The law

Von bechloelight

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Camila Cabello está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na a... Mehr

Capítulo 1 - Dois caminhos
Capítulo 2 - Milagres de Veronica Iglesias
Capítulo 3 - O encontro
Capítulo 5 - O julgamento part 1
Capítulo 6 - A parceria
Capítulo 7 - O julgamento part 2
Capítulo 8 - Lembranças
Capítulo 9 - Pausa na rotina
Capítulo 10 - O caso de Davidson James
Capítulo 11 - Os últimos momentos
Capítulo 12 - Los Angeles part. 1
Capítulo 13 - Los Angeles part 2
Capítulo 14 - Adeus
Capítulo 15 - O início do trabalho
Capítulo 16 - Separando as peças do quebra-cabeça
Capítulo 17 - Em busca da resposta certa
Capítulo 18 - Alá Taylor Jauregui
Capítulo 19 - Percepções
Capítulo 20 - Perdidas
Capítulo 21 - O julgamento de Sinu Cabello part. 1
Capítulo 22 - Esqueça...
Capítulo 23 - Passo 1 para esquecer
Capítulo 24 - Rebobinando...
Capítulo 25 - Deixando-a de lado
Capítulo 26 - Metáfora
Capítulo 27 - Entre nós duas
Capítulo 28 - Quase na cara da justiça
Capítulo 29 - O julgamento de Sinue Cabello part. 2
Capítulo 30 - O julgamento de Sinue Cabello part. 3
Capítulo 31 - Provações
Capítulo 32 - Final

Capítulo 4 - Destino?

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Von bechloelight

Pov Lauren

O sol nascente entrava pela fresta aberta da janela parcialmente coberta pela cortina e batia em meu rosto. Abri os olhos que tiveram contato com a luz do sol e senti minha cabeça latejar. Minha irresponsabilidade havia voltado na noite anterior. Eu não havia ficado bêbada, mas a tempos não bebia como bebi ontem e meu corpo sentiu a diferença.

Passamos a noite em uma conversa descontraída que me fez esquecer de minhas responsabilidades, o que não podia ter acontecido. Iglesias era a única que me fazia aceitar qualquer coisa. Não consigo explicar como ela consegue.

Graças a Deus, me lembro de tudo que aconteceu na noite passada, caso contrário teríamos um problema. Depois de conversarmos e bebermos muito, Keana foi embora cambaleando. Tinha tomado vários copos da bebida forte que Alexa trazia sem parar. Esta, saiu acompanhada de Iglesias e devem ter terminado a noite na casa da morena. Vim sozinha para casa, tarde da noite e me joguei na cama.

Caminhava para a cozinha quando ouvi o celular tocar. A tela iluminada emitia um nome:

*Rachel Payne*

Peguei o celular em cima da mesinha ao lado de minha cama e atendi.

- Jauregui? - A ruiva perguntou.

- Diga Srta. Payne.

- Eu analisei alguns currículos que recebi e achei minha substituta.

Eu havia esquecido. A Srta. Payne tem sido meu braço direito nesse primeiro ano, uma espécie de secretária para meu pequeno escritório no centro de Miami. Mas ela estava a alguns dias de se casar e iria se mudar com o marido para Los Angeles, me deixando sem secretária.

- Ah, claro,

- Vou ligar para ela e ver se consigo que venha aqui hoje.

- Tudo bem. Mas... Eu acordei um pouco indisposta. - Levei a mão à cabeça tentando aliviar a dor. - Vou ficar por aqui hoje e fazer a revisão do caso. Consegue fazer isso sem mim?

- Ow! Tudo bem, sem problemas. Posso conversar com ela sozinha.

- Perfeito. Agora me diga, onde eu vou achar melhor secretária que você? - Pude ouvir a risada dela ao fundo.

- Confie em mim, eu encontrei.

- Eu confio. Ah, não passe o dia inteiro ai sozinha, feche mais cedo hoje.

- Sim senhora.

- Boa viagem e bom casamento.

- Obrigada. E eu sei que você está com aquela cara.

Revirei os olhos.

- Não vamos voltar a esse assunto.

- Você vai se casar Jauregui, eu sei que vai.

- Um dia talvez. Se a mulher certa aparecer e me mostrar que vale a pena.

- Eu acho que não demora.

Neguei e revirei os olhos mais uma vez.

- Até Srta. Payne.

- Até Jauregui.

Desliguei o celular e o deixei na cama. Voltei a caminhar até a cozinha. Pegueis um pacote de pães doce em cima da bancada e apertei o alimento que se encontrava duro. Tirando aquilo eu não teria nada para comer. Batia as unhas na pedra da bancada da cozinha, o que produzia um barulho harmonioso, para raciocinar.

Fui até meu escritório em casa, um pequeno cômodo com enormes estantes repletas de livros, um armário cheio de arquivos e uma grande mesa de uma bonita madeira acompanhada de uma grande poltrona acolchoada onde passava bastante tempo. Me dirigi ao armário de arquivos e abri uma das gavetas pegando alguns papéis. Em cima da mesa peguei minha pasta e meus olhos percorreram a estante a procura de um livro que precisava. Assim que meus olhos o encontraram estiquei os braços para pega-lo. Na cadeira, peguei meu casaco de couro claro e, com tudo em mãos, fui em direção a porta.

Saí do apartamento pegando o elevador e saindo na portaria. Assim que o homem de cabelos grisalhos me viu veio em minha direção.

- Vai sair senhora?

Sim Ian, não sei quando volto.

- Tudo bem. Quer que eu peça para buscar o carro?

-Não, obrigada. Não vou longe, prefiro ir a pé. Segure para mim. - Disse lhe entregando minha pasta e os papéis para colocar meu casaco, que agora cobria todo o meu corpo. Coloquei os papéis soltos dentro da pasta e a peguei de volta. - Obrigada.

- Não há de que. Tome cuidado senhorita!

- Eu sempre tomo.

Coloquei os pés para fora do edifico passando pela porta de vidro sentindo a brisa fria daquela manhã. Apesar de ter acordado com o sol nos meus olhos o frio estava presente. O céu estava parcialmente fechado, e o sol só aparecia em alguns pontos, mostrando que mais tarde possivelmente choveria. Pensei em voltar para pegar um guarda-chuva, mas afugentei a ideia. Molhar um pouco seria bom com o calor que tem feito em Miami.

Meus saltos emitiam um som grave em contato com o passeio. Caminhei alguns minutos até parar em frente ao "Good Morning", um café muito bom no qual eu costumava ir algumas vezes na semana.

Abri a porta de vidro ouvindo o sino, posicionado no alto da mesma, emitir um breve ruido mais agudo, para entrar no estabelecimento e ver a porta se fechar lentamente atrás de mim. Limpei meus sapatos no pequeno tapete felpudo na entrada e caminhei até uma mesa ao lado da janela. Coloquei minhas coisas em cima dela. Retirei meu casaco e coloquei-o pendurado na cadeira. A pesar de grande, o casaco não chegou a encostar no chão. Assim que me sentei, um senhor mais velho, de cabelos pretos e olhos castanhos se aproximou.

- Bem-vinda novamente Srta. Jauregui!

- Obrigada Henry. Mas, nós já conversamos, sem formalidades.

- Me desculpa Sr... - Ele pigarreou. - Dona Lauren.

- Dona? Não me envelheça Sr. Kebell.

- Agora quem usa de formalidades é você.

Fechei um dos olhos e arqueei uma das sobrancelhas.

- Ficamos com Lauren e Henry. - O senhor concordou com a cabeça e retirou do avental um pequeno bloco branco e uma caneta.

- O que vai querer hoje?

- Me surpreenda! Já comi em Paris, que devo dizer, estava impecável! Sabe de meu preferido, mas inove.

- Pode deixar.

o café tinha uma temática interessante. Henry fez uma pesquisa sobre comidas de diferentes pontos do mundo, enjeridas diariamente no café da manhã. O senhor voltou alguns minutos depois com uma bandeja em mãos. Colocou em minha mesa um café e um prato contendo alguns pães branquinhos levemente dourados.

- Para onde me levou hoje? - Perguntei com certa curiosidade.

- Brasil! Saboreie o pão de queijo.

Ele se afastou com um sorriso no rosto. Peguei algumas folhas e segurei-as em minha frente. Comecei a ler as informações do caso em quanto bebericava meu café quente.

Esse me parecia grande. Uma menina de 21 anos, Sarah Hills, procurou a delegacia mais próxima de sua casa e denunciou o padrasto por abuso sexual. Meus pensamentos fluíam com os detalhes.

"Interessante... A mãe não apoia a filha. Ela se nega a acreditar que o marido tenha feito tal ato. Talvez o primeiro casamento tenha ido mal e ela não aceite que esse também caminhe do mesmo modo."

Peguei um dos pequenos pães no prato a minha frente e levei a boca. No momento em que mordi a pequena esfera e senti aquele sabor, me apaixonei. Minha expressão ao provar a comida alegrou a Henry que sorriu em minha direção. Mexi meus lábios em sua direção para lhe dizer algo, mas não emiti sons.

"maravilha" meus lábios moldaram a palavra.

Procurei por meu celular no bolso em quanto mordiscava mais uma vez o pão;

- Srta. Payne? - Perguntei assim que fui atendida.

- Sim.

- Ainda é minha secretária pelo resto do dia. Pode me ajudar com algo?

- Claro!

- Preciso que me arrume alguns documentos que possam me revelar ou dar alguns detalhes de como terminou o casamento da Sra. Hills.

- Sim senhora.

- E ligue para Sarah. Não posso ir a julgamento amanhã sem falar com ela mais uma vez.

- Sim senhora.

- Só consegue me responder "sim senhora"? - Ouvi sua risada do outro lado da linha.

- Não senhora. - Neguei com um sorriso no rosto.

- Consiga isso para mim. - Desliguei o telefone e o guardei novamente.

Fiz um sinal para Henry que se aproximou de mim.

- Traga mais um pouco disso por favor. - Disse fazendo sinais para os pãezinhos em minha mesa.

- Pode deixar.

Henry se retirou e eu voltei a estudar meu caso, em quanto bebia mais de meu café e comia mais.

Pov Camila

O som agudo incomodava meus ouvidos. Apalpei a mesinha do lado da cama a procura do celular que tocava freneticamente. Coloquei a mão no mesmo sentindo-o vibrar. Deslizei o dedo sobre a tela atendendo a ligação do número desconhecido.

- Alô? - Disse com a voz sonolenta sendo abafada, já que minha boca se encontrava colada ao travesseiro.

- Camila Cabello?

- Quem vós fala.

- Meu nome é Rachel Payne. Estou ligando por que você mandou seu currículo para o escritório de advocacia L. J..

Levantei bruscamente da cama. Então era para lá que havia sido encaminhada.

- Sim, eu mandei.

- Pode me responder porque?

Claro. Eu seria testada. Precisava convence-la.

- Eu estou terminando a faculdade e achei que trabalhar para Sra. Jauregui me serviria de aprendizado.

Pude ouvir o som de uma caneta ao fundo, rabiscando algumas anotações.

- A Srta. encontra-se livre a tarde?

- Sim.

- Poderia vir a meu encontro no escritório?

- Posso.

-Perfeito. Estou a sua espera as duas.

- Eu irei.

Desliguei o celular e me joguei na cama de casal que havia em meu quarto de braços abertos. Levantei da mesma e me espreguicei. De pijamas me dirigi a frente do apartamento. As meninas estavam todas sentadas na bancada da cozinha comendo.

- Bom dia Mila - Ally disse um pouco consternada.

- Bom dia Allycat! - Respondi animada abraçando a menor por trás e lhe dando um beijo na bochecha.

As três se entre olharam tentando entender minha felicidade levando em consideração os fatos ocorridos na noite anterior.

- De onde veio toda essa felicidade repentina? - Perguntou Normani.

- Recebi uma ligação. - Disse me sentando a frente da morena e pegado um biscoito. - Do escritório de advocacia L. J..

Mani arregalou os olhos e Dinah deixou o bolo em suas mãos cair no prato a sua frente.

- L. J.? - Confirmei com a cabeça dando uma mordida em meu bicoito.

- E o que eles disseram?

- Querem que eu vá lá hoje a tarde.

- Meu Deus Camila! - Dinah disse animada. - Vai trabalhar para aquela deusa?

- Jesus Dinah! - Ally repreendeu.

- O que? Ela pode ser a melhor advogada dos Estados Unidos e merece respeito, mas que ela é bonita não se pode negar.

- Verdade, mas serei apenas sua secretária. Isso se eu conseguir o emprego.

- Se, não. - Dinah me corrigiu. - Existe alguma coisa que Karla Camila não consiga?

Enchi o peito. Dinah tinha razão.

- Não sabia que tinha mandado currículo para essa Mila - Disse Ally.

- Para dizer a verdade nem eu. - Elas me olharam confusas. - Na verdade meu currículo foi enviado para uma empresa que o avaliaria e encaminharia para o lugar onde eu melhor me encaixasse. Não tinhas esperanças de chegar até lá.

- As outras é que não deviam ter esperanças perto de você!

Sorri e neguei com a cabeça diante da fala de Dinah.

- Vocês são muito bestas.

- Sou realista Mila, é diferente.

Terminamos o café de maneira descontraída. Era impossível não perceber a cautela delas para que não tocassem em nada que me lembrasse de meu pai. Tentavam me manter feliz. Impossível não lembrar dele é claro. Mas agora eu já o vi, e precisava vê-lo outras vezes. Não podia ficar remoendo isso eternamente.

Depois do café as meninas foram trabalhar e eu fiquei sozinha em casa. Me joguei no sofá até a hora do almoço, onde toda preguiça se esvaiu de mim e usei de meus dotes culinários para uma excelente massa fresca.

Assim que terminei meu almoço tratei de me arrumar. Coloquei uma blusa cinza, um tanto quanto justa, e uma saia preta um pouco rodada que possuía duas camadas de babados. Nos pés, um salto de plataforma e camurça bem claro.

o carro estava com Normani. Ela sempre deixa Dinah e Ally no trabalho antes de ir trabalhar. De noite as três passam em casa para me pegar e vamos a faculdade. Então, tranquei o apartamento e peguei o elevador até a portaria. Saí do edificil e fiz uma caminhada até o centro de Miami encontrando o prédio onde ficava o escritório de advocacia.

Me dirigi até a recepção. A mulher sentada atrás do balcão me olhou com um ar arrogante.

- Vim para uma entrevista de emprego.

- Qual andar?

- Eu não sei. Ahn... Escritório de advocacia L. J..

Ela retirou um cartão de uma caixa e jogou levemente em cima da bancada.

- Use- o para entrar e sair. Me devolva antes de sair. 13° andar.

Peguei o cartão na bancada e me afastei. Caminhei até a porta do elevador onde usei o cartão para que ele abrisse. Assim que entrei, selecionei o botão do 13° andar e esperei até que o elevador parasse. Quando o porta se abriu olhei no relógio. 13:40. Pontualidade. Perfeito! Saí do elevador e caminhei pelo corredor repleto de portas. No final deste, havia uma porta dupla, com uma placa dourada, que continha em letras pretas as seguintes escrituras.

"Escritório de Advocacia L. J."

Parei em frente a porta. Respirei fundo. Ajeitei minha saia e dei uma leve jogada nos cabelos, para levar a mão a maçaneta e abrir a porta. Assim que fiz isso dei de cara com uma loira, alta de olhos castanhos sentada atrás de um balcão de madeira. Pude ver em sua blusa um crachá que dizia "Rachel Payne".

- Pois não? - A ruiva perguntou.

- Você me ligou e pediu para que viesse as duas.

- Ow! Srta. Cabelo. - Ela se levantou e estendeu a mão em minha direção.

Retribui com um aperto.

- Eu dei uma olhada em seu currículo e gostei do que vi. Está saindo da faculdade mas seu desempenho é excepcional! - Um leve sorriso se moldou em meu rosto. - A Sra. Jauregui precisa de alguém como ela para esse cargo. Você não será apenas uma secretária, será o braço direito. Por isso admirei seu desempenho. A maioria do tempo ficará aqui. No que ela precisar, você ajudará.

Balancei a cabeça mostrando entender tudo o que me dizia. A mulher saiu de trás do balcão e se dirigiu a porta atrás dela.

- Por aqui Cabello. - Disse abrindo a porta e sentando no outro cômodo. - É aqui que ela costuma ficar.

O cômodo era uma enorme sala cercada de estantes. Uma grande mesa se encontrava no centro. Havia uma cadeira de cada lado da mesa, a de trás era maior e mais confortável. Também era visto um enorme tapete no qual se encontrava um sofá, visivelmente confortável, e duas poltronas.

- Ela está com um novo caso, o julgamento é amanhã. Normalmente nos dias de julgamento ela fica em casa. Hoje se sentiu mal e não pôde vir então, só a conhecerá depois de amanhã.

- Então eu volto daqui dois dias? - Perguntei tentando confirmar o que para mim era obvio.

- Daqui dois dias, e no dia seguinte, e no dia depois desse. - Ela parou frente ao sofá e estendeu a mão para mim. - Conseguiu o emprego! - Apertei sua mão com um sorriso no rosto. - Vou deixar que ela olhe as questões burocráticas de sua contratação, mas algumas coisas resolveremos hoje. - Assenti a seguindo para fora do escritório. - Quando chegar aqui receberá as informações do novo caso.

Nos sentamos na parte da frente do escritório e discutimos por alguns minutos sobre o trabalho. Depois disso ela me entregou uma cópia da chave do estabelecimento e eu me retirei.

Peguei o elevador e desci calmamente até o primeiro andar. Ao passar pela portaria entreguei o cartão que estava comigo. Deixei o prédio e voltei para casa caminhando calmamente.

Esperava conseguir o emprego, mas não tão facilmente.

Subi até meu apartamento e me joguei no sofá. Passei a tarde ali, sentada, perdida em meus devaneios.

[...]

Senti meu corpo balançar levemente e despertei com o contato. Quando abrimos olhos, vi Dinah à minha frente e uma de suas mãos em mim.

- Mila? Acorda.

De forma manhosa me sentei no sofá a esfregar os olhos.

- Que horas são?

- 19:50! - Ouvi a voz de Ally me responder de longe.

- Vai assim para a aula? - Perguntou se referindo a roupa com que fui à entrevista. Neguei com a cabeça. - Tem dez minutos para se trocar.

Me levantei e fui até o quarto onde troquei o minha blusa colada e saia por uma camiseta branca larga e uma calça jeans clara. Peguei minhas coisas e fui até a sala onde as meninas pacientemente esperavam por mim. Quando me viram, se levantaram do sofá e juntas saímos do apartamento.

Descemos até a portaria em silêncio e quando estávamos no carro Ally perguntou:

- Como foi no escritório da Jauregui?

- Ah, é mesmo. Havia me esquecido. - Dinah disse colocando a chave na ignição e ligando o carro.

No centro do carro, fiz uma cara triste para confusão das três e completei com um sorriso.

- Duvidas de que consegui?

- Convencida. - Mani brincou.

- A culpa não é minha se vocês me veem como alguém que consegue tudo que quer.

- Mas é verdade! - Dinah protestou.

- Com a graça de Deus Mila! - Ally completou.

- Então, agora vai todos os dias trabalhar com a melhor advogada da cidade! - A morena falou demonstrando admiração.

- Dos Estados Unidos. - Corrigi.

- Além disso vai passar o dia inteiro em um escritório, sozinha com ela. Quem sabe o que pode acontecer... - Disse Dinah com segundas intenções me fazendo revirar os olhos.

- Meus interesses são puramente trabalhistas. Além do mais, julgo ser impossível alguém como ela estar sozinha.

- Nada é impossível. - Disse Ally colocando as mãos em meu ombro.

Dinah e Mormani, junto a mim, fixaram seus olhos na pequena.

- Mila, veja se Ally tem febre. - A morena falou estranhando a fala.

Coloquei as mãos na testa dela que tratou de tira-la.

- Só estou sendo otimista meninas. Peço todos os dias ao senhor para que vocês encontrem alguém bom.

Isso surtiu em nós algumas gargalhadas, que renderam até a faculdade. Dinah deixou o carro no estacionamento e adentramos o prédio, passando pelos corredores até chegarmos a sala. Subimos alguns degraus até chegar a um lance de cadeiras mais elevadas e nos sentamos.

Alguns minutos depois, um homem bonito, mais novo, de cabelos curtos e escuros adentrou a sala colocando uma pasta na mesa e tomando um pincel a mão, escrevendo algumas palavras no quadro atrás dele. Depois, depositou o pincel na mesa e se sentou na mesma.

- A todos os presentes, bos noite. Meu nome é Jason Stanford e eu vou assumir as aulas de direito no ano que vem.

- E porque está aqui hoje se assume as do ano que vem? - Alguém perguntou.

- A Srta. jones não está mais... habilitada, para dar essa aula. - Diante dessa fala, um leve sorriso surgiu em meu rosto. Acertei mais uma vez!

"Como ela consegue?" Pude ouvir o comentário de Normani com Dinah que apenas deu de ombros, me fazendo rir levemente.

- Além do mais, o curso de vocês já está acabando. Muito me admira o número de presentes em uma aula onde só esperam o resultado.

A caneta já estava em minha mão. Batia sua ponta na mesa inúmeras vezes em quanto ouvia o homem falar. Ele se levantou e começou a andar lentamente pela sala. Durante alguns minutos ele falou sobre a conclusão do curso e a formatura. Durante um tempo respondeu a algumas duvidas e nos fez algumas perguntas. Estava sentado novamente na mesa quando voltou a falar.

- Eu queria pedir a vocês uma coisa. Gostaria que fosse obrigatório, ou que vocês já tivessem feito isso, mas me parece que não foram. - Ele se levantou e começou a subir a pequena escadaria bem de vagar. - Amanhã, será realizado um julgamento aberto aqui em Miami, no tribunal principal as cinco horas. - A cada palavra ele se aproximava mais. - Eu estarei lá, assistindo, e gostaria que vocês também fossem. Participar de um julgamento é bom para acostumar. E esse em especial é muito bom. Além de um bom assunto, a advogada Lauren Jauregui é representante de uma das partes. - Ele parou ao meu lado e me olhou fixamente. Um sorriso quase imperceptível surgiu em seu rosto. - Qual seu nome?

A caneta, que antes da pergunta batia na mesa, agora irava em minha mão.

- Camila. - O homem arqueou as sobrancelhas e continuou a me olhar como se faltasse alguma coisa. Suspirei e continuei. - Cabello. - Disse pausadamente.

O sorriso em seu rosto ficou mais evidente. Ele sabia que ela tinha saído por minha causa. Com seus olhos fixos em mim, continuou:

- Assistam ao julgamento. - Então ele se virou desceu, voltando para sua mesa.

Nesse momento um som agudo e estridente foi emitido indicando o final da aula. Olhei para o lado encontrando Dinah e Normani com olhos fixos em mim.

- Nós vamos. - Disseram praticamente em coro.

Neguei rindo para as duas em quanto levantava. Dinah tomou a frente em quanto descíamos.

- Pelo visto vai conhecer a Jauregui antes do esperado, e nós também.

- Eu nunca fui a um julgamento dela. Em outros sim, mas dela... - Mani disse em quanto saiamos da sala.

- Vai no de amanhã. Disse Dinah interrompendo a morena. - E você também Mila. - Eu nada respondi e ela entendeu meu silêncio como um sim.

- Agora... O que foi aquilo lá dentro? - Normani perguntou se referindo a minha troca de olhares com Stanford.

Eu respirei fundo antes de responder.

- Ele sabia de minhas desavenças com a Srta. Jones. Consequentemente, que eu era parcialmente culpada por sua... "desabilitação". - Disse zombado da maneira sutil a qual ele havia escolhido para tratar de sua demissão.

- Mas como ele sabe?

- Tsc, tsc, tsc. - Emiti negando com a cabeça. - Advogados Mani, advogados. Todos tem seu lado investigativo. E você precisa usar mais do seu.

Encontramos Ally no corredor. A menor se juntou a nós e em um gesto afetivo abraçou a mim e a Normani ficando no meio de nós duas.

- Meu Deus, eu preciso dormir. - Disse.

- Todas nós precisamos. - Dinah completou.

- Eu preciso é de um banho. - Disse inclinando a cabeça para trás.

- Precisa é de alguém para tomar banho com você, isso sim.

- Jesus Dinah! Só pensa nisso? - Ally advertiu.

- Eu penso nas coisas boas. E sabe do que eu preciso? Comer!

- Então vai continuar precisando. Não temos comida em casa. - A menor lembrou.

- Então comeremos fora! - Sugeri. - Como comemoração por meu novo emprego! Eu pago.

- Eu ouvi direito? Olha, a Jauregui nem entrou na sua viada e eu já a amo!

Todas nós rimos do comentário e partimos dali em busca de algum lugar para saciarmos nossa fome.

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