Capítulo 20

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- Abre a boca! 

Ana gargalhou mais uma vez tentando espantar a mão malandra de Harry que tentava chegar á sua cintura para fazer á rapariga o que mais ela odiava - Cócegas.

Estavam na banheira bastante avantajada na casa de Harry onde haviam voltado pelo entardecer do dia que se fez rápido, decidindo optar por um banho morno onde a sobremesa era morangos com chocolate derretido que tinham comprado num supermercado qualquer ao voltar para casa.

Ana queria comer a sobremesa na quietude enquanto o rapaz apenas a sabia apoquentar levando o momento para outro lado, tentando ao máximo escorregar as mãos para sítios pouco pertinentes.

Harry - Anda cá então - Riu-se mais uma vez olhando-a sério mais de uma forma bastante sensual. Umedeceu os lábios, abrindo o seu grande sorriso como só ele sabia fazer pelas vozes que pairavam pela alma de Ana.

Estavam de frente um para o outro, a água coberta de espuma com cheiro a lavanda, a rodar pelos peitos de Ana e pelo torso de Harry bem na zona da sua barriga, onde aqueles gominhos que Ana tanta adorava, iam abraçando-se pela água quente no tom perfeito. As pernas da rapariga estavam em cima das dele, cujas quais estavam encolhidas devido á sua altura. 

Ana - Sabes perfeitamente que isso não vai acontecer... - Disse quase num suspiro quando sentiu novamente as suas mãos a subirem pelas suas pernas, querendo ir na direção do fruto proibido. Um sorriso perverso pairava na cara do rapaz em frente dela quando sentiu que a mesma não havia oferecido quaisquer rejeição quanto ao toque.

Harry - E posso saber o porquê? - Disse roucamente. Algo típico dele que endiabrava o lado malicioso de Ana.

Ana - Ambos sabemos onde isto vai parar se continuares com essas mãos... - Murmurou de olhos fechados, sentindo uma das mãos a tocar na parte interna das suas coxas.

Harry - E se eu não conseguir parar? - Sussurrou apoiando o seu braço numa das laterais da banheira para se aproximar dela, ficando a centímetros quase escassos do toque dos seus lábios.

Ana - Eu só estava a tentar comer a sobremesa, Harry... - Soluçou de olhos fechados, sentindo os seus lábios a tocarem numa parte sensível do seu pescoço. O sitio onde ele sabia perfeitamente que ela gostava de ser tocada.

Harry - Baby... - Rosnou roucamente beijando a curva do seu pescoço tocando com a sua outra mão, num dos seios de Ana - Tu és a minha sobremesa.

E ali novamente começou a sessão de amassos, amando-se ali os dois dentro da sua própria bolha, onde nada mais amargava nem mesmo os problemas que advertiam a vida dos dois. Ali não havia nada que pudesse destruir um dos muitos momentos onde se amavam com todo o amor que nutriam um pelo outro. Apenas o corpo dele em cima do dela, tomando dela o que sempre fora dele.


E assim sempre seria


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Era segunda feira, ou seja, mais um dia em que o trabalho requeria maiores intenções por motivos óbvios. Ana andava nos seus saltos Louboutin pretos, onde o barulho do taco a bater no mosaico fazia cada um saber que a patroa estava a chegar.

Havia saído da sua casa, depois de ter tomado mais um banho, desta vez sem interrupções, com uma maquilhagem um pouco básica de apenas base, rímel e um batom vermelho. Depois daquele fim de semana, que mais havia parecido meia dúzia de segundos, precisava de algum tempo para poder se recompor, tanto fisicamente com psicologicamente.

O corpo dele pairava por cada canto da sua memória que ia falsificando a sua atenção que deveria dar aos documentos em frente a ela, pela forma de como o corpo de Harry se encaixava no dela. Na recordação da sua voz ao sussurrou ásperadamente no ouvido dela ao dizer o quanto a desejava ali naquele momento e de como nada havia superado as saudades e a falta dela.

Sorria vez ou outra lembrando-se desses pequenos detalhes. Era querido ao ponto de a surpreender por trás, beijando-lhe a curva do ombro com o seu pescoço e abraçando-a por trás. Fora quase impossível poder sair daquela maldita casa, ouvindo as juras dele ao pedir para ela ficar ali com ele, dizendo que só ela é que lhe interessava e de que, pelas sábias palavras dele, " que se foda o trabalho, volta para a cama comigo".

Sentia-se dorida o suficiente ao ponto de o ato completamente inocente de se sentar na sua cadeira da sua secretária, lhe doer tanto como se tivesse sido passada a ferro por um camião. Mas quando pensava nessa dor, a sua mente voltava a rodopiar sobre o que acontecera entre aquelas quatro paredes. Em algum momento havia sentido que o que tinham feito não passara apenas de sexo. Não nada disso, era completamente o oposto, tal como ainda se relembrava.

XXX - Senhora Ana tenho aqui alguns documentos que precisam de ser revisados por si e assinados - Revelou depois de a mesma autorizar a sua entrada. O tempo havia passado repentinamente e quando dera por ela apenas faltava meia hora para fazer a uma da tarde.

- Sim claro, pode-me deixar aqui em cima da mesa que eu já dou uma vista de olhos. Obrigada - Disse atenciosamente, não lhe dando atenção, focando o seu olhar inerto nos papéis que ia conferindo nas suas mãos.

XXX - Com licença - Despediu-se ouvindo o barulho da porta a bater devagar.

Estava a acabar de assinar mais um documento, um concerto que se ia realizar na baixa para angariação de fundos de um projeto para crianças com deficiências, onde Ana e a sua empresa eram uma das embaixadoras, algo que ela própria adorava, quando ouviu secretamente a porta novamente a abrir.

Decidiu não dar muita importância, dizendo apenas " Mas quiseram jogar hoje todos ao totoloto para me virem bater á porta pela décima vez?".

 - Bem, tendo em conta que se o prémio fores tu, sem dúvida que iria manipular o jogo e comprar todos os bilhetes para que fosse necessário eu ganhar.

Ouviu a sua voz rouca diante de si, num fato slim fit preto de camisa igualmente preta. Estava qualquer coisa com os seus caracóis curtos puxados para trás quase num topete, andando na sua direção de mão no bolso e com um sorriso de canto mostrando os seus dentes perfeitamente alinhados e esbranquiçados. O seu olhar dominante mirava na sua direção, mantendo a sua posição de macho e homem sério.

Podem acreditar quando digo que qualquer mulher suspiraria ao passar por ele, pois quem não o faria?

Ana - Posso saber como me encontraste? - Disse sobrepondo a sua sobrancelha para cima, em tom confuso mas por dentro embambecida pela forma de como ele não desiste.


E mesmo que o quisesse, ela saberia que era burra ao ponto de negar o seu desejo


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My Only Angel IPTWhere stories live. Discover now