Esse Garoto é o Caos Vol.2 [C...

Oleh HannaBradley

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[SEGUNDO LIVRO DE ESSA GAROTA É O CAOS] Ele não consegue esquecê-la. Ela não é mais a mesma. Nunca passou pe... Lebih Banyak

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 6

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Oleh HannaBradley

CHRISTOPHER

Não conseguia digerir isso. Alyssa trabalhando no clube? Estranho. Depois de tudo o que aconteceu, a demiti imediatamente. Acabei descontando toda a minha raiva, toda a minha impotência nela. A xinguei muito, embora não devesse, ela não me obrigou a nada, mas naquele momento, eu precisava de alguém para culpar.

— Surpreso em me ver? — ela perguntou sem nenhum sarcasmo ou ironia. Estava séria.

— Muito, na verdade. Kristen sabe que está trabalhando aqui? — precisa satisfazer a minha curiosidade. Eu conheço aquela loira, talvez não completamente, mas o bastante para saber que ela não esquece das coisas e com certeza não esqueceu de Alyssa.

— Foi a própria quem me contratou. — contou para mim e a julgar pela sua forma indignada, nem Alyssa acreditava nisso.

— Sério? — arregalei os olhos perante tal informação. Era praticamente impossível que Kristen não tivesse outra coisa em mente quando a contratou, não é possível. — Isso é...

— Estranho. — completou — Eu sei. Ela me contratou sem nem ao menos olhar o meu currículo ou fazer perguntas, apenas me contratou.

— Isso não te assusta? — a perguntei. A desconfiança de que havia algo errado nisso não poderia ser apenas da minha parte, não, não poderia.

— Para ser sincera — Alyssa suspirou e abaixou um pouco o tablet, que agora era bem mais moderno do que o outro. — , assusta um pouco. Ou Kristen é uma boa pessoa que não liga mais para o que aconteceu ou ela vai querer infernizar a minha vida aqui. Pelo que você conhece dela, o que acha?

Era uma pergunta que eu saberia responder... se fosse antes. Agora, não. Kristen não é a mesma pessoa, pelo menos é o que deixa transparecer. A loira que não trocava as botas por um salto de jeito algum, que usava jaqueta escura e blusas com a estampa de bandas de rock, aquela garota eu conhecia, mas a madame de agora, essa eu não conheço tão bem.

— Honestamente — recostei na cadeira, brincando com o porta-guardanapo, sem olhar diretamente para ela, mas quando prossegui, acabei olhando. — , não sei o que deve esperar dessa garota, mas boa coisa acho que não é.

— Obrigada pelas palavras tranquilizadoras, foram ótimas. — Alyssa revirou os olhos com um sarcasmo enorme na fala.

— Por nada. Faço o melhor que posso. — sorri com sarcasmo para ela também. Não tinha motivos para ser bonzinho com ela, nenhum.

Fiz o meu pedido e ela se retirou da minha mesa, mas ainda continuei matutando em meus pensamentos, tentando compreender porque razões, motivos e circunstâncias Kristen contrataria Alyssa? Não fazia sentido.

Após o almoço, o qual estava uma delícia, decidi ir até a sala dela, lógico que não me humilharia, mas poderia jogar um papo irônico. Talvez ela até surtasse com isso, a loira tem uma tendência a ficar sexy quando se aborrece com alguma coisa. Sua cara de má ou raivosa lhe cai perfeitamente bem.

Não precisei ir até a sala dela, parei no meio do caminho ao vê-la andando pelo corredor olhando para alguns papéis. Engraçado como ela parecia ter tanta praticidade com isso. Quando seus olhos se depararam com a minha presença, percebi que estava surpresa.

— Olá. — disse-lhe com um sorriso pretensioso. Não conseguia evitar. Ficava deslumbrado com a garota que estava bem na minha frente. O estilo de madame granfina fica ótimo nela.

— Olá. — respondeu bem secamente. Ela tentava parecer simpática, mas acho que simpatia nunca foi o forte dela, mesmo em antes.

— Está linda. — observei ela de cima a baixo. Como estava bonita essa mulher.

— Obrigada. — agradeceu sem vontade. Parecia que era um sacrifício estar no mesmo ambiente que eu, era como se não gostasse nem um pouco da minha presença.

— Vi Alyssa por aqui. — resolvi ser mais direto e comentar. Dei um passo em sua direção e encarei a sua expressão se transformando de frieza para... humor.

— Sim, eu a contratei. — disse firmemente, como se não tivesse nada de errado nisso. Mas tinha.

— Hum — analisei um pouco a situação, cada palavra dita a ela tem que ser bem aproveitada. — , algum plano perverso e maldoso em mente?

A garota me olhou como se não compreendesse o que falava com ela, tática reconhecida.

— O quê? Do que está falando? — franziu a testa, me olhando cheia de dúvidas.

— Ah qual é? — ri com sarcasmo explícito — Vai fingir que vai muito com a cara de Alyssa? Nós sabemos que não.

— Escuta, Christopher — a loira me encarou com seriedade. — , não sei que requisitos você usa para contratar alguém, mas eu não preciso de ter nenhum envolvimento com as minhas funcionárias, só preciso que elas façam o trabalho delas, só isso.

— Você deixa de olhar o currículo e de fazer perguntas a todas as funcionárias que contrata? Ou é só com Alyssa? — a confrontei, cheio de convicção.

— Eu conheço o trabalho de Alyssa. — a seriedade se ausentou um pouco e um sorriso nada promissor surgiu nos lábios da loira. — Pelo que me lembro, ela era boa em te servir cafezinhos e você ficava bastante satisfeito com o trabalho dela, não é? — dessa vez, Kristen quem deu um passo e se aproximou de mim. — É disso que eu preciso nesse clube, que os clientes fiquem satisfeitos. Não me importa o passado, não fique se colocando em um pedestal, Christopher Harvey. Não importa que ela seja a mulher com quem você me traiu, o que importa é que ela sabe servir e sabe agradar. É só por isso que ela está aqui, não sou tão mesquinha a ponto de usar o trabalho para tentar vingar alguma coisa. Nem tenho motivos para isso, ela me fez um favor. — após finalizar essa frase, ela se afastou e continuou andando, sem dar a mínima. Isso me incomodou. Ouvir isso foi horrível. Doeu saber que ela não se importa com nada, preferia que ela tivesse contratado Alyssa para dar o troco, pelo menos assim saberia que ela ainda lembrava de nós, mas acho que não. Kristen seguiu mesmo em frente.

Eu desejava fazer o mesmo, quer dizer... Pensei que tinha feito isso, mas parece que não. Na verdade, fui eu quem perdi nessa história. Kristen era uma namorada excepcional. A melhor pessoa que conhecia. Agora eu já não sei se ela é uma boa pessoa assim, mas a lembrança daquela mulher que subia as escadas do ClearMont fazendo barulho com as suas botas de combate e que ria descontroladamente assistindo o filme dos Bad Boys, aquela lembrança nunca seria perdida da minha memória.

KRISTEN

Ouvir Christopher me questionando sobre Alyssa foi uma surpresa. Não pensei que ele ousaria a tanto, mas pelo visto, acho que sim. Tentei me manter superior a cada instante, principalmente quando falei da traição. Não queria que ele pensasse que me importo com isso, porque... não me importo. Ele foi um cretino comigo. No momento que mais precisava dele, que me compreendesse, ele procurou outra mulher para manter as necessidades. Traição eu não aceito. Esse idiota foi capaz de transar com ela sem nem ao menos importar comigo. E ainda foi com a Alyssa!

    Quer saber? Hora de dar um pouco do troco. Ao retornar a minha sala, sentei na cadeira de couro que fazia com que me sentisse no controle. Liguei para a cozinha e Diana atendeu. Pedi que mandasse Alyssa na minha sala imediatamente. Não pegaria leve com ela. Que mal tem me divertir um pouco?

   Antes de deixar a sala e me encontrar com Christopher, tinha pedido a Diana que trouxesse um suco de laranja para mim e ele ainda estava na bandeja, na beirada da mesa. Alguém bateu na porta e então pedi que entrasse, já sabia quem era.

— Mandou me chamar? — Alyssa entrou na sala, com a postura formal, mas estava óbvio que se sentia intimidada.

— Mandei. — usei um tom firme.

— No que posso ser útil? — se mostrou atenciosa. Chegava até me dar pena, mas lembro bem do que ela me disse uma vez no escritório de Christopher. Eu vinha de uma classe baixa,bem mais baixa do que a dela. Naquele momento ela não segurou a língua e falou o que bem entendia. Seria uma idiota se pegasse leve com ela agora.

— Quero que limpe a minha sala! — ordenei. Eu sabia que a sala já havia sido limpada, mas queria que fizesse de novo.

— Mas já limpei hoje cedo. — contestou com a voz em um tom bem cauteloso, que era quase como se me temesse.

— Está muito mal limpado, vai limpar de novo. — a olhei com bastante seriedade. Era bom controlar as coisas e.... as pessoas.

— Mas eu tenho certeza de que caprichei na limpeza. A sua sala foi o lugar que mais me empenhei. — argumentou. Seus olhos passavam por todo o canto, procurando algum vestígio de bagunça, mas a verdade é que não tinha.

— Não foi o bastante. — fiquei de pé e ajeitei o vestido que havia subido um pouco. — Alyssa, escute, as minhas ordens você não questiona, você acata. Ok? — falei como uma verdadeira chefe. O tom da minha voz era intimidador, simplesmente não conseguia evitar. Desde que comecei a administrar as empresas que pertenciam ao meu pai, Noah me aconselhou a falar com firmeza e intimidação. É, isso funciona e muito.

— Como quiser. Limparei tudo agora mesmo. — abaixou a cabeça e não questionou mais nada.

   A hiprocrisia das pessoas é algo muito impressionante, sinceramente. Alyssa se achava muito superior à mim e vejamos agora: Ela trabalha para mim. Sempre acreditei na frase "O mundo dá voltas", essa teoria tarda mais não falha. Só de pensar nela encostando as mãos em Christopher, já me subia uma raiva que não era capaz de controlar. Fechei os olhos brevemente e respirei fundo. Peguei a minha bolsa e comecei a caminhar até a porta, mas antes, propositalmente, derrubei o copo de suco no chão. Os cacos de vidro se espelharam por toda a parte e o líquido também.

— Ops! Acho que vai ter mais trabalho do que imaginava. — sorri para ela, aquele sorriso era verdadeiro. Ele era de satisfação. Alyssa me olhava, indignada. Mas também, não dava para julgar. Eu simplesmente empurrei o copo no chão de repente.

— Eu limpo. — teve certa dificuldade em dizer essa frase, parecia injuriada em ter que fazer.

— É claro que vai limpar. — coloquei os óculos escuros, abri a porta e saí.

        Como combinado, Jason passou para me buscar a noite, as oito em ponto. A roupa que vestia era bem mais casual do que esperava, isso era bom. Realmente ele era um cara que gosta de surpreender. Fiquei mais à vontade, já que usava um vestido cinza bem simples de alcinha e um salto. O cabelo estava em um rabo de cavalo muito bem arrumado por Noah e uma maquiagem bem leve, cuja a autoria também pertencia a Noah. A primeira coisa que chamou atenção foi o seu carro, uma Mclaren vinho. O carro era exuberantemente marcante. Nem um pouco modesto.

— Carro bonito. — elogiei. A brisa que passava pela janela era uma delícia de ser sentida. Los Angeles tinha essa calmaria repentina.

— Obrigado. — ele sorriu, um sorriso lindo. Acho que tenho um fraco por sorrisos marcantes. — A intenção inicial era comprar um Bugatti, mas esse daqui, foi amor à primeira vista.

— Eu sei bem como é. Tem coisas que simplesmente acontecem. — sorri para ele que dirigia com as mãos firmes ao volante. Sua blusa azul era de abotoar e estava com alguns botões desabotoados, o que deixava um charme no seu visual.

— É, tem sim. — ele concordou. Jason carregava consigo uma energia muito gostosa e calma. — Sabe, está linda. — olhou para mim rapidamente — Você é linda.

— Obrigada. — agradeci um pouco sem jeito. A maneira profunda e intensa que ele conseguia expressar em apenas um elogio me deixava sem palavras.

— Eu queria ter te convidado antes, mas soube que estava de rolo com o Harvey, então achei melhor não atrapalhar. — comentou.

— Mas que bom que me convidou agora. — lancei um sorriso pretensioso a ele. Eu tinha interesse em Jason, não sei até que ponto chegaríamos a ir, mas estava pronta para qualquer tipo de relacionamento.

Em poucos minutos, ele estacionou o carro em frente a um lugar enorme, mas aparentemente simples, do jeito que eu gosto. O letreiro com luzes dizia: McBurguer. Esse lugar é novo, conheço todos os lugares que vendem hambúrguer por aqui. Amo.

O lugar era muito lindo por dentro, bem colorido e organizado. O cardápio completamente ilustrado era um charme, estava apaixonada por tudo. Os hambúrgueres eram diferenciados, com nomes diferentes também. Já foi o suficiente para que me apaixonasse. Fizemos o nosso pedido, que não demorou a ficar pronto. Jason é um cara muito inteligente e falava sobre tudo, das viagens que fizera, de como anda a empresa e vários outros assuntos. Não tive uma hora de tédio com ele. Apreciamos o delicioso hambúrguer com uma conversa mais do que agradável.

— Me fala sobre você — eu o pedi — , sobre a sua vida em particular.

— Bom, não tem muito o que saber, não o que toda Los Angeles já sabe. — se recostou no banco e me olhou com um certo tom curioso.

— Não ouvi muito ao seu respeito, mas o pouco que ouvi foi que é muito mulherengo e coisas do tipo. — lhe contei. De fato, não ouvia muito sobre Jason, afinal, já faz tempos que não venho a Los Angeles.

— Se procurar em revistas mais antigas, vai ver que... fui abandonado no altar. — contou de repente.

— O quê? — arregalei os olhos e quase dei um pulo do banco ao ouvir isso. Nunca isso se passaria pela minha cabeça.

— Isso mesmo que ouviu. — afastou as costas do banco e colocou as mãos sobre a mesa. Ele estava sereno e não parecia se incomodar em falar sobre o assunto.

— Como isso é... possível? — minha cabeça ainda tentava digerir toda a informação, mas acho que seria falha nisso.

— Bom, quanto é um milhão vezes zero? — fez uma pergunta bem estranha, mas tinha interesse.

— Zero. — disse, prestando bastante atenção. Ele tinha um intuito com isso.

— Assim também é em uma relação. Não adianta uma parte dar tudo de si, amar demais, fazer planos, dar importância a pequenas coisas se a outra parte não faz isso. O resultado vai ser sempre zero. — explicou a metáfora. Jason era muito mais do que aparentava ser.

— É, isso é verdade. — não descordei. Achei isso uma boa metáfora. — Como foi a história de vocês? Como era a garota?

— Louise era a garota dos sonhos. A conheci em Rosemary Beach, por pura coincidência ela era de Los Angeles. Tinha o cabelo loiro e curto com os olhos castanhos. Sua voz era espantosamente cativante, geralmente ela seria mais um rostinho bonito para mim, mas nosso relacionamento foi muito mais do que isso. Acabei me apaixonando feito louco por ela. Fazia de tudo para agradá-la. Nunca tinha me empenhado tanto com uma mulher. Quando a pedi em casamento, ela se mostrou feliz, animada e contente. Escolheu tudo para o casamento com muita empolgação, porém, não aconteceu. Ela não... Bom, ela não apareceu. Nunca mais deu as caras e foi embora.

Jason falava isso como se pudesse sentir o exato momento que isso lhe aconteceu. Era bem complicado na verdade. Um coração partido, por mais que não pareça, dói muito. Compreendia a dor dele, por mais que já estivesse cicatrizada.

— Sinto muito por você. Deve ter sido difícil. — me mostrei comovida. Era uma história realmente... trágica.

— Bom, o pior foi ter chamado a atenção das câmeras para o casamento. Foi notícia por toda parte. Então eu a cobri com comportamentos completamente ousados. Caí na gandaia e deixava que as câmeras registrassem tudo, daí, ninguém lembrava mais do cara que foi abandonado no altar. — se abriu. A maneira como falava deixava claro que se importava. — Você deve achar que isso é tolice, na verdade, deve ser.

— Não. — falei imediatamente — Não acho. Cada pessoa reage a dor de uma maneira, essa foi a sua. Vai por mim, eu te entendo.

Jason cobriu a minha mão com a dele em forma de carinho. Foi um toque suave, mas muito significativo. Era gostoso essa sensação.

— Você é uma mulher incrível, Kristen. — Jason sorriu docemente.

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