𝙿𝚘𝚎𝚜𝚒𝚊 𝙼𝚒𝚗𝚑𝚊

𝙲𝚊𝚍𝚎𝚛𝚗𝚒𝚗𝚑𝚘 𝙳𝚎 𝙱𝚘𝚕𝚜𝚘

Arranjei um caderninho de bolso, agora hei de ser escritor (de caderninho de bolso).

Esquecerei de levar algumas canetas para escrever, mas não esquecerei do caderninho.

Algumas outras canetas, esquecerei por cantos afora, quando - num momento de deslize - Pluft! Perdeu-se de vista as pobres canetas...

Mas quando acontecer, que aconteça, não faz mal. Esquecerei por aí alguns parágrafos sobre alguns amores também.

É bom, porque alguns amores devem mesmo ser esquecidos, mesmo que em pARágRafOs EsqUeCIdOs.

Mas e você, como vai?

Eu estou com frio, com sono, e com saudade.

O frio e o sono passam, a saudade fica.

Mas hoje eu arranjei um caderninho de bolso, hei de ser escritor (de caderninho de bolso).

Da saudade eu conto para ele.