Untitled Part 5

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Ed entreabriu os olhos com dificuldade, sua visão estava embaçada, piscou várias vezes e conseguiu enxergar Bruna a sua frente. O cofre estava aberto e ela tirava fotos das obras de arte, com seu celular. Gemeu e ela o observou dizendo:

            – Ainda bem que acordou do seu cochilo novato. Temos que ir.

            – Cochilo? – perguntou indignado. Observando que os seguranças continuavam desmaiados no chão com panos em seus rostos. Provavelmente com a substância igual a que tinha inalado.

            Quando se levantou, ainda atordoado, reparou que tinha uma mochila nas costas. Bruna disparou a falar.

            – Seguinte: encontrei as obras roubadas e enviei as fotos para o Henrique. – Continuou, enquanto fechava o cofre e colocava os livros no lugar. – Entramos sem chamar a atenção, mas não podemos sair por lá, ou então estaremos encrencados. Chegou a hora de colocar em ação o nosso Plano C...

            – Plano C? Quantos planos têm?

– O abecedário inteiro se precisar. – O levou até a varanda que tinha um visual deslumbrante da cidade, com seus prédios à distância e o arborizado bairro do Jardim Europa a sua frente. E falou: – Precisamos fugir e a melhor maneira é pular.

– Pular!!! Ficou louca? – perguntou desesperado.

            – Ah novato! Chegou até aqui e vai perder a parte mais emocionante da missão? Afinal, quer ser ou não um espião da ADQS?

            – Quero ficar vivo, se não for pedir muito! – respondeu irritado.

            – Claro, basta puxar a cordinha do seu paraquedas – disse enquanto colocava outra mochila em suas costas, e explicou apontando um carrinho do Buffet – um agente infiltrado como garçom deixou para a gente, caso precisássemos do Plano C.

            Escutaram fortes batidas na porta e se entreolharam receosos. Logo depois os seguranças mandaram abrir ou iriam arrombar. Ed encostou-se ao parapeito e olhou para baixo, com a visão ainda turva, sentiu um arrepio ao observar os carros minúsculos lá embaixo. Bruna sentenciou:

            – Agora não tem jeito vai ter que pular.

            – Não vou pular!

            – Tá legal! Então vamos ao Plano D.

As batidas ficaram mais fortes e Ed aflito perguntou:

– Sei que vou me arrepender, mas qual é o Plano D?

            Bruna, com um gesto rápido, fez com que ele segurasse a corda da mochila que usava. Empurrou-o em direção ao parapeito e rapidamente lhe passou uma rasteira, jogando-o pela sacada.

Ed soltou um berro de pavor e sentiu um intenso calafrio na barriga, pois estava em queda livre. A distância ouviu a voz de Bruna gritando:

– Não se esquece de puxar a cordinha!

Apavorado puxou a corda, sentiu o impacto do paraquedas se abrindo e o tracionando, com um solavanco, contra a gravidade. Relutante abriu os olhos e observou que pairava no ar, descendo suavemente. Soltou um suspiro de alívio.

As Aventuras da ADQS - A FestaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora