As Crônicas de Zesrhirya: Gue...

De ArielLima606

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Zesrhirya está em guerra! Mais uma vez o mundo se vê numa guerra, como as anteriores, o futuro do mundo está... Mais

TRAILER
Mapa de Zesthirya
Prólogo
As chamas da guerra
Marcas da guerra
Falsas promeças
Destino sombrio
Infiltração - Parte I
Infiltração - Parte II
A batalha de Murien - Parte I
A batalha de Murien - Parte II
A batalha de Murien - Parte III
Arrependimento
O primeiro passo
Julgamento por combate - Parte I
Julgamento por combate - Parte II
"Ofereça-me seu coração"
De volta a Balor
Catarse
A batalha em Argos - Parte I
A batalha em Argos - Parte II
A batalha em Argos - Parte III
Herança. Sina e destino
O Fim - Parte I: Na palma do destino
O Fim - Parte II: Obrigado/ adeus

O cortar dos cordões

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De ArielLima606

14 de maio de 849 da 10° Era do mundo – Murien


[Abertura]

— É ali — falei apontando para central de energia de Murien. Eu, Clarys, e os outros de seu grupo estavam sobre um prédio não muito longe da central de energia. Eram pouco mais de duas da madrugada, a festa já havia acabado e a cidade estava um pouco mais calma. Com o inicio da guerra, Murien se tornou uma base para o exercito, e por isso haviam poucos civis ainda morando aqui; apenas alguns comerciantes e os membros do exercito. E como os demônios são muito semelhantes aos humanos fisicamente, as duas raças ficam quase indistinguível. Antes de chegarmos aqui, passamos na armaria da cidade, onde peguei uma espada para mim; o Celestial disse que não precisava. Um rifle de precisão para a Sniper, e uma lança para aquele lanceiro.

— Não achei que fosse tão grande... — disse Clarys impressionada. Sim, a central de energia de Murien é uma enorme torre, com pouco mais de vinte metros de circunferência, trinta e dois metros de altura, além de um enorme muro com uma área de mais ou menos cinquenta metros. Lotada até o talo de guardas e sensores de mana.

— Eu vou primeiro e desligo e sistema de segurança. Não precisamos chamar atenção — voltei a falar.

— Eu vou com ele — o Celestial de nome Kaizan falou. Ele, assim como eu, usava uma espada como arma. Acho que já o enfrentei no passado.

— Certo — respondi.

— Darei cobertura — a Sniper de nome Annie falou enquanto posicionava o rifle do para peito do prédio. Acenei para ela em confirmação, que acenou de volta.

Olhei para o Celestial e saltamos do prédio, que não era muito grande; três andares. Eu e o Celestial então começamos a andar em direção ao portão de entrada da central de energia.

A torre ficava um pouco afastada do resto da cidade, com uns cem metros entre ela e o prédio mais próximo, que é o que eu e o Celestial estávamos momentos atrás.

Eu de repente parei fazendo o Celestial parar também. — O que foi? — ele perguntou tentando não chamar atenção.

— Aquele cara. O de armadura roxa, Melaphir. Ele me odeia e pode suspeitar de algo — falei. — Ele é um dos nove cavaleiros demônios mais fortes.

— E sou um Celestial. Podemos com ele. Agora vamos continuar — ele disse sem hesitar. Ao contrario do Celestial, eu conheço a força do cavaleiro roxo, e posso dizer com segurança que não faço ideia de qual de nós venceria em uma luta seria. Bem, acho que estou perto de descobrir...

Passamos facilmente pelo portão de entrada. Só de me ver, os guardas cegamente me deixaram entrar, o problema é Melaphir alguns metros à frente. Ele está posicionado a noroeste de nós com uns trinta metros entre a gente, e para facilitar, ele está de costas para nós. — Entramos — falei pelo comunicador.

Eu e o Celestial continuamos andando até que finalmente passamos por Melaphir, que não nos viu. Olhei para Kaizan ao meu lado direito e sorri aliviado, ele fez o mesmo. — É você Adam?! — ouvi a voz dele soar atrás de mim. O guarda deve ter me visto e comentado algo. Olhei para o Celestial que acenou para mim.

— Ah, olá! — falei o mais amistosamente possível enquanto me virava em direção a ele. — O que faz aqui? — perguntei.

— Eu quem deveria lhe perguntar isso — ele disse cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha. — O que faz aqui?

— Eu vim entregar uns chips de transmissão que sem querer deixei cair hoje mais cedo quando fui busca-los com Amélia — respondi. De fato eu vim aqui mais cedo com Amélia para entregar os chips.

— Entendo. Mas não precisava vir pessoalmente traze-los. Lilith senti sua falta — ele pareceu meio bravo nesta última parte.

— O-Obrigado por avisar — falei meio se graça. — Bem, vou indo então. Vejo você depois — falei dando-lhe as costas. Eu e Kaizan caminhamos por uns três metros até que a voz de Melaphir soou mais uma vez atrás de nós.

— Espere! Quem é esse?

— Um novo recruta — respondi me virando para ele mais uma vez. Melaphir se aproximou de Kaizan e olhou de cima a baixo analisando-o.

— Espere, eu conheço você... — ele disse pensativamente.

— Acho improvável senhor... — Kaizan respondeu. — Sou novo aqui.

— Não... eu realmente sinto que lhe conheç... — ele parou de falar e arregalou os olhos em surpresa. — Um Celestial! — rapidamente desembainhei minha espada que estava em minhas costas e desferi um golpe diagonal contra ele, que colocou os braços na frente do corpo. O impacto o lançou alguns metros para trás.

— Mudança de planos, invadam! — gritei. — olhei para Kaizan; sua mãos brilhavam em um dourado intenso enquanto uma espada de materializava em suas mãos. Era dourada e media uns 1,50 com cabo e lâmina juntos.

— Maldito... — ouvi Melaphir amaldiçoar. — Soem o alarme! — ele gritou.

— Eu cuido dele — falei ao Celestial. — Vai até o painel geral de energia. Ele fica no oitavo andar, segunda porta a esquerda — ele olhou para mim com a testa franzida. — Não fique aí me olhando! Vai logo! — ele acenou e correu em direção à torre. Eu o observei enquanto ele corria até finalmente entrar na torre.

— Seu desgraçado maldito! — ouvi a voz de Melaphir e me virei em sua direção. — Traidor miserável! Eu sempre soube que era um erro mantê-lo vivo — ele desembainhou sua espada e assumiu uma posição ofensiva.

— Você não entenderia mesmo se eu explicasse. Você sempre foi o cachorrinho dela, sempre a seguindo onde quer que ela vá. Eu por outro lado era apenas uma marionete, mas agora que cortei minhas cordas... prepare-se! — assumi uma posição ofensiva enquanto encarava o cavaleiro roxo.

— Vamos ver do que você é feito! — ele pronunciou suas últimas palavras. Um vento frio soprou entre nós. Nós então avançamos ferozmente deixando uma pequena cratera onde antes estávamos. O choque de nossas lâminas reverberou pela área fazendo a poeira subir.

——§——

— São duas da manhã... onde ele está? — murmurei impaciente deitada na cama na qual eu durmo com Adam. Ele vem agindo estranhamente desde que refis seu selo, me pergunto se ele se lembrou de alguma coisa... não. Isso não é possível! Para recuperar suas memórias, e quebrar o selo e precisaria de um momento de catarse muito forte.

Meu celular então começou a tocar. Eu preguiçosamente ergui minha mão em direção a mesa de cabeceira e o peguei. Era uma chamada de Bronn. — O que foi? — perguntei preguiçosamente.

— A central de energia de Murien está sendo atacada! — ele disse euforicamente.

— Qual o problema? Não é a primeira vez que fazem isso. Apenas faça como de costume e...

— Acontece que o Adam está liderando o ataque — ele disse me interrompendo. Ao ouvir suas palavras, me levantei abruptamente da cama em surpresa e espanto.

— C-Como...?

— O grupo é formado por um Celestial, um lanceiro, Adam, e uma maga de fogo que você conhece bem.

— Clarys... — cerrei os dentes ao pronunciar essas palavras. — Mande preparar minha armadura!

— Já foi feito — ele respondeu. — Eu estou reunindo alguns cavaleiros. Encontro você no pátio norte do castelo.

— Vejo você em breve — respondi enquanto desligava o celular, que furiosamente esmaguei enquanto cerrava os punhos. — Não vou perder você de novo!

——§——

Os golpes de Melaphir são pesados e fortes. Em questão de força bruta eu acho que estamos empatados, mas em habilidade com a espada, nisso eu sou superior.

O tempo passava lentamente enquanto eu e ele trocávamos golpes e mais golpes. Pequenas ondas de mana se espalhavam por um raio de vinte metros no momento que nossas espadas se chocavam ferozmente.

Um período de alguns poucos minutos haviam se passado e Clarys e o lanceiro loiro já estavam aqui. Eles cuidavam dos guardas que continuavam chegando aos montes em nosso encalço, mas nenhum deles entrava no caminho de Melaphir, que estava com sede se sangue.

— Você é melhor do que eu pensei — ele disse no momento que nos afastamos novamente. — Não achei que fosse me segurara por tanto tempo.

— Sim — eu falei. — Mas acho que isso não vai durar por mais tempo! — falei enquanto avançava.

Com poucos passos e uma velocidade sobre-humana, eu diminuí a distância entre nós num piscar de olhos. Ele rapidamente saltou para trás, mas mesmo assim ele não poderia impedir o que estava por vir.

Girei meu corpo para direita enquanto saltava para frente. Ergui minha espada para cima, que começou a emitir uma luz verde. Eu então desferi um golpe vertical que para tentar se defender, Melaphir colocou sua espada horizontalmente em frente ao seu corpo. O choque de minha lâmina com a dele resultou numa explosão de mana que despedaçou a espada dele em milhões de pedaços.

Com a força do impacto, o cavaleiro roxo foi lançado alguns poucos metros para trás. Eu então saltei em sua direção enquanto girava meu corpo para direita mais uma vez. Com um único golpe horizontal eu separei sua cabeça de seu corpo, que caiu ali mesmo sem vida enquanto sua cabeça rolava para um lugar qualquer.

O sangue do cavaleiro manchou o chão de vermelho enquanto se espalhava ali mesmo. Inconscientemente deixei um suspiro escapar de meus lábios enquanto respirava ofegantemente.

— Achei que ele era mais forte... — ouvi Clarys dizer enquanto se aproximava.

— Em questão de força, nós éramos iguais. Mas em habilidade com espada... — parei de falar ao ouvir um chiado no comunicador.

"Estou na sala do painel geral de energia!" — ouvi a voz de Kaizan pelo comunicador. — "Mas não sei a sequencia de desativação..."

— Estou indo aí — Clarys falou colocando sua mão direita no seu ouvido para falar através do comunicador. — Pode controlar as coisas por aqui? — ele me perguntou.

— Sim, clar... — antes que eu terminasse de falar, um farou se acendeu em mim e Clarys. Era uma nave de guerra. A comporta traseira da nave se abriu e um cavaleiro de armadura negra empunhado um machado de duas mãos saltou.

Ele caiu pesadamente sobre o chão deixando sob seus pés uma pequena cratera. O machado que deveria ser empunhado usando as duas mãos, era segurado apenas pela mão direita do cavaleiro.

Um elmo fechado com chifres colados a ele projetados para cima. Caminhava como se tivesse desfilando ou algo assim. O formato da armadura, agora parando para analisar lembra um corpo feminino. — Ah, merda... — deixei escapar de meus lábios. — Vai ajudar o Celestial. Eu cuido disso... — falei, mas sem me virar para Clarys.

— Mas quem... — a maga começou a falar, mas foi interrompida pela mulher de armadura negra.

— Já faz tempo... — a voz abafada mulher disse cravando a lâmina do machado no chão. Ela então levou suas mãos até o elmo e o retirou, assim revelando seu rosto. — Não é mesmo, Clarys? — não pude deixar de sentir um calafrio subindo pela minha espinha ao ver o belo rosto de Lilith.

Olhei para o lado e Clarys cerrando os dentes enquanto suas mãos acendiam. Ela deu um passo à frente, mas eu coloquei o braço esquerdo em seu caminho para que ela não avançasse. — Eu cuido dela. Vai para a torre — falei olhando para ela, que relutantemente concordou e deu as costas para nós. — Não achei que você viria pessoalmente aqui... — falei voltando a encara-la.

— O que está fazendo Adam? — ela disse emanando um pouco de raiva em sua voz, mas mesmo assim ainda falava gentilmente.

— O que acha? Fazendo o que é certo — respondi friamente.

— Do que está faland-?

— Não se faça de tonta! Eu estava lá em Tamura com você naquele dia, não é?! Eu tentei impedi-la de sacrificar 92 mil almas... eu estava lá quando você decapitou o Tordy!

Lilith, que caminhava lentamente em minha direção, ao ouvir essas últimas palavras congelou onde estava. Eu a vi cerrar os punhos. Ela então olhou para baixo e ficou em silêncio por um tempo. — Eu fiz o que foi preciso pelo meu povo! Eu tinha que salva-los do fim eminente. O Reino Demoníaco estava colapsando, o que acha que eu deveria fazer?! Eles precisavam de um novo lar!

— Banhando em sangue de inocentes.

— Adam, isso é passado. Para o que está fazendo. Você ainda não fez nada que não possa ser concertado...

— Quer que eu volte a ser seu fantoche? — perguntei ironicamente. — Não. Chega disso. Você perdeu sua marionete Lilith.

— Adam... — de repente uma explosão de luz emanou da torre e um raio de luz amarela subiu aos céus. A muralha de mana translucida então se quebrou como vidro enquanto se despedaçava a partir do ponto de impacto do raio.

— Acabou Lilith — falei apontando a espada em direção a ela, que cerrou os dentes. Ela levantou a mão direita e seu machado, que estava a uns cinco metros dela, veio voando até sua mão direita.

— Se é assim que você quer então que seja. — vi uma única lagrima cair por seu rosto, que rapidamente de recompôs enquanto ela apontava o machado em minha direção. — Depois que eu terminar com você, você vai desejar veementemente para voltar a ser uma marionete! — uma onda de mana explodiu de seu corpo enquanto seus olho ficavam azuis e chamas azuis se formavam em seu machado.

Nós então avançamos um contra o outro enquanto a amor que sentíamos era tomado por raiva e rancor. Minha espada começou a brilhar em vermelho enquanto ia de encontro com o machado de Lilith, que estava tomado por chamas azuis. O impacto de nossas lâminas reverberou causando uma pequena explosão de mana nos lançando para longe.

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