amore mio | twilight

By majestyas

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Roxanne não estava preparada para o que sua vida se tornou - ou melhor, sua morte. Ser transformada em vampir... More

AMORE MIO
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By majestyas

— Qual filme vamos assistir? — Questiono ao chegar na sala. Todos ainda estão se acomodando e Renesmee vem para os meus braços assim que eu desço o último degrau.

— Será que ela não se cansa de tentar chamar atenção? — Tanya resmunga para Kate, que não responde, só revira os olhos.

— Engraçado você perguntar isso — Carmen devolve sorrindo orgulhosa pela resposta genial.

Avaliando a situação dos lugares, vou até o meio da sala, a frente do sofá principal. Há alguns puffs no chão, então eu sento em um deles, acomodando Renesmee sentada em meu colo. Esme vem até nós, sorrindo gentil, nos cobrindo com um cobertor e indo se sentar ao lado de Carlisle. Demetri se senta no chão ao meu lado esquerdo e Emmett fica deitado no direito. Renesmee estende a mão para o tio, que imediatamente pega e sorri para a sobrinha, assentindo. Encaro a TV, focando nela e tentando abafar as conversas paralelas.

— É terror. "Nós", do Jordan Peele — Carlisle me responde.

— Terror? — Repito, tentando não soar muito desanimada. Com certeza não é meu gênero favorito.

— Eu já assisti — sorri Jacob, que está sentado com Seth ao lado em outros puffs perto — é muito bom.

— É mesmo — concorda o lobinho — gostaria de uma continuação.

Fico apreensiva logo na abertura, o que é idiotice, porque não acontece nada demais. Tento esconder minha covardia.

Aparentemente não escondo tão bem.

— Tudo bem, Roxy — Renesmee sussurra para mim. É claro que todos estão ouvindo, mas o que vale é a intenção. — Eu te protejo.

Sorrio com carinho para ela e encosto nossos narizes como minha mãe fazia comigo quando era criança. Isso faz Nes sorrir surpresa.

— Bem quando eu ia me oferecer — Demetri se intromete, sussurrando para nós.

— Você é muito lento — Renesmee retruca, o olhando com o mesmo olhar julgador da mãe.

— Ou você é muito rápida — devolve. Isso parece agradar a híbrida, que dá um pequeno sorriso convencido.

A garotinha principal está em uma sala de espelhos e o que deveria ser o reflexo dela, está de costas. Sinistro!

— Viu? É por isso que não pode sair de perto dos pais ou responsáveis — sussurro para Renesmee.

— Isso não acontece na vida real, Roxanne — ela revira, desdenhando da minha sabedoria.

— Vampiros também não deveriam existir na vida real, Renesmee — devolvo no mesmo tom. Isso a cala.

Voltamos nossa atenção a TV, onde adoráveis coelhos estão presos em gaiolas. Pobrezinhos. Espero que todos sejam adotados e recebam muito amor até o fim do filme. Mesmo que seja de terror, não vejo o por que fazer mal aos pobres coelhos.

Alguns minutos de filme e eu já adotei Gabe, o pai, como meu favorito. Ele só quer curtir as férias! E faz o melhor possível para lidar com o surto da esposa, Adelaide, sobre uma menina de sua infância a assombrar. Até tenta fazer piada, mas falha miseravelmente. Tão eu.

— Espero que eles não tenham pago a conta de luz — deixo escapar em um fio de voz após a luz da casa dos personagens apagar.

— Quais as chances, uh? — Brinca Garrett.

Enquanto a mãe segura as crianças com força, o pai — que desta vez eu não apoio sua decisão — decide enfrentar os estranhos.

— Eu não confio nela — Carmen comenta, observando Adelaide puxar os filhos para trás, enquanto o marido se arrasta no chão, a perna machucada.

— Eu também não — Bia concorda.

— Por quê? — Garrett encara elas confuso.

— Intuição — as duas respondem ao mesmo tempo e trocam um olhar cúmplice.

Mais cenas e me sinto mal pelas duas famílias. Claro, ser perseguido e ameaçado de morte é uma droga, mas viver como "os outros" viveram por anos é uma droga também.

— Viu? — Carmen aponta para a TV com satisfação. Adelaine mata uma das gêmeas sombras violentamente. Ela parece descontar toda sua raiva na coitada (não tão coitada).

— Ela só está tentando proteger sua família.  — Rosalie diz, sem dar muita importância.

— Claramente. Eu não a julgo. Só não confio nela — Carmen diz teimosamente, dando de ombros. Eleazar sorri olhando para ela.

— Ela parece bem a vontade com aquele taco — Bia continua após algum tempo, como quem não quer nada, mas quer sim.

— É questão de vida ou morte — defende Bella.

— E parece que ela não é exatamente estranha a isso — brasileiro observa.

— É, a primeira deve ter sido quando era criança com a "sombra" — Emmett opina.

— Sério? — Edward se vira irritado para Jacob.

— Sai da minha cabeça e não ganha spoilers — o moreno da de ombros.

Tampo os olhos de Renesmee em cada cena de assassinato, o que se torna bem frequente. Até eu fecho os olhos às vezes.

— Eu não poderia matar minha outra eu — comento — muito bonita, muito legal.

— Ela não hesitaria em matar você — Jasper retruca.

— Nem eu de vez em quando — zomba Tanya baixinho, mas claro que todos escutam. E ignoram, para sua infelicidade.

— Ah, mas vai que ela muda de ideia... — olho para Jasper com esperança.

— Não. Ela não mudaria — o loiro corta sem dó meu fio de esperança.

Doeu.

O filme continua e eu só desejo um final não tão triste. É pedir demais?

— Se um dia isso acontecer conosco, temos que matar os outros eus uns dos outros. É super triste matar a si mesmo. — Comento novamente.

— Eu acharia divertido — Emmett discorda. Esme a olha como se pensasse "onde eu errei na criação dele?".

— Ela está pensando isso mesmo — Edward diz me olhando. Há! Estou quase uma leitora de mentes — não é para tanto.

Muito maduramente, mostro a língua para ele, que faz careta e depois sorri. Sua atenção é desviada para Bella, que esbarra o braço no dele, apontando para a TV. Desvio a minha atenção para TV também.

— Cadê a mãe? — Garrett questiona, enquanto o menininho do filme recua, fazendo seu clone recuar até o fogo. O nomade está com olhos estreitados e seu tom é incisivo. Claramente está imerso no filme.

— De tocaia, com certeza — responde Kate — só esperando para pegar uma das crianças. Adelaide já deixou claro que faz qualquer coisa por elas.

— E como ela mesma falou, Red já tem tudo planejado e sabe exatamente o que fazer... — Concorda o crush não assumido dela.

— Como ela sabe para onde ir? — Emmett questiona, enquanto assistimos Adelaide descer cada vez mais e entrar em portas que não deveriam ser abertas. Não é nada como casas mal assombradas, mas locais comuns, que sob a visão do filme, parecem assustadores.

Finalmente ela chega a algum lugar. O lugar, aparentemente. Ela localiza Red e Red desata a falar, como uma vilã que se preze.

Paraliso chocada enquanto assisto a cena.

Quero seriamente chorar.

— Ah, não — fecho os olhos para a imagem dos coelhos sendo comidos crus.

— É bem esperto ser coelhos. Reprodução rápida e numerosa — Eleazar comenta, analítico.

— Pobrezinhos — murmuro sob a respiração.

— Te compro um depois — Seth diz. Abro os olhos e o encaro com incredulidade.

— Para eu lembrar disso? Não, obrigada — volto meu olhar para o filme, onde está tudo tenso demais.

Se eu fosse humana, meu coração estaria correndo para fora dessa sala agora, de tão rápido que estaria batendo. Esse pensamento faz eu me sentir triste, por mais bobo que seja. Sinto falta da vida humana. Até mesmo de sentir medo de um jeito completo. Mãos suando, coração disparado, dor de barriga e pular de susto com qualquer coisa.

Sinto uma mudança brusca, uma sensação de interesse pelo filme. Com isso, a tristeza fica de lado.

Obrigada, Jasper.

Enfim, no fim Adelaide se revela parte do mundo subterrâneo. Ela nasceu e cresceu lá, sendo sombra da Red. Quando elas se encontraram, ela sequestrou, prendeu e assumiu seu lugar.

— Oh, meu Deus! — Exclamo, chocada. Essa mulher causou tudo isso! Só porque não levou a Adelaine verdadeira com ela! Só porque roubou o lugar dela!

— Eu disse! — Carmen e Bia começam a gritar ao mesmo tempo, vitoriosas.

— Que maneiro — comenta Renesmee, observando a corrente humana feita pelos "sombras" ao redor do mundo.

— Imagina o mundo depois disso... — Comenta Kate, pensativa.

— Será que eles continuaram matando? Ou depois da morte de Red ficaram só fazendo a corrente? — Seth questiona, ansioso para conversar sobre.

— Eu acho que mataram — Bia opina — principalmente os que ameaçarem a corrente.

— Primeiro eu achei que só poderia existir um deles — comento — mas depois do que a Red falou, talvez eles pudessem coexistir juntos. Ela e Adelaide poderiam ter se acertado no fim.

— Elas nunca se acertariam — Tanya rebate — Adelaide tomou uma decisão e todo o resto foi consequência disso.

— Ela era só uma criança torturada — Esme defende.

— É, e então se tornaram duas crianças torturadas — Tanya retruca, sarcástica.

— Mas se elas não tivessem trocado de lugar, Red nunca teria libertado os outros. Red não existiria. A falsa Adelaine não conseguiria fazer o que ela fez — Mateus expõe sua linha de raciocínio.

— Por que não? — Tanya insiste. — Se ela foi forte o suficiente para trocar de lugar, por que não seria o suficiente para começar uma revolta?

— Porque o que tornou Red diferente e escolhida pelos outros foi a personalidade que cultivou antes de ser presa naquele lugar — Edgar defende a tese do parceiro.

— Não. Foi aquela dança bizarra. Foi ali que viram que ela era diferente — Emmett diz.

— Então não faz muito sentido — Seth dá de ombros.

Não estou afim de me engajar na conversa, então apenas faço carinho no cabelo de Renesmee, inalando seu doce perfume...

Minha visão se borra em vermelho de repente. Estou com fome.

trailer do filme "Nós" (Us):

revi ele só pra escrever o capítulo (oq foi muito bom pois estava com saudade). vocês já assistiram? (se não, desculpa pelos spoilers)

tanya fazendo o papel de irina já que a loirinha foi de base

eu VIVO pelo o amor que existe entre roxy e nes 🥰

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