cárcere

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Em meu peito, um cárcere oculto se esconde, 
Onde a alma, em desespero, clama por libertar-se. 
Neste invólucro de carne, onde a dor responde, 
Encontro-me prisioneiro, ansiando por mudar-se.

Ah, este corpo, qual cela fria e sombria, 
Guarda em si, um espírito inquieto, a sofrer. 
Como os poetas da triste geração que um dia, 
Na melancolia, buscaram seu ser compreender.

Nas sombras desta prisão, a luz da lua invade, 
Trazendo consigo sonhos de uma outra vida. 
Nesta pele que me encerra, a verdade evade, 
Deixando a alma, em suas correntes, perdida.

No silêncio da noite, a minha lira chora, 
Ecoando os lamentos de um ser em desalinho. 
Como uma alma que sofre, nesta hora, 
Sinto o peso do meu próprio destino.

Cada cicatriz, em minha carne gravada, 
É um verso de uma poesia não escrita. 
Nesta prisão, a esperança é desenhada, 
Na busca incessante de uma fuga infinita.

Oh, cárcere cruel, que me aprisionas sem piedade, 
Deixa-me voar, libertar-me desta dor! 
Anseio por uma nova identidade, 
Onde o meu ser possa se encontrar no amor.

Mas aqui estou, entre estas quatro paredes, 
Onde o espelho reflete um estranho para mim. 
Neste labirinto de emoções que não cedes, 
Luto para encontrar um começo ou um fim.

Neste cárcere, a alma clama em agonia, 
Por um momento de paz, uma chance de renascer. 
Sob o manto da noite, na melancolia, 
Sonho com o dia em que irei me reconhecer.

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