Capítulo 4

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Eu sentia,
estava em um estado catatônico, por causa do desespero.

Meu dinheiro estava acabando, fora demitida, por chegar atrasada, pela quinta vez, no mês.
"por causa dos malditos enjoos."
Eu não era fichada, é, Marcie, aquela vaca, teve muito gosto em me por para à rua. Sem qualquer burocracia ou sem me dar um tostão! Como eu odiava aquela megera insuportável!

Eu até tentará arrumar algum emprego, nas últimas semanas, mas... Quando descobriam  que eu estava grávida, inventavam desculpas, todas muito parecidas, de como meu currículo não era adequado para a função! Ou que me ligarião mais tarde! O que sempre me deixava esperançosa, mas, aquela ligação nunca acontecia.

Suspirei fundo, me levantando, da cama dura à qual estava, me colocando, de frente para o espelho trincado é manchado, do quarto da pousada. Minha barriga estava saltada, já com uma forma levemente arredondada, até de mais, para uma grávida de dois meses.

Senti meus olhos enchendo de lágrimas, ao tocar na minha barriga, com as pontas dos dedos. Tudo bem que minha vida se auto destruia por causa daquela gravidez, perdera minha amiga, meu emprego, minha rotina...Mas eu ganhara algo também... Meu pequeno pontinho.

Era verdade, que quando eu descobrira minha gravidez, eu ficará chocada, com medo, e desesperada, e até mesmo, pensei... em abortar.
"O que me estremecia agora, só de pensar naquilo," Mas ágora... tinha um afeto, pelo meu bebê, meu pontinho, me parecia agora, uma ideia horrível, me separar dele.

Sorri para meu reflexo, estava bem mais pálida, com olheiras profundas, parecia até mesmo mais magra, é com as costelas saltadas, devia ser a falta de ferro, à anemia que a enfermeira falara, mas em contrapartida, eu nunca vira meus olhos brilhar tanto, brilhando pela única, e, exclusivamente para quem nunca iria me abandonar, meu bebê.

Será que meu pontinho teria meus cabelos loiros? ou meus olhos âmbar? ou será, que teria os olhos dele ?

O que eu faria? Será que deveria procurar ele?Eu nem sabia quem ele era! nem sequer seu nome!Pensei, ainda me olhado no espelho, como se magicamente, meu reflexo fosse me responder. Ou quem sabe, algum milagre divino acontecesse, e resolvesse meus problemas.

Voltei à me sentar na cama, com um cansaço súbito me atingindo, àquilo estava se tornado muito frequente, frequente até de mais. E eu não sabia se aquilo era comum, afinal, eu nunca estivera grávida, mas não parecia muito habitual, e infelizmente,
eu não pudera ir à nenhuma consulta, para saber se o pontinho, estava bem, ou até mesmo eu, não poderia arcar com uma conta hospitalar, mais uma. Me recriminei.

Voltei ao pensar no meu dilema, se deveria ou não contatar os " olhos azuis." Sera quê ele merecia saber do pontinho? Mas é se ele não quiser saber do bebê, e me enxotar? eu deveria ir até ele?

Suspirando fundo, eu me levantei novamente da cama, decidida, passando por cima do meu orgulho, é também... do meu medo.
Eu iria procurar ele!
Como eu faria isso, já era outra história.

Tentei me lembrar, de qualquer coisa que me levasse até os olhos azuis, o cara da boate, é a única coisa que veio na minha mente, foi algo que Jenna falara;


" O fato de me ligar de madrugada, para te buscar, na porra de uma mansão! No meio da floresta! Quem diabos constrói uma mansão em uma floresta? Foi assustador!

A Mulher do AlphaWhere stories live. Discover now