THE WEST SIDE WOLVES | HYUNLIX

Von __Lanna_

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Hyunjin tinha muito com o que se preocupar. Sua vida inteira foi um borrão de sofrimento e dor, pois quando s... Mehr

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Von __Lanna_

Quando Hyunjin abriu os olhos e encarou o teto por um tempo, ele tentava se recordar claramente de seu sonho, – ainda que não tivesse sido nada agradável – seu pai tinha um isqueiro em mãos e uma lata de gasolina. O sorriso do homem parecia de alguém maníaco e ele o encarava como se estivesse prestes a incendiar tudo pela frente. Hyunjin não daria importância para pesadelos, já estava acostumado. Mas esse, esse em específico o deixou com um aperto desconhecido no peito.

Atrás do homem que segurava o isqueiro e a gasolina estava o seu time. Eles não tinham saída, estavam amarrados em corpos empilhados e suplicavam por ajuda. Hyunjin tentava ajudá-los de alguma forma enquanto o desespero o assolava, mas não conseguia se mover. Então, encontrou o olhar de Yeji entre os outros e ela disse com os olhos vermelhos e lacrimejados: "É tudo sua culpa. Você é como ele e trouxe a desgraça para o nosso time." Ele acordou logo em seguida.

— O treinador já veio bater na porta. — Yuta avisou quando Hyunjin virou na cama.

Ele acenou, ainda encabulado e franziu o cenho ao se dar conta de que Felix não estava mais lá.

— Que horas são? — Perguntou se pondo de pé e arrumando o moletom. Não iria perder esse costume de esconder suas cicatrizes tão facilmente.

— Onze. Se apresse. O almoço é em uma hora e então a gente vai pra universidade. — Disse. — Os outros já saíram, quer que eu espere ou...

— Não. — Negou rapidamente. — Vá indo, eu chego logo.

Quando o garoto saiu, Hyunjin ainda perdeu cinco minutos na cama até que finalmente juntou coragem suficiente para tomar um banho e ir encontrar o resto do pessoal. Todos já estavam espalhados pelas mesas do hotel com pratos logo à frente. Ele correu os olhos pelo lugar depois de se servir, procurando pessoas específicas. Uma mesa tinha Changbin, Jeonghan, Lesley, Dino e duas líderes de torcida. Ele teria optado por aquela mesa se fosse a última na terra. Então a outra era ocupada por Yeji, Felix, Jeongin, Damen, Seungmin e mais líderes de torcida. Hyunjin sentiu o próprio impulso para ir até lá, mas então seus olhos captaram algo estranho.

Hwang não era alguém ciumento, ele nunca teve motivos para ter ciúmes de algo ou alguém. Hyunjin não chegou a um estado de sua vida onde alguém fora tão importante que lhe causava coisas desconfortáveis pelo simples fato de ter uma pessoa tão próxima. E ele não achou que seria esse tipo de cara, mas ao notar que uma das meninas tinha o braço cruzado com o de Felix sobre a mesa, assim como (Hyunjin jura, de verdade, que não sabe como viu até aquilo) suas pernas entrelaçadas debaixo da mesa. A menina ria às vezes de algo que alguém dizia enquanto comia e Felix era apenas felix e hyunjin o odiava.

Ele se perguntou se Lee estava tentando devolver o ciúmes de ontem.

Seu olhar encontrou o de yeji e ela sorriu em sua direção como um convite animado, mas ele apenas fez uma careta descontraída e ficou contente em encontrar Jaehyun e Yuta numa mesa num canto.

— Oi antissociais. — Disse sentando de frente para eles. — Sinto muito por ser a vela de vocês e sempre atrapalhar esses momentos.

— O que rolou? — Yuta franziu o nariz comendo uma batata frita.

— Nada. — Disse dando de ombros e conseguindo ver o olhar desconfiado de Jaehyun por trás dos óculos.

— Fala logo. — Aquilo soou como uma ameaça.

Ele suspirou alto.

— Ah, sabe, tipo... Eu não quero parecer um cuzão, porque, sabe... Parece que por vocês serem o único casal gay que conheço eu sempre fico procurando respostas, sendo que o Google tá bem ali. — Sua tensão deixou o ambiente com um clima espesso. Jaehyun se ajeitou na cadeira e colocou o prato de lado para cruzar os dedos sobre a mesa.

— Antes de tudo, nós somos seus amigos. — Disse impaciente.

— Ok. — Ele bufou. — Eu nunca me preocupei com a minha sexualidade e agora que vocês sabem como a minha vida era, hm... Não havia o porquê de eu dar importância a isso. Mas então, vocês agora também sabem sobre eu e Lee, aquele cara... — Ele grunhiu. — Mas chegando ao ponto: Eu sei que ainda gosto de meninas, mas eu também, sei lá, tenho algo com ele, ou não. O que eu sou?

— Bissexual? — Yuta arqueou as sobrancelhas. — Isso quem tem que dizer é você. — Pensou um pouco. — Sinto que já tivemos essa conversa.

— Mas... Eu não quero ficar com outros caras. Só com ele– Ai droga, isso é estranho. — Franziu o cenho.

— E você quer ficar com outras meninas? — Jaehyun indagou.

— Não. — Disse. — No momento não.

— Então você só está apaixonado por ele. — Concluiu. — Misericórdia. Tanta gente pelo mundo.

— Não. — Fez uma careta. — Eu não estou apaixonado por ele. E ele não é um monstro, como vocês vêem.

— Qual a sua dúvida real aqui? — Jaehyun insistiu.

— Olha. — Ele indicou a mesa de Felix com o queixo e eles seguiram com o olhar. — Tipo, ontem a noite ele agiu daquela forma porque queria dormir comigo, mas hoje tá com aquela menina, daquele jeito. Eu não estou dizendo que ele me deve satisfação ou algo assim, a gente nem tem nada. Mas o que faz ele pensar que pode fazer isso e eu não?

— Ué, então faça também. — Yuta deu de ombros.

— Eu não quero! — Espetou a comida com o garfo. Frustrado. — Eu só quero que ele não aja assim.

— Vocês oficializaram algo? — O menino de óculos perguntou depois de tomar um gole de suco.

— Não. — Encarou ele.

— Então eu acho que você está se precipitando. Sabe, eu não acho que Lee seja o tipo que namora.

— Droga. — Bufou mais uma vez. — Como foi pra vocês?

Yuta cruzou os braços e pensou um pouco.

— A gente se conheceu no primeiro ano de faculdade. Eu já sabia que era gay, mas o Jaehyun não sabia o que era nem o que queria. — Ele deu uma pausa e Hyunjin ainda estava atento. — Foi ele que gostou de mim primeiro...

— Quem disse? — O menino interveio com uma sobrancelha erguida.

— Não se faça de besta. — Sorriu sarcasticamente antes de continuar. — Mas ele ainda achava que era hétero e mesmo assim ficou comigo.

— Nossa. — Hyunjin precisou dizer.

— Pois é. Mas então, a gente é muito parecido e ele é muito inteligente, então eu também acabei gostando dele. O único problema foi a negação do Jaehyun quanto à própria sexualidade e isso me irritou muito, pra caralho. — Ele explicou, mas agora não parecia chateado com o passado. — Mesmo após meses, ele se manteve teclando a mesma tecla. Só então quando eu o fiz sentar de frente para o computador com uma lista inteira de sexualidades, ele abriu os olhos. — Riu para si mesmo. — Eu o disse que ele só sairia dali quando estivesse certo de que iria me assumir.

— E então? — Hwang virou para Jaehyun curioso.

— Eu sou pansexual. — Disse. — E sim, eu o assumi e aceitei que só estava em negação.

— Você foi bem babaca no começo. — Yuta admitiu.

— Sim... — Se encolheu no lugar.

— Meu Deus. — Hyunjin falou coçando a nuca. — Agora estou mais confuso.

— Tudo que eu tenho a dizer, é: Mesmo Lee sendo quem é, vocês devem conversar se você está disposto a ir tão longe com ele. — O coreano disse.

— Obrigado. — Murmurou deitando a cabeça na mesa.

🐺

Quando eles chegaram ao campo da faculdade Brooklyn, todos, sem exceção, estavam extasiados. Era um espaço enorme e havia pessoas por toda parte. Parker deu instruções de que deveriam seguir em fila única para não causar tumulto. Hyunjin achou tudo aquilo muito incrível e ao mesmo tempo assustador. Não era como se fossem celebridades, mas as pessoas gostavam deles e do que faziam e algumas estavam ali para torcerem por sua vitória.

Hwang andou entre Yeji e Damen, enquanto o garoto tinha a mão em seu ombro apenas para ir tagarelando em seu ouvido sobre tudo o que estava acontecendo, como se Hyunjin também não estivesse vendo.

— Ah, olha lá. O outro time! — Yeji virou a cabeça para dizer.

Hyunjin cerrou os olhos e os enxergou entrando pelo portão do grande campo. Haviam muitas pessoas ao redor, então ele não pôde ver com clareza. Houve até um momento em que alguém segurou seu braço dizendo algo e ele arregalou os olhos antes de um segurança empurrar a pessoa. Ele ouviu a risada de Damen e então o menino passou por si (quebrando uma das regras) rapidamente e foi ficar mais próximo de Yeji e Jeongin. Hyunjin olhou para trás e percebeu que era o último da fila agora, então imitou o ato de Damen e segurou seu ombro.

Mas alguma coisa lhe roubou a atenção. Hyunjin sentiu o corpo congelar. O chão abaixo de seus pés pareceu se abrir e o ar fugiu de seus pulmões. Ele não estava ficando louco, ele estava ali e Hyunjin estava o vendo encará-lo com tamanho ódio. Chan sorria um pouco distante, em meio a multidão. Seu sorriso era perverso como costumava ser e havia algo a mais, algo que fazia o menino tremer e engolir em seco sem ter forças de desviar o olhar. Foi então que alguém segurou seu antebraço e o fez virar de supetão.

— Ta viajando? — felix indagou com a testa franzida. Hyunjin piscou algumas vezes tentando voltar para o agora e só então se deu conta de que a fila tinha ido embora e só restou ele e se não fosse pelos seguranças, certamente teria sido pisoteado ou puxado. Ele voltou a respirar adequadamente e olhou para o mesmo lugar de antes, mas seu pai não estava mais lá. E isso o fez pensar que talvez estivesse ficando louco. — Ei, maluco! — felix o chamou mais uma vez sem soltar seu braço.

— Eu o vi... Eu vi chan. — Sussurrou e seria até estranho se felix tivesse ouvido, mas ele ouviu. E tudo aquilo tinha a ver com o fato dos dois serem vítimas da mesma pessoa.

— Onde? — hyunjin sentiu o aperto em seu braço se intensificar, mas não era como se felix quisesse machucá-lo. Era óbvio. Lee olhou em volta e o trouxe para mais perto, como se quisesse protegê-lo.

Hyunjin engoliu em seco.

— Ali, eu não sei. Talvez eu esteja vendo coisas, mas... Droga! Eu não sei.

— Vocês dois! — Parker apareceu os empurrando. — O que estão fazendo? Não querem brigar em público e me fazer passar vergonha, não é?

Eles esperaram até que estivessem no vestiário. O lugar era grande e cheio de cerâmica amarela. Era uma mistura de estética da universidade, e então havia um grande tigre de ladrilhos na parede. Hyunjin precisou se segurar na grande pia e jogar água no rosto para tentar se acalmar e ouviu lee abrindo as portas da cabine, como sempre. Mas então ele tocou seu ombro estranhamente delicado, como se não quisesse assustá-lo.

— Olha pra mim. — Pediu e assim hyunjin fez, respirando pesadamente. — Eu não acho que você esteja louco. Ele deve achar que você sabe demais e por isso voltou. — Sua mão era um peso no ombro de hyunjin e aquilo de certa forma o acalmou.

— O-o que eu faço? — Apertou os olhos.

— Quando o jogo acabar, a gente liga para o Derek. Ok? — Segurou seu queixo o fazendo olhar para si. — Entendeu?

— Sim, acho que sim. — Engoliu o nó na garganta.

— Se acalme. Não deixe que ele arruíne o jogo.

— Ok, certo. — Respirou fundo. — Obrigado.

Lee não respondeu ao agradecimento, em vez disso perguntou: — Trouxe a camisa?

— Acho que... — Ele abriu a bolsa e depois de uma boa olhada, grunhiu. — Não. Merda!

— Idiota. — Disse e tirou uma da própria bolsa de time. — Toma. Preste mais atenção à sua volta, isso não é normal.

Hyunjin franziu o cenho, pois acabou se lembrando do que viu mais cedo no almoço. Esse não era bem o momento certo de pensar em algo assim, mas ele não conseguia impedir a si mesmo de ir contra os instintos, então disse sem ao menos se dar conta: — Eu presto atenção. Presto mesmo, até sei o nome daquela menina que você estava agarrado hoje.

Ele não se arrependeu de dizer isso, mas também agora não via mais razão naquilo, já que lee era quem era e se sentiu idiota. Ele não era do tipo que se importava com esse tipo de coisa, nem parecia dar a mínima para um "relacionamento", muito menos para Hwang Hyunjin. Pensou. Lee arqueou as sobrancelhas e encostou na parede com os braços cruzados.

— Do que você tá falando?

— Nada. — Pegou a camisa e andou apenas dois passos em direção a uma cabine, mas Felix bloqueou sua passagem. — Sai fora.

— Você está com ciúmes, é isso? — Gargalhou daquele jeito que fazia no início e hyunjin odiou aquilo. — Olha, ela é minha prima.

— O que?! — Juntou as sobrancelhas o encarando.

— Ela é a única família de sangue que ainda tenho, acho que... Somos como irmãos. — A palavra pareceu afetá-lo e Hyunjin notou aquilo, ainda que felix tivesse tentado reprimir esse sentimento.

Hwang navegou no próprio cérebro procurando alguma recordação deles juntos e logo lembrou-se: Kaia almoçava com ele às vezes e antes de hyunjin tecnicamente simpatizar com felix ele os viu de carro, e então, se deu conta de que a menina também andava com seungmin e dividia o dormitório com ela e yeji. Hyunjin fez uma careta para si mesmo e se perguntou o que havia de errado consigo.

— Então você não...

— Eu sou gay. — Disse, dando a resposta para qualquer pergunta. — E eu não fico com nenhum garoto no momento, também.

— Ai, merda. — Riu de nervoso.

— Você é realmente patético. — Negou com a cabeça.

— Eu sei. — Coçou a nuca. — Sabe, eu não sei o que temos e se isso quer dizer algo pra você, porém... Eu quero saber uma coisa.

— Não. — Passou por ele e pegou a bolsa.

— Quando você percebeu que sentia algo por mim? — Perguntou mesmo assim. Felix paralisou e sua feição ficou tensa, aquele assunto não parecia lhe agradar em nada e hyunjin ficou com medo de não ter uma resposta, então tentou começar por si mesmo. — Eu não gostava nem um pouco de você, mas quando o treinador me contou do seu passado eu tive muita empatia por ti...

— Pena? — Desdenhou.

— Não! Eu não sinto pena de você. O que sinto é um sentimento de entendimento. Quando ele me disse tudo aquilo eu comecei me ver em você, éramos iguais de alguma forma e essa foi a primeira vez que conheci alguém que eu pudesse olhar e pensar "nossa, ele sabe o que é o sofrimento". Eu não fiquei com pena, eu te entendi. Então a partir dali eu quis que você também me visse como alguém em quem confiar, mas eu sei que você vê meu pai em mim. — Disse, porém felix olhava para qualquer lugar que não fosse ele. — Quando você me beijou, foi aí então, que eu entendi que nenhum de nós tinha nada a perder.

Um silêncio de dois minutos que mais se assemelhava a horas prevaleceu. Felix ainda estava estático e hyunjin impassível. Hwang ainda cogitou falar mais alguma coisa, mas não era o certo. Ele sabia que precisava ouvir alguma coisa de Lee ou então a única escolha que lhe restaria seria desistir do que quer que fosse essa merda toda.

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