𝐅𝐎𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄 ➵ 𝑩𝒂𝒆𝒌𝒉𝒚𝒖𝒏

Eleven

Haseul: Como assim sumiu?

Chanyeol: Eu me atrasei um pouco, quando cheguei ao quarto ninguém estava lá.

Haseul: Será que ele fugiu do hospital?

Chanyeol: O suporte de oxigênio sumiu também.

Haseul: Já tentou mandar mensagem pra ele?

Chanyeol: Ele não responde.

Haseul: Eu vou tentar.

   Eu esperava que Baekhyun não tivesse fugido do hospital. A tarde parecia tudo bem, será que ele estava apenas esperando pela minha saída?

  Me senti culpada por ter saído antes de Chanyeol chegar, me contive, Baekhyun era adulto e não uma criança que precisa ser vigiada. Por mais que as vezes agisse como uma.

Haseul: Baek, onde você está?

  Esperei alguns minutos e nada. A mensagem foi recebida mas não visualizada, ele só podia estar de brincadeira comigo.

   Haseul: Espero que não esteja na rua. Está frio la fora.

   Haseul: Você é um idiota!

   Bufei encarando o celular, pelo visto ele não iria responder. Mandei uma mensagem para Chanyeol e voltei para a sala de jantar.

   — Está tudo bem? — Minha mãe me serviu com uma porção de mousse de morango.

   —  Só estou preocupada. — Falei baixo. — A senhora vai ficar chateada se eu sair antes dos outros?

    — Depende do motivo.

    Como eu ia explicar tudo? Não parecia bom dizer: então mãe, atropelei um garoto, fiquei lhe devendo um violão e agora ele sumiu de vista.

     — Um colega meu está internado. — Levei o doce a boca tentando ganhar tempo. — Eu estava fazendo companhia a ele, mas recebi a notícia de que ele sumiu.

   — Como assim sumiu? — Franziu o cenho. — Pensei que hospitais fossem seguros.

    — Também não sei como aconteceu, mas queria ir até lá, pelo menos para ter alguma notícia.

   — Tudo bem, termine sua sobremesa e vá. — Acariciou meu braço. — Eu me resolvo com a sua tia.

   ***
     Me despedi rápido de todos e prometi a minha mãe que lhe daria notícias. O trajeto até o hospital pareceu durar uma eternidade, até o momento Chanyeol continuava sem saber onde Baek estava.

   Eu nem sabia porque estava tão preocupada, Baek e eu nem sequer éramos próximos. Mesmo assim, não me parecia bom alguém no estado dele vagando pelas ruas de Seul. Podia imaginá-lo, lutando para respirar enquanto era assolado pelo vento gélido.

    Entrei apressada no hospital, expliquei toda a história a recepcionista e ela me deixou passar. Encontrei Chanyeol no corredor, sentado numa das cadeiras de espera, como se não soubesse o que fazer.

   — Já tentou procurá-lo? — Lhe encarei.

   — Olhei na parte externa do hospital e nesse andar também. Nem sinal dele.

    — Vamos fazer assim, você procura ele nos andares de cima e eu nos de baixo.

    — Ok, a enfermeira disse que me avisaria se o visse.