Capítulo Dezessete

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Charlotte olhou para seu vestido, que em alguns pontos possuía um tom de azul mais claro ou mais escuro que o predominante. Entrou com sua família no lugar, não havia muita coisa diferente ali, apenas o antigo palanque que colocavam quando haviam palestras juntos as cadeiras enfileiradas.

Kallie acenou ao longe, com um sorriso no rosto, balançando a cabeça e juntamente seus cachos. Charlotte se aproximou com sua mãe e irmão, dando um abraço na amiga que estava sozinha naquele momento, mas os pais se encontravam sentados não muito longe dali. Era formatura, os pais que tinham filhos estudando ganhavam o dia de folga para assistir à cerimônia, mesmo que os mesmos não estivessem se formando.

- Olá, senhora Fearless. Jack. – Kallie os cumprimentou.

- Como vai, senhorita Jenneth? – Jack indagou pegando sua mão e deixando um beijo casto.

- Ensinou a ele meu segundo nome, Charlie? – Kallie riu e fez uma pequena reverência a ele, entrando na brincadeira. – Vou muito bem, senhor Fearless.

Charlie deu de ombros levemente, achando graça daquilo, mas mostrando apenas um sorriso de canto que só poderia ser visto se observassem com atenção. Os dois continuavam a se tratar como pessoas mais velhas e nobres.

- Preciso de um minuto. – Charlotte disse, sem interromper a brincadeira.

- Aonde vai? – Eileen perguntou.

- Biblioteca. – Kallie respondeu pela amiga, ao que ela assentiu e se virou seguindo o caminho conhecido para a pequena sala com alguns livros.


Steve estava parado diante à umas das pequenas estantes pertencentes à biblioteca, seus cabelos castanhos estranhamente arrumados, tão arrumados que dava a impressão de que em algum momento iriam se libertar e mostrar toda sua rebeldia. Os olhos verdes passeavam pelas prateleiras, focando na terceira em particular, seus olhos pararam ali, buscando alguma resposta para suas perguntas silenciosas, qual seria o próximo passo? A dúvida sobre o que fazer lhe consumia e ao ser tirado de seus devaneios por Charlotte, não teve mais escolha.

- Steve, o que está fazendo aqui? Já vão começar. – Charlotte entrou na biblioteca, parou e ajeitou brevemente o vestido, assim como o cabelo, os fios rebeldes teimavam em sair do lugar assim que ela os ajeitava.

- Você está linda. – Steve sorriu com "aquele sorriso".

- Obrigada. – Ela respondeu, sem graça. – Vamos?

- Vamos. – Steve a puxou pela mão para o pátio ainda sorrindo.

A diferença entre os que se tornariam guardas e os que seguiriam outras profissões era a vestimenta, os futuros guardas vestiam cinza, já os formandos comuns azul-claro, quase cinza. Steve cumprimentou brevemente Eileen e Jack, àquela altura, Eileen sentia algo como simpatia por ele, que esteve com a filha nos momentos que nem ela pudera suportar, então seguiu para seu lugar junto aos outros formandos.

A cerimônia se iniciou com as palavras do diretor do colégio que nunca foi visto ali, seguida por alguns professores, e todo o resto comum, nada que de fato interessasse a Charlotte, até o momento em que Steve subiu ao palanque, com um sorriso estampado em sua face. Foi-lhe entregue seu diploma junto a um pequeno broche no formato de uma estrela de cinco pontas simbolizando a entrada real na guarda. Seu sorriso se dirigia à sua mãe, sentada não muito longe de Charlotte, que tinha um sorriso de orgulho, até mesmo Charlie sorria naquele momento. Antes de descer do palco, lançou uma piscadela a Charlotte que riu baixo consigo mesma, os outros não notaram aquele pequeno momento que ela guardaria.



- Guarda Trustworth, a partir de agora. Me chame assim. – Steve brincou, mantendo a postura e mãos atrás das costas, mas logo em seguida desfez a pose e riu.

- Nunca. – Charlie afirmou, enquanto caminhavam lado a lado. Suas mães próximas seguindo juntas mantendo uma conversa sobre o trabalho e coisas do tipo, e Jack um pouco mais a frente delas pulando pela rua enquanto andava – Eileen o seguia com os olhos –, Kallie e seus pais já haviam partido.

- Ah, qual é? – Steve disse, descontraído. – Sabe que estou brincando, seria terrível se me chamasse assim.

- Com toda certeza. – Ela esfregou as mãos sobre os braços tentando se aquecer, a noite vinha e com ela os ventos frios. Pelo canto do olho via Steve tirando seu casaco e previa o seu movimento seguinte, então completou: - Nem pense em pôr seu casaco em meus ombros. – Ela disse. – Isso é patético.

- Oh, qual é? – Ele disse, novamente usando a mesma expressão. – No único livro que li de verdade na escola o rapaz fazia isso com a mocinha, por que não posso?

- Exatamente por isso, senhor. – Ela respondeu. – E eles eram um casal, nós não somos um.

- E o que tem? Você está com frio.

- Já posso ver minha casa. – Ela apontou para a pequena construção no fim da rua.

- Você é terrível, Charlotte. – Ele soltou, por fim, frustrado por ela ter interrompido toda a "coisa romântica".

- Você também, Steve. – Ela sorriu. Havia sorrido muito aquele dia, o que a ela parecia estranho. Steve também notou isso.

- Belo sorriso. – Steve disse, antes de se despedirem e ele seguir com sua mãe para casa, que aliás havia se tornado mais perto depois que Charlie se mudara.

Charlotte balançou a cabeça levemente e entrou em casa, o ar de felicidade se esvaía dela lentamente. Era sempre assim, quando as coisas começavam a ficar melhores, elas eram breves demais para mudar o restante. A derrota a carregou para o quarto. Exausta para pensar no dia. Ou em qualquer outra coisa.

Deve se perguntar, por que a derrota?

No momento em que entrara em casa, sua mente a alertou da realidade, que havia sido brevemente esquecida e por um breve momento chegara a pensar que encontraria seu pai lá, os esperando, mas encontrou o vazio e o silêncio da casa.

Se jogou na cama, escutando a falação de Jack na sala enquanto a mãe provavelmente fazia o jantar. Charlie não sentia fome e tudo que queria era dormir e ter sonhos bons, o que não vinha acontecendo com frequência. Quando pensara que os pesadelos a abandonaram, eles voltaram com tudo. Pesadelos sobre o que acontecia com seu pai, que se mesclavam aos pesadelos com J. L. C., numa bagunça incompreensível. A ligação que sua mente fazia tornava os pesadelos incompreensíveis.

J. L. C. voltara. E por que? Se até mesmo Charlie havia devolvido o livro ao lugar que nunca deveria ter saído, por que? Estas questões atormentavam Charlotte, ela perdera algo que seu subconsciente capturara, mas ela não conseguia decifrar a mensagem.

Após algum tempo, suas pálpebras começaram a pesar e o sono a pegou, levando para um lugar distante, ou nem tanto.

Não chore. Ela escreveria na manhã seguinte, após acordar de um pesadelo.


E... eu voltei. Perdão, conspiradores, o bloqueio me cercou de uma forma inesperada. Espero que gostem. Não esqueçam de deixar estrelinhas e comentários. Obrigada por acompanharem <3 

A Menina da ConspiraçãoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ