O filme da minha vida

Par Oceano_Rosa

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Dois anos depois de se casar com Addison, Derek sofre um terrível acidente e vai parar em Seattle sem memória... Plus

Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI

XII

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Par Oceano_Rosa

Nova York, 31 de janeiro de 1994

Um murmurinho despertou Addison de seu sono, quando ela se virou seus dedos encostaram algo frio, que não estava lá quando se deitou. Ela abriu os olhos e encontrou um bilhete descansando no travesseiro ao seu lado. Ela pega o pequeno quadrado, seus olhos semicerrados enquanto ela tenta ler os garranchos.

Fazendo café da manhã.

Fica na cama.

- Seu marido

A maneira como ele assinou a nota traz um sorriso em seu rosto e, apesar das instruções de Derek, ela se pega levantando-se do calor da cama e caminhando pelo corredor enquanto um bocejo escapa dela. Ela para na porta da cozinha, encostada no batente enquanto observa Derek colocar massa na máquina de waffles no balcão - Eu queria trazer café da manhã para você na cama.

- E eu queria acordar ao lado do meu marido - Ela se afasta da moldura antes de ir até ele com um sorriso no rosto - Mas acho que ambos teremos que fazer algumas concessões agora, não é? - Ela pergunta, pegando um morango fatiado na tábua antes de colocá-lo na boca.

Suas mãos envolvem sua cintura, e ela solta um grito quando ele a coloca no balcão - Parece que me lembro de deixar um bilhete explicando minha ausência - Diz ele, uma sobrancelha levantada desafiadoramente para ela enquanto ele fica entre suas pernas - Agora, se minha esposa faz ou não o que eu peço, é uma história totalmente diferente

- Você não pode fazer waffles e não esperar que sua esposa vá procurá-lo.

- Eu amo essa palavra - Ele ri enquanto se inclina para dar um beijo em seu nariz

- Waffles? Eu também - Ela diz provocadoramente

- Não, minha esposa. Eu esperei tanto tempo para te chamar assim, acho que jamais vou me cansar

- Eu também - Ela admite sorrindo

- Mas os waffles estarão prontos em um minuto. Você pode, por favor, voltar ai para que eu possa trazer o café da manhã para minha esposa na cama em nossa primeira manhã como um casal?

- Tudo bem - Diz ela, deixando-o ajudá-la a sair do balcão. Ela começa a sair da cozinha

Seattle 08 de novembro de 2005 9h

Ronald não voltava para o seu trailer há quase dois dias, também não havia passado a noite na casa de Meredith, quem evitava a todo custo, ele odiava mentir para a mulher que amava e não conseguia a encarar sabendo que não estava sendo sincero. Desde o semi-confronto que tiveram no elevador ele preferiu dar espaço para ela, que cada dia ficava mais enfurecida com a presença de Addison Shepherd no hospital

Ele se jogou no máximo de cirurgias que podia para conseguir passar o tempo, mal tinha dormido nesses dias também. Não conseguia, a ansiedade o corroía por dentro, como no dia em que esperava a carta de aceitação para entrar no programa de interno do Seattle Grace, até aquele momento era a coisa que ele mais desejava em toda a sua vida e temia que se fechasse os olhos perderia sua chance. Agora era a mesma coisa com esse exame de DNA que estava em suas mãos. Ronald tremia e suava frio enquanto esperava Addison na sala de Richard, o chefe os chamou assim que saiu o resultado e deixou sua sala para maior privacidade.

Addison passou pelo corredor e Ronald deixou seus olhos percorrerem apreciativamente sua forma envolta em um vestido de cetim preto que fluía sobre suas curvas como água. Ele respirou fundo quando ela finalmente sentou ao seu lado - Addison

- Ronald - Ela respondeu educadamente tentando disfarçar, mas estava tão nervosa quanto o residente em sua frente

- Acho melhor você abrir isso - Ele entregou o exame e suspirou novamente enquanto passava a mão pelo cabelo. Ronald olhou para a mesa enquanto ouvia o papel sendo deslizado do envelope e lutou contra todos os sentimentos de ansiedade que cresciam em seu corpo

Ela ergueu uma sobrancelha enquanto uma carranca enfeitava seus lábios. - Okay, você sabe como essas coisas funcionam e que a chance do resultado estar errado é mínima entre pai e filhos... - Ela começou incerta

- Addison, por favor, só me fale se deu positivo, eu sou Derek Shepherd? - Ela olhou para o papel mais uma vez, os resultados não mudaram nem um pouco desde a última vez que ela revisou os números. Finalmente Addison balançou a cabeça afirmativamente e entregou os papéis, sem conseguir tirar uma palavra da garganta de alívio.

Ela esperava que Ronald, ou melhor Derek, estivesse tão sem palavras quanto ela, mas para sua surpresa ele se virou para ela e disse suavemente - Você acha que ... você poderia me perdoar? - Ele sussurrou

- Perdoar você? - Ela repetiu - Por quê?

- Por tudo que eu fiz - Ele parou naquele ponto quando um aperto incomum apertou sua garganta e as lágrimas arderam nos cantos de seus olhos.- Eu quero dizer, por te abandonar todos esses anos. Espero que você possa acreditar em mim quando eu digo - Derek olhou profundamente em seus olhos - Eu nunca quis te machucar. Eu queria ter estado lá por você e os meninos, se eu ao menos me lembrasse...

Ela sorriu suavemente. Foi um sorriso leve. Addison estava deixando de lado a dor que ele infligiu. Addison colocou a mão na mão dele - E eu queria acordar ao lado do meu marido todos os dias da minha vida. Mas acho que ambos teremos que fazer algumas concessões agora, não é?

Derek não tinha ideia do que o futuro reservava para ele ou Addison ou se ainda poderia haver um Addison e Derek. Mas ele sabia que pela primeira vez ele estava realmente deixando de lado a dor, a dor e o desgosto da incerteza. Ele sabia que o futuro tinha um pequeno brilho para ele, agora ele realmente poderia começar a reescrever sua história Não resistiu e abraçou a mulher ao seu lado

- Com licença, Dra. Shepherd, precisamos de você. Rápido - Uma interna, amiga de Meredith Grey, abriu a porta da sala de Richard. Addison rapidamente saiu dos braços de Derek e se recompôs - É a Cristina, uma das nossas internas, ela teve um colapso.

- Cristina teve um colapso? - Derek/Ronald perguntou confuso

A interna tentava ser discreta e exitava em falar mais alguma coisa - E por que precisam de mim? - Addison perguntou desconfiada, mas o silêncio da loira foi esclarecedor

- Cristina está grávida? - Ele perguntou surpreso

- Cala boca, Ronald - A interna disse revirando os olhos como se tivesse intimidade com o seu marido e isso incomodou um pouco a ruiva. Agora que ela sabia que ele era Derek ela não deixava de pensar quantas vezes seu marido saiu com os amigos da namorada, sem ela uma pontada de ciúmes a atravessou - Vamos, por favor - A loira disse novamente saindo pela porta

- Se quiser conversar podemos almoçar depois, ou algo assim, ou se quiser um tempo... Eu vou respeitar sua decisão- Addison disse para Derek ao seguir em direção a interna aflita

Seattle 08 de novembro de 2005 11h

Ronald, ou melhor Derek, ficou na frente da sala de cirurgia de Cristina. Ainda não tinha coragem de observar pelo vidro, mas estava aflito demais para perder Addison de vista, não queria que nenhum mal entendido causasse a impressão que ele não acreditava que era Derek ou algo. Mil pensamentos corriam em sua cabeça ao mesmo tempo desde o teste que virou sua vida de cabeça para baixo. Mas tudo isso foi para o espaço quando viu Meredith se preparando para entrar na sala de cirurgia

- O que você está fazendo aqui? - Ele perguntou preocupado

- Vou entrar ali - Ela disse como estivesse indo para uma cirurgia de rotina

- Mer, é melhor não...

- Sim, eu sou sua amiga - Ela disse com um olhar suplicante que ele conhecia bem. um olhar capaz de mover montanhas

- Exatamente. Ela está deitada na mesa de operação. Nua e exposta. Está sedada, mas provavelmente está morrendo de medo. Neste momento ela não é sua amiga, é uma paciente e merece toda a privacidade que podemos dar. Você não vai entrar lá

Meredith tirou sua máscara de frustração - Fomos correr esta manhã. Eu a obriguei a correr. Será que isso pode ter...

- Não. Não, isso já começou assim. Nada fez com que isso acontecesse

- Ronald você não entende, eu tenho que está lá

- Você pode até passar por mim, mas saiba que Bailey está lá dentro e ela não vai te deixar entrar nessa cirurgia - Ele disse sinceramente desejando que pudesse fazer algo para ajudá-la

- Agora, eu te odeio

- Sim, mas eu posso aturar isso - Ele disse com um semi sorriso e tentou encostar em sua bochecha, mas ela logo recuou

- Por que você está aqui Ronald? - Ela perguntou, sua amiga estava passando por uma cirurgia, mas eles estavam sem se falar por dois dias inteiros, mesmo trabalhando quase na mesma área.

- Foi apenas por curiosidade que eu fiz isso, sabe, só para ter certeza

- Dr. Shepherd que está operando a Cristina, não é? Agora tudo faz sentido -Ele apenas deixou os ombros caírem e toda a manhã voltou como um choque em sua mente, seus lábios secaram e sua garganta fechou. Essa foi toda a confirmação que Meredith precisava - Ela é sua esposa, não é? Por que se ela for eu não sei se conseguirei odiá-la depois que ela salvar a vida da minha melhor amiga. Ela é irritantemente amável e dolorosamente brilhante. E nós não teremos mais chance nenhuma

- Meredith... por favor

- Não Ronald não fale mais como se fosse meu namorado... - Ela disse saindo na direção oposta com lágrimas nos olhos

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