Podcast: Sage of Love!

Por shim_s

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Sage Of Love é um dos podcast sobre dicas amorosas mais bem conhecido entre grandes titãs, tendo como dono um... Más

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Por shim_s

🏹,, Bom dia, boa tarde, noite ou madrugada! Tudo bem?
🏹,, Após quase quatro meses essa atualização finalmente chegou, espero que não tenham desistido dessa história.
🏹,, Finalmente consegui sair do bloqueio que eu estava e organizar um pouquinho minha rotina.
🏹,, Espero que gostem desse capítulo mesmo não sendo o mais agitado perto de outros.
🏹,, Sem mais delongas, boa leitura!


Will you still be with me when the Magic is gone?
If Only ── Dove Cameron

O amor é para sempre, ou não, mas algo que definitivamente terá um fim sem escapatória é a trajetória da vida humana. Muitos dizem que mesmo entre perdas, pessoas continuam vivas em nossos corações e lembranças felizes, até o dia que nós nos unirmos a elas onde quer que estejam. Contudo, ninguém lhe prepara para esse momento, porque talvez não haja como fazer um curso para saber o que fazer com os sentimentos que inundam nosso coração e sobrecarregam nossa mente, porque quando amamos e temos boas memórias queremos ter uma eternidade para construir mais e mais, para repetir momentos que nos fizeram tão bem em algum momento de nossa jornada terrestre, mas em algum dia você estará vivendo e lhe chegará alguma dessas duas mensagens: essa pessoa não está bem, ou a pior de todas, essa pessoa foi descansar. E a morte passa a soar como algo tão egoísta, que pode até dilacerar mais ainda o coração já despedaçado com tudo isso.

Porque afinal de contas, a pessoa descansou, mas quem ficou para trás continuará sofrendo com isso mesmo que tente seguir sua vida. Uma perda é algo fora do seu controle, é algo que desequilibra rotinas bem construídas, é um gatilho para pensamentos cruéis sobre tantas possibilidades do que poderia ter acontecido se tivesse sido algo feito diferente, mas a morte não é algo evitável. Nem mesmo em uma realidade onde existe uma máquina do tempo, você irá entrar em um loop infinito para tentar salvar alguém, que se não morrer naquela hora, naquele dia, naquela semana, naquele mês, naquele ano e daquela forma e naquele lugar, ela definitivamente irá morrer de outro jeito, em outro lugar e em outro tempo, mas irá e não haverá nada, nem vezes suficientes para evitar que um destino já decidido se concretize. E saber disso pode doer mais ainda, mas são fatos, contudo ninguém quer saber sobre eles relacionados a esse assunto. Mas existe algo um pouco pior do que a morte súbita, a temida incerteza sobre o que virá após um acidente, seja ele aparentemente inofensivo ou não na vida de alguém.

Foi assim que naquela manhã Sunoo se sentiu com aquela ligação, o desespero na voz da irmã que gritava do outro lado da linha sobre sua avó estar inconsciente no chão, pessoas poderiam prontamente a julgar por não ter ligado primeiramente para a emergência, contudo, numa hora dessas muitas pessoas travam seu raciocínio e ligam para quem seria aparentemente mais óbvio para elas, ou que sabem que conseguiria de alguma maneira fazer algo que verdadeiramente ajude. Foi isso que o Kim mais velho fez assim que digeriu 15% da informação recebida, com todo o cuidado para não retribuir o tom apavorado da irmã, a fim de não a assustar, a instruiu a sair na rua e chamar algum de seus vizinhos para ajudar, ligar para a emergência e ver se havia algum tipo de primeiros socorros que já poderia ser realizado na senhora. Ele estaria a caminho, mas caso fosse levada ao hospital que o dissesse qual era para não ficar perdido em qual direção tomar. Foi difícil desligar a ligação ouvindo o soluços da mais nova, era o tipo de momento que ele não sabia se seu coração doía mais por sua avó estar sabe-se lá em que situação, se é que ainda estava aqui, ou por sua irmã que nunca nem tinha chegado perto de ser apresentada a morte, pois quando seu avô morreu, ela era muito pequena para lembrar, e a mãe de Sunoo nem era um típico que era comentado naquela casa desde sua juventude, fora isso, talvez vovó fosse a primeira perda que a garota passaria, e isso era na pior das hipóteses.

Recebeu logo em seguida uma mensagem com o nome do hospital, sua menininha tinha conseguido buscar ajuda apesar de tudo. Não tinha visto ninguém de seus conhecidos no final da universidade, não tinha nem mesmo conseguido falar com Sunghoon, a única coisa que sua mente caótica e apressada conseguiu digitar enquanto adentrava um Uber era uma mensagem para ele não ir em sua casa naquele dia, não houve explicações do porque, mas agora o Kim só tinha uma preocupação em mente: conseguir chegar no hospital a tempo de qualquer coisa, especialmente se despedir se fosse o caso. O resto parecia ter se tornado tão insignificante, como se coisas que a poucos minutos atrás faziam seu coração bater forte em alegria, agora fossem detalhes tão minúsculos que não arrancavam o mínimo pensamento feliz. Agora ele conseguia entender quando alguém lhe dizia, que situações como essa deixam o mundo das pessoas em um tom cinzento, que não existe música, nem dias ensolarados e tão pouco gostos agradáveis, nessas horas o tempo se arrastava, era quase como se o carro na verdade fosse um caracol, e necessidades básicas como a fome que estava sentindo antes de saber sobre esse infortúnio, não tivesse peso algum em seu corpo. Seus olhos estavam secos, por algum motivo não haviam lágrimas suficientes para escorrer, mas o nó em sua garganta era tão apertado que se crescesse mais um pouquinho ele teria certeza de que morreria sufocado.

Ser forte pelos outros era tão difícil, reprimir sentimentos era um castigo, punir seu corpo com a obrigação de ser a base do resto das pessoas ao seu redor era uma ferida que causaria uma grande cicatriz. Mas seus pensamentos realmente conseguiam serem os piores vilões em momentos como estes, parecia que do nada aparecia o dom de se auto sabotar, e como num passe de mágica uma voz dentro de sua cabeça fazia o primeiro questionamento daquele dia que provavelmente se arrastaria por mais longas horas:

Você tem certeza que fez seu melhor por ela? Ou deveria ser mais específico… Você fez tudo que podia para impedir que isto acontecesse?

Ele não sabia, ele não queria saber. Não, ele não queria estar de frente com a culpa, mas parecia ser um encontro inevitável e ela estava em sua frente agora com uma vestido de dúvidas, um chicote de questionamentos e um sorriso que lhe dizia sadicamente: te peguei, vamos conversar um pouquinho meu querido.


Se você digitar nesse exato momento no Google: Enjôo e Tontura, algumas das possibilidades que ele te entregará são; Síndrome de Meniére, Enxaqueca, Labirintite, Anemia e Gravidez. E aqui nesse ponto existem dois tipos de pensamentos dependendo do grupo de pessoas envolvido nessa situação, alguns podem se animar e comprar um teste de gravidez prontamente para sanar logo as dúvidas e ter sua tão aguardada resposta positiva, mas a maior parcela dependendo de que ponto de sua vida recebeu essa informação, definitivamente irá rezar a toda e qualquer entidade possível implorando para ser alguma doença curável, mas definitivamente nunca uma gravidez pois isso seria quase que sua sentença final. Para alguns só mesmo cogitar essa ideia é suficiente para piorar em muitos níveis seus sintomas, quase como uma forma ativa do organismo tentar expulsar até mesmo seus órgãos, nesse momento o cérebro liga todas as sirenes vermelhas possíveis, um novo ser ali dentro não é bem vindo diante do pânico, e qualquer mínima mudança é considerada um invasor do pior tipo.

Uma verdadeira loucura eram os pensamentos da garota enquanto se olhava no espelho da universidade, apoiada com uma das mãos na pia, tentava lentamente esconder o rosto pálido e com olheiras escuras devido a pelo menos duas noites muito mal dormidas desde que descobriu que seu corpo não estava normal, não era o mesmo de todos os dias. Algo estava diferente. E nada tirava da sua cabeça a pior das hipóteses para si, porque no dia que acordou ao lado daquele australiano, e sem resquícios de camisinha nos lixos ao seu redor, porque sim, ela havia vasculhado sem vergonha ou nojo algum, ela preferia qualquer tipo de humilhação do que algo permanente em sua vida que traria críticas e julgamentos muito piores do que: você está mexendo no lixo? Aquilo não seria nada, perto da sua probabilidade de estar gestando uma criança. Tinha se afundado noites adentro pesquisando se aquilo poderia recair sobre uma mulher que tinha tido sua primeira vez sem proteção, e sim, poderia acontecer o que a assustava e ao mesmo tempo lhe fazia querer arrancar os cabelos porque não era justo, por que um deslize de ambos geraria tal situação com ela? Por que outras pessoas tinham sorte de saírem ilesas? Deveria ser um castigo, uma advertência cruel do universo lhe dizendo o porque ela não deveria tentar se encaixar em padrões, só por agradar outros.

── Ai que susto! ── Ouviu uma voz feminina na entrada do banheiro, seus olhos seguiram o trajeto pelo espelho mesmo.

── O que? ── Soou rude mesmo que sem pretensão, ou talvez sim, não estava em um bom dia isso era algo óbvio em sua expressão sombria.

── Nada desculpa, é que eu entrei e esperava sei lá alguém se maquiando e do nada me deparo com uma menina se fuzilando no espelho. Foi sabe… inesperado! ── Ryujin sentiu um toque suave em seu cotovelo, encarando Yeji atrás de si que lhe lançava um olhar do tipo: menos, garota, você está cruzando uma linha desconhecida! ── Olha é melhor eu ficar quieta e ir no banheiro logo, perdão.

── Mas… Você está bem? ── A Nishimura observou com cuidado o rosto da japonesa, parecia tão cansado, abatido.

── Isso te diz respeito? ── Novamente outra chicotada com a língua, Kazuha odiava estar sendo colocada em uma situação de exposição.

── Não, mas existem coisas que não precisam dizer respeito para questionarmos. Se uma pessoa não parece tão bem de saúde não faz mal algum perguntar se ela está bem ou não, ela tem o direito de escolher se vai responder ou não, contudo acho que deveria ser feito com um pouquinho mais de educação. ── A ruiva fechou sua expressão para algo mais sério. ── Especialmente nós, mulheres, deveríamos estar prontas para se ajudar e não viver em um clima de guerra, se não for nós se ajudando, quem será?

── Olha é só um momento ruim, ok? ── Virou um pouco mais o corpo, colando as costas na parede.

── Se precisar de algo, ou houver algo que eu puder ajudar estou a disposição. ── Não iria forçar mais a barra.

── Não acho que possa ajudar. ── Estava com vergonha e medo, não conhecia aquelas garotas, e se fossem fofoqueiras e espalhassem para todo o campus que havia uma possível nova grávida dessa vez no departamento de direito? Melhor viver sem se arriscar mais do que a última burrada que tinha feito e a deixaria nesse estado.

── Seu rosto não me é estranho. ── Falou Ryujin assim que saiu da cabine, indo lavar as mãos. ── Você não estava na minha festa?

Caralho como ela lembrava do seu rosto?

── Você chegou consideravelmente cedo, não tinha tanta gente naquela hora e você estava muito gata, então guardei seu rosto. ── Observou pelo reflexo do espelho Yeji revirando os olhos e logo em seguida sorrindo com a rosada lhe enviando uma tonelada de beijos no ar. ── Eu sou a Ryujin e aquela ruiva ali parecendo uma gatinha mimosa é a Yeji, podemos saber seu nome?

── Por que eu sinto que vocês vão ficar aqui até eu responder suas perguntas? ── Trocou olhares cansados com as duas que deram de ombros.

── Na verdade já estamos de saída, se você não quiser responder vamos ir embora. ── A de fios no tom rosa estava secando suas mãos naquele momento, como se aquela informação de fato não lhe interessasse tanto ao ponto dela insistir em algo.

── Ok, ok. Me chamo Kazuha, sou do departamento de direito. ── Se apresentou de acordo com todos os alertas que seu cérebro dava para ter cuidado.

── Prazer Kazuha, olha espero que seu dia melhore já que você disse que não estava muito bem. ── Sorriu tocando quase que imperceptivelmente em seu antebraço.

── Eu não sei, estou com tontura e enjôo. ── Soltou a informação, talvez precisasse desabafar com alguém urgentemente. E aquelas duas pessoas pareciam uma mistura de boa oportunidade com perigo, especialmente quando ambas travaram os pés no chão, ou até Yeji caminhar até a porta de entrada e a trancar atrás de si.

── Você não acha que…? ── Foi interrompida.

── Não sei, não fiz nenhum teste. Eu estava bêbada junto com um garoto que queria porque queria ficar comigo a algum tempo, eu aceitei, era minha primeira vez e eu não lembro de nada, só lembro que acordei no outro dia e entendi o que tinha acontecido. ── Passou a mão pela franja comprida, a jogando para trás em angústia. ── Eu vasculhei o lixo, não tinha nada, nenhum plástico que denunciasse uma possível camisinha.

── Porra, caralho! ── Ryujin exclamou. ── Mas na primeira vez?

── Pode acontecer. ── Yeji respondeu, respirando fundo. ── Olha vamos fazer assim eu vou sair e ir buscar um teste pra você não ter que fazer isso, podemos ir em algum outro lugar que for mais privado e você faz lá, o que acha?

── Tá… Tá bom. ── Sentiu-se ser abraçada pela coreana para sair dali, enquanto a mestiça de fios vermelhos saia em passos rápidos na frente delas.

Sua vida tinha virado de cabeça para baixo em questão de semanas, parecia que seu inferno pessoal nunca teria de fato fim.

Não estava satisfeito, tão pouco iria ficar diante de uma mensagem do namorado, céus, namorado? Ok, que se foda! Uma mensagem de Sunoo sem explicações sobre o que estava acontecendo. Era óbvio que ela não sabia mais como ser um bom garoto e seguir regras desde que havia tomado direção no assunto de tomar suas próprias decisões independente da validação alheia, e tenha santa paciência aquele era um caso complicado de simplesmente ir para casa, se sentar e fingir que nada estava acontecendo até sabe-se lá quando receberia outra mensagem, dessa vez talvez contendo alguma informação ou instrução sobre o que havia acontecido nesse meio tempo, era um pedido muito difícil para se fazer ao Park. Sentar e esperar. Não, definitivamente não, e era por esse motivo que tinha ido questionar aos vizinhos do Kim o que havia acontecido para a casa do garoto estar completamente trancada. E naquele momento teve certeza absoluta de que se sentiria horrível se tivesse ficado aguardando por algo do menor, porque sem sombra de dúvidas se havia algo que Sunoo precisava naquela hora era de alguém para o consolar, e Sunghoon queria ser essa pessoa.

Talvez, por um acaso, quase gerou um acidente enquanto tentava estacionar numa vaga próxima ao hospital, mas não era sua culpa se em situações de pressão seu cérebro travasse e ficasse com a capacidade máxima reduzida para 45% apenas, o que resultava em sua análise de distância ser literalmente uma bosta. Desde que o carro saísse inteiro, sabia que não receberia nenhuma bronca do progenitor por ter feito besteira ou algo do tipo. Desceu do carro e correu, depois de quase ser atropelado, ao menos já estava na entrada do hospital, e foi em direção a recepção onde se encontravam várias pessoas sentadas esperando serem atendidas e outras em uma fila para explicarem que tipo de emergência ou não era o caso delas, o fato é que Sunghoon sabia que não conseguiria nenhuma informação de Sunoo se simplesmente chegasse na moça e falasse seu nome sem ser um parente, por isso se localizou próximo a um vaso de palmeira quase morta já que fazia algum tempo que pelo visto não conhecia o que era um pouco de água, e discou o número do garoto. Foram incessantes dezoito ligações uma atrás da outra até que o Kim lhe atendesse, a voz era uma mistura de dor e raiva, óbvio, sabia que estava sendo chato mas precisava muito poder lhe dar um abraço forte e lhe garantir que estaria ali junto consigo independente do que, não teria paz se deixasse isso passar batido, especialmente agora.

── O que foi, Sunghoon? ── O mais novo questionou com a cabeça latejando.

── Em qual andar você está? Eu estou na recepção, quero subir. ── Foi direto ao ponto.

── Você o que? Como soube disso…? Olha, não deveria estar aqui, é melhor ir para casa e amanhã conversamos. ── Queria desligar, não sabia como iria aguentar mais uma pessoa ali.

── Não, eu não quero. Isso é injusto! Vovó tem um peso importante pra mim, é cruel da sua parte não me deixar ficar junto com vocês e esperar por notícias dos médicos. ── Não era mentira, estava ali também por tudo que aquela senhora significava em sua vida nos últimos tempos.

Um silêncio tomou conta da linha por alguns segundos que pareceram minutos, mas finalmente houve uma resposta.

── Terceiro andar. ── A ligação foi encerrada e finalmente ele poderia pedir aval para subir com as informações certas.

Quando seu corpo apontou na entrada do andar em questão, seus olhos pousaram nos do Kim, o único que estava acordado, sua irmã, Haerin estava adormecida provavelmente depois de tanto chorar e algum remédio calmante para não ter um treco enquanto esperava. Por outro lado o garoto ao seu lado estava com um semblante dolorido, de que estava guardando alguma coisa muito grande que lhe machucava horrores e ele não conseguia colocar para fora, foi isso que provavelmente motivou o Park a andar em passos mais largos até o outro e lhe puxar pelos ombros, o abraçando com força quase o fundindo em seu corpo. Ali estava outra situação que ele não fazia a menor ideia de como agir, porque não existem palavras que confortem corações machucados por conta da incerteza sobre o futuro de alguém, não há o que dizer que seja consolador o suficiente, o que é muito irônico porque até mesmo para um diagnóstico de doença que pode ser curado, existem milhões de frases que animam uma pessoa, mas diante da morte não existe nada que melhore o sentimento de quem vai partir e de quem vai ficar. Simplesmente é algo que em milhares de anos nunca foi desvendado como lidar, e provavelmente continuará assim para sempre. Mas algo que o garoto de fios platinados aprendeu é que definitivamente o corpo fala mais do que nossas palavras, a conversa que um abraço apertado pode transmitir é indescritível, simplesmente sem descrições verbais.

Foi assim naquele momento, eles se entenderam, compreenderam que compartilhavam sentimentos parecidos sobre aquilo tudo. Sunghoon ouviu um choro baixinho e junto destas lágrimas que molharam sua camiseta, não o julgou e não ficou como uma estátua sem sentimentos. Carinhosamente o conduziu para sentar no banco novamente, e enquanto acariciava suas costas lentamente implorava mentalmente que a avó de Sunoo melhorasse, voltasse para eles, porque eles não tinham estruturas suficientes para lidarem com isso, e o mais velho com toda certeza cuidaria dos dois por ela mas sabia que não seria o suficiente para tudo que eles precisariam ainda no futuro, especialmente Haerin. Seus olhos se fixaram no médico que veio andando na direção do trio, Sunoo não conseguia olhar e a Kim mais nova estava adormecida, então quem tratou de o encarar com seriedade foi o Park, que ouviu atentamente o outro começar uma das frases mais tranquilizadoras da sua vida depois de descobrir que seus sentimentos pelo Kim, não eram apenas uma estrada sem volta para a rejeição eminente.

── Boas notícias, não é algo grave, ela está se recuperando. ── Sunghoon sentiu o aperto do Kim ao redor de sua caixa torácica aumentar consideravelmente com aquela frase. ── Ela teve uma queda de pressão, felizmente conseguimos levantar.

── Isso deve ser brincadeira… ── Como uma pessoa pararia no hospital desmaiada apenas por uma queda de pressão? Para o Park não fazia o menor sentido.

── Não é, muitos se preocupam unicamente com pressão alta e um possível derrame, mas a pressão baixa é tão violenta quanto, causando um infarto se por um acaso elas se juntarem. A senhora Kim estava com a pressão 7/5, ou seja, quase que juntou por isso ela desmaiou. ── A explicação pareceu ser como um baque para os garotos. ── Pelo que seu neto, ou… Bem, seu companheiro aí disse ela tem costume de se exercitar durante a manhã, mas exercícios frenéticos sem um café da manhã reforçado especialmente em dias quentes são um prato cheio para episódios como esses, ela terá alta ainda hoje assim que estiver bem desperta, a levem para comer e cuidem para ela tomar café da manhã corretamente todos os dias, entenderam?

── Sim senhor… ── Sunghoon estava um tanto desnorteado com a enxurrada de informações, mas precisaria pensar nelas posteriormente, agora havia Sunoo aos prantos em seus braços. ── Ei, o que foi?

── É minha culpa, eu nunca dei muita bola para essa mania dela de não se alimentar de manhã cedo, quase que ela… ── Foi interrompido por dois beijos, um sobre cada pálpebra fechada, respirando surpreso.

── Não é sua culpa, você já sai apurado para a universidade então nem sempre tem tempo para cuidar minuciosamente dessas coisas. ── Tirou a franja dos olhos do garoto. ── Muitas vezes nem sabemos o quanto pequenas coisas podem causar problemas irreversíveis, todos nós somos assim, não sabemos de tudo. ── Beijou a testa do menor. ── Não se culpe, ela ficaria muito triste por causar esses sentimentos em você, pense no que pode fazer agora pra ajudar mais ela e por favor, lembre-se: eu te amo e vou estar a sua disposição sempre.


🏹,, Obrigada por ter chegado até aqui, espero que tenha gostado dessa atualização.
🏹,, Me deixe saber suas opiniões através dos comentários aqui ou na nossa hashtag: #FICPSL lhes aguardo lá.
🏹,, Até a próxima!

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