Ariel achava estranho, mas ao mesmo tempo muito engraçado, theodore era tao autoritário, ate na frente dos pais, que pareciam achar tudo que ele dizia ou fazia, as coisas mais importantes do mundo, o café da manha durou horas, todos conversavam muito e ate samanta se deu bem com os pais dele, theodore observava ariel, parecia tranquila, ao mesmo tempo em que conversava com seus pais sobre a armadilha de urso, agora todos achavam que ela era uma super mulher e pelo visto ela gostava disso, pelo sorriso contente que brilhava em seu rosto, todos se arrumaram e passearam pela cidade, luck e samanta só foram para casa ao anoitecer, e logo Ariel percebeu que os pais dele iriam passar a noite, Theodore deixou seu quarto para os pais, pois a cama era maior, e dormiria em um colchão no quarto de ariel, estava feliz, de manha assim que os pais chegaram, temeu sobre o que poderia acontecer, mas agora no fim da noite, classificava o dia que havia tido, como um dos melhores da sua existência, ariel estava tensa, olhava fixamente para o colchão no chão de seu quarto, onde provavelmente theodore dormiria, não sabia o que os pais dele pensavam dela, talvez que fosse uma mini vadia, pensamentos horríveis a deixaram nervosa, e theodore simplesmente não aparecia, ela levantou dizendo a si mesma que precisava de água, quando ouviu as vozes na cozinha
" achei que fosse parar" a mãe dele dizia
"eu nunca disse que iria parar" ela ouviu Theodore dizer
"você terminou a faculdade, você esta livre"
"mãe, eu gosto do que faço" ela ouviu ele dizer com uma voz calma e paciente
" todos os dias eu tenho medo de receber aquele telefonema"
" não precisa, eu to seguro, eu me cuido"
" agora você esta, mas e depois?" ela ouviu o pai dele perguntar
" pai, por favor"
"eu não acho que desarmar bombas é um bom trabalho" o pai dele quase gritou
" eu salvo pessoas, eu salvo"
" eu só quero meu filho em casa"
" eu vou voltar daqui um mês, não sei quanto tempo vai durar" ele respondeu os pais
" a sua irma não quis vir porque ela te odeia por estar fazendo isso" a mãe falou
" isso não é da conta dela"
ariel pensou que poderia continuar ali, ouvindo, mas não fez, apenas voltou para o quarto e deitou, então era por isso, ela pensou, que ele estudava tanto, sabia tanto de elétrica, era tao inteligente, tinha tantos livros no quarto, desarmava bombas, por mais que tentasse dormir, não conseguiu, e quando theodore abriu a porta do quarto, parecia exaustou, ele sentou na beirada da cama dela, sabia que ariel estava acordada, ela olhou para ele e ligou o abajur
" você desarma bombas" ela afirmou
"não é só isso, simples assim, meu treinamento serve para muitas coisas, é tático, eu faço tudo, eu sou treinado para liderar, para saber criar esquemas e o que fazer, eu arquiteto uma guerra inteira, um erro e todos morrem" ele não negou, esperou a reação dela, a raiva em seus olhos
" você gosta disso, do que faz?"
"uma vez eu estava lá e tinha um colete grudado a uma criança, era uma bomba grande, ela ficou tao feliz quando eu consegui tirar, os olhos brilhavam e se jogou contra o meu pescoço, me deu um abraço, eu mantive minha postura porque estava na frente do meu capitão, mesmo assim a quantidade de coisas ruins que faço para que as pessoas estejam seguras aqui, supera o pouco de bem que eu faço"
"eu aceito isso" ariel disse ate mesmo para a própria surpresa " faça o que tem que fazer, salve quem deve salvar, mate quem tem que matar, seja quem tem que ser, onde tem que ser, e depois volte para mim "
