•Epílogo•

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(SEM REVISÃO)

***

Dois anos depois! 

- Você vai ter ciúmes? – pergunto alisando o cabelo da minha pequena Zoé.

- Não – Zoé abre um sorriso doce – Eu quero também, mamãe.

Sorrio agradecida, abaixo-me e beijo suas bochechas rosadas, uma de suas características.

- Baby, vamos – André nos chama e abre um sorriso ao se deparar com as suas duas damas agarradinhas – As minhas duas joias juntas – diz feliz.

Levanto-me, trazendo Zoé junto a mim. Beijo os lábios do meu marido rapidamente.

Casamos-nos cinco meses depois do seu pedido, em uma cerimônia intima no parque do Rio de Janeiro, na Gávea, onde tivemos nossos primeiros encontros. Foi do jeito que imaginei a minha vida toda, meus pais presentes, minha filha levando nossa aliança, as minhas pessoas favoritas e importantes fisicamente e espiritualmente, todas juntas celebrando o nosso amor. E o mais importante, o homem no altar era o André. Ah, o homem que sempre almejei, ele estava lindo usando seu terno branco, em contraste com sua pele, sua barba alinhada naquele sorriso de perdição. Sem duvidas aquela imagem era a favorita das minhas retinas, memorável.

Ainda lembro-me feliz do seu voto diante de todos.

- Eu, André, te recebo, Luz, diante de Deus, como minha esposa, e te prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te por toda a vida. E, agora, por nossa vida, amém.

Alguns curiosos estavam lá para prestigiar aquele momento, pois era época das olimpíadas em nossa cidade, alguns estrangeiros filmaram nosso casório, foi engraçado de se ver. Porém, todos como nós, estavam emocionados com todo o amor presente.

- Ei, você não pode pegar peso- reprende pegando Zoé e levando para o seu colo – Você sabe que a mamãe não pode, agora você está grandinha e tem que ajuda-la.

Reviro os olhos por sua preocupação exagerada. Mas não falo nada, entendia todo o seu cuidado comigo.

- Amor, vamos chagar atrasados – André estava mais ansioso que eu.

- André, eu vou ser a terceira a ser atendida, a recepcionista disse que a médica chegou agora e ainda iria atender a primeira paciente.

- Não me importo, vamos logo – disse passando as mãos em seu cabelo.

Seu típico sinal de nervosismo!

Ele andava assim ultimamente, tão ansioso por esse dia. Não iria mentir que não estava do mesmo jeito, mas André demonstrava mais. Confesso que achava que ele contava as horas e dias para esse momento, era engraçado até sua agonia.

Acontece que eu estava grávida, e estava indo para a consulta que descobriria o sexo do bebê.

Não se espante, não sou a virgem Maria para engravidar sozinha, é que eu e André optamos pela a inseminação artificial. No inicio esse meu desejo causou várias brigas no nosso casamento.

Ele disse que sabia iria acontecer, mas não sabia que seria tão cedo, que sua impotência iria atrapalhar nós dois.

Expliquei que não era nada das loucuras que ele dizia, que se ele quisesse adotar outra criança eu aceitaria. Não precisava necessariamente ser o que eu queria, mas deixei bem claro que queria outro bebê rapidamente.

Foi aí que depois de muitas conversas, brigas e sexo de reconciliação, André amadureceu a ideia e aceitou fazer comigo esse processo. Estávamos gerando uma vida juntos.

Bela Reconquista.Where stories live. Discover now