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Na pressa de atravessar a rua
Ele não a viu. Ela, na correria para
Voltar ao trabalho também não o enxergou.
Uma pena que o destino às vezes
Evita as pessoas. Seus olhares teriam
Se encontrado, teriam se apaixonado
E ficariam noites em claro pensando
Em olhos nos quais teriam certeza de que
Nunca mais veriam, em poemas de amor
Que nunca dedicariam, em conversas
Jogadas fora num encontro causal,
Taças de vinho caídas na pia da cozinha
Enquanto eles adormeciam abraçados
Num canto do sofá.
É, às vezes o destino gosta de
Brincar com a gente.

Pensamentos & Reflexões | LIVRO 02Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt