Lucy
Acordei com a voz o Erick me chamando de dentro do meu apartamento.
Perdida, olhei em volta tentando entender o que estava acontecendo.
__Lucy, estou ficando preocupado, onde você está? Porque a porta estava aberta? - ele gritou da sala.
Pulei da cama na mesma hora, como assim aberta?
Prendi o cabelo em um coque, puxei meu roupão de trás da porta e tremendo de frio, joguei uma coberta sobre os ombros.
Abri a porta do quarto e dei de cara com o Erick parado no meio da sala, e então notei o deus de ébano da noite anterior, parado atrás dele.
Dei um grito ou o que deveria ser um grito e voltei para o quarto fechando a porta.
__Pare de frescura e volte aqui cherrie, agora ele já te viu. - Erick falou rindo.
E o pior é que ele tinha razão, com um suspiro eu abri a porta e sai, os dois estavam no mesmo lugar.
__Querida, porque a porta estava aberta? - Erick perguntou.
__Eu tenho certeza de ter trancado quando cheguei. - sussurrei.
Parei tentando refazer meus passos.
__Eu cheguei, tranquei a porta, coloquei minha bolsa na mesa e os casacos no sofá.
Olhei para a mesa.
__Essa porta foi arrombada. - o deus de ébano avisou, examinando a porta.
__Levaram minha bolsa. - falei com a pouca voz que saia.
__Você sabe que isso deve ser coisa do seu irmão, né? - Erick lembrou.
__Peter? - falei olhando para ele.
__Ligue para o banco imediatamente, chame o gerente de sua conta. - i deus de ébano tomou a frente, me entregando o telefone.
Sentei no sofá e fiz a ligação.
__Ele não tem como pegar esse dinheiro, eu tenho que ir até lá. - falei.
__Só por garantia, querida. - Adan falou carinhoso.
Fiquei sem chão conforme falava com o banco, as lágrimas corriam sem que eu pudesse controlar.
Os dois me olhavam ansiosos quando desliguei.
__Ele limpou minha poupança e tentou pegar o dinheiro aplicado, mas não conseguiu. - expliquei.
__Você sabe que precisa chamar a policia, querida. - Erick tentou me chamar a razão.
__Mas ele é meu irmão. - falei totalmente perdida.
__Eu concordei em emprestar o dinheiro, só disse que hoje não podia. - continuei.
Adan se sentou ao meu lado e segurou minha mão.
__A policia darling, agora. - Erick falou.
__Ele tem razão Lucy, principalmente por causa do arrombamento.
Desanimada eu concordei com eles e liguei.
__Daqui a pouco eles estão aqui, vocês podem ir, está quase na hora de você entrar no café Erick.
__De jeito nenhum, eu não vou te deixar sozinha. - Erick respondeu.
__Eu fico com ela. - Adan avisou.
__Ótimo, o deus de ébano vai ficar de olho em você. - Erick falou, sorrindo.
__Eu não sou responsabilidade dele, aliás o que ele faz aqui? - perguntei para a borboleta intrometida.
__Pois eu duvido que você consiga tirar ele daqui, ele esteve te procurando no café e me ofereceu carona de carro, amooor, você já viu o frio que tá fazendo? - ele ainda sorria.
__E se ele for um serial killer, você trocou minha vida por uma carona de carro?- falei fazendo drama.
__Tá muuuito frio. - ele respondeu levantando os ombros.
__Ei, eu estou aqui, sabem? E a propósito, meu nome é Adan.
Na mesma hora o Erick olhou para ele e semicerrou os olhos.
__Eu conheço você de algum lugar. - Erick falou, examinando ele.
Adan pareceu sem jeito.
__Talvez do café mesmo. - ele sugeriu.
__É, pode ser, quanto a você dona Lucy, não vai ficar aqui sozinha, depois que a policia sair, dê um jeito de arrumar a porta e vá para a minha casa, ok? - Erick pediu.
__Não precisa...
__Ele pode vir atrás de você, pelo resto do dinheiro. - ele me lembrou.
Acabei concordando com ele.
__Adan anote meu número, por favor.
Ele passou o número do celular para o Adan e assim que ele saiu eu me vi finalmente processando a enormidade do que tinha acontecido.
Voltei a chorar e prontamente Adan me puxou para os seus braços.
Ali eu fiquei, até a policia chegar e eu mais uma vez repeti todo o ocorrido.
Eu me sentia tonta e depois que a policia foi embora eu só queria minha cama, recostei no sofá e senti o sono me vencendo.
Adan
Ela dormiu e eu me vi as voltas com o concerto da sua porta, só quando estava resolvido foi que a chamei.
__Lucy, eu vim aqui para conversar com você, sobre a proposta que falei.
__Hum. - ela respondeu sem abrir os olhos.
Percebi como ela estava avermelhada e coloquei a mão em sua testa.
__Lucy, você está ardendo em febre.
__Eu vou ficar bem. - ela sussurrou.
__Não, não vou te deixar sozinha, você vem comigo.
__Pra onde? - ela perguntou abrindo os olhos.
__Minha casa.
__A porta? - ela sussurrou sem se opor a ser levada por mim.
__Já foi arrumada, agora você precisa ser mimada um pouco.
Falando isso, eu a peguei no colo e deixamos o apartamento.
Do jeito que peguei ela nos braços em seu apartamento, enrolada na coberta, eu a deitei em minha cama, dei remédio para a febre e a deixei dormir.
Eu precisava fazer alguma coisa para ajudá-la, o imprestável do irmão não podia levar a melhor.
Lembrei do advogado da empresa, talvez ele pudesse me dar uma noção do que fazer.
__Adan, eu estava esperando sua ligação, o Mark me disse que você conseguiu a última pessoa.
__Sim, mas não fiz a proposta ainda, entrei em contato por outro motivo, será que você pode me dar algumas orientações?
__Claro, do que se trata?
__Uma amiga teve o apartamento arrombado e o ladrão limpou sua poupança, a algo que ela possa fazer?
__Só se ele souber que foi. - ele falou rindo.
__Ela sabe.
Ele ficou sério novamente.
__É alguém próximo a ela?
__Sim, o irmão.
__Ela falou com a policia?
__Sim e fizemos ela contar que foi ele.
__Fizemos?
__Havia mais um amigo dela quando descobrimos o arrombamento.
__Certo, Adan, alguma possibilidade dele devolver?
__Pouco provável, pelo que ela falou, ele tem estado a dias atrás dela pedindo o dinheiro, ela concordou em dar só uma parte, ele então tentou pegar tudo ele mesmo, mas a maior parte está presa em aplicações.
__E vocês chamaram a policia.
__Sim.
__Olha, normalmente a pessoa desiste de levar a diante quando descobre que foi um familiar, se ela quiser tocar o processo ele terá que devolver.
__Ok, obrigado cara.
__Sobre o contrato?
__Eu resolvo isso hoje.
__Certo, até mais.
Andei de volta ao quarto e parei ao lado da cama, extasiado com o que vi.
Ela deve ter sentido calor e se desfez do cobertor, mas não era só isso, o roupão estava aberto e eu tinha uma visão perfeita de um par de seios brancos, gorduchos, redondos e apetitosos.
Meu pau endureceu, eu me imaginei abocanhando aquelas delicias, enquanto afundava em sua suculenta buceta.
Pensando nisso eu abaixei os olhos e descobri que também estava descoberta, poucos pelos a cobriam e me peguei imaginando minha boca devorando ela.
Ela gemeria da mesma forma que gemeu comendo o cupcake?
A curiosidade, foda-se a curiosidade, o tesão estava me matando, nunca estive com uma mulher assim e minha mão coçava para apertar toda aquela carne.
Sou um homem grande e muitas vezes precisei ser cuidadoso, para não machucar as mulheres com quem transei.
Mas Lucy, ela parecia ser perfeita para mim e assim que eu a provasse, ela não iria mais embora.
Recuei um passo, ela estava doente e precisava de repouso, fechei a porta e voltei para a sala, eu não queria deixar ela sozinha, mas também não podia ficar parado, sem fazer nada.
Erick, ele poderia me ajudar, peguei o celular e localizei seu número, ligando em seguida.
__Erick.
__Quem é?
__O Adan
__Ah sim, o deus de...
__Pare.
__Ok, eu paro, ainda está com a Lucy? Estou tentando falar com ela e não consigo.
__Ela está comigo, eu não podia deixar ela sozinha naquele estado.
__Ela piorou?
__Sim, teve febre, está medicada e dormindo, Erick, me ajude a entender, como é a relação dela com o irmão?
__Meio irmão, pra começar, olha, eu sei que deveria deixar ela te contar, afinal é a vida dela, mas tambêm sei que ela vai encontrar várias desculpas para as coisas que ele faz.
__Então por favor, me conte o que puder.
__Aquele ser é irmão dela apenas por parte de mãe, a família do pai dela não é rica, mas conseguem levar uma vida mais confortável, enquanto que o pai dele não tinha um tostão.
__Quando o pai dele morreu, a mãe conseguiu fisgar o também viúvo pai da Lucy, eles se casaram, tiveram ela, e viveram muito bem, a mãe dela era incrível.
__Era?
__Sim, era, a uns 8 anos atrás, os dois morreram em um acidente de carro, Lucy então com 17 anos, ficou sob a tutela do irmão recém casado.
__O que ele aprontou?
__Vendeu tudo o que o pai deixou para ela, inclusive a casa e abriu uma transportadora.
__E ela?
__Foi obrigada a morar com o jovem casal, ela suportou por um ano, então caiu fora, sendo acolhida por uma tia, irmã do pai.
__Onde entra o sonho da casa de pães?
__Ela sempre foi muito boa na cozinha e brincava sobre isso, só que na tia, ela descobriu que realmente amava fazer isso e começou a criar esses maravilhosos cupcakes, ela fornece para vários cafés no centro da cidade.
__Ainda não provei.
__Pois não sabe o que está perdendo, enfim, a tia faleceu ano passado e deixou um dinheiro para ela, é parte desse dinheiro que está aplicado, a outra parte ela usou no imóvel que quer comprar.
__O que aconteceu com a empresa do irmão?
__Vive a beira da falência e ele quer que a Lucy de o dinheiro dela para ele, essa poupança que ele limpou estava todo o dinheiro que ela juntou com os doces, agora finalmente ela poderia realizar o sonho dela.
__Só que ela voltou ao meio do caminho, se não conseguir recuperar o dinheiro, ela ía dar tudo para ele, eu que peguei no pé dela, a herança é dela, ele não tem direito nenhum sobre ela, mas acredita que até na justiça ele entrou? Claro que perdeu de cara.
Fiquei mudo, eu tinha a solução para ela e ela era a minha solução, mas me senti péssimo por me aproveitar de seus problemas.
__Erick, você pode trazer algumas roupas para ela, ela estava tão mal que não pegou nada e não quero que ela fique sozinha ainda.
__Tudo bem, mas como vou entrar?
__Vou mandar a chave por um motoboy no café, tudo bem?
__Tá ok, me mande seu endereço, no inicio da noite eu passo por ai.
__Obrigado.
__Até mais deus de ébano.
Ele desligou antes que eu pudesse responder.
Liguei e notebook na sala e passei a trabalhar ali mesmo, eu queria ficar de olho nela.
Lucy
Abri os olhos e descobri que não fazia idéia de onde estava. Ou de como cheguei ali.
A cama era enorme, na verdade o quarto era enorme, havia um abajur ao lado da cama que iluminava o quarto levemente.
Sente e senti o corpo molhado de suor, meu roupão estava entreaberto e minha colcha de retalhos... o que minha colcha fazia ali?
Fechei o roupão e desci da cama, meu pé sumiu no tapete fofo, branco como algodão, tudo era branco, desde os móveis até a decoração.
Abri a porta devagar e descobri que era noite, encolhida dentro do roupão eu andei até a sala que também estava mal iluminada e me deparei com um casal... transando.
Ele me pareceu conhecido, mas eu não lembrava de onde.
De onde eu estava, dava para ver seu grosso e negro pau sumindo dentro dela, que cavalgava em seu colo.
O ritmo dos dois aumentava, era possível ouvir o barulho de seus corpos batendo um no outro.
Ela estava de costas para ele, e abriu os olhos dando de cara comigo, esperei uma reação que demonstrasse que ela estivesse com vergonha, mas ela me surpreendeu sorrindo enquanto segurava os próprios seios.
O homem atrás dela jogou a cabeça para trás e então eu o reconheci.
Adan.
Era ele.
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Quem está gostando levanta a mão... kkkk
Até amanhã meninas ❤❤