CAPÍTULO 04

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Christian



Vejo trilhões de mensagens de mulheres pedindo mais um encontro, ignoro por enquanto mas não deleto de imediato - posso precisar de companhia mais tarde.

Respondo apenas o Michael que avisa que a Carmin aceitou ir para a recepção.

Minha mãe está organizando uma recepção na mansão, com os empregados, alguns investidores e clientes. Será a primeira recepção que eu serei o anfitrião, então deixei os preparativos com quem entende.

Ainda não consegui conversar com Jasmine sobre a audição e o e-mail da Calight, quero fazer isso pessoalmente mas ontem ela já tinha compromisso. Não posso dizer que gostei de saber, mas ao contrário do que pensam eu não controlo a Jasmine, não tenho direito nem de tentar. Eu apenas quero protege-la de caras como eu.

Não sirvo para ela pois só a magoaria, por isso me mantenho longe. Como posso então, simplesmente deixar que destruam o coração dela?

Ontem, Jasmine teve o primeiro encontro com seu colega de trabalho que ela me falou faz um tempo. Eu combinei de passar na lanchonete no horário do fim do expediente para busca-la, então podemos sair e ela me contar tudo.

Não!

Não quero saber.

Claro que preferia que ela não me contasse nada, mas minha amiga insistiu e eu tenho que engolir o que quer que esteja acontecendo comigo e ser o amigo dela. Fácil? Não. Difícil como a morte.

Mas o que eu não faço por ela?

Termino todos os relatórios, continuo revisando os esboços para a coleção, tenho varias reuniões chatas com advogados e a equipe de criação da empresa até enfim liberar todos. São quase sete na noite, Jasmine deve estar liberada daqui a umas meia hora dependendo do movimento.

Aviso que estou saindo por mensagem e desço até o estacionamento, todos os empregados já foram dispensados. Com um dos meus Straklhers, começo a dirigir até a lanchonete que a Jas trabalha. Afrouxo o nó da gravata com uma das mãos, enquanto sinto o vendo assanhar meus cabelos.

Respiro melhor e decido puxar a gravata para fora, antes de abrir os dois primeiros botões da camisa e deixar uma parte do meu peito exposto.

Infelizmente, o trânsito está mais congestionado do que eu esperava, então enquanto dirijo aperto os botões no volante para ligar para Jasmine. Chama algumas vezes mas ela não atende, entendo que ela já está liberada e do lado de fora da lanchonete.

Jas não gosta de atender o celular naquela região, muito menos a noite e sozinha.

Após uma viagem mais longa do que gostaria, vejo silhueta dela a uns metros de distância. Ela abraça os próprios braços, sentindo o frio da noite. Está usando o uniforme de garçonete e um casaquinho fino de tom vermelho por cima.

Os cabelos chamativos estão presos num coque bagunçado e vejo ela reconhecer o carro, fazendo um sorriso aliviado nascer nos lábios dela. Vou estacionando devagar, libero as portas e ela entra ao meu lado.

— Estou aqui sozinha faz quase vinte minutos. — Seu tom não é bravo, mas de agradecida por eu finalmente ter chegado.

— Fiquei preso no trabalho e depois no trânsito, desculpe. — Ela continua apertando os braços ao redor de si mesma.

Tiro o meu paletó que com certeza é muito mais quente que o fino casaco vermelho e coloco por cima dos braços dela.

— Obrigada. — Me olha agradecida vestindo a peça que quase engole o corpo pequeno.

JASMINE - A jóia do CEO / #4 Série Jóias [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now