Prólogo

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Louis POV

Grunhi assim que ouvi a campainha a tocar, outra vez. Quem quer que esteja por detrás da porta, com certeza que me quer ver. Se eu fosse sortudo, seria um assassino.

Suspirei, pousei o copo de café na mesa a minha frente antes de me levantar o mais devagar possível e andar até ao corredor da mesma maneira. Juro que levei um minuto até chegar à porta.

“Louis!” Reconheci a voz do meu amigo Stan, que estava agora bem alta. “Se não abrires a porta, então que Deus me ajude-“

“Está bem! Não te irrites!” Disparei quando destranquei a porta e dei-lhe um olhar gélido. “O que é que queres?”

“O Mac e a Ross acabaram de me dizer que nos estás a deixar outra vez.” Ele disse firmemente, olhando para mim em desaprovação.

Revirei os olhos e voltei para a minha sala, sabendo que ele me seguia. “Sim, estou… então?”

“Então? Lou, companheiro, estás mesmo a perguntar-me isso?” A preocupação foi substituída por raiva no tom de voz do Stan enquanto ele andava em volta da divisão, olhando em volta como se eu tivesse aqui Marcianos. De repente, ele suspirou e deixou-se cair ao meu lado no sofá, pegou em algumas folhas de papel que estava ao lado do café. Eu nem tinha energia para para-lo.

“Por favor, diz-me que paraste de fazer isto…” Ele gentilmente abanou os papéis na minha cara e eu apenas lhe dei um olhar vago e um encolher de ombros que mal se notou. O suficiente para ele notar, pensei.

“Não acredito nisto… quantos mais destes é que há?” Ele perguntou e eu podia dizer que ele estava com medo da resposta.

“Não sei… vinte, talvez vinte cinco.” Encolhi os ombros outra vez; não era nada de mais para mim mas era um choque massivo para o Stan.

“Eu não acredito mesmo nisto… Louis, ela partiu-te o coração.” Ugh, aqui vamos nós. “O que menos precisas agora é de escrever musicas a pensar nela.”

“É um pouco tarde para isso, não achas?” Elevei a minha garrafa de cerveja e dei alguns goles enquanto observava o Stan a olhar para mim apavorado.

“Eu não percebo, tu nunca fizeste isto com a Monique.” Encolhi-me com a menção do seu nome.

“A Monique era uma puta.” Disse simplesmente. “Ela não me partiu apenas o coração. Ela comeu-o.”

“E a Lorena não?” Os meus olhos semicerraram-se com a menção do nome da outra rapariga. A pequena pedra voltou a atingir o meu coração quando alguém diz o seu nome, encolhi os ombros novamente.

“Ela teve uma razão decente.” Aqui estava eu, sentando na minha sala e agir como um divorciado; rodeado por comida, álcool e incontáveis folhas de papel onde tenho andado a escrever a minha raiva e tristeza. E pelo meio, a defender a rapariga que era culpada por isso.

“Não, ela não tinha.” Stan disse, pela milésima vez desde que lhe contei o que aconteceu. “E tu precisas de parar de a defender! Ela era uma cabra nervosa que tinha a cabeça nas nuvens e não viu o que o certo estava mesmo em frente a ela. Tu mudaste Lou e eu nem quero saber se ela foi a razão disso, porque ela não o viu. Tu mereces alguém que o veja.”

Não disse nada; nunca dizia. Ele atirou uns dos papéis para a minha barriga, o horror nos seus olhos não ia embora. “Por favor, pelo amor de Deus… diz-me que eu não estou apenas a falar com as paredes.”

Encolhi os ombros pela quarta vez, dando outro gole na cerveja enquanto ouvia o Stan suspirar. “Louis, já passaram dois meses. Queres mesmo voltar a ficar com ela?”

You again? (DC sequel) | PortuguêsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora