"Josh"

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Josh senta do meu lado, passa um braço em volta dos meus ombros e me puxa para junto de si. Como se fosse totalmente normal. Franzo a testa para ele.

Any: O que seu braço tá fazendo em volta de mim?

Sua expressão é a mais inocente.

Josh: É assim que assisto a filmes.

Any: Sério? Então você passa o braço em volta do Noah quando vê um filme com ele?

Josh: Claro. E, se ele for legal comigo, às vezes dou até uns passada de mão nele. (Sua outra mão desliza pelo meu braço) Basta ser legal comigo, e prometo vou ser ainda mais legal em troca.

Any: Rá. Mas sonha o coitado.

Afasto sua mão, mas não antes de sentir uma centelha de calor.

Josh: O que mais a gente tem pra fazer?

Argumenta ele. Aponto para a TV.

Any: Ver um filme.

Josh: Preferiria ver outras coisas (Ele levanta as sobrancelhas, numa provocação. Desta vez, não sinto arrepios nem calor. Só um riso que me escapa aos montes em ondas incontroláveis) Nossa. Você acaba com o ego de qualquer um.

Ele parece insultado. Inspiro fundo por entre as gargalhadas.

Any: Desculpa, mas você às vezes é demais. (Não consigo parar de rir) As meninas realmente caem nessas cantadas?

Ele solta um suspiro de reprovação.

Josh: Coloca logo essa porcaria de filme.

Any: É pra já.

 Aperto o controle remoto e sento em outra cadeira, deixando um metro de distância entre nós. Em sua defesa, Josh permanece em silêncio por quase trinta minutos. Ele mantém os olhos fixos na tela, mas, de canto de olho, não deixo de notar sua inquietação. Ele batuca os dedos compridos nas coxas. Passa uma das mãos pelo cabelo. Suspira, enquanto a personagem principal prepara um omelete em tempo real. Quando ela senta à bancada e começa a comer o omelete — em tempo real — Josh explode feito um vulcão adormecido.

Josh: Este filme é horrível! (Então geme alto) Pronto. Falei. Que merda de filme horrível.

Any: Eu estou gostando.

Minto. Assistir a este filme é o mesmo que ver tinta secar. É péssimo mas não quero admitir que fiz a escolha errada. Não se pode dar o braço a torcer para um cara como Josh. Nunca. Ele vai esfregar isso na minha cara até o fim dos tempos.

Josh: Você não pode estar gostando deste filme.

Desafia ele.

Any: Estou.

Insisto. Ele me encara fixamente por uns bons segundos, mas minhas habilidades teatrais vêm bem a calhar, e consigo transmitir a mais pura inocência.

Josh: Pois eu não. Este filme passou de todos os limites (Quando abro a boca para argumentar, somos interrompidos por uma música alta vinda de seu celular. Faço uma careta ao reconhecer a melodia. Homens. Incapazes de tirar um segundo do seu dia para baixar o assento do vaso, mas têm tempo de programar a música da ESPN como toque de celular? Josh abre um sorriso ao ver quem está ligando e atende na mesma hora) Lamar! Qual é a boa? (Ele escuta, então me lança um olhar esperançoso) Quer ir a uma festa? (Faço que não com a cabeça. A pessoa do outro lado da linha é forçada a suportar o suspiro excessivamente dramático de Josh) Foi mal, cara. Não posso. Eu estou vendo um filme aqui sobre uma mulher com câncer que é uma merda… é verdade, câncer em geral é uma merda. Quer dizer, todo o meu respeito por quem tem câncer, mas o filme é horrível. É… não, o apresentação da música é na terça... verdade… beleza, claro. A gente se vê. Até mais, cara.…

Any: Você é íntimo do professor Lamar?

Josh: Bastante, é uma longa história (Ele olha para a televisão. A personagem principal está fazendo comida de novo. Agora é o jantar, e a câmera faz muitos closes desnecessários nas batatas sendo descascadas. Ela come muito nesse filme) Alguém me mata, por favor (Ele se recosta na cadeira e passa ambas as mãos pela cabeça até estar todo descabelado) Não vou aguentar mais nem um segundo disso (Nem eu, mas amarrei meu burro nesse poste e não posso abandoná-lo) Quer saber?(anuncia ele) Só tem uma coisa capaz de tornar essa porcaria tolerável.

Any: E o que é?

Em vez de responder, ele levanta da cadeira e desaparece na outra sala, escuto o barulho de uma gaveta se fechando e copos tilintando. Logo em seguida ele está de volta, segurando uma garrafa numa das mãos e dois copinhos de shot na outra. Josh abre um sorriso e anuncia.

Josh: Tequila.





Holaaaa! So passando pra deixar esse mega capitulo e pedir para não deixarem de favoritar para mais pessoas achar a fic e eu ficar incentivada e os comentários apesar de não ter tempo de responder eu adoro ler todos que vocês deixam. 

A APOSTA  (Beauany)Kde žijí příběhy. Začni objevovat