Apague a luz

Capítulo 12: Viagem

Meu nervosismo não cabe dentro de mim, o Lucas quer que eu conheça seus pais, e pelo jeito que ele pediu, parecia ser muito importante pra ele

Isso faz a ficha cair, eu realmente estou tendo algo sério com ele

Lucas disse que me ajudaria a escolher a roupa, mas os pais dele precisavam dele pra preparar o jantar, então eu tive que fazer isso sozinho. Considerando isso, até que me saí bem na escolha

Estou em casa, esperando Lorena chegar, que infelizmente é a única membra da família que mora próxima fora a mãe dela, sendo assim, a única que pode cuidar da Clara

Minha irmã está muito animada sabendo que vai ficar com Lorena, elas se dão muito bem

Ouço a campainha, e antes de atender, vou até Clara e bagunço seu cabelo como forma de carinho

- Se comporta, pirralha!

- Tchau!

Vou até a porta e abro, minha prima abre um sorriso ao me ver

- Eai - Ela diz -

- Você conhece a casa, eu provavelmente não vou voltar hoje - Digo passando por ela, tentando não dar muita confiança -

- Tchau! - Ela diz com certa pressa, vendo que eu praticamente voei o mais longe o possível pra longe dela -

Lucas.

Ele está chegando, estou nervoso, e não consigo parar de pensar o que meus pais vão achar dele

Caio por whatsapp: Tô chegando aí, florzinha

Vou correndo até minha mãe, que está arrumando a mesa junto com meu pai

- Eai, gente, tá tudo certo?

- Tá sim, filho

- Relaxa, princeso, tá tudo bem! - Meu pai tentou me acalmar -

- Pois é, quem tem que ficar nervosa sou eu, tô prestes a conhecer o meu futuro genro, é demais pra uma mãe!

Quem dera eu pudesse contar pra eles que meu futuro namorado é um vendedor de drogas e ainda assim receber um "tá tudo bem" como resposta. É isso que me preocupa

"Ding dong"

- Chegou! - digo quase que de imediato, mais pra mim mesmo que para meus pais -

- Vai lá filho, recebe o teu homem!

- Não fala desse jeito, mãe! - reclamo indo pra porta da frente -

Alguns minutos depois

Caio sentou do meu lado, enquanto meus pais, do outro lado da mesa, e nem dava pra acreditar que tudo estava indo tão bem, o Caio ria, fazia os dois rirem também, minha mãe elogiava a educação que ele fingia ter, a comversa fluía de maneira gostosa. Tudo ia muito bem, ou quase...

- Caio, porque não trouxe seus pais? - Minha mãe perguntou -

Olho para ele imediatamente, esperando sua resposta, e ao mesmo tempo, conferindo se ele não tinha ficado constrangido

- Os meus pais.... estão viajando!

Ponho a mão por cima da sua, bolando uma forma de apoiar sua "omissão de fatos"