Welcome to Beaufort!

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Bom! Talvez eu tenha dormido durante o caminho. Não me recordo da última vez em que paramos em um posto de gasolina ou uma lachonete qualquer para merendar alguma coisa, mas parece que fizemos isso em algum momento.

De longe eu pude enxergar; Welcome to Beaufort. Ora, só faltou uma duzia de pessoas com balões vermelhos e cartazes nos esperando, aí sim eu chamaria aquilo de boas-vindas.

Eu apressei meu corpo, o pondo sobre o banco de passageiro e o banco do volante. Observava as novas pessoas, um sorriso pôde ser visto perante meus lábios. Olhei para ambos os meus pais, nenhum dos dois conseguiram conter ao menos uma lágrima, isso me fez ficar alegre, esquecendo por um momento a tristeza da despedida.

Sobre as ruas, eu via uma praça, com bastante adolescentes até, aquilo me animou. Vi também uma loja, que mais parecia um centro de tráfico de doces: estava enfestada de crianças. Abri outro sorriso, afinal, aquela parecia me ser uma vida permanente.

Talvez eu não tenha dito, mas o carro que nós estavamos era um 4x4, onde cabia a pouca bagagem que traziamos. Já que queríamos uma vida nova, procuramos também móveis novos.

Chegando a nossa casa, descemos do carro, minha mãe fechou os olhos inclinando a cabeça ao céu, respirando fundo enquanto colocava ambas as mãos na cintura. Meu pai se espreguiçou, olhando a vizinhança, e a nossa vizinha. Eu saí do carro alterando de playlist, pondo ÷ de Ed Sheeran.

Fomos até o porta-malas, e cada um pegou três malas, correspondentes a suas roupas

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Fomos até o porta-malas, e cada um pegou três malas, correspondentes a suas roupas. Meu pai e minha mãe entraram animados na casa, enquanto eu tive que ficar por ultima e cuidar para que nada do carro ficasse aberto.

Eu enfiei minha cebola dentro do porta-malas, como se estivesse concertado algo no capô quando na verdade só estava procurando um brinco que teria caído quando saímos de Los Angeles.

???:— Oi! V-você quer ajuda?

Não tinha visto quem era, até tirar minha cara de dentro do porta-malas.

???:— Eu sou seu novo vizinho, estava saindo e vi você... Se matando com o carro?

Surgiu uma risada da minha parte.

Eu:—  Não se preocupe, eu perderia essa luta.

Brinquei, e a minha brincadeira foi correspondida com um sorriso do garoto.
Olhando bem, ele parecia um deus, seus olhos, seu cabelo, tudo era lindo nele.

Ben:— Meu nome é Benjamin, mas todos me conhece aqui como Ben.

Meus olhos brilharam, não sei explicar. Era como se ele estivesse me seduzindo apenas com seu olhar.

Eu:— Melanie, me chamo Melanie. Mas pode me chamar de Mel.

Ben:—  É um prazer, Mel.

Abrimos um sorriso, e por uns três a quatro segundos ficamos com esse sorriso no rosto e um silencio estampado no local.

Ben:— Então... Posso?

Ele apontou para duas das minhas malas, e eu as olhei seguindo o apontamento do mesmo.

Eu:—  Ah, claro.. Claro.

Abri espaço para que ele pudesse passar, e assim pudd o observar mais: um loiro de olhos azulados e pele clara. Trajava uma blusa azul quadriculada e uma calça escura que combinava totalmente com a blusa. Esta que estava entreaberta, mostrando um pouco de seus músculos bem estruturados.
Benjamin me acompanhou, levando duas das malas até a porta da casa. Eu deixei elas lá junto da minha outra que teria sido levada por mim.

Voltamos ao carro, nos ficamos por um momento e então eu me dispôs:

— Obrigada pela ajuda, não precisava mas obrigada.

Ele deu uma risada, e então retrucou:

— Não ha de quê, senhora força descomunal.

Rimos em conjunto, e então eu fui olhar se as coisas do carro estavam realmente trancadas.

Ben:— Então... Você já veio aqui antes?

Eu:—  Não. Meus pais disseram que se conheceram aqui.

Ben:— Ah, eles nasceram aqui?

Eu:—  Não, só dois esquisitos apaixonados por viajar de verão a verão.

Ben:— Mas olha, então não ficará por muito tempo.

Eu:—  Eu acho que desta vez é diferente, eu disse a eles que queria terminar meu ano letivo aqui.

Ele me olhou por um momento, seu olhar parecia crítico, tentando descobrir algo sem nem perguntar sobre. Tendo desistência, resolveu perguntar:

— Está em que ano?

Eu o olhei e então respondi sua pergunta:

— Terceiro.

Ben:— Bom, então espero que não caiamos na mesma sala.

Eu:— Ué, mas por que?

Ben:— Eu pretendo passar esse ano, e você com certeza iria tirar toda a minha concentração.

Eu abri um sorriso, buscando um assunto para puxar.

Ben:—  Eu espero te ver mais vezes, caçadora de carros.

Foi inusitado o apelido que ele me nomeou, mas eu achei engraçado.

Eu:—  E vai, somos vizinhos e provavelmente aqui só tem um colégio então estudaremos no mesmo lugar.

Ele acenou com a cabeça, confirmando minha teoria sonre o colégio da cidade. Então abrimos um sorriso correspondido.

Ele ia se afastando de costas, me olhando enquanto batia ambas as mãos uma contra a outra. Eu dei uma risada.

Eu:—  Até mais Ben.

Ben:—  Até, Mel.

Por fim, ele se virou, andando devagar enquanto dava curtas olhadas para trás.

Eu me direcionei a porta de casa, mas também o olhava. O sol quente fez com que eu ponhasse a destra sobre a testa, enquanto com a bidestra eu acenava para ele, expressando uma risada.

Em uma dessas olhadas, ele demorou um pouco para olhar para frente, se batendo em uma lixeira e caindo por cima dos lixos (não exalando tanto odor) que estavam ao chão.

Eu:—  Está tudo bem aí?

Ben:—  EU ESTOU BEM!

Eu dei uma risada, e não, não fui ajudar. Aquilo acabaria com a minha tarde, ficariamos o tempo todo só acenando um para o outro então eu decidi somente entrar em casa, fechando a porta e indo o olhar pela vidraça, até ser interrompida por minha mãe, que queria ajuda com o desenrolar de suas malas.

 Aquilo acabaria com a minha tarde, ficariamos o tempo todo só acenando um para o outro então eu decidi somente entrar em casa, fechando a porta e indo o olhar pela vidraça, até ser interrompida por minha mãe, que queria ajuda com o desenrolar de ...

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(APRESENTANDO PERSONAGEM)
Benjamin Lysalter é filho de uma das famílias fundadoras da cidade. Sim, ele terá contato direto com a Mel. Ele tem olhos azuis, fios capilares loiros e etnia clara. É extrovertido, alegre, bondoso e, as vezes, curioso demais.

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⏰ Last updated: Nov 06, 2019 ⏰

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