22# {Pesadelos}

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—Ei! Yoko! Acorde!— Uma voz grossa me chama, demonstrando estar irritada.

Eu abro meus olhos lentamente, pois não conseguia entender o que estava acontecendo. Enxergo uma figura com o rosto desfigurado, eu estava amarrada em uma maca hospitalar e essa figura estava em cima de minhas pernas, que estavam cobertas com um lençol branco, a criatura se aproximava ainda mais de mim, ficando com seu rosto próximo ao meu, eu balançava meus braços e pernas desesperadamente , para tentar me soltar e afastar aquilo de mim, mas era impossível. A maca chacoalhava de modo violênto, pois mesmo sabendo que não daria certo, eu continuo tentando me soltar, quanto mais a criatura se aproxima mais difícil fica de respirar e me mover, meus movimentos são segurados por braços extras que vinham das costas da criatura, um figura feminina aparece ao lado da cama, com um seringa em mãos  prestes a ser injetada em mim. Eu tento dizer algo mas minha voz não é  projetada, algo me impede de falar, a medida que meu ar vai acabando, minha visão enfraquece, posso enxergar grandes pupilas amarelas e brilhantes antes de apagar completamente.

Eu levanto assustada e respirando ofegantemente, dou um olhada em volta e reparo que estou em uma enfermaria, com alguns alunos feridos.

Foi um sonho!? Não...foi um pesadelo...— Eu reflito enquanto regulo a respiração.

— Eu exijo ver a minha filha!— A voz familiar de uma mulher grita do outro lado da porta da enfermaria.

— Senhora, eu já fiz o que era necessário, não precisa entrar em desespero, sua filha estará bem logo logo, apenas espere o procedimento ser concluído— A voz de Recovery Girl é ouvida.

— Apenas deixe-me ver minha filha!— A voz implorou.

— Apenas uma visita, não posso permitir pessoas não autorizadas dentro do consultório— Recovery Girl abre  porta em seguida.

Um casal entra logo depois, eu logo desejo morrer ao ver que a mulher que berrava na porta era minha mãe, eu viro meu rosto e tento escondê-lo com o lençol da cama, mas a mulher logo me reconhece.

— Yoko!— Ela vem até mim—Minha filha!— Ela pega em meu rosto.

— Aí! Mãe por favor!— Eu reclamo de dor.

— Por favor querida, seja cuidadosa— Meu pai se pronuncia— Não vê que o rosto de Yoko está acabado?— Ele me lança um olhar de reprovação.

Eu escondo o rosto de vergonha.

— Querida!— Ela finge um olha de preocupação.

— Qual o estado dela?— Meu pai pergunta.

— Foram queimaduras de primeiro a segundo grau, alguns cortes e arranhados  e uma grande torção no pulso, que inclusive já é a segunda, deveria tomar mais cuidado querida, qualquer outra torção nesse mesmo pulso pode quebra-lo.

Eu acenti com a cabeça, para evitar olhar para alguém.

— E mais uma coisa— Recovery Girl fala baixo— Ela chegou aqui inconsciente, depois do seu último ataque, deve ter ficado exausta e não aguentado. Assim que recebi ela em meu consultório, comecei a medir seus batimentos cardíacos, mas, quando fui examinar seus olhos...eles estavam assim...— Ela mostra uma fotografia para meus pais.

Eu ouço tudo com atenção mas tento disfarçar e esconder meus olhos, pois sinto que o olhar de meu pai queima sobre minha cabeça.

— Não sou especialista em olhos então não posso concluir o que é isso, mas acho que deveriam levá-la a um médico profissional— Recovery Girl recomenda.

— Certamente...— Diz meu pai— Yoko, vamos— Ela mandou.

Eu me assusto com o tom de meu pai e o comando repentino

Uma Réplica DiferenteWhere stories live. Discover now