa?

Perguntou, a voz soando manhosa e carinhosa enquanto adentrava o quarto do tio. Subiu em sua cama, enfiando-se entre os lençóis e aproximando-se do ômega.

— Diga, Hyo.

A voz do pequeno Park soou atenciosa, seus dedos pequenos adentraram os fios lisos e macios da alfazinha, e seus lábios alcançaram-lhe a testa em um beijo suave.

— Eu não consigo dormir. O senhor pode contar a história da fadinha?

Um bico manhoso preencheu os lábios fartos da pequena, um tanto muito convincente aos olhos do tio. Uma risada suave escapou do rosado, que assentiu lentamente com a cabeça e sentou-se na cama.

— Mas é claro que eu posso! você quer do início, ou a sua parte preferida?

— A minha parte preferida, oppa! eu quero a parte em que a fadinha recupera as asas!

— Começarei por ela, então.

Segurou a sobrinha em seus braços, acariciando-lhe delicadamente as costas enquanto preparava-se para contar a história, sendo observado pelos olhinhos intensos e curiosos de Park Hyosun.

— A fadinha estava muito triste, havia desobedecido as ordens da sua rainha e seguido por um caminho perigoso. Ela andava pelo bosque escuro até que BUH!

A alfazinha saltou em seu colo, rindo junto a si pelo susto que o tio havia lhe dado. Os olhos curiosos ainda acompanhavam o Park mais velho com atenção, temendo perder qualquer detalhe que fosse da sua história preferida.

— Um lobo enorme e feroz correu em sua direção. A fadinha estava assustada e chorava muito, pedia que a sua rainha lhe ajudasse porque havia aprendido o seu erro. E a sua rainha a ouviu, lhe tirando do perigo e a protegendo em seu enorme palácio de doces.

— Eu gostaria de morar em um palácio de doces!

— Eu tenho certeza de que gostaria!

Apertou a bochecha gordinha da sobrinha, sorrindo carinhoso e continuando a fantasia.

— E então, a rainha achou a fadinha merecedora de ter as suas asas de volta. E desde aquele dia, ela nunca mais desobedeceu as ordens e se tornou uma fada muito sábia.

Olhou a imagem dorminhoca de Hyosun, completamente esparramada nos braços do tio e entregue a um sono gostoso. Segurou cuidadosamente a pequena, a aconchegando sobre o colchão macio e beijando-lhe docemente a testa.

— Boa noite, querida.

E então desligou o abajur, fechando os olhos e permitindo-se entregar-se ao sono.

Petshop, busan.
08:34• sexta-feira.

O dia havia amanhecido mais cedo para o alfa, que agora estava decidido e motivado a ir mais uma vez atrás do seu pequeno. Equilibrava até o caixa brinquedos caninos, petiscos e mimos para o peludo que havia presenteado ao ômega a pouco tempo atrás. Havia abandonado o clichê, as rosas, os doces, coisas que se quer atraiam o pequeno ômega que estava mais interessado em suas palavras e em sua sinceridade. Embalou a cada presente e teve mais uma luta malabarista até o carro, deixando tudo o que comprou no banco ao lado e dirigindo rumo a casa já conhecida por si.

— Jimin-ssi!

Deu o primeiro grito, torcendo para que fosse atendido. Bateu na porta amadeirada com a ponta do pé, uma vez em que suas mãos estavam completamente ocupadas.

— Jimin-ssi, por favor!

Mais um pedido vem. E dessa vez é atendido, a porta se abre e o faz quase cair de costas com a figura do seu ômega perfeitamente vestido em um pijama de patinhos. Os olhos bonitos e estreitos estavam inchados, as bochechas marcadas pelos lençóis e o rosto coberto em uma expressão que evidenciava estar recém-acordado.

— Jimin-ssi, bom di-

— Jungkook-ah, o que está fazendo aqui?

A voz soou sonolenta, os braços pequenos se apertando contra seu próprio corpo em uma maneira de afastar o frio. Os pés gordinhos e minúsculos se remexiam inquietos por estarem tocando diretamente o chao gélido, e o ômega o olhava com uma impaciência fingida.

— Bem, eu trouxe presentes. Para o floquinho! deixe-me mostrar, por favor.

— Para o floquinho?

Perguntou quase para si mesmo, os olhos castanhos e curiosos observando as sacolas.

— Isso! tem coisas legais, eu aposto que você vai gostar. Tem alguns petiscos também, eu pensei que poderíamos levar ele para brincar no parque e...

— Jungkookie, Eu agradeço pelos presentes, e ele definitivamente vai amar. Mas você precisa ir.

— O que? Jiminnie, me deixa conversar com você. Olha, eu estou muito arrependido e eu quero te provar isso. Mas eu não sei como, eu só sei que sinto. Eu te quero de volta, amor. Eu não sei aonde eu estava com a cabeça quando fiz tudo aquilo, aquele não era eu, aquele não era o meu verdadeiro eu. Não era o alfa por quem você se apaixonou, não era o que te jurou proteção por toda a vida. Mas agora ele está aqui, e eu estou sendo tão sincero.

Suspirou frustrado, a expressão coberta por descontentamento e o coração sendo quase pisoteado pela falta que o seu pequeno o fazia. O tronco inclinou-se e as mãos largaram os presentes cuidadosamente no chão. Levantou-se, segurando as mãos pequenas do ômega e as apertando carinhosamente, o olhar sôfrego caindo sobre o rosado.

— Eu não me sinto seguro, Jungkookie-ssi. Eu não sinto que devo continuar, eu estou vendo e valorizando cada atitude sua. Mas eu preciso que tenha paciência, eu preciso de um tempo e o mais importante...eu preciso de espaço.

Puxou suavemente as suas mãos do toque do outro, recuando um passo e sentindo os olhos encherem-se de lágrimas.

— Eu entendo, eu realmente entendo. Mas não me afaste, por favor. Me deixa te mostrar o que eu sinto e o mais importante, me deixa te mostrar que eu te quero de verdade. Pode ser hoje, amanhã, daqui a um mês ou até mesmo anos. Mas eu quero te mostrar, jimin-ah. Eu quero te mostrar que sei o que fiz e que me arrependo, que quero você mais do que tudo.

Avançou um passo, os braços envolveram o corpo menor que o seu e o queixo se apoiou no topo da cabeça do ômega. O nariz se afundou nos fios lisos e rosados, desesperado para sentir o cheiro tão conhecido por si. O corpo pequeno tremeu contra o seu, seus braços se apertaram mais ao redor de Jimin e o alfa se entregou ao choro sofrido e cheio de saudade.

— Eu sinto tanto a sua falta, meu bem.

Confessou, a voz trêmula e quebrada. Os olhos cobertos por angústia e a necessidade de tê-lo em seus braços completamente presente. O rosado lhe envolveu pelo tronco, os braços pequenos e magros lhe abraçando de volta, o rosto rechonchudo afundando-se no peitoral forte do moreno e a respiração ofegante.

— Eu também sinto a sua falta, mas eu não posso voltar agora. Eu ainda não estou pronto, eu ainda tenho medo e quando eu voltar pra você, quero uma relação sem inseguranças.

— O alfa que vi a dias atrás, lhe cortejando e presente aqui. Vocês tem algo? jimin-ah, me diga que não é dele.

— Eu pertenço a mim, e sim, Taemin tentou se aproximar. E eu deveria tê-lo dado uma chance, mas eu não pude. O meu coração pertence a um alfa muito babaca.

— Isso significa que você...

O ômega negou, se posicionando na pontinha dos pés e encostando o dedo indicado nos lábios finos do moreno.

— Isso não significa nada, não ainda. Se você realmente estiver arrependido e me amar como diz, saberá esperar o meu tempo e a minha vontade.

— Mas, Jimin-ssi...Amor, eu...

— Não. Sem mas. E não me chame assim, não estamos juntos. Eu não sou o seu amor, eu ainda não me convenci disso.

Disse convicto, afastando-se do alfa e abaixando-se para pegar os presentes comprados por ele. Floquinho apareceu na porta, aninhando-se entre as pernas do ômega e cheirando curioso as sacolas, o olfato apurado capturando o aroma dos petiscos. Sorriu e segurou o filhote peludo entre seus braços, beijando sobre as orelhas brancas e direcionando o seu olhar ao alfa que ainda o encarava atônito.

— Obrigado pelos presentes, Floquinho aparentemente se agradou deles. Tenha um bom dia, Jungkook-ssi.

E entrou, fechando a porta atrás de si e apoiando as costas estreitas contra a madeira, tendo o filhote lhe olhando curioso e o seu coração batendo furiosamente.


Notas finais:

eu sou meio suspeita por aparecer aqui depois de anos kjkkkkkkkk, desculpa gente. Hoje me deu um surto e eu resolvi atualizar, a vontade de apagar essa fanfic estava grande. Mas aqui estou, e vou tentar voltar com as atts.

Não revisei o capítulo, só escrevi e to postando. É isto, saudades mesmo🥺

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