E quem eram esses três sub-magnis?

Dois outros filhos de Zeus: Ártemis e Ares.

Um dos filhos de Afrodite: Eros.

Afrodite teve muitos casos, muitos frutos desses casos também, embora ela reconheça glória em apenas dois deles: Eros, o deus do amor e erostismo, e Perséfone, deus da agricultura e vegetação. Muitos eram os boatos e murmúrios de como Perséfone surgiu, seja por traição, acaso ou um caso com um mortal. Ainda assim, Perséfone, ou Harry, era um deus e era tratado como tal, no Olimpo e fora dele.

Harry era doce, ele era mesmo um garoto de muitas virtudes. Além de seu dom divino, com toda agricultura, vegetação, tudo que era natural, ele possuía uma beleza fenomenal, digno até mesmo de ser admirado pela própria deusa da beleza, Afrodite. Ele era dócil, gentil e sua personalidade era encantadora. No entanto, por mais que ele fosse um deus e que possuísse todas essas virtudes que foram mencionadas, Harry ainda possuía um pingo de escuridão em sua alma, pingo este que o fazia ser diferenciado dos demais.

As pessoas não o entendiam completamente, no olimpo acreditavam que a pequena porcentagem de escuridão em sua alma um dia viria à tona, mas até então, Harry era um perfeito deus.

Um perfeito deus prometido a Ares, filho de Zeus e um dos quais este mais possuía orgulho.

O pedido não havia sido oficialmente feito, mas Afrodite e Zeus discutiam isso por séculos a fio e este era o momento para essa união ser anunciada. Como dito no início, mais um ciclo do sol foi cumprido, mais um ano se fechou, e os deuses organizavam-se para comemorar naquela noite. A ideia era usar a data especial para fartar-se com motivos, coisa que já faziam todos os dias, rindo dos pobres mortais que prostravam-se por todo um ano diante deles.

As estrelas bonitas, com seu brilho explosivo, iluminavam os céus sobre o palácio de Afrodite, ao mesmo tempo em que Harry rolava sobre seus lençóis macios, como se deitasse sobre as próprias nuvens, perdido em seus pensamentos, aqueles que viviam por ocupar sua mente a todo instante, e fingia estar ouvindo os sermões de seu irmão mais velho, Eros.

— Podes compreender agora como é sério este meu medo, Harry? — Eros o perguntou, confuso sobre um assunto qualquer, assunto este que não era do interesse de Harry, ao parecer.

Eros resmungou algo, ao não obter resposta alguma. Ele dispensou o tecido delicado em tons de branco e creme, com detalhes em dourado, a túnica que Harry usaria no baile, sobre a almofadas que foram bordadas por ninfas e preenchidas com penas macias. Logo, ele andou até parar perto do irmão, ao lado da cama, pondo suas mãos na cintura.

— Harry!

— Sim? — Harry piscou lentamente, olhando para o irmão, sentando-se na beirada da cama, algo que fez seus cachos longos e bonitos escorregarem por seus ombros largos, como uma cachoeira de ondas na cor chocolate.

— Perguntei se está pronto para essa noite. Eu expressei meu medo e incerteza de anunciarem o seu noivado com Ares em meio a uma festa tão importante quanto esta — suspirou, sentando-se ao lado do irmão e mostrando uma expressão preocupada — é que após o anúncio, quem sabe as pessoas em cima de você, te deixassem sufocado. Sabe como o olimpo é movido por interesse e as pessoas vão atrás de quem detém o maior poder. A sua união com Ares é um grande passo para a sucessão do olimpo, Ares é o próximo a ter o lugar de Zeus, na próxima geração.

— Eu entendo a sua preocupação — Harry lentamente sorriu para ele, pondo uma de suas mãos sobre a de Eros — mas mamãe já se decidiu sobre a minha união com Ares. Eu não o amo e não o vejo como um futuro amor, mas é o meu destino, mamãe disse que é o que eu nasci para fazer.

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