Ao voltar, percebo que há pessoas na cozinha. Lucy está lá com as outras funcionárias e meu pai está sentado tomando café.
Os cumprimento com "Bom dia" e um sorriso e vou até meu quarto.
◇ O dia passa rápido e já é hora de dormir. Mesmo a noite, aqui faz muito calor, então deixo a janela aberta e me deito.
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Alguns minutos depois de me deitar consigo dormir, mas não relaxo. Estou sonhando coisas estranhas, não consigo entender muito bem o que é. Me contorço na cama tentando acordar, mas não funciona. Tento chamar meu pai, mas minha voz não sai.
Segundos depois, sinto uma mão em meu ombro.
— Ei, shhh. Tá tudo bem? Ele fala próximo ao meu ouvido e eu finalmente consigo acordar do pesadelo. Aflita, abraço meu pai e sinto vontade de chorar.
— Dorme aqui essa noite? Por favor, eu tô com medo.
Falo com a voz trêmula e me aninho em seus braços, puxando-o pra mais perto.
E a resposta vem em seguida:
— Não posso ficar aqui. Na verdade nem deveria ter entrado.
Só então percebo que a pessoa não é o meu pai.
Droga! Droga!
Assustada e com mais medo ainda, o solto e me afasto rapidamente.
— Não grite, se alguém ouvir, seu Fred vai me matar. Não vou mecher com você, eu só estava passando aqui por perto, vi que a janela estava aberta e escutei uns barulhos. Chamei, mas você não ouviu, então decidi entrar pra averiguar se estava tudo bem.
Ao ouví-lo, reconheço sua voz. É ele. De novo.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele fala novamente:
— Mas eu já tô saindo, não precisa se preocupar. E peço que não diga nada a seu pai.
Não o deixo sair, sem antes sanar minhas dúvidas:
— Espera. Pq você entrou? E como sabia que esse quarto é meu e não do meu pai ou sei lá, qualquer outro quarto?
— Já falei. Estava passando e vi a janela aberta, em seguida escutei barulhos. E eu não sabia que o quarto era seu, apenas supus, já que vi você pela janela outro dia.
Me viu pela janela. Ele. Ah, não. Não, não, não.
Ligo os pontos: A janela estava aberta e eu estava NUA. Minutos depois o flagrei se masturbando no vestiário.
Ele não só me viu, como me viu pelada.
A partir daí, senti minhas bochechas ficarem vermelhas. Aquele maldito homem gostoso, cujo pênis fora o primeiro que eu vi, já tinha me flagrado nua também.
Não sei nem o que dizer de tanta vergonha.
Então ele se vira e pula a janela. O escuto dizer: — Desculpa pela invasão. Boa noite.
