HOPELESS | BUCKY BARNES

38. ᴛʜᴜɴᴅᴇʀʙᴏʟᴛs - ᴘᴀʀᴛᴇ 1

— Escute, Barnes. — Abigail colocou a mão no ombro dele, sem dizer uma palavra ele seguiu com os olhos o movimento dela. — Sei que você tem seus problemas pessoais e que é difícil se adaptar a essa nova vida e também sei o que dizem por ai sobre você...

Bucky olhou para a mão dela em seu ombro.

— Mas eu não sou o inimigo. — Abigail sorriu. — Sou apenas uma chefe preocupada com seus subordinados... Então se aconteceu algo com a Agente Ackard, eu preciso saber.

— Você poderia tirar suas mãos de mim? — Bucky pediu tentando não parecer mau educado. — Eu já disse que não tem nenhum problema.

Enfiando as duas mãos dentro do bolso da jaqueta, Bucky deu as costas caminhando devagar em direção ao elevador.

Mesmo longe, ele conseguia ouvir a conversa das duas mulheres na recepção.

— Mande um alerta em nome da Agente Ackard. — Abigail disse para a secretária que imediatamente obedeceu. — Se ela sumiu, eu quero saber o porque.

As portas do elevador se abriram e Bucky deu sorte de estar vazio. Ele não queria ter que conversar com mais ninguém pelo resto do dia.

— Segura o elevador. — Valentina se esgueirou assim que as portas estavam fechando conseguindo entrar a tempo. — Ah, você está ai...

A atenção de Bucky estava no painel digital vendo o elevador descer andar por andar, talvez assim ele conseguisse ignorar a presença da mulher ao seu lado.

— Muito inteligente da sua parte plantar a dúvida na cabeça da Abigail Brand para que ela procurasse pela Selene. — Valentina disse chamando a atenção de Bucky que ficou surpreso por ela ter notado como ele havia manipulado a situação.

— Eu não sei do que está falando. — Bucky permaneceu com o tom de voz firme.

— Estratégia de guerra. — Valentina abaixou um pouco o óculos dando uma piscadinha. — Eu sei, seu segredo está seguro comigo.

E novamente o silêncio tomou conta do elevador.

— Mas se me permite dizer... — Valentina olhou bem para o rosto de Bucky. — Você está procurando sua parceira no lugar errado.

Era óbvio que Bucky não iria acreditar em nenhuma palavra que saísse da boca daquela mulher.

Valentina Allegra falava como se estivesse blefando em um jogo de pôquer e Bucky era mais experto do que isso.

— O Fisk deve estar agora mesmo depenando ela como um verdadeiro canário. — Valentina disse olhando para as unhas recém pintadas.

— O que disse? — Bucky virou o rosto em direção a mulher.

— Eu sei onde ela está. — Valentina respondeu e Bucky reagiu aquela informação a empurrando do outro lado do elevador com o braço em seu pescoço. — Eu te digo tudo o que quer saber... Mas que tal tomarmos um café antes?

— Não tenho tempo para os seus joguinhos. — Bucky trincou os dentes fazendo sua mandíbula marcar.

— Desculpe, eu sou viciada em cafeina. — Valentina riu. — Até frequento reunião de auto-ajuda.

Bucky pode ouvir o coração calmo de Valentina, como se ela soubesse que estava no controle da situação.

— E então? Podemos? As pessoas estão olhando. — Valentina disse olhando para o lado e só agora Bucky tinha notado que as portas estavam abertas.

Sem dizer uma palavra, Bucky a soltou dando um passo para trás se afastando de Valentina que passou a mão pelo seu casaco de pele.

— Não é tão difícil obedecer, não é? — Valentina tinha um sorriso convencido nos lábios. — Conheço uma cafeteria incrível.