- Isso eu não tenho como garantir, você tem de confiar em mim. - ele deu de ombros, como se aquilo não importasse.
Quando ela ia responder, chegou outro rapaz.
- Felipe, está tudo arrumado lá na frente, o pessoal já trouxe a tinta. - Ele viu Flávia.
- É caloura?
Felipe olhou para Flávia e para Bernardo, seu colega de curso. Ele estava parecendo uma raposa querendo leva uma ovelhinha para o abatedouro.
- Essa caloura é minha, Bernardo, tira os olhos.
- Ok, ok. - Bernardo levantou as mãos. - Bom, deixa eu dar minha aula-trote de Cálculo. - Ele foi andando em direção a sala em que Flávia ia entrar.
- O que foi que te falei? - Felipe deu um sorriso. Flávia respirou aliviada.
- Quer dizer que eu sou sua caloura? O que basicamente isso significa?
- Não significa nada. Foi um modo de ele te deixar em paz. - Felipe puxou Flávia pelo braço. - Vem, vou te tirar desse prédio antes que fique mais difícil. - Deu uma parada antes de entrar no corredor principal do PVA e tirou um potinho azul do bolso.
- Mas deixa dar uma disfarçada. - Felipe colocou um dedo dentro do pote e o levou em direção ao rosto de Flávia.
- Ei, o que é isso? - Ela deu um passo para trás. Ele sorriu, aquele sorriso lindo e largo que já havia dado anteriormente.
- Calma, é tinta guache. Só lavar que sai. É para disfarçar, né? Você não vai sair daqui sem nenhuma pinturazinha, senão o povo la fora vai te esfolar.
- Você é ótimo para tranquilizar as pessoas. - Ela levantou os cachos ruivos que caiam sobre seus rosto. Felipe fez umas listras nas bochechas e a pegou pelo braço.
- Não sai de perto de mim enquanto eu não mandar. - Não soou como um conselho e sim como uma ordem.
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Até eu te encontrar
Teen FictionNa universidade de Viçosa, em Minas Gerais, calouros e veteranos começam a se conhecer e as amizades vão se formando em um mundo de estranhamentos que é a vida universitária. Até que... Até que as paixões começam a aparecer. CARLA: É uma moça intrag...