Devil Eyes - Capítulo 1

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─── Bom dia, caros alunos! Conforme estávamos programados para nos reunirmos no pátio da escola, a fim de proceder com a contagem meticulosa dos discentes, preparando-nos para nossa empreitada em direção ao aeroporto. Gentilmente solicito que desativem todos os alarmes de vossos dispositivos móveis e, se possível, os desliguem por completo, a fim de evitar quaisquer interferências durante o processo de contagem. Agradeço a colaboração de todos. - Murmurou o nosso erudito professor de História, indicando a porta da sala de aula onde nos encontrávamos.

Aguardamos pacientemente até que a sala se esvaziasse em parte, permanecendo apenas eu e meus leais amigos, antes de decidirmos sair. Enquanto percorremos os corredores majestosos da instituição de ensino, deliberamos sobre as atividades lúdicas que seriam realizadas na festividade de celebração, uma vez que alcançássemos a exótica ilha.

Enquanto caminhava ao lado de Soyeon, percebi um embaçamento gradual em minha visão. Decidi ignorar esse sintoma, evitando causar atrasos ao grupo e aos funcionários da escola. As vozes animadas de meus amigos pareciam desvanecer a cada passo que avançávamos juntos. Adicionalmente, minha visão foi interrompida por rápidos clarões, evocando uma visão familiar que havia me assombrado naquela mesma manhã.

Na visão, testemunhei alguns companheiros deitados na praia, inertes e vulneráveis. Uma cena macabra se desdobrava diante de meus olhos, com alguns dos meus amigos exibindo barrigas expostas e mãos separadas de seus corpos. Mas, felizmente, ainda tinha alguns colegas "vivos" lá. Ao tentar me aproximar, fui abruptamente chamada por minhas amigas, que balançavam meu corpo preocupadamente, rompendo o estranho transe.

─── Minjeong, acorda, o que está acontecendo? - indagou Giselle, agitando suas mãos como se fossem brisa, enquanto eu jazia praticamente inerte no colo de Soyeon.

─── Deixa a menina aí, vamos logo! - resmungou Choi San, o incômodo namorado de Giselle.

─── Por que você é tão insensível? Ela está indisposta, se preferir, pode seguir em frente. Reserva-me um lugar no ônibus. - Giselle retorquiu, exasperada com seu parceiro.

Gradualmente, recuperei minha consciência, sentindo os finos pelos do meu braço eriçarem-se após o incidente. Ergui-me, adquiri emprestada a garrafa de água de Wooyoung, e continuei a caminhada ao lado de minhas companheiras.

─── Ah, você quase me matou de susto! Por acaso, desconhece o protocolo para sinalizar um estado de saúde precário? - Soyeon proferiu, entremeando sua fala com um suave tapa sobre minha cabeça. ─── Por favor, evite tal conduta novamente e avise-nos prontamente caso se sinta indisposta. - acrescentou com firmeza.

─── Esteja tranquila, prometo comunicar em ocasiões futuras. - respondi prontamente, buscando dissipar qualquer preocupação.

─── Não haverá uma próxima vez! Assegure-se de zelar devidamente por sua saúde, querida. - retumbou Giselle com um resmungo repleto de preocupação.

Continuamos nossa jornada pelo corredor, descendo as escadarias com passos decididos até alcançarmos o estacionamento, onde aguardava o ônibus destinado a nos conduzir ao aeroporto.

Os professores procederam à contagem dos alunos, meticulosamente confirmaram suas presenças na lista de chamada. Assim, cada aluno se dirigiu ao respectivo ônibus designado, enquanto minha turma prontamente se organizou dentro do nosso veículo. No entanto, meus amigos deliberadamente optaram por ocupar os assentos no fundo do ônibus, deixando-me na penúltima fileira do lado esquerdo, ao lado de Sunoo, já que Giselle preferiu sentar-se junto ao seu namorado no último banco, e Soyeon acompanhava sua outra amiga, Yuqi.

─── Percebi que você não estava bem no corredor. Como está se sentindo agora? - perguntou o rapaz gentilmente após se acomodar ao meu lado.

─── Estou um pouco melhor, obrigada por se preocupar. - respondi, deixando minha cabeça repousar na janela na esperança de pegar no sono.

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