Don't let me go • Harry Styles

Von readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... Mehr

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

56 | This is love

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Von readpagess

ELISABETH

Eu estava com raiva, extremamente brava, um pouco de tristeza se acumulava também.

Entrei no último quarto de hóspedes, bem longe do nosso quarto, eu estava me sentindo enganada de novo, Camile devia estar rindo da minha cara esse tempo inteiro.

Eu esperei o tempo dele para me contar, e eu não pensei que fosse algo daquele tipo, ainda se encontrava com outra enquanto dizia que jamais faria aquilo, comecei a pensar se ele mentiu outras vezes também. Eu não podia ficar brava pelos dois meses, de fato não estávamos juntos, era uma época em que estávamos tentando nos dar bem, a pior coisa foi a mentira, eu odiava quando mentiam para mim, durante um ano eu fiquei pensando que fosse qualquer outra coisa, menos que a Camile soubesse antes de mim mesma sobre o que era o contrato, e aquilo me fazia ferver de raiva.

Era óbvio que eu não tomaria nenhuma decisão precipitada, quando eu ficava com raiva eu costumava me afastar, e se decidisse qualquer coisa, seria para sempre, mesmo que eu soubesse que não era o melhor caminho, foi o motivo de eu ter saído do quarto.

Eu adormeci, sem cobertas ou travesseiros, meu corpo estava dolorido quando eu acordei, não fazia a mínima ideia das horas, meu celular não estava comigo, foi quando lembrei que ainda estava no quarto. Com passos leves pelo corredor, abri a porta entre aberta e entrei, tudo em silêncio, ele não estava no quarto, então peguei meu celular o mais rápido possível e desci.

Eu pensei que não fosse vê-lo durante o dia, talvez quisesse fugir para o estúdio e me deixar sozinha, mas lá estava ele, com um prato de panquecas a sua frente, comendo com a cara fechada, me lançando um olhar breve quando percebeu minha presença.

Eu não peguei nenhuma panqueca, não queria falar sobre aquele assunto, eu ainda estava pensando a respeito de tudo aquilo, então, ovos mexidos pareciam uma boa ideia, com uma quantidade considerável de queijo, e eu não precisava me virar para conseguir ver, sabia que estava me observando silenciosamente, e quando apoiei meu prato na bancada, não muito próxima, mas não tão longe dele, me lançou um olhar, e murmurou um "bom dia" desanimado, era um teste apenas para tentar tirar alguma palavra de mim, e eu queria não responder, mas eu era educada o suficiente para dizer "bom dia" com a voz firme.

- Vai fazer o que hoje? - Ele perguntou quando terminei de comer, lancei um olhar para ele.

- Trabalhar. - Ele franziu o cenho.

- Mas é domingo. - Levei meu prato até a pia.

- Não importa, eu quero, então eu vou fazer. - Limpei minhas mãos com um pano de prato. - Mas eu não sei, talvez a Camile não trabalhe hoje. - Eu estava provocando, não ligava inteiramente para ela, não quando eu sabia que era impossível eles terem tido contato durante o nosso relacionamento, pelo menos até ali.

- Elisabeth, por favor. - Ele largou os talheres, e eles fizeram um barulho contra a louça do prato.

Eu não respondi, mas ele ficou me observando sair da cozinha, e eu pensei mesmo que fosse tentar ir atrás de mim, mas assim como eu, ele também estava tentando evitar qualquer coisa que pudesse gerar uma discussão, então ele não foi, e eu fiquei sozinha no meu escritório.

Por um bom tempo eu fiquei olhando para os papéis sem entender uma palavra do que eu lia, porque os meus pensamentos estavam em outro lugar, bem longe dali, delirando e pensando em possibilidades, e quando eu estava finalmente determinada a me concentrar, eu escutei batidas na porta.

- Elisa. - Meu irmão falou do outro lado, abrindo a porta devagar, e eu abri um sorriso. - Qual a boa? - Ele falou sarcástico.

- Pensei que tivesse dito que não ia poder vir. - Ele deu de ombros.

- Eu estava meio acupado, mas eu tenho algumas horas. - Ele olhou ao redor. - Casa legal. - Assenti.

- É, bem legal. - Eu ri baixo e ele franziu o cenho.

- O que aconteceu?
- Nada.
- Mentirosa. - Ele semicerrou os olhos. - Está diferente.

- Não estou não, é só impressão sua. - Eu sorri, tentando disfarçar.

- Brigou com ele, não foi? - Minha cara surpresa fez ele rir. - Ele me recebeu com uma cara de quem não dormiu direito, e nem me trouxe até aqui, só me disse o caminho, não é tão difícil perceber. - Dylan sentou na cadeira a minha frente. - Vamos lá Elisa, conte ao seu irmão, eu já sou bem experiente em relacionamentos, não tem nada que eu não saiba.

Eu ri, era verdade, os relacionamentos dele eram sempre diferentes um do outro, e já estava há muito tempo casado com a Suzan, desde os vinte e um, o que foi bem cedo e surpreendente para todos nós, mas cinco anos depois eles ainda estavam juntos.

- É complicado, para te explicar eu teria que contar primeiro uma coisa que quase ninguém sabe. - Eu falei a primeira parte mais baixa, e ele fez uma careta de desdém.

- Nada mais me impressiona, acredite.

E então eu contei, desde o começo, desde o contrato, e a boca aberta dele só me mostrava que sim, ele ainda podia se impressionar, parecia totalmente chocado com os acontecimentos.

Detalhe por detalhe, e a cada palavra ele fazia uma expressão diferente, dizendo "o que?!" Euforicamente, e eu ria, porque era melhor que chorar, e sinceramente, eu já estava cansada de chorar.

E eu contei sobre a briga da noite anterior, ele escutou com atenção depois de ter absorvido tudo sobre o meu último ano.

Caótico.

- Isso não tem nada a ver com a tal da Camile ou com o Harry não é? - Ele estava com o cotovelo apoiado na mesa, enquanto a mão apoiava o rosto. - Ficou chateada porque já estava apaixonada nesse tempo que eles ficaram juntos.

- Pode ser, de certa forma. - Pensei um pouco. - Mas ele mentiu, e eu odeio isso, mais do que tudo.

- Eu sei. - Ele suspirou, ficando com a postura ereta novamente. - Mas acho que ele merece ser escutado, não dá para anular tudo o que ele fez até agora, Elisa, se esse cara não gostasse de você, não teria feito o que fez dois meses atrás, não é qualquer um que se põe a frente do perigo por outra pessoa. - Eu assenti.

- Eu sei, quer dizer, eu não vou surtar e terminar com ele só por isso, mas eu estou mesmo chateada e irritada. - Dylan deu uma risada nasal.

E nós ficamos conversando por longos minutos sobre os acontecimentos da festa de aniversário do Theo, e ele sabia muito bem expressar a raiva pelo nosso ex cunhado.

Quando descemos, não vimos Harry em lugar nenhum, nem mesmo quando apresentei a casa para o meu irmão, e nem depois que ele resolveu ir para casa, talvez precisasse de um tempo.

Abri a porta dos fundos, e de longe vi um pontinho branco se mexendo, caminhei até lá, era o único lugar que eu e Dylan não havíamos ido visitar.

Eu estava a poucos metros de distância, a regata branca que estava usando era a explicação para o vulto claro que eu vi de longe.

Cheguei mais perto, estava simplesmente plantando uma flor no chão do jardim, e quando me viu, me lançou um meio sorriso.

- Seu irmão já foi? - Assenti, devagar. - E como ele está?

- Muito bem. - Ele assentiu novamente, apertando a terra ao redor da planta. - Quando virou jardineiro? - Naquele momento ele riu de verdade.

- Não tinha um vaso para essa, então pensei em plantar aqui mesmo. - A flor não era grande, fácil de plantar, e eu fiquei observando ele por um tempo. - E já terminou suas coisas? - Assenti novamente. - Como foi?

- Eu não consegui prestar muito atenção, na verdade, e o Dylan chegou em seguida. - Ele apenas levantou as sobrancelhas em resposta, levantando em seguida, analisando o próprio trabalho.

- Já comeu guacamole? - Franzi o cenho, a pergunta repentina dele me fez ficar um pouco surpresa.

- Na verdade, nunca. - Eu não lembrava de ter comido, então disse que não.

- Quer comer? - Ele me lançou um olhar. - Podemos fazer hoje para o jantar, assistir algum filme, talvez. - Ele deu de ombros, estava mesmo tentando. - Sabe, coisa de domingo.

- Parece legal. - Nós sorrimos sutilmente um para o outro.

* * *

O clima ainda era tenso, nós dois sentíamos, mas preparamos o jantar em silêncio, a únicas coisas eram instruções do que eu deveria fazer, apenas.

- Pegue aquela vasilha menor. - Ele disse por último, e eu peguei para ele.

Fiquei com o corpo encostado na bancada, observando o que ele fazia, já que parecia não querer nenhum tipo de ajuda para preparar as coisas, e então eu tomei como um sinal para arrumar a mesa, eu não tinha nada melhor para fazer.

E então, quando tudo ficou pronto, nós sentamos quase um ao lado do outro, eu percebi as tortilha e torradas prontas na mesa, ele não gostava do cheiro do salgado que era geralmente usado.

- Então. - Ele começou, enfiando uma mini torrada inteira na boca. - Dylan está bem? A respeito daquele assunto?

- Sim. - Ele já havia perguntado do meu irmão, a questão repetida só mostrava o quanto estava inquieto.

- E quando a Chloe? - Ele ficou me observando por um tempo.

- Não sei, estou dando um tempo para ela. - Suspiramos juntos.

Era nítido que nenhum de nós sabia como começar aquele assunto da noite passada, na verdade, nenhum de nós queria ser o primeiro.

- Haz. - Suspirei, e ele cravou os olhos em mim, sabendo o que viria a seguir. - Estou disposta a deixar aquele assunto para trás, mas eu vou perguntar uma última vez, tem mais alguma coisa que eu deva saber?

- Tem. - Eu entrei em desespero por dentro, ele estava sério. - Na semana passada, quando você não encontrava o seu carregador, foi porque eu peguei e levei para o estúdio. - Encarei, sem entender. - E quando achou que tinha perdido e eu concordei, só estava fingindo para me safar e colocar no lugar depois. - Ele abriu um sorriso, e eu o encarei séria, balançando a cabeça em negação.

- Não consegue falar sério nem por um minuto, não é? - Ele negou e comeu mais uma torrada.

- Não. - Ele sorriu, e eu também. - Desculpe, eu não pensei que importasse, aquela altura não parecia valer a pena trazer o assunto a tona novamente. - Eu assenti.

- Tudo bem. - Ele negou com a cabeça e permaneceu me observando. - O que foi?

- Eu não mereço você, Liz. - Ele ficou me observando com atenção. - Tudo o que você diz é "tudo bem" depois de eu ter mentido para você por um ano, e eu sabia que havia pedido, que não gosta que mintam para você, e o fato de você me tratar bem depois de tudo isso, só me faz sentir mais idiota ainda.

- Se o nosso relacionamento ficar girando em torno disso, nunca vamos ter paz, então essa é a hora de resolver. - Eu sempre impus a minha opinião muito bem, e ele sempre escutava, era um bom ponto para um casal jovem.

Eu nunca fui do tipo que joga na cara, eu esquecia, sempre, ocasionalmente lembrava e ficava com raiva de certas coisas, mas jamais demonstrava ou comentava sobre assuntos que eu sabia que não nos trariam nada de bom.

- Então nós não vamos mais falar sobre isso. - Eu assenti, apesar de uma parte do meu cérebro gritar coisas.

- Mas já é a segunda vez que acontece, se acontecer uma terceira vez, Harry, não vai dar certo, e sabe que eu sempre cumpro com a minha palavra. - Ele assentiu, o semblante preocupado apareceu.

- E a sua palavra é que...?
- Nós vamos terminar se acontecer de novo. - Ele assentiu, com os olhos um pouco mais abertos.

Eu não sabia se realmente terminaria, mas falar aquilo pareceu o suficiente para assusta-lo, então eu apenas segui o roteiro, rindo por dentro, eu tinha pena também, ele lavou toda a louça depois daquilo, buscou um cobertor fino para me cobrir e até me deixou escolher o filme, parecia que a chantagem estava funcionando muito bem ao meu favor.

* * *

- Bom dia, docinho. - Senti ele beijar meu nariz levemente, depois minha bochecha. - Vai se atrasar se não acordar. - E eu ainda mantinha os olhos fechados.

- Cinco minutos, eu prometo. - Ele riu levemente, e eu virei meu corpo para o outro lado.

- Liz, você nunca fica só cinco minutos. - Senti o peso do corpo dele sobre o meu, estava inclinado para conseguir ver meu rosto. - Vamos nos atrasar e você vai dizer "por que você me deixou dormir tanto?" - Ele fez uma voz fina demais, me imitando, e eu abri os olhos imediatamente.

- E você por acaso já está pronto? - Virei meu corpo de novamente, o observando por cima das cobertas, ele já estava pronto. - Que horas são?

- Quase nove. - Ele disse calmamente.

- Harry. - Levantei e joguei um travesseiro nele. - Por que você me deixou dormir tanto? - Ele riu alto, enquanto eu corria para o banheiro.

- Eu sabia que ia dizer isso. - Ele finalmente levantou da cama, me seguindo até o banheiro. - Para a sua informação, é a terceira vez que tento te acordar. - Cuspi a pasta de dente.

- É, e você disse "vamos nos atrasar" e não que já estávamos atrasados. - O empurrei de dentro do banheiro, precisava de privacidade.

Eu tentei correr contra o tempo que eu não tinha, enquanto ele ficava cantarolando no quarto e mexendo no celular, rindo da minha situação, e eu não podia reclamar porque sabia que estava errada.

Eu fiquei o caminho inteiro contando para ele sobre a reunião que eu ia ter, ele só concordava porque não tinha que correr para o compromisso, ele tinha um tempo que eu não tinha, e aquilo me fazia falar tudo muito rápido.

Eu ia descer do carro, até ele beliscar meu braço.

- Ei! - Ele chamou minha atenção, e eu virei para ele quando senti meu braço arder levemente. - Eu não ganho um beijinho? - Ele fez um biquinho com a boca, exageradamente grande, eu ri e o beijei em seguida. - Não fique nervosa, acidentes acontecem, sua reunião vai ser ótima. - Ele me beijou novamente. - Até mais tarde.

- Até mais tarde, obrigada. - Eu beijei a bochecha dele e sai do carro.

- Liz. - Ele me chamou de novo, e eu virei rapidamente, já longe do carro e ele estava inclinado para conseguir me ver pela janela. - Sua bolsa. - Eu corri novamente até o carro e a peguei.

- Obrigada, tchau. - Eu corri novamente, e eu não precisava ver para saber que estava rindo.

Eu corri como nunca para dentro do prédio, quarenta e cinco minutos atrasada, ninguém deixa a Dior esperando, pelo visto eu era a primeira.

Eu estava no corredor, e parei na frente da porta do Bob, respirando fundo antes de entrar, eu estava literalmente correndo, abri em seguida, sabendo que ele me daria um sermão.

- Sua...sua garota. - Ele disse aquilo para não dizer outra coisa. - Será que você enlouqueceu? Eu te liguei cinco vezes, cinco. - Ele estava com a mão aberta, mostrando o número de vezes que me ligou.

- O Harry, ele não... - Bob me lançou um olhar feio, uma das sobrancelhas arqueadas. - Eu não acordei. - Admiti.

- Exatamente, você não é desse mundo, sabe quem deixa a Dior esperando? Ninguém. - Ele estava mesmo muito bravo. - Para a sua sorte, eles ainda estão aqui, vamos logo, antes que eu mesmo cancele tudo isso e te deixe de castigo. - Eu segurei o riso, ele realmente falava como se fosse um pai.

Nós caminhamos até a sala de reunião, e ele permanecia me dando lições sobre acordar no horário e sobre compromissos, sempre fazia aquilo, mas paramos na frente da porta, ele simplesmente virou outra pessoa, e eu não estava surpresa, era preciso ser atriz na frente daquelas pessoas.

E então entramos, recebidos com sorrisos por alguns e com caras fechadas por outros, mas não importava, estávamos ali e ponto.

Eles me mostraram todo o projeto, pensei que os slides deles não fossem mais acabar e eu não sabia de onde vinham tantas palavras.

- Se preferir que seja em Londres. - Um deles disse, pelo fato de eu morar mais lá do em Los Angeles. - Nós vamos fazer vídeos promocionais, todos em estúdios. - Eu assentia a cada palavra.

- Aceitaria cortar o cabelo? - Um deles perguntou, e pela ousadia e o modo de se portar, eu apostava que era um estilista.

- Cortar? - Ele assentiu. - Quanto? - Ele levou as mãos até a altura do ombro, e eu abri um pouco mais os olhos.

Meu cabelo era comprido desde sempre, e eu tinha muitos fios, eram grossos e eu adorava cuidar deles, não deixava chegar até a cintura porque não queria, se quisesse já teria passado, loiros escuros, eu tinha um cabeleireiro que adorava falar "o seu é loiro tipo seis, é mais que certo" era aquilo toda vez.

A questão é que eu era apegada ao meu cabelo, nunca havia experimentado algo tão grandioso nele, e o fato de ser comprido me dava muitas possibilidades para penteados, eu nunca pensaria em cortá-lo.

- Não precisa responder agora, é só uma ideia que estamos tendo. - Ele disse assim que percebeu que não iria obter uma resposta concreta.

Eu assenti no mesmo momento, Bob me deixou tranquila sobre o contrato, era seguro assinar, eles iriam lançar as novidades no começo do outro ano, mas era algo a se trabalhar rápido.

* * *

Eu estava em casa depois de um dia longo, não sabia o dia exato que voltaríamos para Londres, e Harry não havia conseguido ir me buscar, então Bob fez o favor de me levar para casa.

Foi a primeira vez no dia que eu olhei para o meu celular, e fiquei alguns minutos conversando com a minha irmã por chamada, até sentir o cansaço e resolver tomar banho, e finalmente deitar.

Eu não dormi, não ia conseguir até escutar o barulho da porta e ver Harry cruzando ela, eu tentava ficar tranquila, mas ainda não parecia suficiente.

E então, depois de mais de meia hora, escutei passos vindos das escadas e meu coração acelerou, era claro que era ele, mas e se não fosse?

Felizmente era ele, com o cenho franzido, era mesmo estranho eu estar deitada as nove da noite.

Harry se aproximou de mim, e me observou com atenção.

- Parece que seu dia foi bem corrido. - Eu abri um sorriso e concordei silenciosamente. - Por que não dormiu?

- Estava te esperando. - Ele assentiu, compreensível, sabia que, na verdade, eu não gostava de dormir antes de ele chegar, só para ter certeza que estava ali.

- Pode dormir agora. - Ele passou o dedo indicador pela minha bochecha. - Eu vou tomar banho.

Eu assenti novamente, e me virei na cama, fechando os olhos, meu corpo parecia agradecer por tudo aquilo, e eu suspirei na cama quente, mesmo que não estivesse frio, eu ainda amava os meus cobertores.

Senti o vento mínimo quando os cobertores levantaram novamente, ele estava deitando ao meu lado, fazia aquilo sempre, mesmo que não quisesse dormir tão cedo, e eu já estava cansada de insistir que não precisava.

Me virei para ele e sorri, óculos nos olhos e um livro a sua frente, era engraçado vê-lo daquela maneira, tão concentrado e tão diferente.

- Você tem o direito de errar. - Ele virou o rosto, não havia entendido, eu estava mais pensando alto do que falando com ele, já que mesmo que tivéssemos nos resolvido sobre a briga, o clima tenso ainda pairava sobre nós. - Eu disse que terminaria com você se fizesse algo errado de novo, e não é justo, eu vou errar também e aposto que não vai recorrer a isso. - Dei de ombros. - Eu acho que nós deveríamos tentar entender o outro antes dessas discussões, por que, bom...entender é amar não é? Dar uma chance, eu não me importo que erre, desde que se arrependa, e eu entendo que sua intenção não era me magoar. - Ele tinha um sorriso grandiosos no rosto.

Tirou os óculos e os apoiou em cima do livro quando deixou as coisas na mesinha ao lado da cama, e deitou perto de mim.

- Eu nunca quis te magoar. - Eu assenti, sabia que seria a última intenção dele. - E eu entendo que tenha ficado brava, não foi legal, eu sabia desde o começo que não gosta de mentiras, então eu errei, e assumo isso. - Eu assenti novamente, e sorrimos um para o outro. - Me desculpe por isso.

- Desculpo. - Encostei os lábios na ponta do nariz dele, e Harry riu do meu gesto. - Eu perdoo qualquer coisa, mas se me trair...Harry, eu juro que você pode encomendar sua lápide antes mesmo que eu saiba. - Nós rimos juntos, era piada para nós, sabíamos que jamais faríamos aquilo um com o outro.

- "Aqui jaz Harry Styles, morto por um golpe de salto na cabeça". - E nós rimos novamente.

- Pode ter certeza. - Bati no ombro dele. - O que você fez hoje?

- Resolvi algumas coisas chatas. - Ele revirou os olhos. - Nem tudo é música, não é?

- Nem tudo. - Eu olhei para cima, e de repente sorri sozinha, senti que estávamos voltando ao normal. - Eu estava pensando esses dias, e se eu fizesse um piercing no umbigo?

- Han? - Ele franziu o nariz, e eu ri porque a careta era engraçada.

- É, bem aqui, olha. - Levantei a blusa e indiquei o lugar com o dedo. - Eu acho bonito, talvez eu faça. - E ele continuou me observando. - O que foi?

- Não faça isso, é sério, não vou conseguir controlar minha mente. - Eu ri alto e bati no ombro dele em seguida.

- Que nojento. - Neguei com a cabeça.
- Você é nojenta. - Semicerrei os olhos.
- Você. - Me defendi.
- Você. - Ele disse novamente, me empurrando de lado.
- Não sou nojenta. - Belisquei o braço dele.
- É sim. - Ele me beijou rápido e mordeu meu lábio inferior, mas não soltou como nas outras vezes.

- Solta. - Falei com dificuldade e ele negou com a cabeça. - Harry, solta. - Ele negou novamente e eu semicerrei os olhos. Deslizei minha mão até a axila dele e comecei a fazer cócegas, não demorou para começar a rir e tentar me afastar, era uma boa tortura.

- Por favor. - Ele disse em meio a risos. - Eu não mordo mais, eu juro. - E então eu parei, e deitei novamente.

Minha paz não durou muito, ele foi para em cima de mim e pegou um dos meus braços, olhando para mim enquanto posicionava os dentes no meu braço, segurando meu pulso para que eu não tentasse tirar o braço dali.

- Harry. - O repreendi, e ele colocou mais força mordida, não estava doendo, mas eu sentia todos os dentes dele no meu braço. - Não faça isso. - Um pouco mais de força, ainda não sentia dor, e eu sabia que não me machucaria.

Ele era implicante quando queria, parou de tentar me morder e deixou um beijo onde a marca dos dentes estavam, e depois literalmente deitou em cima de mim.

Estávamos apenas respirando, eu tinha a cabeça encostada na testa dele, e estávamos nos abraçando da forma que podíamos.

Não precisávamos dizer nada para sabermos que estávamos bem, e aquilo era paz, entendimento um com o outro.

Aquilo era amor.

________________________

Encerrando mais uma semana com capítulo quentinho. Amo cada um de vocês. M 💖

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