A Escolha

بواسطة fanficsforlautner

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"A Escolha é uma história de amor e de superação que vai fazer você se apaixonar do início ao fim." "Amelie... المزيد

Prólogo - Parte 1
Nerd baladeira...
Como é que é?
Era sempre assim...
Não resisti...
Amor ou amizade?
Mais trabalho...
Como uma irmã...
Será?
Verdade ou Desafio
Eu confesso!
Caiaque
Tarado
Plano
Advertência
Ele quer me beijar!?
Festa dos Horrores
E a festa continua, só que bem melhor...
De volta pra casa...
Anúncio
Gineco
Quase...
Uma química diferente...
Tudo o que é bom...
Foi aos dezessete!
Farmácia
Chalé
Baile
O fim está próximo...
Declaração...
Cidade Universitária
A primeira aula...
O primeiro mês...
Quatro meses...
Cinco meses...
Férias!!!
Brochô!
Transferência
Que loucura!
Eu não esperava...
Flashback
Jaleco
Timidez
Cara de pau!
A Cinderela e o Nerd
Como foi hein?
Inferno
Vai!
Tudo mudou...
Amigos
Eu escolho você...

Tchau...

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بواسطة fanficsforlautner

Janeiro. O mês do desespero, literalmente. Eu e Nathan nos víamos todos os dias, mas as coisas tinham mudado um pouco. Ao invés de querer transar a gente só queria ficar junto, se abraçar, conversar e falar sobre as coisas legais que aconteceriam com a gente logo mais.

Não seríamos mais dois adolescentes na escola... seríamos dois universitários, dois estudantes de medicina, prontos para nos dedicar ao máximo e salvar vidas. Nós nos orgulhávamos de tudo isso e estávamos felizes, mas não seria fácil ficar longe um do outro, por nada mais, nada menos, que seis longos anos. Seis anos de faculdade e quatro de residência. Dez anos longe um do outro e com a vida diferente a ponto de quando nos reencontrarmos provavelmente não nos reconheceremos em nossa essência.

As minhas lágrimas já tinham secado. Nem forças eu tinha mais pra chorar. Nathan estava mais sério, mais centrado e as vezes do nada, dizia que tinha que ir pra casa e me deixava no quarto sozinha. Eu até imaginava o que ele ia fazer, mas era difícil acreditar que um garoto de dezessete anos ia pra casa chorar por mim.

Bom, quanto ao John... ele estava ansioso, mas também feliz. A gente dava um jeito de se ver todos os dias apenas para jogar conversa fora. Eu estava me preparando para perder meu namorado e o meu melhor amigo. Até o Peter estava sofrendo, mas ele eu iria ver, afinal, estudaríamos em um campus um do lado do outro.

(...)

Minhas malas estavam prontas, meus pais estavam chorosos e meu coração despedaçado. Um dia antes da minha viagem para Manhattan eu fui até a casa do Nathan.

- oi senhora Ledger! - falei

- Amie...

Ela me deu um abraço tão apertado que eu tive vontade de morrer de chorar, mas como eu já disse, eu não tinha mais lágrimas.

- Nathan está lá no quarto...

- obrigada...

Quando eu ia subir as escadas, ela falou:

- não conte a ele que eu lhe disse, mas ele chora todos os dias...

Fiquei sem chão e sem fala. Assenti com a cabeça e subi as escadas com dificuldade.

- Nate?

Ele estava colocando umas peças de roupa na mala e sorriu ao me ver.

- oi! tudo bem? - ele disse vindo ao meu encontro e me beijou

- tudo bem... fazendo as malas hein... - falei

- pois é... eu deixo mesmo tudo para a última hora... - bufou

- está ansioso? - perguntei

- não... - ele respondeu sério e eu gelei

- que horas você vai amanhã? - perguntei tentando parecer contente

- o vôo é às nove da noite... - respondeu triste

O que eu devia falar? O que eu tinha que dizer para que as nossas últimas horas fossem as melhores possíveis?

Sentei na cama dele e relaxei o corpo. Ele sorriu e continuou fazendo a mala. Eu observava cada movimento dele e meu coração diminuía em saber que eu não o veria por muito tempo. Eu ficaria sem aquele sorriso, sem os beijos, sem o senso de humor, enfim, ele ia embora e ia levar a minha paz com ele.

- está com fome? - ele perguntou interrompendo meus pensamentos.

- não... - dei de ombros

- promete que vai se cuidar Amie? que vai comer, que vai evitar fazer estripulias?

Sorri com comentário.

- prometo...

- e promete também que vamos nos falar sempre?

- claro Nate! isso com certeza!

- e promete que se o David se aproximar de você de novo cheio de gracinhas você vai me contar?

Não tinha como não rir.

- eu conto! prometo! - falei cruzando os dedos

- ótimo! - ele piscou e continuou fazendo o que tinha que fazer

- você vai no meu quarto hoje? - perguntei

Ele parou o que estava fazendo e olhou o relógio. Já estava anoitecendo.

- amanhã você acorda cedo não é? - ele perguntou

- sim, vamos pegar a estrada logo depois do café...

Ele foi até a porta e trancou. Olhei para ele assustada com a atitude, mas sorri. Ele também foi até a janela e fechou as cortinas.

- o que está fazendo? - perguntei

- a pergunta correta é: o que nós vamos fazer... - ele disse sério

Era a primeira vez que ele me olhava sério quando se tratava de sexo. Ele parecia estar sofrendo ao me tocar e ao tirar a minha roupa. Nem nos lembramos que a mãe dele estava em casa, mas naquela altura do campeonato, nem se fosse na minha casa eu lembraria. A única coisa que queríamos era aproveitar o nosso último momento juntos de verdade... nosso momento encaixados um no outro... nosso maior momento de intimidade e respeito.

(...)

Estávamos abraçados na cama tentando memorizar o que tinha acabado de acontecer. Foi a nossa última vez, no quarto dele, na cama dele, e eu jamais iria esquecer.

- eu não me conformo... - ele disse quebrando do silêncio

- não se conforma com o que?

- não me conformo ter que ver você partir e não poder fazer nada...

Mais uma vez eu engoli seco e mais uma vez eu não tinha condições de falar.

- eu preciso ir... - falei levantando e me vestindo

- amanhã cedo eu passo lá tá? - ele disse

- tá... - falei com voz de choro

(...)

Eu não consegui dormir. Nem o remédio que eu tomei para a dor na perna me fez descansar. Minha cabeça estava a mil!

John já tinha ido para Yale na semana anterior e eu já tinha chorado muito a ponto do meu pai deixar o Nathan ficar no meu quarto quase a noite toda, com a porta aberta, claro. Eu já estava sem o meu melhor amigo e em algumas horas estaria sem o meu namorado.

(...)

No dia seguinte eu acordei, depois de apenas dormir duas horas, e tomei o meu café da manhã em completo silêncio. Meus pais também estavam quietos, então ótimo, porque o que eu menos queria fazer era falar.

Voltei para o quarto para fechar a última mala e escovar os dentes. Depois coloquei meu casaco e estranhei a ausência dele. Nathan não foi até minha casa como havia prometido. Olhei pela janela e a cortina dele ainda estava fechada... talvez ele ainda estivesse dormindo...

Desci as escadas e avisei ao meu pai que sairia rápido.

- Amie, vem aqui... - meu pai pediu

Fui até ele, que me fez sentar ao seu lado no sofá.

- o que foi? - perguntei

- quer um conselho? - ele perguntou me deixando confusa

- ahm, sobre?

- eu sei que não tenho o direito de me meter no seu relacionamento com o Nathan filha, mas eu sou seu pai e o único conselho que eu tenho pra lhe dar agora é...

Engoli seco e já me preparei para chorar.

- Termine o namoro.

A primeira lágrima caiu e eu esfreguei as mãos de nervoso.

- não estou sendo mal ou estraga prazeres... estou tentando evitar que vocês fiquem presos um ao outro a ponto de se cobrarem demais, sabe? vocês são muito jovens! com a vida toda pela frente e não merecem ficar sofrendo!

Eu só conseguia chorar.

- Amie, o Nathan é um garoto de ouro e eu ficaria muito feliz se ele fosse o seu único namorado...

Olhei para meu pai assustada com a declaração. Ele nunca foi de falar assim! Ainda mais do Nate!

- ele é um garoto especial e que gosta mesmo de você! e isso eu percebi há muito tempo! - ele completou

- até você pai? - finalmente eu sorri

- claro! todo o cuidado dele não era de irmão! eu sou homem, eu sei perceber essas coisas...

- e você acha que terminar com ele é a melhor opção? - perguntei

- não é a melhor... é a mais sensata...

Eu não tinha idade nem coração para ser sensata.

- obrigada pai... eu preciso ir lá! já volto...

(...)

Subi novamente as escadas da casa dele com dificuldade, mas ao entrar no quarto eu não o encontrei fazendo as malas, nem sorrindo... eu o encontrei de pé, olhando para a janela com as cortinas fechadas.

- a janela está fechada tá? só pra você saber... - falei tentando animar o clima de despedida

Ele pareceu não escutar e nem virou para me olhar.

- Nate? - falei me aproximando e o peguei em seus ombros para ele se virar para mim

Ele finalmente se virou e eu vi o que nunca em muitos anos de amizade eu tinha visto. Nathan estava aos prantos, chorando como uma criança com os olhos vermelhos...

- Nate... - falei e o abracei

Um abraço daqueles que você sofre. Daqueles que você não quer mais soltar. Daqueles que você lembra por toda a vida.

Depois do abraço mais apertado e mais cheio de amor que eu recebi eu me aproximei para beija-lo, mas ele se afastou. Estranhei a atitude repentina e perguntei o porque...

- o que foi?

Ele enxugou as lágrimas e respondeu:

- apesar de não querer fazer isso Amie, eu acho melhor fazermos o que é certo...

Ah não! Meu coração apertou e ficou do tamanho de uma ervilha.

- não é certo ficarmos juntos! não é certo prender você a mim como minha namorada! não é certo deixar você presa a alguém que não estará lá quando você precisar...

Coloquei as mãos na boca por impulso, tentando assimilar cada palavra.

- vamos voltar a ser amigos?

O que ele queria que eu dissesse?

- porque Nate?

- não estou fazendo isso por mim Amie! Estou fazendo por você! Eu sei que logo mais estaremos terminando o nosso namoro por telefone e não é isso que eu quero!

- como tem certeza? e se der certo mesmo à distância?

- não vai dar Amie, eu sei que não...

Eu tinha esquecido todos esses meses o quanto ele era racional, assim como o meu pai.

Enxuguei as lágrimas e mesmo sem aceitar eu entendi. Talvez seria melhor mesmo terminar tudo pessoalmente do que terminar depois de ver uma foto dele no Instagram com outra.

- tudo bem... - respondi

- mesmo? - ele perguntou

- claro...

- vamos continuar nos falando Amie? você vai responder as minhas mensagens?

Dei um sorriso discreto e respondi:

- claro Nate...

Ele me olhou aliviado, mas eu não conseguia mais ficar naquele quarto com ele sem sentir vontade de beija-lo.

- eu preciso ir... - falei indo para a porta

- Amie! espera! - ele disse se aproximando rapidamente de mim

Ele olhou no fundo dos meus olhos e disse:

- meus sentimentos não mudaram por você... o que terminou hoje foi apenas um título, uma marca, um rótulo... meu amor por você não acabou e eu tenho quase certeza de que nunca vai acabar..

Pronto! Chega! Foi o suficiente pra fazer o que eu estava com vontade de fazer. Peguei o rosto dele com as duas mãos e o beijei. Um beijo que era para ser rápido, mas que ficou deliciosamente demorado. Foi lindo, foi marcante, mas foi triste.

- tchau... - eu disse ao parar o beijo

- até... - ele disse me olhando sair do quarto

(...)

Fui para casa e meus pais já estavam esperando com as malas no carro.

- tudo bem? - minha mãe perguntou

- não... - respondi e entrei no carro

Ainda olhando pela janela eu tinha a esperança dele sair correndo e entrar naquele carro comigo. Tive a esperança dele dizer que ainda queria ser meu namorado mesmo com todas as dificuldades... mas as esperanças acabaram quando meu pai ligou o carro e disse:

- prontas?

Minha mãe respondeu que sim e eu respondi:

- pai, você tem razão em gostar do Nate... ele é sensato como você...

Meu pai entendeu o que eu disse e respondeu:

- sinto muito Amie...

A viagem até Manhattan seria de três horas. Eu fui duas horas e quarenta e cinco minutos chorando. Eu nem sabia que meu corpo podia armazenar tanta água que saía dos olhos.

(...)

Ao chegar no campus meus pais foram comigo até a Secretaria para assinar alguns papéis e para me acompanhar até o quarto onde eu ficaria e dividiria com mais uma pessoa que eu não conhecia.

O quarto era legal e espaçoso. Acomodei as minhas malas e quando me virei para falar com meus pais eles já estavam chorando. É, o dia não foi fácil pra ninguém!

- filha, a faculdade já sabe de você, das suas dificuldades, então qualquer coisa que você precisar, por favor, nos ligue! eles também estão com os nossos números...

- pode deixar pai...

- Amie, cuide-se, estude e aproveite essa fase tão deliciosa que é a faculdade...

Minha mãe falou tudo isso me abraçando e eu não pude conter as lágrimas.

- obrigada por tudo... - falei olhando para os dois

- eu preciso admitir que gostaria que o Nate estivesse aqui para cuidar de você... - meu pai disse

Meu estômago doeu só de pensar nele.

- tchau... - eles disseram e saíram do quarto

Eu estava cansada, com fome, sono e saudade, muita saudade. Eu olhava no celular de cinco em cinco minutos para ver as horas. O vôo dele para a California se aproximava enquanto as nossas vidas se distanciavam.

De repente, fui interrompida pela porta que abriu de repente.

- oi! - disse uma menina loira, bem bonita

- oi! - respondi

- eu sou a Jackie e você? - ela perguntou simpática

- sou Amelie... muito prazer...

- prazer! vamos ser amigas de quarto então? - ela perguntou

- é... vamos ter que nos aturar... - brinquei

Sentei na cama e suspirei olhando o telefone.

- parece triste... - ela disse

- é... não é fácil terminar o namoro... - falei

- eu também terminei... ontem!

- na verdade, ele que terminou comigo... - confessei

- aposto que foi porque não queria você presa a ele...

- foi mesmo o que ele disse... como sabe? - perguntei

- porque foi o que eu disse ao meu namorado...

- e foi sincero? - perguntei

- foi... com certeza eu estou sofrendo mais que ele... - ela disse com o semblante triste

Continuei olhando para o celular e me assustei com a mensagem que recebi.

As lágrimas iam caindo de novo e com elas vieram o sono. Dormi com a roupa que estava, do jeito que estava e com o coração igualmente despedaçado. Uma parte de mim viajava para a Califórnia e naquele momento eu tive certeza de que Nathan Ledger já fazia oficialmente parte do meu passado.

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