Hora da coruja ...

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Acordei na hora da coruja, como costumava acontecer nos últimos dias. Mas algo estava diferente desta vez. Assim que abri os olhos, senti uma presença estranha ao meu lado. Um arrepio percorreu meu corpo e eu me afastei da cama, assustada.

Olhei para as velas que estavam apagadas no quarto e levantei rapidamente, logo consegui conjurar fogo apenas com o olhar. Fiquei ainda mais assustada com o que acabara de sentir mas não tive tempo para pensar muito, pois algo chamou minha atenção.

O lado da cama que deveria estar desocupado estava completamente bagunçado, como se alguém tivesse estado ali e acabado de sair. Eu sabia que estava sozinha no quarto naquela noite, então não conseguia entender o que estava acontecendo.

Vesti meu roupão e decidi ir até a varanda do meu quarto para tentar entender o que estava acontecendo. Olhei para a floresta que ficava atrás da minha casa e, ao olhar com mais atenção, ajustando minha visão para a escuridão, vi algo se movendo, uma sombra, parecia querer chamar minha atenção... mas tive a impressão de que nem um ser sanguinário passaria perto daquilo, seja lá o que fosse...

Meu coração acelerou e eu me aproximei da varanda para tentar ver melhor. Foi então que eu o vi. Um homem alto e forte ... tenho certeza que era um homem, se não... um monstro com uma capa escura que cobria todo o seu corpo é seu rosto, mas podia ver seus olhos brilhantes, Ele estava parado em frente à minha casa, observando-me.

Eu não sabia o que fazer ou dizer, mas passei horas e horas o olhando,
Fiquei paralisada por mais alguns segundos, tentando entender o que estava acontecendo. Foi então que ele começou a se aproximar para a escuridão conforme as luzes de minha casa foram ascendendo...
Seus passos eram lentos e calculados, como se estivesse tentando não fazer barulho ou não chamam a atenção de Dianna...

Eu sabia que precisava fazer algo, mas... não fiz Corri para dentro do quarto e deitei novamente e fechei os olhos... foi quando Dianna abriu a porta e sentir seu olhar sobre mim,
Mas ouvir quando ela fechou a porta e desceu as escadas, seja lá o que ela estava fazendo aquela hora, acho que ela também sentiu a presença daquele ser ... Foi então que eu me lembrei de ver aquele olhos que transmitiam uma mistura de sensações, em algum lugar... ou melhor em um sonho.

Corri de volta para a varanda e olhei para a floresta, mas ele não estava mais lá, restava aquela sensação de medo e o sons que a floresta vazia...
Tentei dormir aquele resto de noite, mas não consegui, simples vi o sol começar a subir pela manhã com um pouco de neve caindo pelo chão... aquele frio, é aquele tempo onde todos diziam que iria ser o maior inverno do ano, o mais frio e o mais difícil para alguns.
Mas de fato apontando por grande exagero por mim, coloquei minhas mãos sobre as velas e elas apagaram, deixe o fogo apenas nas velas perto da cama, queria ter certeza de que aquilo, não voltaria...

Pela manhã, escutei  gritos ... sim, gritos de minha mãe, levantei imediatamente e corri pelas escadas, dando de cara com uma vasta opções de vestidos de frio... elas estava gritando de alegria, parecia que aquela vista a consumia. Foi então que eu cheguei perto do rapaz que trouxe as roupas e ele me entregou uma carta, uma carta do duque, uma das várias que eu nunca respondi ou melhor nunca responderia, nunca descobrir por que tanta insistência em me querer, deveria ser para ter mais um troféu em seu castelo... gratamente joguei a carta da cadeira, olhei para minha mãe e sair, ela veio atrás de mim resmungando sobre minha ingratidão e falta de carinho pelo nobre rapaz.
Então entrei para dentro do quarto e fechei a porta antes mesmo dela entrar.

Se minha vó e Miranda suspeitassem do que ocorreu ontem a noite, seria o meu fim, provavelmente me mandaram para o castelo do duque, porque segundo elas os seres malignos me quererem para arrancar meus poderes e beleza...

Mas infelizmente aquela noite não iria sair da minha cabeça... então fui chegando perto da cama e puxei os lençóis e sentir um cheiro, um cheiro um tanto quanto familiar... parecia Ervas aromáticas com um toque quente de verão.
Eu já sentir aquele cheiro... então.

LAPSO DE MEMÓRIA

(-Porque você fica atrás de mim Beatrice ? Eu quero ficar sozinha !!

-Quem disse que eu sou a Beatrice ? Não sou tô tão quanto ela!! (Estranho)

Me virei rapidamente, e me deparei com ele...

-Espantada jovem criança? Não temas...
Não vou machucá-la, não ainda!!

-Q- quem é você ??

Coloquei as mãos para trás, eu só tinha 9 anos, mas estava pronta para tentar conjurar seja qual fosse o feitiço, por mais que eu ainda não tivesse controle do meu poder...

— — — fechamento do Lapso

Soltei o pano do chão e me afastei imediatamente, não sei Oq foi aquilo, mas certamente não lembro daquilo ter acontecido... por que eu estava... aquela memória era minha ?!
Eu não estou conseguindo mais entender, como uma memória é minha e não me lembro dela...
Era tão real, tão vivido...

Lembro de algo que Beatrice disse noite passada "o motivo de termos ido embora"... algo estava faltando, tinha que ter uma resposta para isso, e Beatrice vai me dizer.
Ela queira ou não!!

Coloquei minhas botas e meu espartilho com minha roupa de frio... sai pela varanda para que ninguém pudesse prever minha saída repentina plena 6 horas do amanhecer, partir rumo a cachoeira onde eu sabia que encontraria Beatrice.

 sai pela varanda para que ninguém pudesse prever minha saída repentina plena 6 horas do amanhecer, partir rumo a cachoeira onde eu sabia que encontraria Beatrice

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