Christian abriu um sorriso de satisfação. As coisas estavam ficando menos assépticas.

Ana ajeitou os ombros antes de levar a mão ao colarinho. Os botões foram abertos num ritmo dolorosamente lento, então o tecido branco foi ao chão, junto com a saia cinza. A maneira como ela levantou o queixo quando permitiu que ele a olhasse mostrava determinação. E ele olhou.

Em geral preferia mulheres com seios grandes, lábios carnudos e coxas grossas. Gostava de carne preenchendo suas mãos. Ana não era daquele tipo. Tudo em si era modesto. No conjunto bege de calcinha e sutiã, seu corpo miúdo revelava ombros e braços elegantes, cintura estreita, quadris de curvas suaves e pernas bem formadas com tornozelos delicados. Não era o que ele sempre achou que preferisse, mas parecia perfeita.

__Tira o sutiã. - A voz dele soou mais áspera do que pretendia, mas foi inevitável. Estava morrendo de vontade de ver o restante do corpo dela. Ana podia não ter fantasiado sobre o tempo que passariam juntos, mas Christian sim.

Ela cerrou os punhos ao lado do corpo.

__Isso é mesmo necessário? Não são meu maior atrativo. São pequenos.

__É necessário, sim. Os homens gostam de ver, independente de tamanho. - E de tocar. Nossa, como ele queria tocar os peitos dela.

Ana fez uma careta, parecendo prestes a iniciar uma discussão. Quando levou a mão às costas para tirar o sutiã, ele prendeu a respiração.

Christian mordeu o lábio para segurar um sorriso. Viu aréolas rosadas e bicos protuberantes que — sem dúvida nenhuma — ficavam durinhos o tempo todo, chovesse ou fizesse sol. Ana Steele, a economista pudica, tinha peitos de atriz pornô. E ele os queria em sua boca.

__E agora? - ela perguntou quase num sussurro.

Christian arrancou a camisa e jogou do outro lado da cama.

__Acho que você pode marcar um quadradinho.

Ela o encarou como se tivesse falado num idioma desconhecido. Depois de piscar várias vezes, sacudiu a cabeça e falou:

__Tá.

Inclinando o corpo para a frente, ela marcou um quadradinho no alto da lista. Depois ajeitou os óculos e ficou imóvel por um instante antes de tirá- los do rosto, remover o elástico dos cabelos e sacudi-los, fazendo com que caíssem em volta do rosto. Seus olhos azuis vulneráveis procuraram os dele antes de se voltarem para a parede do outro lado do quarto.

O ar escapou dos pulmões de Christian, e seus órgãos internos amoleceram enquanto o restante de seu corpo endurecia. Maravilhosa.

E assustada. Como amenizar aquele medo?

__Me deixa abraçar você.

Ela se aproximou o máximo que conseguia sem tocá-lo. Ele segurou o riso.

__Se você sentasse no meu colo ajudaria.

Mordendo o lábio, Ana montou sobre ele. Porra, como ela estava perto.Toda exposta.

Christian ficou todo duro de imediato, mas se obrigou a ir devagar. O principal ali era Ana. Achava que ela fosse se sentar toda rígida e tensa e que ele teria que descobrir alguma mágica para fazê-la relaxar, mas Ana foi logo se encostando e apoiou o rosto em seu ombro. Quando os braços dele a envolveram, ela soltou um suspiro profundo e se derreteu toda.

Os segundos se transformaram em minutos, e Christian se permitiu saborear o momento — sem falar, sem foder, sem fazer nada, só desfrutando da companhia. O quarto estava tão silencioso que dava para ouvir os carros rodando lá fora. Alguém passou conversando pelo corredor, então se afastou.

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