1950

Door lalisasflower

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O ano era 1950. Sana desde o dia em que nasceu teve toda sua vida planejada, desde como vestir, se portar, fa... Meer

o espelho
o desaparecimento
cadê a Princesa?
roupas
Mina
você gosta de alguém?
quem é Sana?
...from me to you.
flores
origami
minha resposta
onde está o espelho?
Kitsune
Harry Potter
encontro?
amor
encantada
pode ficar tranquila
flor de cerejeira
o gosto da liberdade
a árvore de sakura
agradecimentos.
capítulo especial

a Princesa

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Door lalisasflower

Sana olhava confusa pra Tzuyu, essa que tinha os braços cruzados e uma expressão desafiadora. Tzuyu se perguntava por quanto tempo a menina manteria a piada, mas algo que ela tinha que admitir é que Sana se esforçava em manter seu papel.

- Como assim 2019? Isso não é possível, deve haver um grande engano.

- Não há engano Princesa, pode olhar aqui. - Tzuyu virou o celular mais uma vez pra Sana, desta vez mostrando a tela de bloqueio que indicava: 04 de novembro de 2019. - Você já pode parar de brincadeira agora.

O sinal indicando o início das aulas tocou, fazendo a Minatozaki levar as mãos ao ouvido, se ajoelhando em seguida devido ao alto barulho. Tzuyu rolou os olhos mantendo os braços cruzados, mas ao perceber que Sana tinha lágrimas em seus olhos sua expressão suavizou, ela se sentou próxima a menina e levou a mão até sua costas, mas por reflexo a Princesa se afastou.

- Onde vim parar? Eu não sei o que está acontecendo por favor, confie em mim. - a menina estava assustada, aparentava que iria chorar a qualquer momento.

- Você ta na Coréia do Sul, mais especificamente no colégio interno do meu pai. Como você chegou aqui?

- Não me lembro. Apenas sei que atravessei um espelho empoeirado em uma cabana abandonada próxima ao castelo onde moro. - Tzuyu negou com a cabeça e se levantou.

- Ok, eu tô tentando acreditar em você, mas como você quer que eu acredite que você atravessou um espelho? Isso é loucura. Vai, é melhor você ir embora antes que a coordenadora te veja aqui e chame a polícia, já que eu não me lembro de ter te visto aqui antes, com certeza você não é uma aluna.

- Eu não estou mentindo! Juro pelo meu reino e pela coroa de meu pai, que eu não estou mentindo você precisa me ajudar, você precisa acreditar em mim. - Sana levou as mãos até os olhos e se pôs a chorar.

Tzuyu não aguentava ver ninguém chorar, ela nunca sabia como agir ou o que fazer. Olhou ao redor e viu já não haviam mais alunos por perto, eles já deviam estar em sala, onde ela devia estar também, entraria em uma encrenca se realmente decidisse perder aula pra ajudar aquela estranha, mas o que ela poderia fazer? Foi então que a Chou teve uma idéia, pegou o celular e abriu no aplicativo de pesquisa e pesquisou por Minatozaki Sana, esse era o nome dela, não era? Ao carregar a página, o queixo de Tzuyu caiu, a foto que apareceu era a dela, estava em preto e branco mas ainda assim Tzuyu conseguiu reconhecer, ela não estava mentindo, a menina que estava alí a sua frente era realmente uma princesa.

"Minatozaki Sana (Japão, 29 de dezembro de 1932) mais conhecida como Princesa Sana, é uma princesa do Japão, membro da família real japonesa. É a filha mais velha de Junmyeon, e Joohyun. É a primeira na linha de sucessão ao trono japonês."

- Ai meu- Ok, ei, Princesa. - Sana levantou o olhar mas não disse nada. Tzuyu respirou fundo e estendeu a mão. - Eu vou te ajudar, mas a gente precisa sair daqui.

Sana pegou a mão de Tzuyu e se levantou com a ajuda da taiwanesa. Elas seguiram pelo jardim do colégio até a parte dos dormitórios, Sana olhava cada detalhe ao seu redor encantada. Eram muitas novidades para si, para alguém que estivesse alí a muito tempo, não era nada demais, mas pra Sana tudo era muito diferente.

- Ei, diabos seria aquilo? Porque existem pessoas dentro daquele caixote luminoso?- ela aponta para televisão que havia em uma das sala de aula.

- O que? - Tzuyu olha confusa procurando realmente alguém dentro de uma caixa, até ver do que se tratava e rir. - Não existe ninguém alí Princesa, aquilo é uma televisão.

- Televisão? O que é uma televisão?

- Uma televisão é.. Uma televisão é um outro aparelho como o celular, nele a gente pode assistir novelas, filmes, documentários, o jornal.. muita coisa, hoje em dia televisões tem até acesso a internet.

- Inter.. internet, o que é internet? - Tzuyu parou no meio do corredor e olhou séria pra Sana. Seria difícil, era quase como lidar com uma criança.

- Vamos só seguir? Ninguém pode te ver aqui. - a japonesa assentiu com a cabeça e seguiu.

Subiram as escadas finalmente chegando ao quarto de Tzuyu, a menina foi até o guarda-roupa e de lá tirou uma muda de roupas e uma toalha limpa.

- Antes de qualquer coisa, você precisa tomar um banho, suas roupas estão molhadas e sujas.

Sana analisou as peças de roupas que foram estendidas pra si e levantou uma sobrancelha em confusão.

- Perdoe-me, agradeço pelas roupas mas não sei se seria adequado, são.. calças e o que seria isso? Um casaco?

- Você não conhece moletom?

- Creio já ter ouvido falar.

- Olha Princesa, até solucionarmos o seu caso, vai ser melhor pra você começar a entender que os tempos mudaram e que hoje em dia mulheres usam calças e qualquer tipo de roupa que elas quiserem porque tudo é roupa.

- Desculpe-me. Seria clichê de minha parte dizer que tudo ainda é muito novo, e que eu não sei agir?

- Na verdade.. - a maior se senta na beira da cama de Chaeyoung, ficando de frente à Sana. - Eu que deveria ter mais paciência, deve ser difícil de uma hora pra outra cair em um país novo e décadas a frente.

- Tudo bem, não se preocupe. Eu ainda poderia tomar o banho? - Tzuyu estende a toalha e as roupas, Sana as pega mas no meio do caminho para. - Hm.. será que você poderia me ajudar a tirar o vestido?

- Oh, sim é.. ok, posso.

Tzuyu se levanta e segura os longos cabelos de Sana, os colocando pra frente, deixando os botões a mostra. Ela abre um por um e ao final do processo ela chega ao espartilho que Sana também usava, o abrindo em seguida, fazendo a menina suspirar aliviada.

- Deve ser péssimo ter que usar isso te apertando.

- Realmente não é uma das melhores coisas do mundo, mas é preciso. - a japonesa sorri triste e vai até o banheiro fechando a porta em seguida. Porém, poucos minutos depois, a porta se abre novamente. - É.. você pode me ajudar de novo?

- O que houve? - Tzuyu, que estava deitada se levanta, indo em direção a menina que adentra o banheiro novamente a espera da morena.

- É que não estou vendo a banheira, existe algum dispositivo que faça ela surgir ou não sei, como vocês tomam banho aqui? - a taiwanesa não conseguiu evitar o sorriso com as palavras da Princesa. - Do que está rindo?

- Desculpa Princesa, na verdade, você só precisa girar o registro. Em 2019 nós tomamos banho de chuveiro. Isso, - ela vai até o box e aponta pra cima. - É o chuveiro. Ainda existem casas com banheiras, mas na maioria das vezes e na maioria dos lugares é chuveiro mesmo. E antes que eu me esqueça, isso é o sabonete. - ela estende uma caixinha com um novo sabonete pra menina, que pega com os olhos arregalados.

- Oh, nossa. Tudo bem, eu acho que posso fazer isso.

- Qualquer coisa é só gritar, Princesa.

- Pode me chamar apenas de Sana. - Tzuyu nega com a cabeça fazendo um pequeno biquinho que fez Sana sorrir.

- Nah, Princesa combina mais, e afinal, é isso que você é.

Tzuyu fecha a porta deixando a menina alí. Ela se deita novamente e pega o celular voltando a pesquisar sobre a Princesa que agora tomava banho em seu banheiro, mas algo a chamou atenção. Anteriormente quando pesquisou sobre a menina, as palavras alí escritas eram outras, ou estaria ela vendo coisa?

A porta do quarto foi aberta por uma Chaeyoung irritada como sempre. Tzuyu arregalou os olhos e saiu rapidamente do quarto, puxando Chaeyoung consigo.

- Mas o que é isso sua gigante dos infernos, ta doida? Falando em estar doida, porque perdeu aula? Seu pai teve lá na sala hoje, não gostou nada de saber que você não estava.

- Calada. Por favor Chae, tem como você ficar no quarto da Momo essa noite? - a Son olhou para maior com um olhar questionador e cruzou os braços.

- O que você ta aprontando Chou Tzuyu? Olha, se você ta marcando de dormir com alguma menina, só por favor não faça nada na minha cama.

- Que mané dormir com alguém Chaeyoung, olha pra minha cara.

- To olhando, qual o problema? Você é linda e filha do diretor, todas as meninas aqui querem ficar com você.

- Por interesse apenas, você sabe e ninguém aqui me interessa.

- Eu posso pegar uma muda de roupas? Minhas coisas? MEU CARREGADOR! - Chaeyoung gritou entrando no quarto e dando de cara com Sana no meio do quarto segurando seu vestido sujo e a toalha molhada. - Oi? Quem é você?

Tzuyu atrás da menina bateu na própria testa e adentrou o quarto, ficando atrás de Chaeyoung. Sana ficou paralisada e analisando a menina a sua frente. Chaeyoung usava um All-star surrado, a gravata do uniforme não estava posta como deveria, assim como os botões da camisa que estavam mais abertos que o indicado.

- É uma amiga, agora pega suas coisas e saí, vai Chae, por favor.

- Amiga, sei. - deu um sorriso ladino para Tzuyu e foi até a cômoda legando o carregador e colocando algumas roupas de qualquer jeito na mochila. Do canto do quarto Sana observava tudo sem dizer nenhuma palavra. - Juízo vocês duas.

- Quem era a jovem? - Sana pergunta finalmente indo até Tzuyu e se sentando à seu lado.

- Me desculpa por ela, é uma amiga que divide quarto comigo.

- Então vocês duas moram aqui? Isso é uma espécie de internato feminino? Digo isso pois todo o caminho que fizemos avistei apenas meninas.

- É, é do meu pai, e como minha mãe morreu quando nasci, ele juntou o útil ao agradável, ele vai embora todos os dias pra ficar com a nova mulher mas eu fico.

- Sinto muito.

- Eu já me acostumei, pelo menos diferente das outras eu posso sair quando quiser. Me da isso aqui, eu vou colocar pra lavar e estender a toalha. - ela pega o vestido sujo e coloca no cesto e coloca a toalha de volta no banheiro.

Ao sair do banheiro Tzuyu viu Sana próxima a janela, olha olhava atentamente a movimentação das jovens no jardim, algumas estavam deitadas na grama, outras sentadas conversando, mas cada uma com seu grupo de amigas.

A luz do sol batia na rosto da Minatozaki e a Chou não conseguiu não reparar o quanto a menina era bonita, seus longos cabelos negros caindo feito uma cascata por suas costas, a roupa que havia ficado um tanto quanto grande em si, sua postura ereta. Mesmo que ela não soubesse, Tzuyu diria que Sana era uma Princesa, pois tudo em si exalava um ar delicado, desde sua forma de falar até a forma como se comportava. Tzuyu estava encantada.

- O que está pensando?

- Em como vim parar aqui. Se alguém já deu por minha falta, provavelmente deram, hoje era o maldito encontro com o Príncipe Baekhyun. - Sana balançou a cabeça negativamente e caminhou até a cama, se sentando na ponta e colocando as mãos sob o próprio colo.

- É seu namorado? Se for, acho que você não gosta dele não. - Tzuyu se sentou ao seu lado, virando o rosto pra si enquanto falava.

- Não, mas é meu futuro marido.

- Como nas histórias de princesa que eu li quando era pequena, você vai ter que se casar com alguém que não gosta?

- Não é que não goste dele, eu nem ao menos o conheço. Ontem foi a primeira vez que nos vimos, ele foi muito cordial e um cavalheiro como é de seu dever, mas não há nada que me atraía quando penso em sua companhia pelo resto de minha vida.

- Desta vez eu que sinto muito. Mas então, a alteza me daria a honra de levá-la para conhecer um pouco do novo mundo? - Tzuyu se levanta da cama estendendo a mão para Sana, se curvando a sua frente.

- Temo o que verei pela frente, mas aceito seu convite. - Sana pega a mão que foi estendida para si e curvou-se de volta para ela.

- É uma merda, você vai gostar. - Sana arregalou os olhos e sua boca se abriu um pouco em surpresa. - Não, espera, eu esqueço que você não ta acostumada com isso. Eu quis dizer que- A, você vai entender. Vamos.

- Espere um minuto. - a Minatozaki disse, fazendo Tzuyu virar e olhar pra menina vendo que ela fitava os próprios pés, só então Tzuyu se deu conta de que ela estava descalça por todo aquele tempo.

- Espera, - a taiwanesa foi até o guarda-roupa e de lá tirou uma caixa com um tênis. - Eu não sei se vai caber, mas a gente tenta ele é novo.

- Você deve ter em mente que nunca usei um tênis antes, certo?

- Tenho, isso aqui se chama cadarço, é igual os laços que se dá em espartilhos, é pra evitar que ele saía e tênis.. bem, é uma versão melhor pros sapatos e botas.

- Mas.. eu nunca dei um laço de espartilho, as minhas roupas sempre foram colocadas em mim. Agradeço inclusive por estas que me emprestou serem simples de colocar.

- Ok, senta aí. É a primeira e última vez que faço isso, então atenção ao nó do cadarço, ok? - Sana apenas assentiu com a cabeça, vendo Tzuyu se ajoelhar a sua frente e colocar o tênis em seus pés, de fato haviam ficado um pouco grandes, mas apertando o cadarço ela conseguiria usar.

- E aqui você vai pegá-los dessa forma, passar um por dentro do outro e puxar, é assim que se faz um nó de cadarço, entendeu? - Sana parecia confusa mas mesmo assim assentiu positivamente, ela treinaria depois. - Agora vamos. - Tzuyu estendeu a mão novamente pra Sana que segurou e assim elas saíram do quarto.

As meninas partem pelo colégio, Tzuyu não tinha reparado que não havia soltado a mão de Sana em momento algum, mas a japonesa reparou, e estranhamente gostou do contato de suas mãos, ela se sentia um pouco mais protegida.

Ao passar pelos portões do colégio, Tzuyu soltou a mão de Sana correndo até a parte de trás de uma árvore e voltando de lá com uma bicicleta.

- É melhor irmos de bicicleta, da pra ver melhor as coisas. Sobe aqui.

- Aqui onde? Não cabem duas pessoas neste veículo, aprendi como pedalar uma com meu pai, mas nunca soube que seria possível duas pessoas ao mesmo tempo.

- Confia em mim? - Tzuyu estendeu sua mão novamente e após ponderar um pouco, Sana pegou a mão da maior, se acomodando no espaço entre o banco e o guidom.

- Não me deixe cair, ok?

- Nunca, Princesa.

E assim, calmante Tzuyu se pôs a pedalar pelas ruas de Busan com Sana sentindo o vento bater em seu rosto e esquecendo um pouco das responsabilidades que ficaram pra trás.

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