IX - COMPARTILHANDO INFORMAÇÕES

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Eu estava sozinho com Kennedy no meu quarto; Kennedy por outro lado, estava dormindo.

Resolvi descer para tomar uma água e me certificar de que todos já dormiam. Já eram mais de dez horas da noite e o dia tinha sido bem agitado. Com a presença não programada da minha "amiguinha" Sofia, as coisas meio que fugiram do controle e por pouco a minha festa de aniversário não virou sinônimo de tragédia.

O que Sofia não contava era que Kennedy houvesse conseguido interceptar o dardo de veneno antes de ser completamente atingido por ele, o que nos dava duas vantagens sobre ela.

1: Ela estava achando que Kennedy estava morto.

2: Vamos poder utilizar o veneno que sobrou dentro do dardo para fazer análises e tentar encontrar uma cura.

Pensando nessas opções, decidi entrar em contato com Lucas o mais rápido possível. O contato direto dele com a AIBTEL poderia nos ajudar a agilizar o processo.

Meu avô nunca me disse onde era a sede da agência, e para falar a verdade, eu nem sei se ela tinha uma. Por se tratar de uma agência especial de treinamento de Elementais, eu só tive notícias dela em campos de treinamento aberto, que foi onde meus amigos passaram alguns dias treinando durante as férias, mas nunca soube se ela tinha uma base fixa como a primeira organização que meu avô inicialmente tinha planejado, antes de Kaila surtar e fazer vários cientistas se aliarem a ela.

Por sorte, consegui colocar Lucas lá dentro, e além de ele agora poder fazer o que gosta com um equipamento de qualidade, ele também pode trocar informações entre mim e a agencia.

A parte de "trocar informação" é meio complicada, pois depois que Kaila morreu, não ouvi falar muito de coisas incomuns relacionados aos Elementais, mas sempre que ficava sabendo de alguma coisa mais específica, tentava me comunicar telepaticamente com Lucas.

De início seus superiores ficaram curiosos para saber de onde ele conseguia tais informações, mesmo que não fossem informações tão perigosas ou coisas do gênero, mas depois de um tempo e sabendo que ele era um gênio dos computadores, eles acabaram desistindo de perguntar.

O fato é que agora eu precisaria entrar em contato com ele de novo, e a informação que eu tenho, dessa vez não é lá tão "simples" como as outras costumavam ser.

* * *

Depois que me certifiquei de que todos dormiam, voltei para o quarto e fui até a minha escrivaninha, onde comecei a me concentrar para tentar um contato telepático com meu primo.

Pelo que parece, ele estava próximo dessa vez, pois não demorei muito para estabelecer contato.

- Onde você está? – Perguntei assim que consegui o contato. – Preciso falar com você o mais breve possível. Consegui uma amostra do VK.

- Como você conseguiu? – Lucas perguntou admirado e também parecendo preocupado.

- O crédito não é meu. Um amigo se arriscou para conseguir e agora, mais do que nunca eu preciso saber se temos como encontrar uma cura.

- Me encontre no bosque da minha antiga universidade amanhã, as 9h. Estarei te esperando.

- Certo. Até lá então.

Encerro a comunicação. Diferente das outras vezes que fiz uma comunicação telepática, dessa vez eu não senti nenhuma dor de cabeça no final.

- Para variar, eu acho que finalmente estou começando a me acostumar essa coisa. – Falei baixinho para mim mesmo. – Acho que agora é hora de dormir.

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