Hoje como sempre não é normal.

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Narrado por Thais.

Essa semana foi maravilhosa para mim, comecei a namorar sério com o Cláudio, e estávamos felizes, hoje nós sairemos para uma festa.
Estava me arrumando, coloquei um vestido preto e passei um lápis preto, batom vermelho vinho  e fiquei esperando ele.
Hoje é sexta feira e amanhã não terá aula, dormirei na casa dele - Claro, sem minha mãe saber.
Mando uma mensagem para Alice:

Está aonde?

Um minuto depois ela visualiza e responde.

Em casa com o Marcos assistindo filme. Estou feliz por você amiga, depois de tanto rolo com ele, felicidades e boa festa hoje a noite.

Eu reapondo:

Obrigado, até amanhã.

Ando de um lado para o outro, não sei por que mais estou ansiosa, não consigo ficar parada, estou sentindo que algo ruim vai acontecer hoje.
O Cláudio chega às nove horas, ele veste uma camisa de manga longa azul que ficava linda na sua pele negra.
Ele me abraçou e me beijou, escutei alguém tossindo atrás de mim, me virei e vi minha mãe.
- Já estou indo mãe - Eu digo.
- Toma cuidado - Ela avisou.
Eu e o Cláudio saímos, a mãe dele nos deixou na "Boate Darck" e foi embora.
Entramos na boate e já estava cheia, fomos no bar, ele pediu duas tequilas  e o atendente nem pediu identidade.
Alguns minutos depois ele chegou com a bebida, eu bebi um copo e coloquei o limão com sal na boca, saiu um pouco de lágrimas do meus olhos.
- Vamos dançar amor - Ele disse me puxando.
Começamos a dançar com a música    "Habits" da Tove Lu, coloquei meus braços no ombro dele e ele me beijou e nós ainda dançávamos.
Quando ele me largou vi um homem estranho, ele era incrivelmente pálido,  nem parece que mora em Araguaína, ele não dançava, ele ficava somente parado no meio da multidão me encarando, fechei os olhos e voltei a beijar o Cláudio.
- Preciso beber - Eu disse levando ele para o bar - dois Ace - Eu disso para o atendente.
Olhei para trás o homem ainda estava lá, olhei nos olhos dele e era dourado e lindos, entrei em transe, de repente eu queria ir até ele, me levantei do banco.
- Thais - O Cláudio gritou me tirando do transe - a bebida amor.
Peguei o Ace do balcão e voltei a olhar para onde o homem estava, mas ele tinha desaparecido, voltamos para a pista de dança e começamos a dançar.

Agora era cinco e meia da manhã e acabamos de chegar na casa do Cláudio, estávamos deitado na grama da casa dele, ele colocou um lençol no chão e algumas comidas.
Ele estava deitado no lençol com um travesseiro na cabeça e eu estava deitada com a cabeça em seu peitoral com a comida atrás de mim.
- Te amo Cláudio - Eu disse.
- Eu também te amo - Ele disse - não sei por que nós não assumimos antes.
- Tudo é na hora certa - Eu disse.
Ele me beijou rápido e voltou a deitar, olhei para o canto da parede e me assustei, mordi a língua para não gritar, o homem que estava na boate está lá me encarando.
- Amor - Eu disse para o Cláudio - está vendo alguma coisa ali? - Apontei para a parede.
- Não - Disse ele olhando.
Mas o homem ainda estava lá, seus olhos dourados, sentei e fiquei encarando ele.
- Tomé cuidado com quem você ajuda - Ele disse com uma voz que não parecia humana - escolhe bem antes de fazer alguma coisa.
Ele atravessou a parede, eu fiquei encanto a parede vermelha da casa. O sol já estava nascendo e o céu estava numa mistura de amarelo, azul claro e azul escuro.
- Cláudio vamos lá para dentro - Eu disse.
- Por que?
- Estou com muito sono.
Nós dois nos levantamos e levamos as coisas para dentro, deitei na cama do seu quarto e fingi que estava dormindo, uns quinze minutos depois ele chegou e colocou seu braço em minha cintura.
- Te amo - Ele sussurrou no meu ouvido.

Série Cemitério: Cemitério Volume 1Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα