— Hugh, me dá o Charlie. — Diana pediu.

— Para que, Diana? Para você entregar para esse brincar de ser papai? O Charlie tem um pai e sou eu! Você sabe muito bem o porquê da minha ausência. Eu nem sabia que tinha um filho e não aceito que filho da puta nenhum jogue isso na minha cara, porque quem sentiu fui, quem sofreu foi eu. Não sumi por dois anos porque eu quis!

— Você não deveria ter voltado. Você só fez a Diana sofrer, agora que finalmente ela seguiu em frente você volta e estraga tudo como fez há dois anos?

— Eu só não quebro a sua cara porque estou com meu filho no colo, mas quer saber de uma coisa Caleb? Vai ser foder! Você só está falando isso porque sabe que nunca terá essa mulher por completo.

— Calem a merda da boca, os dois! Me dá o meu filho aqui e vão embora. — ela o tomou de mim.

— Muito bem, Diana. Seu namoradinho tem razão, talvez eu tenha errado em ter voltado. Mas ainda bem que voltei, porque agora sei que sou pai de uma criança incrível e é por ele que no fim de semana eu vou embora daqui em busca de um futuro melhor, para quando ele crescer também tenha alguma coisa herdada do pai. — menti em partes.

Ela então me encarou.

— Você vai embora?

— Sim. Só vou voltar para ver o meu filho. — falei olhando sério bem dentro dos seus olhos.

Ela ficou em silêncio, me aproximei dela apenas para dar um último beijo em Charlie para enfim me afastar. Engolindo minha dor, atravessei a rua e comecei a andar de volta para minha casa. Parecia que eu estava mesmo decidido a aceitar qualquer proposta naquele evento, só pra ficar longe dela, ou melhor, longe dela feliz com outro homem.

Quando cheguei em casa, arranquei minhas roupas e entrei debaixo do chuveiro, derrotado. Eu a perdi. Um brinquedo perdido de Charlie no chão me fez chorar, pelo menos eu tinha ele. Algumas horas depois tentei dormir mas a insônia resolveu me visitar novamente naquela noite.

Me sentei na cama, frustrado olhando o telefone que não havia nenhuma mensagem ou ligação. Eram quase duas horas da manhã quando me assustei com uma batida na porta, corri para abrir já me preparando para autodefesa quando vi a imagem de uma Diana perturbada segurando nosso bebê dormindo em seu colo.

Ela passou por mim em silêncio, e olhando tudo em volta caminhou até a cama, colocando Charlie dormindo sobre ela. Fiquei de pé olhando tudo ainda confuso, tremendo.

— Eu tinha certeza que você apareceria naquele dia... — uma lágrima escorreu pelo seu rosto. — Eu esperei por horas para que você ao menos fosse se despedir de mim. Eu fiquei repassando a todo momento a nossa noite juntos, como você foi carinhoso, amável, como me venerou e no fim disse que eu era sua. Eu me agarrei a ideia de que você gostava de mim, que também havia se apaixonado e que se arrependeria do que disse mais cedo, que voltaria atrás. Mas você me deixou ir.

Meu coração ficou apertado.

— Eu fiquei muito mal, muito mesmo. Parecia que alguém da minha família tinha morrido. Meus pais e meu irmão ficaram muito preocupados comigo e me obrigaram a frequentar um terapeuta, depois de um tempo comecei a me sentir melhor, mas você ainda estava lá, na minha mente e no meu coração. Depois de três meses decidi começar a sair com Caleb, contei tudo a ele sobre você e no mesmo dia descobri que estava grávida. Eu nunca havia tido nenhum sintoma, nada, eu nem suspeitava que poderia estar grávida mesmo que nós dois não tenhamos usado nada na noite em que ficamos juntos.

Ela parou de falar, eu fiquei em silêncio dando a ela o tempo que precisasse para colocar pra fora tudo que queria. Por alguns minutos ficamos somente observando o amor de nossas vidas dormindo. Tão inocente... Um amor tão puro.

No momento eu fiquei apavorada, pensei ter sido um erro médico mas acabei caindo na real que essa era uma das consequências de sexo sem prevenção. No dia seguinte eu já estava apaixonada pela ideia de ser mãe, contava os segundos para ele nascer logo. E quando ele nasceu... Percebi que era idêntico a você, por isso o nome Charlie, porque você me lembra muito o ator Charlie Hunnam e mesmo te odiando, ele era seu filho, um pedaço de você.

Eu sorri. Mesmo com tudo, ela ainda pensou em mim na hora de recolher o nome da criança.

— Caleb esteve comigo o tempo todo, mas como um amigo. Desde o início ele sabia que não tinha espaço para outro homem no meu coração, ele sabia que eu era obcecada por você, que te amava e ainda te queria.

— E quando você decidiu dar a ele uma chance de algo mais? — perguntei com um nó na garganta.

— Quando o Charlie fez um ano. Havia se passado tanto tempo e eu precisava de alguém, precisava do calor de outro homem, eu não suportava mais somente as suas lembranças em minha pele, eu sonhava com você me tocando quase todas as noites, isso me machucava porque você não ia mais voltar. Então há três meses decidi que tentaria vê-lo como alguém mais que um amigo.

— Eu odeio admitir isso, mas ele esteve com você quando eu deveria ter estado. Tive vontade de socar a cara dele quando ele disse que o Charlie também era seu filho, esse menino só vai ter a mim como pai. Mas no fim ele acabou sendo melhor para vocês do que eu. — lamentei.

— Ele foi muito gentil todo esse tempo, mas sempre fiz questão de deixar claro que ele não poderia ver o Charlie como um filho, que mesmo que você nunca mais voltasse, somente você era pai dele. — assenti satisfeito.

— Você o ama? — perguntei sem me preparar para levar um tiro no peito.

Diana hesitou.

— Estou confusa quanto aos meus sentimentos, sua volta virou meu mundo de cabeça para baixo. Tudo que eu pensava ser, não é.

— Eu só quis te fazer um favor te deixando livre da bagunça que era minha vida, eu não podia ficar com alguém tão especial tendo um futuro incerto, sem saber se viveria ou morreria no acerto de contas.

— Eu te esperaria de qualquer forma. Esperaria todo o tempo do mundo por você.

— Você estava saindo de uma relação desgraçada, havia acabado de ser enganada por um cretino vigarista, você não precisava entrar em outra furada.

— Agora que eu sei a verdade, já não te odeio mais, só que ainda não sei se posso confiar que não vai embora de novo. Eu sofri como nunca havia imaginado que sofreria.

— Princesa... Só me diz, o que tenho que fazer para tê-la de volta? Eu ainda tenho chance? Cheguei tarde demais? Só preciso dessas respostas para te deixar em paz de uma vez por todas.








Ei mores ❤️ que delícia terminar um capítulo assim, nessa expectativa hahah.

O próximo vai ser babado 🔥 então preciso de muitos votos e comentários, vamos lá, afinal sou uma garota legal não sou? Capítulo ontem e hoje ❤️

E sim, vai ter Ramona e Rick ❤️

Beijos ❤️

O Amor De Um Viking (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora