𝐈

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Alice se aconchegava em seu assento no avião enquanto ouvia sua mãe perguntar repetidas vezes de ela já havia começado a estudar seu novo idioma.

A empresa de sua mãe havia aberto uma nova filial no Japão e acabaram mandando sua mãe para trabalhar lá, o que não agradou nem um pouco Alice. Não queria deixar seus amigos e sua vida no Brasil por causa de sua mãe, mas ela não tinha muita escolha no momento.

Fazia um curso de inglês, mas nem sequer havia se formado quando soube da notícia da mudança. Isso foi há duas semanas atrás.

O idioma japonês em si ela achava complicado, achava que não conseguiria decorar tantos símbolos e junta-los para formar palavras, ainda mais quando se havia três alfabetos japoneses para estudar e decorar. Era tudo muito complicado.

Sabia o básico do japonês, como agradecer, pedir desculpas, as saudações dos períodos do dia e se despedir, fora isso o idioma era totalmente confuso para ela.

𑁋 Já começou a estudar o alfabeto? 𑁋 sua mãe perguntava ao se sentar ao seu lado.

𑁋 Qual deles? 𑁋 ele apoiou seu cotovelo na janela do avião.

𑁋 Todos 𑁋 falou vendo Alice negar 𑁋 Poxa, Alice, você tem que colaborar também. Quando irá começar a estudar os alfabetos?

𑁋 Não sei..

Sua mãe suspirou pesadamente enquanto olhava para ela.

𑁋 Sei que você não está gostando da mudança, mas você verá, logo logo você acostuma.

𑁋 Me acostumar? Como? Se não entendo uma palavra do que eles falam?

𑁋 Só estudar, Alice, você consegue.

Aquilo fez Alice suspirar pesadamente, virando-se para o lado para tentar dormir um pouco, já que a viagem seria longa.

˳ 𓂃ֺ ⌗ 🍙 ⌗ 𓂃ֺ ˳

O avião teve que parar em um outro país, para que Alice e sua mãe pudessem pegar outro avião diretamente para o Japão.

Aquilo demorou algumas horas, o que irritou Alice. Ela já não queria de mudar e ainda essa demora toda? Que merda!

Sua mãe havia dito para ela ir estudando um pouco, mas ela não sabia nem a diferença dos três alfabetos, quem dirá começar a estudar os símbolos de um só. Imagina se ela começa pelo errado?

E outra, seu celular não havia sinal de telefone e nem internet, seus dados móveis não funcionavam ali. Após um tempo de espera, Alice e sua mãe enfim embarcaram no outro avião, indo diretamente para o Japão.

Aquilo demorou mais algumas horas, chegando ao país de noite. O corpo de Alice estava totalmente cansado, só desejava se deitar em algum colchão macio e dormir por longas horas.

Ao saírem do aeroporto, Alice já fechou a cara, aquelas diversas pessoas falando um idioma que ela não entendia a deixava irritada.

𑁋 Para onde vamos? 𑁋 Alice perguntou.

𑁋 Bom, a empresa me deu um apartamento em um condomínio no centro de Shibuya. Iremos morar lá.

𑁋 Hm, entendi..

𑁋 Agora só falta pedir um táxi.. hm, deixe-me pegar meu celular, irei usar o tradutor 𑁋 pegou seu celular.

Um aplicativo de tradução era o que a mais velha usava. Alice agradecia pela tecnologia já estar avançada e poder usar aplicativos de tradução para poder entender um pouco do que falavam.

Viu sua mãe se aproximando de um taxista e usando seu celular para se comunicar com ele, enquanto isso Alice permaneceu parada no mesmo lugar, vigiando as malas. Logo sua mãe retorna, dizendo que o taxista as levaria até sua nova casa.

Alice suspirou pesadamente ajudando sua mãe a levar as malas até o táxi, as colocando no porta-malas. Elas entraram no carro enquanto o motorista falava algo que era incompreendido por Alice.

Pegando seu celular, a mais nova entrou em algum jogo offline que tinha em seu celular e ficou jogando até chegarem em sua nova casa.

Era um prédio um pouco alto, com sete andares no total. Enquanto sua mãe foi resolver a questão do apartamento, Alice observava a rua, havia alguns comércios pela mesma.

Logo vê um carro entrando no estacionamento do prédio e, pouco tempo depois, uma família passa por ela. Era um casal e um bebê, que ficou a olhando por algum tempo.

Ela sorriu para o bebê, que sorriu de volta para ela, com aquele sorriso banguela. Os pais do mesmo a olharam, a vendo interagir com seu filho, aquilo os fez sorrir. A mãe segurou o braço do bebê o fazendo dar "tchau" para a mesma e logo em seguida entraram no elevador.

Seu sorriso de desmanchou assim que sua mãe se aproximou novamente, com a chave do apartamento em mãos.

𑁋 Ficaremos no terceiro andar, no apartamento 350 𑁋 sua mãe disse enquanto a ajudava a levar as malas até o elevador, na qual elas tiveram que esperar um pouco pelo retorno do mesmo, já que havia levado a família anterior até seu andar.

É, essa seria sua nova vida agora.

... Continua.

𝐀𝐋𝐄́𝐌 𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀𝐒; Chifuyu MatsunoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz