O Segredo das Sombras

Od fabricio_beck13

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Quem diria que aos 18 anos de idade a vida de Heitor Müller viraria de cabeça para baixo e que, ele era O Esc... Viac

PRÓLOGO -PERSEGUIDO
1.CIVILIZAÇÃO
2. REGRESSO AO LAR
3. A REVELAÇÃO
4. DE VOLTA A VILA
5. O RITUAL
6. NOVAS MARCAS
7. ACAMPAMENTO
8. O MORADOR DAS CAVERNAS
9. APARIÇÃO
11.

10. O SONHO

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Od fabricio_beck13

Levanto da cama lentamente e ouço vozes enquanto me dirigia até o banheiro, mas as ignoro. Após sair deste vou até a cozinha para tomar café. Arrasto uma cadeira para me sentar e me sirvo com o café, fico em silêncio, apenas ouço a conversa deles. Eles estavam comentando sobre uma pedra vetusta que aumenta o poder do dom elemental de quem a possuí. Me perco em pensamentos imaginando o poder desta pedra. E quase não percebo que eles já estavam se aprontando para sair. Termino o café da manhã em rápidas goladas e me apronto para mais um dia de treinamento, mas o diferencial era que, hoje eu estaria na "classe" dos dominadores de Fogo.

Chegando ao Acampamento sigo Leonard até o local em que estavam os dominadores do Fogo. Leonard me informa que o instrutor não era nem um pouco gentil. Ele se chamava Marcus, mas preferia ser chamado vulgarmente de Mark. Ele era exigente e um pouco rabugento, pois implicava com tudo e todos e para piorar, era pavio curto.

Por fim chega Mark com seriedade no rosto, sua expressão era estranha, podendo ser comparada a uma careta. Ele passa pela frente de todos, o silêncio era perceptível. Ninguém ousava falar nem sequer uma sílaba. Ele ordena fazermos duplas com o parceiro que estava ao seu lado. Rapidamente obedecemos à sua ordem.

-Agora... - ele começa a falar e para por um instante - façam os movimentos que lhes foram ensinados na aula passada. - ao terminar o dito, ou melhor, a ordem, os alunos instantaneamente se posicionam e começam a atacar e defender. Me parceiro, percebendo que eu era novato não me atacou.

Pigareio tentando chamar a atenção de Mark mas ele não olha, pigareio ainda mais alto para que ele escute. Ele se vira e me fita grotescamente.

-Por qual motivo interrompe minha aula, garoto? - pergunta ele, com um pouco de fúria em seu tom de voz.

-Desculpe-me, senhor. É que hoje é meu primeiro dia nesta aula e ainda não sei nada sobre o dom de Fogo. Poderia me ensinar algo? Te dou minha palavra que aprenderei rápido. - tento dizer o mais firme possível, tentando disfarçar o nervosismo.

Ele me olha com cara de quem não queria ouvir o que eu acabara de dizer. Ele simplesmente me ignora dando de ombros.

-Hey! - tento chamar sua atenção por mais uma vez - tente ser um pouco gentil e me ensine o necessário, é para isso que o senhor foi posto com instrutor. - ele se vira zangado e começa a caminhar em minha direção, paralizo, não consigo reagir, meu corpo não me obedecia. Será meu fim? No que fui me meter!

-Você quer que eu te ensine algo? Sim, te ensinarei do modo que você merece: apanhando. - ele ri e todos à volta se distanciam.

Quando ele se prepara para me atacar, vejo a sua volta se formar pequenas chamas, fecho os olhos para não ver o que iria acontecer. Até que ouço uma voz grave que dizia: Nãaao.

Abro os olhos e vejo um corpo a minha frente, fumaça expelia de sua roupa, mas ainda não pude ver quem me salvara. Até que ouço seus risos. E vejo Mark caído no chão de areia.

-Stan? - digo perplexo. Ele apenas continua a rir. Mark aparentava estar ainda mais furioso por Stan tê-lo atrapalhado. Ele se levanta e corre em nossa direção, empurro Stan de minha frente, estendo as palmas das mãos para frente e então grito:

-Katastrafeí. - instantaneamente Mark é lançado metros à frente. E os alunos começam a rir dele.

Mark está ofegante e ainda mais furioso mas não reage. Segundos após se levanta e faz uma salva de palmas lentas, como se todo o ocorrido não passasse de um teste. Mas ninguém entende sua reação.

-Você mostrou que é corajoso e poderoso! É merecedor das seis marcas que leva em seu braço. - admirado, fico boquiaberto com o que ele acabara de dizer. Percebo que não era o único a ter essa reação. - Vamos, continuem a treinar! Heitor, venha até aqui. Ensinarei a você alguns ataques e defesas.

Caminho até ele um pouco duvidoso do seu agir. Olho para trás e não vejo Stan, dou de ombros e continuo a caminhar. Estando um pouco afastado dos outros colegas, Mark para a minha frente e começa a fazer movimentos lentos com a mão e braço.

-Este movimento de ataque se chama Labareda - ele repete várias vezes o mesmo gesto que era juntar o polegar com o indicador, aproximar a mão para perto da boca e soprar pelo orifício ali formado. Tentei uma vez mas foi em vão. Ele me pediu para ter mais concentração, esforcei-me até conseguir. Após repetir por mais algumas vezes ele ensina-me outro movimento de ataque, Combustão. Mark me disse que este era complicado mas ele tinha fé em mim. Me senti confiante em fazê-lo. Ele demonstrou, pondo os braços em direção oposta, fazendo seu corpo ter a aparência de uma cruz. Põem, então, as palmas das mãos voltadas para o céu e instantâneamente seu corpo é envolto em chamas, o lume que o ato produziu me encantou, fiquei tão maravilhado que em instantes me posicionei do mesmo modo que ele ensinara e fiz a primeira tentativa, e como esperado, insucesso.

-Atinja o ápice de sua concentração, sua base tem de estar firmada nela. - Brada Mark, que estava um pouco afastado de onde me localizava. Fiz o que ele falou, fechei os olhos para ter maior controle sobre mim e minha mente, foquei no que queria fazer, senti um fogo queimar no meu interior, era uma sensação boa e quando menos percebo estou envolto por chamas circundando meu corpo, me concentro um pouco mais para que esse efeito ficasse estável e por fim, incito as chamas a voltarem para dentro de mim. Me senti forte nesse momento o que senti era muito agradável.

Olho para Mark e ele sorri com os olhos vidrados com o que ocorrera. Ele se aproxima e refaz o movimento Combustão, ele se vira para um lugar vago e libera chamas com alta intensidade. Às pressas me ponho ao lado dele e repito seus movimentos e logo as chamas me cercam e só percebo quando a enorme rajada flamejante é liberada por entre minhas mãos, que, estavam unidas. Parecia uma disputa de quem a lançava com maior intensidade e/ou constância, pois nos entreolhavamos e em seguida colocavamos mais força neste. Até chegarmos em um ponto que já estavamos esgotados em força. Eu já estava me sentindo com tontura mas logo ela passou. Olhei para Mark e ele estava ofegante; ele, por já não ser um rapaz jovem, tendo por volta de 35 a 40 anos de idade estava em um "bom estado", creio que quando chegar nesta idade já estarei de bengala, rio do pensamento.

Fico por mais alguns minutos repetindo os movimentos e após converso com Mark, ele fala sobre sua família - e até me mostra uma foto dele com sua esposa e suas duas filhas - e de alguns outros assuntos - acho que esse "ogro" tem um coração. Ele até que é uma boa pessoa, mas seu temperamento é extravagante e às vezes é difícil de entendê-lo.

Quando a aula termina me despeço de todos e aviso Leonard de que demoraria um pouco para voltar para casa. Ele não me interroga, apenas assente e sai. Agradeço em pensamento por não ter me questionado.

Quando quase todas as pessoas já tinham saído, resolvo seguir rumo até o meu destino. Caminho por alguns minutos até chegar naquele belo local da enorme pedra em que conversei anteriormente com Stan, e, por um momento me pergunto aonde estaria esse sujeito mas logo me desprendo do pensamento.

Fico assentado na rocha por alguns instantes fitando o pôr do sol e analisando o céu em tom alaranjado e até mesmo um tanto rosado. A paisagem era incrível, ver o sol enquanto se punha me agradava, trazendo uma sensação muito boa, paz. Uma leve brisa me cercou fazendo mechas do meu cabelo se espalharem pela minha face, as ajeito calmamente. Esse momento era impactante para mim, seria difícil esquecê-lo.

Olho, pela última vez, uma mísera partícula luminosa do sol se esvaindo por de trás das montanhas, aos poucos começa a escurecer e pequenas lamparinas eram perceptíveis bruxelando nas casas da vila que estava um tanto longe de mim, dando a impressão de ver pequenos pontos amarelos faiscando em meio a escuridão um tanto sombria que se instalou neste lugar, uma leve neblina só conseguiu deixar o cenário ainda mais fantasmagórico.

O silêncio predominava. Caminhei lentamente em direção a casa de Wes. A cada passo que eu dava olhava ao redor com receios numerosos. A sensação de estar sendo observado era horripilante, mas temi em olhar para trás, apenas continuei a caminhar com os passo o mais firme possível.

Finalmente, quando percebo, já estou em frente a casa de Wes e as luzes das casa já estavam apagadas, a não ser a da área frontal que continha uma lamparina com um pequeno chamusco de chama que pouco clareava a entrada da moradia. Pequenos insetos rodeavam o objeto. Fito eles por um curto período. E, por fim, entro na casa e me preparo para deitar-me. Tomo um banho rápido e me deito, fito o teto por alguns minutos e sem perceber acabo dormindo.

Abro os olhos lentamente e me assusto instantâneamente com o que vejo, a impossibilidade era tamanha que fico de queixo caído.

-Não é possível... - balbucio, ainda boquiaberto e impressionado com acabo de ver - Como? Onde? O que...? - tais perguntas eram difíceis de serem despondidas, tudo não fazia o menor sentido. Será que ainda estou dormindo e tudo isso não passa de um mero sonho? Penso.

O cenário em que me encontrava era extremamente incrível, posso compará-la à Vila. Sendo divergente em alguns aspectos, como por exemplo, as casas assemelham-se as do período medieval, e vejo algo que aparenta ser uma biblioteca, em instantes percebo que estou em frente a sua grande porta de madeira escura. Empurro-a e entro, a porta rangia assustadoramente, típico de lugares antigos. O local parecia inabitada há séculos, a poeira se agitava fazendo meu nariz coçar. Passo entre os corredores a procura de títulos conhecidos, vão. Por serem livros de outra época, imagino eu, que não sejam te muito interesse, mas vou continuar a verificá-los, e alguns eu folheava para entender parte da essência que nele se encontrava. Percebo que grande parte dos livros referem-se a rituais, invocações falhas e, até mesmo algumas biografias e histórias de pessoas que nunca vi na vida.

Teve uma, que era referente a um rapaz chamado Ethan que queria ser soberano aos seus 3 líderes. E em uma guerra que ele foi convocado, revoltado, ele matou um de seus líderes com um plano " perfeito", pondo em sua cabeça que jamais desconfiariam dele como suspeito do assassinato. O outro líder foi encontrado morto as margens de uma lagoa, e o mais estranho era que sua cabeça havia sido decapitada, ela estava enterrada a poucos metros do local do corpo. E o último líder foi enforcado por ele, sendo pendurado numa árvore no centro do povoado pela madrugada. Após descobrirem que Ethan era o culpado de tais atos, ele foi levado a guilhotina, mas escapou e até os dias de hoje, ele não foi encontrado. E pelo que li, houve boatos que ele se esconde em uma caverna ao sul.

Essa história faz parte de um livro de lendas locais, confesso ter me amedrontado - obviamente - pois a história era bizarra.

Caminho por mais alguns minutos analisando a capa e título de cada livro pelas estantes. Vejo um livro de poesias da época, datado em 1.880. Arranquei algumas páginas e guardei no bolso. Caminho mais uma vez pelo local. Por fora ele aparentava ser menor, analiso. Com certeza isso é um sonho, não tem sentido. Vou até um local com um quadro incrivelmente lindo, era um jardim florido, com árvores podadas e no fundo havia um castelo.

Neste quadro havia uma legenda, que dizia: πόλη του φωτός (póli tou fotós). Traduzo essas palavras, Cidade de Luz. Um nome bonito, mas o que era essa cidade, fictícia? Apenas crio milhares de perguntas em minha mente, fiz uma lista mental destas.

Havia mais alguns quadros espalhados, mas deixo-os de lado quando vejo algo que prende minha atenção: um livro enorme aberto com a capa de couro, resolvo lê-lo.

-O que? Como isso é possível? - as letras do livro se moviam por entre as páginas, como se tivessem se organizando. Quando finalmente estão legíveis, começo a ler.

Que maluquice! Esse livro conta a história da minha vida. Tudo escrito na minha visão, como se eu tivesse o escrito.

Começo a me sentir estranho, sinto que há alguém me observando, olho para uma janela e o ser que me perseguindo na floresta a semanas atrás estava lá. Afasto-me, recuando para longe. Cogito em sair.

Fecho os olhos e quando abro-o novamente estou na casa de Wes.

°°°

SEM DEMORA, QUERO PEDIR DESCULPAS POR DEMORAR TANTO PARA POSTAR ESSE CAPÍTULO, FOI UM MOMENTO DE CRISE - BLOQUEIO ARTÍSTICO - MAS ME DEDIQUEI BASTANTE PARA TERMINÁ-LO ESTA SEMANA. ESPERO QUE ENTENDAM.

QUERO TAMBÉM VOS AGRADECER PELAS LEITURAS, JÁ ESTAMOS NA MARCA DE 600, AGRADEÇO SINCERAMENTE A TODOS QUE LERAM E AJUDARAM NA DIVULGAÇÃO DE MINHA OBRA.

ESPERO QUE GOSTEM DESSE CAPÍTULO, NÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR, COMENTAR O QUE ACHOU, ALGUMA SUGESTÃO, TEORIA, O QUE QUISER KKKK.

DIVULGUEM A OBRA PARA SEUS AMIGOS, FAMILIARES, ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, DRAGÃO, GRITE NAS RUAS, POSTE EM SUAS REDES SOCIAIS, DIVULGUE EM NÁRNIA E FILLORY, ETC.

QUERIA AGRADECER AO MEU AMIGO FabricioGonzalez0, QUE ME MOTIVOU (TODOS OS DIAS NA SALA DE AULA) A ESCREVER ESSE CAPÍTULO, E EU PEÇO A VOCÊS QUE LEIAM AS OBRAS DELE ( ENTREM NO MEU PERFIL, AS OBRAS DELE ESTÁ EM MINHA LISTA DE LEITURA). LEIAM AMBAS, GARANTO QUE NÃO IRÃO SE ARREPENDER.

AGRADEÇO PROFUNDAMENTE DO MEU CORE, E MAIS UMA VEZ PEÇO DESCULPAS. TENTAREI ME ESFORÇAR AO MÁXIMO PARA POSTAR O PRÓXIMO CAPÍTULO.

♡♥♡

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