Acaso No Morro.

28

Carol 🌸

Eu sentia a mão do Bernardo cada vez mais perto da minha intimidade, fazendo meu vestido subir e minha xota formigar.

Carol: Bê, para com isso.- Pedi manhosa e baixo, deitando no ombro dele.

Ele tirou a atenção dos amigos e me olhou, com um sorrisinho.

A real é que eu estava odiando as piadinhas dessas meninas, a única que se salvava mais era a Alessandra e um pouco a Lany.

Além de estar bastante cansada, mas o Grego parecia estar se divertindo e eu não queria cortar a onda dele.

Os meninos até que eram legal, tudo bem que Galeto era o mais escrotinho, mas dava pra aturar.

Grego: Você tá muito gostosa, cara.- Susurrou, mordendo meu lábio inferior.

Ele ajeitou meu vestido e eu segurei o rosto dele, beijando ele de forma que nossas bocas formassem o encaixe perfeito!

Ele passou a mão na minha cintura, apertando com força me fazendo suspirar e me afastar.

Grego: Para com isso, caraí.

Carol: Eu não estou fazendo nada, caraí.- Repeti ele, fazendo ele ri.

Cabelinho: Podia ser eu e a morena...- Falou já com a voz embriagada.

Alessandra: Ô amigo, ela te merece não...- Falou rindo e abraçando ele de lado.

Zoio: Podia ser eu e as morenas, loiras, ruivas...- Riu.

Grego: Ainda bem que eu sou o sortudo né.

Carol: Ainda bem que você sabe.- Brinquei.

Ele negou com a cabeça e voltamos a conversar com os meninos e eu com as duas meninas que se salvam.

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Emily: Gente, vocês vão querer alguma animação? - Falou assim que eu terminei de olhar a hora, três da manhã, em ponto.

Galeto: Um doce aí.

Alguns falaram doce também, outros uma branca e eu fiquei sem entender, até chegar a vez do Grego.

Grego: Branquinha aí.- Falou coçando a cabeça.

Carol: O que é? - Sussurei pra ela.

Grego: É... bebida.- Falou fazendo carinho na minha coxa novamente.

Farpa: Ei parceiro, faz um tempo que eu não puxo uma cocaína, tá maluco! - Falou, me fazendo prestar atenção nele.- Saudades da minha branquinha.

Carol: Bebida, não é? - Sorri sem graça.- Licença.

Grego: Ô Carol, mano...- Falou tentando segurar minha mão.

Carol: Vou no banheiro.- Ele me olhou como se não acreditasse.- Não estou mentindo igual a você não.

Ele bufou me soltando e eu fui pro banheiro, lavando o rosto que estava sem maquiagem.

Além de eu estar num puta cansaço, queria apenas minha cama. Mas aceitei e deixei levar pra ele ter o momento dele.

Falo isso porque tenho certeza que se eu falasse que queria ir pra casa, ele não iria ficar.

Além dele já ter bebido bastante, usar droga, sério!?

Essa era a pior parte de tudo, pessoas que não sabem se divertir sem algo ilícito.

Estava cansadona e decidida a voltar pra casa, com ou sem a presença dele.

Voltei pra mesa, encontrando apenas o Zoio, bebendo sua cerveja e olhando seu Samsung.

Carol: Cadê todos? - Perguntei sentando na frente dele.

Zoio: Foram usar as paradas.- Respondeu sem me olhar.

Carol: Foi? - Ele assentiu, tirando o olho do celular por um tempo, mas logo voltou.- Então avisa ao grego que eu fui embora. Tu não usa isso não?

Zoio: Tá puta com o cara por ele tá fazendo o que sempre fez? E uso essas paradas não, gosto muito não.

Carol: Tô nada, amigo.- Chamei de amigo pelo costume de chamar geral assim.- Só tô cansada, gravidez cansa.

Zoio: É, eu sei...- Sorriu fraco, me olhando.

Carol: Você é mulher que se veste de homem? - Sussurei, arrancando uma gargalhada dele.

Zoio: Minha mulher, ex mulher, tá grávida. Quando a gente tava juntos, ela vivia dizendo que tava cansada, isso ou aquilo.- Falou parecendo lembrar.

Carol: E bom, por quê não estão mais juntos? Posso tentar adivinhar? - Ele confirmou.- Você traiu ela, hein?

Zoio: Como tu imaginou?

Carol: homem é raça do cão, brother! - Ele negou.

Zoio: Me arrependo muito, Carol! Na moral, eu nem tava ligado no que eu tava fazendo cara. Eu só queria voltar.

Carol: Errou feio né? Acho que homem só se arrepende se a mulher não volta, quando volta já era.- Ele negou.- Eu conheço e eu sei, espero que ela tenha amor próprio, pra nunca mais voltar pra você.

Zoio: Assim tu maltrata.

Carol: Caramba, eu já fui traída, amigo. Eu sei a dor e como é, ela deveria te amar bastante.

Zoio: E tu nem tem noção de como eu amava ela. Sabe a pessoa que quando tu lembra que ela existe, muda teu dia inteiro? Por mais merda que ele seja? - Falou, me fazendo ver os olhos dele brilhando.

Carol: Corre atrás, de verdade. Você errou demais, mas tenta novamente...- Estendi a minha mão pra ele, que pegou e eu segurei as duas.- Diz a ela todo momento o quanto tu ama ela, de verdade.

Zoio: Se ela botar fé na minha idéia, eu te coloco como madrinha do meu menor. Não conta pro grego, mas ele já é o padrinho.

Carol: Mas se não der certo, saiba que  a culpa é unicamente e exclusivamente sua.- Ele riu.

Zoio: Pela forma de me dar esperança e depois tirar.

Fiz toque com ele e ele me segurou mais um pouco, até o Grego voltar.

Fechei minha cara para o dono dos olhos avermelhados, que tentava minha atenção e continuei conversando com o Zoio.